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Empresa florestal cria espaço em site com ações sociais que impactam MS e parte de SP

Nova seção do site da MS Florestal reúne projetos em dez municípios, beneficiando mais de 45 mil pessoas

Nos bastidores da produção florestal, uma outra frente vem se consolidando nos últimos dois anos: o investimento em educação, geração de renda e melhoria na qualidade de vida das comunidades. Agora, esse trabalho ganha um espaço dedicado no site da MS Florestal. Nesta quinta-feira (31), a empresa lança uma nova página para apresentar de forma clara os 17 projetos sociais já realizados e os 9 em andamento, com informações sobre como participar, onde estão sendo realizados e quem pode acessar cada iniciativa.

A nova seção traz dados detalhados sobre os dez municípios onde os projetos atuam, os públicos atendidos e as formas de envolvimento da comunidade. As ações estão organizadas em três grandes eixos: educação, empoderamento e bem-estar, envolvendo mais de 250 voluntários dedicados.

Dentre os destaques, estão o Educação Continuada, atravessando divisas o projeto está presente em Bataguassu, Santa Rita do Pardo, Água Clara, Brasilândia e Presidente Epitácio, com foco na melhoria do IDEB e na proficiência dos estudantes da rede pública; e o Visão no Futuro, que atua em Bataguassu, Santa Rita do Pardo e Água Clara, oferecendo triagem oftalmológica e doação de óculos para estudantes e professores.

Outro projeto importante é o Jovens Talentos, desenvolvido nesses três municípios, que prepara adolescentes para o mercado de trabalho por meio de formação técnica em logística e florestas, bolsas de estudo e maior empregabilidade.

Na área de empoderamento, o Dona Della fortalece o empreendedorismo feminino em Bataguassu, Santa Rita do Pardo, Água Clara e Brasilândia. Já o Costura Sustentável, realizado em Bataguassu, capacita mulheres para gerar renda por meio da economia circular e reutilização de resíduos têxteis. O projeto Nós do Campo apoia agricultores familiares em Bataguassu, Santa Rita do Pardo, Nova Andradina e Nova Alvorada do Sul, promovendo a produção leiteira em regiões próximas às operações da empresa.

Segundo Geovane Rocha, analista de Comunicação Digital e Mídias Sociais da MS Florestal, participar da criação dessa nova aba foi uma experiência marcante. “Contribuir para o desenvolvimento da página de Responsabilidade Social foi muito enriquecedor. Trabalhamos em equipe para traduzir, com sensibilidade e clareza, o impacto que esses projetos têm nas comunidades. Mostrar isso de forma acessível no site reforça o compromisso da companhia de transformar realidades por meio de ações sociais inspiradoras, em parceria com o Bracell Social”, afirma.

Ana Nelly Castello Branco, participante do projeto Costura Sustentável e atual presidente da Associação Ipê Rosa — criada a partir do projeto em Bataguassu —, reforça a importância da nova página para dar visibilidade às histórias reais. “Esse site é fundamental porque mostra que os projetos existem de verdade, que estão acontecendo perto da gente. As pessoas poderão acessar e ver que a vizinha participa do projeto de costura, que a colega da igreja está no empreendedorismo. Isso aproxima, dá rosto às ações. E precisa ser um site bonito, fácil de navegar, que alcance também quem ainda não conhece essas iniciativas. Quem já sabe, já busca; quem não conhece, precisa ser alcançado”, destaca.

De acordo com Michelle Oliveira, coordenadora de Responsabilidade Social da MS Florestal, a nova seção no site foi criada para dar maior visibilidade às ações já realizadas e facilitar o acesso da população interessada.

“Nos últimos dois anos, nossos projetos ganharam força e tiveram um impacto real nas comunidades. Agora, queremos mostrar onde eles estão acontecendo, como funcionam e de que forma qualquer pessoa pode participar. Essa iniciativa valoriza as ações e fortalece a nossa relação com as comunidades,” explica.

Além disso, a nova página também servirá como um ponto de acesso para futuros editais e informações sobre o Bracell Social. As atualizações serão feitas conforme a demanda, com foco em ações concretas e oportunidades abertas à participação da população.

Sobre a MS Florestal

A MS Florestal é uma empresa sul-mato-grossense que fortalece as atividades de operação florestal do Grupo RGE no Brasil, um conglomerado global com foco na manufatura sustentável de recursos naturais. Especializada na formação de florestas plantadas e na preservação ambiental, além do desenvolvimento econômico e social das comunidades onde atua, a MS Florestal participa de todas as etapas, desde o plantio do eucalipto até a manutenção da floresta. Para mais informações, acesse: www.msflorestal.com

Sobre o Bracell Social

O Bracell Social é um programa de investimento social, alinhada às diretrizes do Grupo RGE, norteado por 3 pilares (3E’s – Educação, Empoderamento e Bem-estar). São realizados projetos que contribuem com o desenvolvimento das comunidades locais, conectando a inclusão social e a sustentabilidade, de modo que as pessoas possam desenvolver suas capacidades individuais e ter acesso a oportunidades para uma vida melhor.  

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O cerco fechou: EUDR de um lado, tarifa dos EUA do outro. Sua operação está pronta?

O Brasil precisa transformar floresta em dado — ou será engolido pela nova ordem comercial

*Artigo por Rodrigo de Almeida.

O setor florestal brasileiro está prestes a enfrentar o cenário mais hostil dos últimos 20 anos.

A partir de 1º de agosto de 2025, os Estados Unidos aplicarão uma tarifa de até 50% sobre todos os produtos brasileiros, incluindo madeira, painéis e celulose. A justificativa foi política, mas o impacto será econômico — direto nas exportações de base florestal.

Ao mesmo tempo, a EUDR já impõe novas regras para acesso à União Europeia: comprovação de que a madeira não veio de área desmatada após 2020, com geolocalização, documentos e evidências auditáveis.

Um estudo publicado pela Wood Central estima que o Brasil pode perder até 38% do mercado europeu se não se adequar.

Dois mercados. Duas pressões regulatórias distintas.

Mas uma urgência comum: provar, com dados, que a floresta brasileira é legal, rastreada e sustentável.

Transformar floresta em dado — e o dado em confiança

Estamos em 2025. Não é mais sobre prometer sustentabilidade: é sobre entregá-la com precisão matemática.

Isso significa coordenadas geográficas, históricos ambientais, autorizações legais, mapas, imagens de satélite — tudo vinculado a cada metro cúbico exportado.

Mas não basta armazenar esses dados. É preciso garantir que eles sejam confiáveis, auditáveis e compartilháveis, com credibilidade internacional.

É aí que entra o blockchain.

Ao registrar cada etapa da rastreabilidade em uma camada imutável, o blockchain permite que o mercado — e as autoridades internacionais — verifiquem diretamente a origem e a legalidade da madeira, sem intermediários.

A floresta digitalizada e tokenizada vira prova técnica — e escudo comercial.

EyeForest + ForestTracker: rastreabilidade a chave do sucesso

O EyeForest é a infraestrutura digital que conecta dados de campo, geointeligência, contratos e conformidade.

Com o ForestTracker, exportadores florestais ganham uma solução completa para atender tanto à EUDR quanto às exigências ambientais americanas:

  • Rastreabilidade com georreferenciamento por talhão, validado com imagens de satélite
  • Registro de todos os documentos no blockchain, garantindo integridade e transparência
  • Geração de passaportes digitais de exportação, prontos para envio à UE via TRACES
  • Vinculação automática a contratos digitais com tokens representativos da origem da madeira

A partir de um único sistema, é possível mostrar ao mundo — com prova técnica — que a madeira brasileira é legal, limpa e de origem rastreável.

Quem digitaliza a floresta, controla o mercado

O setor florestal brasileiro ainda pode liderar a nova economia verde — mas só se for rápido, transparente e tecnicamente robusto.

O ForesTracker nasceu para transformar rastreabilidade em estratégia — e o blockchain é a camada que garante confiança nos dados, em qualquer mercado.

Se você exporta produtos florestais, agora é o momento de estruturar a rastreabilidade da sua operação — com dados auditáveis, geolocalizados e prontos para enfrentar o mundo.

Fale com a gente. Transforme sua floresta em dados. E seus dados, em contratos globais: https://conteudos.eyeforest.com.br/lp-eyeforest-artigos

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SisEucalipto gera ganhos milionários no manejo do eucalipto

SisEucalipto otimiza manejo de eucalipto e traz ganhos econômicos relevantes

A adoção do software SisEucalipto, desenvolvido pela Embrapa Florestas, gerou benefícios econômicos de R$ 501 milhões, de acordo com avaliação realizada em 2024. A tecnologia, voltada para a gestão e manejo de plantações de eucalipto, está implantada em aproximadamente 1,48 milhão de hectares distribuídos em 14 estados brasileiros. Lançado em 2000, o software auxilia produtores e empresas na tomada de decisões sobre o manejo de seus plantios. Sua utilização proporciona, em média, um ganho econômico de 15% aos produtores florestais por conta do melhor gerenciamento dos plantios, comparado a métodos convencionais.

O SisEucalipto é o software mais acessado da Embrapa Florestas, com mais de 4.000 downloads registrados entre 2016 e 2024. Disponibilizado gratuitamente, o software se diferencia de alternativas pagas no mercado e se tornou referência na América Latina. Segundo Edilson Oliveira, pesquisador da Embrapa Florestas, “a ferramenta permite a simulação de cenários de manejo e o planejamento da produção de madeira, elevando a produtividade e otimizando a utilização de recursos naturais. O software ainda contribui para a sustentabilidade da produção, auxilia na obtenção de certificação florestal e agrega valor à madeira”.

Segundo Emiliano Santarosa, supervisor do Setor de Implementação da Programação de Transferência de Tecnologia da Embrapa Florestas e um dos responsáveis pela análise, “a utilização do Software SIS auxilia diretamente os técnicos e empresas na gestão dos plantios florestais, por meio da estimativa do volume de madeira e sortimento, auxiliando na tomada de decisão em relação ao manejo, principalmente relacionados aos regimes de desbastes. Estes fatores contribuem diretamente na rentabilidade e retorno financeiro dos plantios florestais”.

Balanço Social

O Balanço Social de 2024 revela um lucro social de R$ 107,24 bilhões, o que representa um aumento de 17% em relação ao ano anterior. Este valor é resultado da avaliação de 166 tecnologias desenvolvidas pela empresa, refletindo seu compromisso com a inovação e o desenvolvimento sustentável no setor agropecuário.

Um dos indicadores mais significativos do desempenho da Embrapa é a relação entre o lucro social e a receita operacional líquida, que passou de 21,23 em 2023 para 25,35 em 2024. Isso significa que, para cada real investido na Embrapa, o retorno para a sociedade foi multiplicado em 25 vezes.

O Balanço Social é uma publicação anual da Embrapa que apresenta alguns dos principais resultados alcançados pela Empresa no ano anterior. Isso é feito por meio do levantamento das ações sociais realizadas, dos casos de sucesso, dos prêmios e reconhecimentos recebidos e da adoção e impactos econômicos, sociais, ambientais e institucionais de soluções tecnológicas geradas e adotadas pela sociedade. A partir dos impactos econômicos dessa amostra de soluções tecnológicas é calculado o lucro social devolvido pela Empresa à sociedade brasileira.

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Veracel Celulose realiza I Seminário sobre Gestão Ambiental Industrial

Com o objetivo de ampliar o diálogo e a informação sobre as práticas ambientais adotadas na operação industrial, a Veracel Celulose, empresa de base florestal com mais de três décadas de atuação no Sul da Bahia, promove o I Seminário Gestão Ambiental Industrial. Gratuito e aberto ao público, o evento acontece no dia 12 de agosto, das 13h30 às 18 horas, no auditório do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Bahia (IFBA) – Campus Eunápolis. 

Durante o seminário, serão abordados os principais temas que permeiam a rotina de gestão ambiental da empresa, incluindo gestão de efluentes, gestão atmosférica, uso racional da água, gestão de resíduos sólidos e o balanço de atendimento às condicionantes ambientais da licença de operação da fábrica. 

A iniciativa visa compartilhar informações de forma prática e acessível, responder a dúvidas e fortalecer a relação com a comunidade local, instituições de ensino, organizações ambientais e demais interessados.

“O seminário reforça o compromisso da Veracel com a sustentabilidade e com a promoção de conexões com a sociedade. Queremos mostrar como os cuidados ambientais estão presentes em nosso dia a dia e ouvir quem caminha junto conosco nesse território”, destaca Tarciso Matos, coordenador de Meio Ambiente da empresa.

Os interessados devem fazer sua inscrição até o dia 7 de agosto, quinta-feira, por meio do formulário disponível no link ou pelo whatsapp (73) 99819-6090.  As vagas são limitadas. 

I Seminário Gestão Ambiental Industrial 

Gratuito
Data: 12 de agosto, terça-feira 
Horário: 13h30 às 18h
Local: Auditório do IFBA – Campus Eunápolis
Endereço: Av. David Jonas Fadini, s/n, Bairro Rosa Neto, Eunápolis – BA

Mais informações sobre as ações ambientais da Veracel podem ser acessadas em: www.veracel.com.br

Sobre a Veracel

A Veracel Celulose é uma empresa de bioeconomia brasileira que integra operações florestais, industriais e de logística, que resultam em uma produção anual média de 1,1 milhão de toneladas de celulose, gerando mais de 3,2 mil empregos próprios e de terceiros, na região da Costa do Descobrimento, sul da Bahia e no Vale do Jequitinhonha, em Minas Gerais.

Além da geração de empregos, renda e tributos, a Veracel é protagonista em iniciativas socioambientais no território. A consultoria Great Place to Work (GPTW) validou a Veracel como uma das melhores empresas para trabalhar no Brasil pelo 6º ano consecutivo.

Além dos mais de 100 mil hectares de área protegida ambientalmente, é guardiã da maior Reserva Particular do Patrimônio Natural de Mata Atlântica do Nordeste brasileiro.

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Fabricação verde de fios de celulose chega à escala industrial

Começou a operar a primeira fábrica do mundo em escala industrial a produzir fibras de celulose regenerada à base de líquidos iônicos. São esses fios de celulose que estão por trás das tão faladas roupas de madeira.

Desenvolvido pelo Instituto de Engenharia de Processos (IPE) da Academia Chinesa de Ciências, o projeto marca a primeira produção global em larga escala de fibras de celulose seguindo um processo ambientalmente amigável, processo esse que promete meios mais limpos de fabricação de uma série de outros produtos.

A tecnologia pioneira elimina a necessidade de solventes tóxicos e compostos inflamáveis tradicionalmente utilizados na produção de fibras e fios sintéticos. Esses materiais agressivos são substituídos por substâncias estáveis e não voláteis, chamadas líquidos iônicos, de modo que todo o processo atinge emissões quase nulas, sem descarte de efluentes, gases residuais ou resíduos sólidos.

Os líquidos iônicos possuem uma estrutura semelhante à do sal de cozinha (NaCl), sendo essencialmente sais que permanecem líquidos à temperatura ambiente ou próximo dela.

Em comparação com os solventes tradicionais, os líquidos iônicos apresentam uma série de características superiores, como alta polaridade, baixa volatilidade, resistência à oxidação e propriedades estruturais ajustáveis e projetáveis, além de excelente solubilidade para compostos inorgânicos e orgânicos e materiais poliméricos.

Em razão disto, tem havido grande esforço em tirá-los dos laboratórios rumo à indústria. A planta produtora de fios é um passo importante para levar essa nova tecnologia ambientalmente correta para o mercado.

Fabricação

Fibras de celulose ambientalmente amigáveis

A tecnologia de líquidos iônicos simplifica o processo de produção dos fios de celulose, tornando-o mais ecológico, estável e seguro. Em comparação com as fibras tradicionais, à base de petróleo, estima-se que o novo processo reduza as emissões de dióxido de carbono em cerca de 5.000 toneladas por ano, com uma taxa de recuperação dos solventes superior a 99%.

O escalonamento da tecnologia ao nível industrial consumiu mais de uma década de pesquisa e desenvolvimento. A equipe precisou reinventar praticamente tudo na indústria da fiação, da síntese e preparação dos líquidos iônicos adequados e a dissolução da celulose, passando pela otimização do processo de fiação, até a recuperação dos solventes e a integração das diversas etapas.

A tecnologia foi validada por meio de sucessivas etapas de ampliação, passando de testes em laboratório e em escala de toneladas para uma demonstração de 100 toneladas e, agora, para uma linha de produção contínua e estável de 1.000 toneladas.

“Isso marca a verdadeira transformação da tecnologia de ponta da fiação por líquido iônico, do conceito de laboratório à realidade industrial,” disse o professor Suojiang Zhang. “Isso redefine a fabricação de fibras sustentáveis.”

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Suzano praticamente dobra rede de monitoramento contra incêndios florestais em Mato Grosso do Sul

Com novos investimentos, empresa saltou de 30 para 56 estruturas de observação contra focos de incêndio em áreas próprias e no entorno, incluindo de conservação ambiental

Com a chegada do período mais crítico da estiagem, a Suzano, maior produtora mundial de celulose e referência global na fabricação de bioprodutos desenvolvidos a partir do eucalipto, praticamente dobrou a rede de monitoramento contra incêndios florestais, em Mato Grosso do Sul. Com novos investimentos, a empresa ampliou de 30 para 56 o número de torres de monitoramento por vídeo em suas áreas florestais – um aumento significativo na rede. A iniciativa tem como objetivo reforçar as ações de prevenção e combate a incêndios, tanto nas áreas plantadas com eucalipto quanto nas áreas de proteção ambiental e nas unidades de conservação localizadas no entorno das operações da empresa.

“Nosso trabalho vai além da proteção dos ativos florestais da empresa. Combater incêndios é uma forma direta de preservar matas nativas, proteger a fauna local e garantir a segurança das comunidades vizinhas. Para isso, mantemos o ano todo uma estrutura robusta de prevenção, monitoramento e combate a focos de incêndio, integrada ao esforço da companhia pela conservação da biodiversidade. Esse trabalho se intensifica neste período, quando o risco de propagação aumenta devido às condições climáticas”, destaca Amarildo José Nunes, gerente de Inteligência Patrimonial da Suzano em Mato Grosso do Sul.

As torres de monitoramento contam com 54 metros a 72 metros de altura e são equipadas com câmeras 360º, com capacidade para detectar focos de incêndio, num raio de até 15 quilômetrosA rede de monitoramento por vídeo opera 24 horas por dia, 7 dias por semana, com envio em tempo real das imagens de toda a área florestal da companhia e alertas em caso de detecção de focos de incêndio.

As informações – que incluem monitoramento em tempo real por câmeras de alta resolução com Inteligência Artificial embarcada – são enviadas para as duas Centrais de Monitoramento, uma na Unidade de Três Lagoas e outra na Unidade de Ribas do Rio Pardo, garantindo respostas rápidas e eficazes a possíveis focos de incêndios florestais. São essas centrais que coordenam a atuação dos(as) brigadistas.

Somente em Mato Grosso do Sul, a companhia conta com uma brigada composta por mais de 250 profissionais mobilizados e preparados para atuar em ocorrências em florestas plantadas e em matas nativas, além de profissionais treinados que podem ser acionados em caso de necessidade.

Infraestrutura

Durante o período de estiagem, o reforço inclui a permanência de aeronaves de combate a incêndio de prontidão nas duas unidades da companhia no Estado. “Sabemos que, na seca, o fogo pode se espalhar rapidamente e atingir áreas ambientalmente sensíveis. Por isso, mantemos um sistema robusto de vigilância e resposta rápida para reduzir danos e proteger os ecossistemas locais. Na Suzano, temos um direcionador que diz que ‘só é bom para nós se for bom para o mundo’ e a biodiversidade do nosso estado é um patrimônio coletivo que precisa ser protegido”, acrescenta Amarildo.

A estrutura da Suzano também inclui caminhões com capacidade de até 18 mil litros, caminhões-pipa, caminhonetes 4×4, kits de emergência e equipamentos de proteção individualposicionados em pontos estratégicos para atuação imediata. Ao todo, a Suzano mantém em Mato Grosso do Sul 1,136 milhão de hectares em Mato Grosso do Sul, dos quais 327 mil hectares são destinados exclusivamente à conservação da biodiversidade, que incluem áreas de proteção permanente e vegetação nativa.

Sobre a Suzano

A Suzano é a maior produtora mundial de celulose, uma das maiores fabricantes de papéis da América Latina e líder no segmento de papel higiênico no Brasil. A companhia adota as melhores práticas de inovação e sustentabilidade para desenvolver produtos e soluções a partir de matéria-prima renovável. Os produtos da Suzano estão presentes na vida de mais de 2 bilhões de pessoas, cerca de 25% da população mundial, e incluem celulose; itens para higiene pessoal como papel higiênico e guardanapos; papéis para embalagens, copos e canudos; papéis para imprimir e escrever, entre outros produtos desenvolvidos para atender à crescente necessidade do planeta por itens mais sustentáveis. Entre suas marcas no Brasil estão Neve®, Pólen®, Suzano Report®, Mimmo®, entre outras. Com sede no Brasil e operações na América Latina, América do Norte, Europa e Ásia, a empresa tem mais de 100 anos de história e ações negociadas nas bolsas do Brasil (SUZB3) e dos Estados Unidos (SUZ). Saiba mais em: suzano.com.br.

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Feira alerta para desafio no abastecimento e aposta em tecnologia e novas espécies para o setor

A terceira edição da Espírito Madeira – Design de Origem promete reforçar ainda mais o papel estratégico da cadeia produtiva da madeira na economia capixaba. O evento, que acontece de 11 a 13 de setembro, em Venda Nova do Imigrante, nas Montanhas Capixabas, reunirá empresas, profissionais e especialistas de diversos estados brasileiros para discutir as inovações do setor madeireiro, apresentar novas tecnologias e fortalecer o diálogo entre design, arquitetura e indústria.

Segundo Paula Maciel, uma das organizadoras da Feira, o Espírito Santo vive um momento crucial para o futuro do setor. “Nós temos um desafio de abastecimento de madeira para indústria já a médio prazo. Estamos com sinal de alerta aceso de que precisamos começar plantios imediatamente para não termos problemas maiores daqui uns anos”, afirma.

Paula Maciel

Além de ser uma vitrine para as tendências em design e arquitetura, a Espírito Madeira deste ano traz um diferencial importante: a apresentação de equipamentos internacionais de alta tecnologia, vindos do Canadá e da China, voltados para serrarias e marcenarias. A proposta é elevar a produtividade do setor e oferecer aos expositores e visitantes soluções modernas para os desafios atuais da indústria da madeira. A presença desses equipamentos mostra a preocupação da organização em inserir o Espírito Santo em um contexto global de inovação industrial.

Outro destaque desta edição é a participação de vários estados brasileiros como expositores, o que amplia o potencial de networking e de troca de experiências entre os diferentes elos da cadeia produtiva. Serão apresentados módulos construtivos inovadores, que refletem a tendência mundial de construções mais limpas, ágeis e sustentáveis. “A madeira acaba estando presente, talvez não tanto na parte estrutural, mas como acabamento, no aconchego”, destaca Paula, ao comentar o papel versátil deste insumo renovável também nos projetos da construção civil moderna.

A Feira também reservará espaço especial para a apresentação de novas espécies de madeiras nativas e exóticas, disponíveis em volume suficiente para atender a demanda produtiva da indústria. O objetivo é aproximar arquitetos, designers e construtores desses materiais, ampliando o repertório de possibilidades para especificação em projetos de interiores e mobiliário. A iniciativa visa valorizar o uso consciente e qualificado das madeiras brasileiras, aliando inovação, design e sustentabilidade.

Com uma programação robusta e cheia de novidades, a Espírito Madeira- Design de Origem 2025 se consolida como um dos principais eventos do setor no país. Mais do que um espaço para negócios, a Feira se torna palco estratégico para a discussão de soluções sustentáveis e tecnológicas que vão definir os rumos do mercado madeireiro capixaba nos próximos anos.

“A economia capixaba depende desse insumo produtivo renovável e sustentável”, reforça Paula Maciel, sintetizando a importância desta cadeia produtiva para o presente e o futuro da região.

Serviço:

3ª Feira Espírito Madeira- Design de Origem

Dias 11, 12 e 13 de setembro de 2025

Local: Centro de Eventos Padre Cleto Caliman, “Polentão”, em Venda Nova do Imigrante (ES)

Realização: Montanhas Capixabas Convention & Visitors Bureau

Mais informações: www.espiritomadeira.com.br 

Instagram: @espiritomadeiraoficial

*Entrada gratuita

Sobre o MCC&VB- O Montanhas Capixabas Convention & Visitors Bureau é uma Instância de Governança sem fins lucrativos que colabora para o desenvolvimento sustentável do turismo nos dez municípios da região associados: Afonso Cláudio, Alfredo Chaves, Brejetuba, Castelo, Conceição do Castelo, Domingos Martins, Laranja da Terra, Marechal Floriano, Vargem Alta e Venda Nova do Imigrante.

A entidade é mantida pela iniciativa pública (prefeituras, governo do Estado, através das secretarias de Turismo, no Governo Federal, com o Ministério de Turismo, Embratur/e órgãos do Sistema S) e privada, com a contribuição das mensalidades de associados e patrocínios. Foi constituída em 05 de maio de 2006, sob a forma de associação, e tem por objetivo a captação e geração de eventos de alcance regional, nacional e/ou internacional, o desenvolvimento do turismo nas suas diversas modalidades, a defesa e proteção do meio ambiente, do artesanato e do patrimônio cultural artístico, religioso, histórico e do turismo rural da Região Turística Montanhas Capixabas.

A missão do Convention está em consonância com o programa de Regionalização do Ministério do Turismo que visa descentralizar as ações e assim trabalhar os municípios com características similares de forma regionalizada, construindo um destino turístico com planejamento e organização. A atual diretoria conta com Valdeir Nunes (presidente), Ana Venturim Porto (vice-presidente de Administração e Finanças), Leandro Carnielli (vice-presidente de Relações Institucionais), Cláudio Chieppe (vice-presidente de Sustentabilidade e Inovação) e Andreia Rosa (diretora executiva).

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“A taxação inviabiliza 100% da exportação da madeira de MT”

Segundo presidente do Cipem, mercado americano é responsável por 11% das exportações do setor

O presidente do Cipem (Centro das Indústrias Produtoras e Exportadoras de Madeira do Estado de Mato Grosso), Ednei Blasius, afirmou que a tarifa de 50% aos produtos brasileiros que são exportados para os Estados Unidos inviabilizará 100% das exportações de madeira de Mato Grosso para o país.

Uma taxação de 50% significa a total inviabilização desse produto, porque nem o cliente final americano e nem nós estávamos preparados

Segundo Blasius, o mercado americano é responsável por 11% das exportações do setor, só perdendo para a Índia. Mas os EUA compram produtos de alto padrão, com maior valor agregado, e as exportações vinham em uma crescente ano a ano. 

Agora, o clima entre os empresários do setor é de tensão, visto que o prazo para que os dois países entrem em um acordo está terminando e o prejuízo pode ser grande. 

“Quando tenho uma taxação de 50% significa a total inviabilização desse produto, porque nem o cliente final americano e nem nós estávamos preparados para absorver. Não temos margem para isso. É uma situação de total inviabilidade para o produto”, afirmou em entrevista ao MidiaNews.  

Na entrevista, Blasius falou também sobre como tem enxergado a reação do governo brasileiro ao ‘tarifaço’, extração ilegal de madeira no Estado, sua posição sobre o chamado ‘PL da Devastação’ e o risco de desemprego no setor madeireiro. 

Confira os principais trechos da entrevista (e a íntegra no vídeo ao final da matéria):

MidiaNews – Como o Cipem recebeu o anúncio de que os produtos brasileiros serão tarifados em 50%?

Ednei Blasius – O setor não estava preparado para receber uma notícia dessas, ainda mais uma taxação de 50%. Aquela primeira taxação, de 10%, já nos pegou de surpresa, mas de 50% nos pegou totalmente despreparados, deixando-nos muito preocupados. 

Hoje, o setor está, extremamente, preocupado, até porque o mercado americano é muito importante dentro dessa cadeia produtiva.  

MidiaNews – O senhor deve ter conversado bastante com empresários do setor nas últimas semanas. Qual o clima entre eles?

Ednei Blasius – O clima é de muita tensão, porque a cadeia produtiva da madeira tem um ciclo e ela tem toda uma relação de interdependência. 

Estamos no mês de julho, que é o mês que você tem o forte da colheita da madeira. Temos as indústrias que fazem o primeiro processo de corte, colhem a madeira do manejo florestal e transformam esse produto numa madeira serrada. E aí vem a segunda indústria, que trabalha com a exportação, pega essa madeira que está bruta, faz um processo de secagem, coloca numa linha de produção e transforma em produto acabado: deck, piso e diversos outros produtos de alto padrão, de alto valor agregado para o mercado americano e para outros mercados. 

Então, quando tenho uma taxação de 50% significa a total inviabilização desse produto, porque nem o cliente final americano e nem nós estávamos preparados para absorver e não temos margem para isso. Então é uma situação de total inviabilidade para o produto americano.  

MidiaNews – O senhor está dizendo que com o tarifaço, 100% dos produtos ficaram inviáveis para exportação aos EUA?

Ednei Blasius – Nas condições que temos organizadas de linha de produção, de tipo de produto, de valor de comercialização, de custo operacional, de custo de logística, custo alfandegário, inviabiliza 100% para os Estados Unidos.  

Nas condições que temos de linha de produção, de tipo de produto, de valor de comercialização, de custo operacional, de custo de logística, custo alfandegário, inviabiliza 100%

O desafio que temos é tentar buscar novos mercados. O fato é que não estamos preparados, neste momento, para realocar esse volume. Aqui em Mato Grosso, o principal mercado comprador de madeira é a Índia, porém ela compra basicamente madeira de reflorestamento, a espécie Teca, e em segundo vem o mercado americano, que tem mais de 11% do nosso mercado. 

E detalhe, o mercado americano tem medidas específicas, muito dos produtos que vão para o mercado americano não se encaixam nem no mercado brasileiro e nem no mercado europeu. É uma série de desafios que vamos ter que tentar superar.

Temos estoques prontos, produtos nos portos, produtos cortados, já brutos, produtos de madeira sendo secados, linha de produto acabado, então é uma série de produtos e de estoque que você vai organizando ao longo de um ciclo de produção voltado para o mercado americano. 

MidiaNews – Acha que essa adaptação levaria mais ou menos quanto tempo?

Ednei Blasius – Já vínhamos trabalhando na abertura de novos mercados à frente do Cipem há mais de dois anos, bastante tempo. Abrindo mercado europeu, mercado asiático, do Oriente Médio e o mercado americano também vinha dando sinal de crescimento. 

No ano passado, tínhamos exportado apenas 12 milhões de dólares, é um número muito pequeno. Esse ano já estávamos com um número de U$S 8,6 milhões. Tínhamos previsão de chegar a mais de U$S 20 milhões e mesmo assim seria um número muito pequeno dado a capacidade do setor florestal de Mato Grosso. 

Temos condições de sermos muito maior do que isso, porque aqui trabalhamos com mais de 40 espécies de madeira. Uma parte dessas madeiras alocamos no mercado nacional, vendemos para mais de 10 estados brasileiros, sendo o Sudeste como o principal comprador, e outra parte é direcionada para exportação. E aí, acessamos um pouco do mercado europeu, que é muito forte, do mercado chinês, que compra muito, mas compra barato e o mercado americano que compra muito produto. 

MidiaNews – O que dá para fazer em termos de reorganização da produção? 

Ednei Blasius – Após a colheita, a madeira é transportada para uma primeira indústria madeireira que faz a separação de espécies para o mercado interno e as que vão ser destinadas para exportação. E aí você faz a primeira serragem nas medidas que você tem contrato de exportação. 

Então se eu tenho contrato de exportação americano, eu vou cortar essa madeira bruta para ser finalizada para um produto americano. Diferentemente se eu for trabalhar para um produto europeu. As medidas são diferentes, eu não tenho um padrão, no mercado brasileiro nós trabalhamos com meio metro, já no mercado internacional a madeira medida em pés.

É uma série de detalhes que tem que redesenhar. Agora isso tem que servir de lição para nós, para fortalecer e buscar cada vez mais a abertura de novos mercados. Nós temos qualidade, temos diversidade e temos empresas organizadas, temos que investir em boas políticas de abertura de mercado para fortalecer e não ficar somente amarrado em um único mercado.

Vai demorar um pouco, não é rápido você reorganizar um layout. Nós temos indústrias aqui que tem até quatro linhas de produção totalmente organizadas e montadas com máquina, pessoas e recursos humanos para fabricar um produto americano, e o mercado americano é o principal comprador de produto de alto valor agregado. É um desafio, a taxação é algo que impacta bastante o nosso setor.  

MidiaNews – Mato Grosso tem estoque que será perdido caso comece a taxação em 1º de agosto? 

Ednei Blasius – Temos muito estoque. Temos uma vantagem em relação a outros segmentos, como a carne, que é um produto perecível. A madeira, depois que passa no processo e se armazenar dentro do barracão, não perde. 

O empresário não tem condição de suportar esse custo. Estamos com mais de 400 contêineres já travados

Porém, há uma perda financeira. O empresário não tem condição de suportar esse custo. Estamos com mais de 400 contêineres já travados dentro do levantamento prévio que fizemos da semana passada para cá. É muita madeira. 

O empresário exportador já se organiza com estoque de dois anos ou três anos e isso tudo tem um custo. Na maioria das vezes, como as nossas margens estão muito apertadas, o exportador busca um crédito nos bancos, como o ACC [Atividades Acadêmicas Complementares], que é um crédito especial que você pega em dólar para poder custear a exportação. 

Se eu não consigo vender esse produto e até me reorganizar para outra linha, para outro mercado, demanda tempo, não é da noite para o dia. Porém, se começo a forçar a venda, o mercado entende que você está tendo um excesso de oferta e vai jogar o preço do produto para baixo.

Isso inviabiliza totalmente uma margem de lucro pelo excesso de volume. Os outros mercados hoje neste momento não têm condição de comprar todo esse produto e nem o mercado nacional. Acho que o grande caminho hoje é tentar buscar uma solução [junto aos EUA].

Nós temos que ser céleres e tentar resolver isso o mais rápido possível para que não perca espaço para outros países, pois temos concorrentes que também produzem madeira similar a do Mato Grosso e do Brasil. O Peru produz muita madeira e vende para o mercado americano, o continente africano também. Então, temos outros países concorrentes e com muito menos burocracia, fora a taxação.   

MidiaNews – Sabe quantas pessoas o setor madeireiro emprega hoje no estado? 

Ednei Blasius – Hoje, temos aproximadamente 20 mil empregos de carteira assinada dentro das indústrias madeireiras, fora os indiretos. E estamos presentes em mais de 60 municípios. Em alguns deles, a principal fonte de geração de emprego e de receita é o setor florestal, como Colniza, Nova Bandeirantes, Apiacás e Nova Monte Verde.

Então, temos várias regiões com economia muito forte dependente da madeira. O setor em si vai sentir demais, vai ser impactado. 

Vamos ver o que vai acontecer nesses próximos capítulos, se o Trump vai manter essa taxação ou não. Temos conversado bastante, também, com as organizações, com as entidades, com a Federação das Indústrias, com o setor organizado para tentar buscar um suporte. A minha preocupação enquanto presidente do Cipem é que essas outras cadeias produtivas, que têm mais estrutura política, comecem a desenvolver acordos paralelos e a gente ficar para trás.

Então, estamos correndo atrás, todo dia conversando, dialogando, tentando construir abertura e também se organizando. O setor não está parado.

Tem indústrias se planejando, pensando em pegar e levar o produto daqui de Mato Grosso para o Paraguai e exportar pelo Paraguai, porque tem isenção. Isso é péssimo para o Estado, péssimo para economia estadual, péssimo para o setor florestal.

MidiaNews – E o risco do desemprego, é muito alto?

Ednei Blasius – O risco de desemprego é uma realidade iminente, com certeza. Porque se eu não conseguir gerar receita, faturamento, organização suficiente para poder manter essas indústrias de exportação, vamos ter dificuldade. O coração de qualquer indústria é o faturamento e a geração de receita. Então, só consigo manter uma empresa ativa se tenho receita. 

Se chegar no momento que não conseguirmos gerar receita suficiente, com certeza teremos que readequar isso, mas a situação de demissão é o último processo.

Estamos fazendo todo o mapeamento, tentando nos reorganizar, trabalhando firme junto com a federação, junto com as entidades, para fortalecer e buscar novos mercados de forma urgente. Agora, se o mercado pressionar demais para baixo, vai inviabilizar.

O grande desafio que estamos vivendo é a polarização política. Na verdade, está tendo uma polarização de extrema esquerda com extrema direita. No meio desse cenário econômico, tem um cenário político muito tendencioso e muito perigoso para o Brasil e para o setor econômico e nós, do setor madeireiro, estamos no meio desse processo.

MidiaNews – Segundo dados, no primeiro semestre de 2025 houve um aumento de 25% nas receitas de exportações do setor madeireiro para os Estados Unidos.  A que se deveu esse aumento?

Ednei Blasius – Esse volume foi pelo trabalho que viemos fazendo há bastante tempo. Investimos muito em divulgação, em mídia e marketing, vendendo o produto mato-grossense. Hoje, os mercados conhecem muito bem a qualidade que temos.

Investimos no sistema de rastreabilidade de ponta a ponta. Hoje, conseguimos saber a localização exata de uma árvore no dia que ela foi colhida. Toda cadeia é de ponta e isso dá muito segurança para o mercado e para o cliente na hora dele comprar um produto mato-grossense.

Ele tem a certeza que está comprando um produto com qualidade, com legalidade, com rastreabilidade, com sustentabilidade, isso já é um diferencial. O mercado europeu se preocupa com toda a questão ambiental e fazemos isso muito bem feito em dia no estado. 

E já temos mais de 5 milhões de hectares de áreas manejadas no estado, é muita área conservada, diferentemente dos outros estados como Pará, Rondônia e Amazonas que produzem madeira e têm concessões florestais. 

MidiaNews – Observando essa taxação americana por um olhar político, de quem acha que foi a culpa por essa decisão do Trump?  

Ednei Blasius – Para mim tem uma série de culpados. Essa polarização de ‘extrema esquerda’ com extrema direita, essa situação do filho do Bolsonaro com o próprio Trump, depois o Lula que é um Governo Federal que não tem diálogo com os outros governos, uma fala ‘desorganizada’ lá no BRICS, uma série de fatores que foram criando esse cenário e acaba que um fica alimentando o outro. 

E aí não é esse o caminho que precisamos, porque o governo brasileiro precisa do governo americano e vice-versa. É interessante para a economia americana negociar com a economia brasileira e vice-versa. É uma relação de mão dupla. 

É totalmente interessante mantermos a relação comercial, seja na madeira, na carne, no suco de laranja, nas fábricas de móveis lá no sul. Extremismo tem atrapalhado muito. Tinha que parar de discutir polarização para discutir políticas públicas. 

E o Lula está aproveitando isso muito bem. Na minha visão, o Governo Federal não está com vontade de solucionar problema, ele está usando essa jogada de taxação do Trump para criar palco político, o Lula está adorando isso. Neste momento, não consigo ver o nosso líder principal, o presidente do Brasil, preocupado em buscar a solução.

Estou vendo o Lula aproveitando muito bem essa situação para fazer crescimento político pessoal. Estamos com um rombo fiscal gigantesco a nível de Brasil, um governo federal que tem entre secretarias e ministérios, 39, um custo absurdo e você não vê nenhuma possibilidade de solução neste momento. O Governo Federal hoje está perdido e o Lula está aproveitando esse cenário, toda essa situação de taxação do Trump para poder se favorecer politicamente e estão esquecendo de discutir o Brasil. 

MidiaNews –  Como empresário, como tem enxergado a reação do governo brasileiro? 

Ednei Blasius –  As atitudes do governo Lula deixam claro que ele tá utilizando isso 100% pra benefício político. O Lula não está nem um pouco preocupado em solucionar esse problema.

Ele vai tirar o máximo de proveito possível dessa taxação do Trump, de intervenção dos Estados Unidos na economia brasileira, mas cadê os representantes do governo brasileiro indo a fundo para iniciar um processo de discussão, sentando na mesa?

Cadê as nossas representantes internacionais? Precisamos que o nosso representante faça a lição de casa e que não fique focado somente na política, mas que realmente pense no Brasil.  É uma cabeça totalmente voltada para esquerda, combatendo a direita e não é esse o caminho. Na verdade, nós temos que aumentar a demanda do Brasil, buscar novos mercados, ou seja, fortalecer a economia.

MidiaNews – Acha que sem anistia aos acusados de golpe, não haverá solução para o Brasil?

Ednei Blasius – Eu acredito que [a anistia] seria uma solução. A família Bolsonaro tem um bom diálogo, uma amizade muito próxima com o governo Trump. Então, vejo que se hoje tivesse uma anistia e uma revogação [de decisões do STF], com certeza o Trump voltaria atrás.

Acredito que uma anistia e uma reorganização disso tudo apaziguaria bastante. Mas não vejo o Governo Federal ou o STF querendo fazer isso, não vejo uma solução tão cedo.

Estamos tendo uma mistura de poderes, de ideologias e é um cenário muito estranho a nível de Brasil. Acho que essa situação da anistia seria um dos passos. Não sei se é o único, mas acho que uma possível solução.  

MidiaNews – Mato Grosso sempre teve muitos problemas com extração ilegal de madeira, algo que já foi até investigado em inúmeras operações policiais. Esse problema ainda persiste?

Ednei Blasius –  Hoje não. Hoje o setor florestal é extremamente organizado, temos um sistema de monitoramento de ponta e em tempo real. Se você corta uma árvore fora do manejo florestal ou uma árvore errada o sistema detecta basicamente em tempo real.

Hoje o setor florestal é extremamente organizado, temos um sistema de monitoramento de ponta e em tempo real

E hoje toda a madeira tem uma cadeia de ponta, consigo saber a localização, a hora e dia, de quem é que cortou uma madeira no manejo florestal com o celular hoje.

É um trabalho que vem sendo feito há muito tempo e por muitas mãos. É o Cipem discutindo isso com a Sema, Sema discutindo junto com o MPE. Hoje somos referência tendo o melhor sistema de rastreabilidade de madeira do mundo. 

MidiaNews – Acha que existe preconceito e falta de informações sobre a indústria madeireira por ter sido associada a desmatamento? 

Ednei Blasius – Ainda tem um preconceito, mas esse índice abaixou bastante. Foi investido bastante para desmitificar.

Antigamente toda vez que aparecia uma notícia de um desmatamento ilegal, aparecia um caminhão de tora. E aí fomos mostrando que não temos nada a ver com desmatamento ilegal, o nosso setor precisa da floresta em pé. A nossa principal fonte de receita é através do manejo florestal sustentável que é feito na área de reserva legal.  

Com toda a documentação legal, se você for cultivar, só pode desmatar 20%. Os outros 80%, que é a área de reserva legal, tem que manter em pé e a única atividade que podemos fazer nesses 80% é o plano de manejo de florestal sustentável.

MidiaNews – Recentemente, o Congresso aprovou um projeto de lei com algumas mudanças na legislação ambiental. A medida foi alvo de críticas, principalmente de ambientalistas, que apelidaram o projeto de ‘PL da Devastação’. Mas muita gente do setor produtivo elogiou e o senhor também. Por que essa nova legislação é importante?

Ednei Blasius –  Tínhamos mais de 127 mil normas e regras, era um absurdo. Hoje, um empresário que quer fazer o cadastro ambiental rural no estado demora mais de um ano e não é aprovado. Não é só aqui no estado, é no Brasil inteiro. 

Não somos contra o processo de licenciamento, tem que ter todo o controle, agora o que não pode é, através desse excesso de burocracia, travar o desenvolvimento de um setor, de um estado, ou de um país.

Esse processo foi muito bem discutido e, logicamente, os ambientalistas vão ser 100% contra. Entendo que o setor produtivo ganhou muito com essa organização e que é um avanço grande dentro do setor, porque vou pegar um processo de licenciamento gigantesco, com inúmeras regras desnecessárias, e colocar com mais clareza e de modo mais simplificado. O Brasil não vai avançar com esse emaranhado de legislislação que trava o setor.

MidiaNews – Então, não tem nada de ‘PL da Devastação’?

Ednei Blasius – Não tem. Vai ter um processo de licenciamento simplificado, mas é um outro caso autodeclaratório, mas são casos bem específicos.

O que não pode é, através desse excesso de burocracia, travar o desenvolvimento de um setor, de um estado, ou de um país

Hoje, demora 14 a 15 meses para obter um documento simples. Uma dispensa de outorga, de água, demora seis meses ou mais para conseguir. Então, são situações que realmente a gente precisa mudar dentro do país. Nós entendemos que esse PL vai ajudar muito o Brasil e o setor florestal.

MidiaNews –  Se o senhor pudesse fazer um apelo para a classe política em Brasília sobre a taxação, o que falaria?

Ednei Blasius – Pediria que analisassem essa situação do Brasil sem ideologia política, de forma apartidária, e realmente se reunissem todos e pensassem num país unido, que buscassem uma solução para colocar o Brasil no eixo da produtividade.

Colocar o Brasil para desenvolver a relação comercial com os Estados Unidos. Quem está na base somos nós brasileiros e aqui não tem direita ou esquerda. Aqui temos pessoas que precisam de política pública adequada, organizada, que gere emprego, que gere riqueza para o nosso país e para o nosso estado.

MidiaNews – O Cipem andou se queixando sobre a liberação de planos de manejo por parte do Ibama para algumas espécies. O que estava ocorrendo?  

Ednei Blasius – O Cipem é o Centro das Indústrias Produtora e Exportadora de Madeira do Estado de Mato Grosso. Então, todo setor florestal é acobertado pelo Cipem e é formado por oito sindicatos patronais. Temos base em todo estado.

O Cipem faz esse trabalho de captar as demandas, buscar soluções, buscar desenvolver políticas públicas, criar diálogo com os órgãos estaduais e até mesmo federais para melhorar o setor produtivo com sustentabilidade, com legalidade, com rastreabilidade. E aí nós temos toda uma diretoria organizada que pensa nisso.

Todas as demandas que tem no setor florestal é o Cipem quem cuida.Nós temos hoje próximo de 600 indústrias associadas e fazemos parte da Federação das Indústrias. Nós temos 8 votos dentro da Federação das Indústrias e uma forte atuação, não somos a principal economia dentro da Federação, mas a nível de representatividade somos muito fortes. 

Informações: MídiaNews.

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Novo aplicativo facilita o acesso a informações sobre integração lavoura-pecuária-floresta

Está disponível para acesso gratuito nas plataformas Apple Store e Google Play o aplicativo móvel Responde ILPF, ferramenta desenvolvida para facilitar a consulta a informações técnicas sobre os sistemas de Integração Lavoura-Pecuária-Floresta (ILPF). O app apresenta uma interface intuitiva, na forma de perguntas e respostas, e fornece orientações que vão desde os fundamentos e benefícios dos sistemas integrados até instruções práticas para sua implementação no campo, incluindo também recomendações adaptadas a diferentes regiões e tipos de produção.

Oferecido pela Rede ILPF, o aplicativo utiliza como fonte de informações a publicação “Integração lavoura-pecuária-floresta: o produtor pergunta, a Embrapa responde”, da Coleção 500 Perguntas, 500 Respostas, integrada à ferramenta por meio de uma API. “Com informações técnicas confiáveis e de fácil acesso, o app vem para auxiliar no planejamento e na gestão sustentável das propriedades agrícolas que já trabalham ou estão dando arranque à estratégia de ILPF. Também auxilia na capacitação de técnicos e produtores rurais, democratizando o conhecimento sobre sistemas integrados”, ressalta Francisco Matturro, presidente-executivo da Rede ILPF.

A novidade é resultado do projeto “Plataforma Web ILPF digital: sistema de informação para o fomento de sistemas ILPF”, coordenado pela Embrapa Meio Ambiente em parceria com a Embrapa Agricultura Digital e apoio da Rede ILPF que visa ampliar o acesso qualificado ao conhecimento sobre essa estratégia de uso da terra, considerada essencial para a agricultura sustentável no Brasil. A iniciativa vem sendo estruturada por meio da Câmara Temática de Agricultura Digital, a qual tem induzido a transformação digital da Rede ILPF.

Para o pesquisador Ladislau Skorupa, da Embrapa Meio Ambiente, o aplicativo móvel representa uma alternativa prática para quem busca informações confiáveis. “Embora haja muitos materiais disponíveis sobre ILPF, o app concentra o que é mais relevante, com acesso direto e gratuito via celular”, afirma. O público-alvo inclui produtores rurais, consultores, técnicos, estudantes e empreendedores do setor agropecuário.

A iniciativa, segundo Francisco Matturro, aproxima a pesquisa do campo, fortalecendo a agricultura sustentável no Brasil. “Sua importância se destaca na disseminação de boas práticas, na democratização da inclusão digital, incentivando a adoção da ILPF como modelo de produção eficiente, ecologicamente equilibrado e que gera emprego e renda, e consequentemente desenvolvimento socioeconômico”, completa.

API Responde Agro

O funcionamento do aplicativo Responde ILPF está baseado numa tecnologia lançada pela Embrapa neste ano: a API Responde Agro. Glauber José Vaz, da Embrapa Agricultura Digital e responsável pela API, explica que ela permite o desenvolvimento de mecanismos de busca personalizados para o conteúdo da Coleção 500 Perguntas 500 Respostas, cujas obras são elaboradas a partir de questões formuladas por produtores e respondidas pelos pesquisadores.

A integração dessas informações com os sistemas web ou aplicativos acontece por meio de uma Interface de Programação de Aplicações, ou API, na sigla em inglês. A Plataforma Ater+ Digital é outro exemplo de ferramenta disponível ao público que também utiliza a API Responde Agro.

Desenvolvedores, empresas de tecnologia, startups, instituições públicas e privadas que queiram utilizar a ferramenta em suas próprias soluções digitais podem acessar a API Responde Agro por meio da Plataforma AgroAPI, que reúne também APIs com dados e modelos diversos gerados pela Embrapa de interesse do mercado de tecnologia voltado à agropecuária. Para saber mais, acesse www.embrapa.br/agroapi.

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Setor madeireiro se manifesta sobre tarifas de 50% dos EUA

Instituições brasileiras têm manifestado preocupação com a política tarifária dos Estados Unidos. A ABIMCI, entidade representativa dos setores de madeira processada e de base florestal, afirmou que a negociação deve ser tratada com prioridade pelo governo. O setor madeireiro emprega 180 mil trabalhadores e exporta metade da sua produção para os EUA, e já vem sentindo os efeitos do tarifaço. Foram anunciadas férias coletivas e também demissões. 

Parceria comercial

Empresas brasileiras geraram 2.500 empregos nos Estados Unidos, de acordo com números oficiais do próprio governo americano. E no Brasil, um mapeamento feito pela Confederação Nacional das Indústrias (CNI) aponta que 3.600 empresas norte-americanas têm investido aqui no Brasil e que 3.000 empresas brasileiras investem nos Estados Unidos. Os investimentos brasileiros nos EUA somaram US$ 22 bilhões ao longo de 2024, um aumento de 52% ao longo dos últimos dez anos. Já os investimentos norte-americanos no Brasil foram de US$ 358 bilhões em 2024. Uma alta de 228% nos últimos dez anos. 

Informações: TVBrasil.

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