PÁGINA BLOG
Featured Image

Exclusiva – Nova Ordem Executiva dos EUA: Abimci alerta para impacto de tarifa de 40% sobre setor de madeira

A Associação Brasileira da Indústria de Madeira Processada Mecanicamente (Abimci) atualiza seu posicionamento sobre a nova Ordem Executiva dos EUA: a maioria dos produtos de madeira processada não foi isenta, resultando em uma tarifa adicional de 40% sobre as taxas já existentes de 10%. A entidade ressalta que o texto da medida é ambíguo e defende que o governo brasileiro intensifique as negociações diplomáticas para proteger o setor.

O setor de madeira tem se posicionado de forma bastante preocupada e ativamente. A Abimci e outras entidades como a Abimóvel (móveis) têm sido as principais vozes na resposta às tarifas impostas pelos EUA.

Pontos-chave do posicionamento do setor:

  • Impacto direto e imediato: As entidades ressaltam que a tarifa adicional de 40% sobre a alíquota já existente de 10% afeta diretamente a competitividade dos produtos brasileiros no mercado americano, que é um dos principais destinos das exportações do setor.
  • Ambiguidade na medida: O setor aponta que o texto da Ordem Executiva é dúbio e que há incerteza sobre a aplicação das tarifas em alguns produtos. A Abimci aguarda o guia de implementação da Alfândega e Proteção de Fronteiras dos EUA (CBP) para esclarecimentos definitivos.
  • Perda de empregos: As associações já preveem demissões e férias coletivas em empresas do setor, citando a perda de milhares de postos de trabalho como uma consequência direta da medida. A Abimóvel, por exemplo, estima a perda de 9 mil empregos na cadeia moveleira.
  • Ação do governo brasileiro: O setor tem solicitado que o governo federal intensifique as negociações com os EUA. O apelo é para que o diálogo seja baseado em argumentos técnicos e comerciais, evitando medidas de retaliação que possam piorar o cenário e agravar as perdas para a indústria nacional.

Confira a nota divulgada nesta sexta-feira (01):

Posicionamento atualizado da Abimci sobre Ordem Executiva de taxação dos EUA

Em relação à Ordem Executiva do Governo dos Estado Unidos, publicada na quarta-feira (30), que estabelece as taxações sobre os produtos brasileiros exportados para aquele país, a Associação Brasileira da Indústria de Madeira Processada Mecanicamente (Abimci) informa que, conforme análise preliminar, a maioria dos produtos do setor, em especial os provenientes de florestas plantadas, não foram incluídos na lista de exceções divulgada no Anexo I da medida. Dessa forma, entendemos que a tarifa adicional de 40% incidirá sobre as alíquotas recíprocas já vigentes de 10% (implementadas em 2 de abril).

Destacamos alguns pontos de atenção que ainda carecem de análises mais criteriosas:
Os produtos sob investigação em curso da Seção 232, do Trade Expansion Act, listados no anexo II dessa Ordem Executiva publicada em 2 de abril, são citados como isentos na medida anunciada em 30 de julho. No entanto, o texto do documento publicado é dúbio e não deixa totalmente claro se esses produtos realmente não serão tarifadosNo nosso entendimento, existem possibilidades desses produtos também receberem o acréscimo dos 40% anunciados.

Quanto aos itens isentos, apenas os produtos discriminados no Anexo I da Ordem Executiva deste dia 30 de julho (a partir da página 6) estão excluídos da nova taxação. Exemplo: NCM 44.07.29.02 (madeira serrada tropical).

As interpretações aqui apresentadas são preliminares, uma vez que ainda aguardamos a publicação do guia de implementação pela Customs and Border Protection (CBP), órgão responsável pela aplicação das regras aduaneiras nos EUA, que deverá trazer esclarecimentos definitivos sobre os procedimentos tributários.

A Abimci segue monitorando os desdobramentos da Ordem Executiva e seus impactos. Reforçamos a necessidade de que o governo federal brasileiro intensifique as negociações com o governo norte-americano, com base em argumentos técnicos e comerciais, com diplomacia, evitando medidas de reciprocidade tarifária que possam gerar mais impactos negativos na nossa indústria, piorando o cenário atual.

Escrito por: redação Mais Floresta.

Featured Image

Expedição de papelão ondulado totaliza 338.545 toneladas em junho de 2025

O Boletim Estatístico Mensal da EMPAPEL aponta que o Índice Brasileiro de Papelão Ondulado (IBPO) caiu 1,6% em junho, na comparação com o mesmo mês do ano anterior, para 150,8 pontos (2005=100).

Em termos de volume, a expedição de caixas, acessórios e chapas de papelão ondulado alcançou de 338.545 toneladas no mês. Apesar da queda, esse é o quinto ano consecutivo com expedição acima das 330 mil toneladas no mês de junho.

Por dia útil, o volume de expedição foi de 14.106 toneladas, um aumento de 2,5% na comparação interanual, visto que junho de 2025 registrou um dia útil a menos do que 2024 (24×25 dias úteis).

Por trimestre, o volume de expedição de papelão ondulado no segundo trimestre de 2025 foi de
1.039.183 toneladas, 1,2% inferior ao de 2024.

Nos dados livres de influência sazonal, o Boletim Mensal de junho registrou queda de 0,5% no
IBPO, para 156,7 pontos, equivalentes a 351.085 toneladas. Na mesma óptica, a expedição por dia
útil foi de 14.629, representando um avanço de 7,8% na comparação com o mês anterior.

Ainda analisando dados sazonalmente ajustados, com o fim do segundo trimestre, o volume de
expedição de papelão ondulado foi 1,3% superior ao trimestre anterior (1º tri 2025).

Todos os dados contidos neste relatório têm fonte EMPAPEL. Para maiores informações entre em contato com empapel@empapel.org.br.

Featured Image

Governo está de olho na 7ª fábrica de celulose para MS

Planta da Bracell prevista para Água Clara segue sem definição

O Governo de Mato Grosso do Sul está de olho na segunda unidade do grupo indonésio RGE (Royal Golden Eagle) em Mato Grosso do Sul. Eles já atuam em MS através da unidade da Bracell em Bataguassu, a 313 km de Campo Grande, que está definida desde maio. Há ainda uma planta prevista para Água Clara. Durante o evento “Missão Ásia”, na Casa da Indústria, em Campo Grande, esta manhã, o governador Eduardo Riedel comentou sobre o projeto, que seria o 7º no Estado.

“Nós estamos falando aqui da RGE, por exemplo, de mais uma unidade de fábrica de celulose. A de Bataguassu está ok, estamos olhando já para a segunda deles”, disse. A RGE é o grupo indonésio Royal Golden Eagle, do qual a Bracell faz parte.

Em Água Clara, onde a empresa previa a megafábrica, existe operação através da MS Florestal, dedicada à produção de mudas de eucalipto em uma área de 110 mil m². Existe o plano para produção de celulose kraft — destinada a papel e embalagens, com capacidade de até 2,8 milhões de toneladas/ano — ou uma configuração mista que combine celulose kraft e solúvel, mas nada está definido.

Assim, surge a possibilidade de uma segunda fábrica de celulose da Bracell em MS, mas fora de Água Clara, diferente do que foi anunciado inicialmente e estava previsto até outubro do ano passado.

Em maio deste ano, o governador Eduardo Riedel assinou termo de concessão de incentivos fiscais que garante segurança jurídica para a instalação da primeira fábrica de celulose solúvel do Estado, um investimento de R$ 16 bilhões da Bracell. O projeto será implantado em Bataguassu, no leste sul-mato-grossense, consolidando a região como um polo industrial apelidado de “Vale da Celulose”. A expectativa é que a licença prévia para construção da unidade seja emitida até dezembro.

Hoje Mato Grosso do Sul tem duas linhas de produção da Suzano em Três Lagoas, onde também existe uma unidade da Eldorado Brasil. Ribas do Rio Pardo tem outra fábrica da Suzano, a Arauco começou obras em Inocência e a Bracell vai se instalar em Bataguassu.

Informações: Campo Grande News.

Featured Image

Comissão Nacional de Silvicultura da CNA discute cenário da cadeia produtiva de produtos florestais

Colegiado se reuniu na quarta (30)

Brasília (30/07/2025) – A Comissão Nacional de Silvicultura da CNA se reuniu, na quarta (30), para discutir a situação da cadeia produtiva da borracha natural, abordando temas como o cenário de preços, produção e comercialização, além da alíquota de importação do produto, entre outros temas.

O presidente da Comissão, Antônio Ginack, fez a abertura do encontro e abordou o comportamento dos preços do coágulo da seringueira (que dá origem à borracha).

Na reunião, a assessora técnica Isabel Mendes falou sobre o projeto de avaliação de cadeias do agronegócio do ponto de vista concorrencial, coordenado pelo Núcleo Econômico da CNA. Ela explicou que a iniciativa visa avaliar e traçar caminhos para interromper práticas anticoncorrenciais na relação comercial entre o setor agropecuário e empresas que fornecem insumos ou compram os produtos para beneficiamento.

“A ideia é identificar, nas cadeias, se há infrações ou abuso de poder de mercado e ter uma estratégia de atuação, com a busca por sanções e punições para quem praticar o ato”, disse.

Ainda sobre o tema, a advogada Amanda Flávio de Oliveira, especialista em concorrência de mercado, falou sobre ações que tramitam no Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) sobre práticas ilícitas de antitruste. 

Em seguida, a assessora da comissão, Eduarda Lee, falou sobre a alíquota de importação da borracha natural. Segundo ela, a CNA solicitou à Camex, na última semana, a manutenção da borracha natural na Lista de Exceções à Tarifa Externa Comum (Letec), com alíquota de 10,8%.

Eduarda explicou que a medida é necessária para amenizar as distorções de mercado na busca pela justa competitividade do produto nacional e a viabilidade econômica da heveicultura brasileira.

Mogno-africano – Cristiane Reis, pesquisadora da Embrapa Florestas, falou sobre o cultivo de mogno-africano no Brasil, os benefícios da madeira e da comercialização para o produtor rural.

Ela disse que o mogno-africano é uma madeira de valor agregado e que o cultivo precisa ser altamente tecnificado para que o produtor consiga produzir e comercializar.

Atualmente existem quatro espécies de mogno-africano plantadas no Brasil, sendo a Khaya grandfoliola a mais produzida, em torno de 70%, e em segundo lugar a senegalensis, com 30%.

Os membros da comissão também falaram sobre o tarifaço anunciado pelo governo dos Estados Unidos e os possíveis impactos para a cadeia produtiva.

Featured Image

APRE aponta que tarifaço de 50% ameaça os negócios do setor florestal e alerta que milhares de empregos estão em risco

Setor florestal paranaense, líder nacional em produção de pinus, já sente os efeitos com férias coletivas e revisão de investimentos

A decisão do Governo dos Estados Unidos, publicada no dia 30 de julho, de aplicar tarifa de 50% sobre a importação de produtos florestais processados vindos do Brasil, afeta todo setor de base florestal, especialmente no Paraná, maior produtor nacional de madeira de pinus.

A medida influencia diretamente produtos como madeira serrada, painéis, portas, móveis e molduras, itens processados a partir de florestas plantadas de pinus e eucalipto, carro-chefe da silvicultura paranaense.

“É uma notícia muito ruim. Justamente no que o Paraná é bom, onde se destaca, vamos ser taxados de forma muito forte e veemente”, afirma Fabio Brun, presidente da Associação Paranaense de Empresas de Base Florestal (APRE Florestas). Segundo ele, o impacto pode ser significativo para as operações e o emprego em todo o Sul do Brasil.

Celulose está na lista de exceções

Na lista de exceções do decreto norte-americano e importantes para o setor, estão: celulose química (solúvel, soda, sulfato, sulfito), celulose semiquímica, e celulose de papel reciclado ou bambu.

São produtos que os Estados Unidos não produzem, como a celulose de fibra curta à base de eucalipto, base para fabricação de itens como papel higiênico, guardanapo e toalha de papel.

Outro produto do setor de florestas plantadas que está na lista de exceções é o ferro-gusa, que no Brasil é produzido em parte com carvão vegetal na substituição de outros insumos de origem fóssil.

Impacto imediato: férias coletivas e retração nas exportações

Antes mesmo do anúncio oficial da nova tarifação, empresas do setor já haviam iniciado movimentos de contenção: suspenderam envios aos EUA, reduziram estoques e adotaram férias coletivas para preservar empregos. Agora, com a medida oficializada, o cenário se torna ainda mais delicado.

“Antes da efetivação da tarifa, as empresas estavam em compasso de espera, revendo investimentos e estratégias. A exportação para os Estados Unidos, nosso principal mercado, representa volumes que não podem ser redirecionados de forma rápida a outro mercado. Buscar novos compradores é um trabalho lento, de médio prazo, e muitas vezes exige redução de preços”, explica.

Setor florestal é o maior exportador do agronegócio brasileiro

Os produtos florestais lideram as exportações do agronegócio nacional, somando US$ 3,7 bilhões em receita. Desses, cerca de US$ 1,7 bilhão vêm dos estados do Sul – Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul. O Paraná responde sozinho por cerca de 50% da produção nacional de pinus e 15% dos empregos gerados no setor florestal brasileiro.

“Estamos falando de uma cadeia produtiva bem diversificada, com forte presença no interior do estado. Além da atividade econômica, essas indústrias mantêm projetos sociais e de saúde, ou seja, a área social também poderá ser bastante afetada com essa retração”, lamenta o presidente da APRE.

Contradição com o cenário global de sustentabilidade

A sobretaxa acontece em um momento contraditório no qual o mundo valoriza cada vez mais as florestas plantadas como alternativa sustentável para combater as mudanças climáticas. A madeira proveniente dessas áreas é renovável e contribui para a mitigação de gases de efeito estufa.

“O setor de base florestal plantado é hoje um dos pilares da sustentabilidade global. É difícil entender por que estamos sendo penalizados dessa forma, em um movimento que não tem base técnica, comercial ou regulatória como estamos habituados, mas sim política”, critica.

Incertezas e necessidade de articulação diplomática

A ausência de uma ação diplomática eficaz por parte do governo brasileiro preocupa o setor. “Faltou uma condução à altura dessa crise. Agora, precisamos agir rápido para buscar alternativas e minimizar os danos. O risco é de retrocessos econômicos e sociais profundos”, aponta Brun.

Para mitigar os danos, a APRE apresentará, juntamente com instituições parceiras, nos próximos dias ao governo do estado pleitos do setor que incluem liberação de uma linha de financiamento subsidiado, via Banco Regional de Desenvolvimento Econômico (BRDE), para pagamento da folha, antecipação dos créditos de ICMS para os exportadores de madeira, além de sugestões de programas para incentivo ao uso da madeira para os seus diversos fins.

Sobre a APRE Florestas

A Associação Paranaense de Empresas de Base Florestal (APRE Florestas) representa aproximadamente metade da área total de plantios comerciais no estado. As principais organizações de ensino e pesquisa formam o conselho científico da APRE, conferindo à entidade representatividade e embasamento técnico para o desenvolvimento das ações em prol do setor florestal. Desde 1968, a atuação política, apartidária, faz da APRE a porta-voz do setor no diálogo com as esferas públicas, organizações setoriais, formadores de opinião e sociedade no desafio de promover e fortalecer ações produtivas do setor florestal paranaense.

Mais informações em https://apreflorestas.com.br/

Featured Image

Exclusiva – Expedição Silvicultura anuncia abertura de inscrições para eventos presenciais

Garanta seu lugar nos eventos que conectam ciência, dados e atores estratégicos para fortalecer a silvicultura no Brasil

A Expedição Silvicultura acaba de abrir as inscrições para uma série exclusiva de eventos regionais presenciais. Os eventos oferecerão informações atualizadas, em primeira mão, sobre a base florestal brasileira, além de promover a divulgação de inovações tecnológicas e pesquisas de ponta focadas na produtividade e sustentabilidade da silvicultura. Com a participação de associações setoriais e representantes do governo nas discussões regionais, os encontros serão oportunidades únicas para a troca de conhecimento entre especialistas, profissionais do setor e demais interessados, fortalecendo o desenvolvimento técnico e a competitividade da atividade florestal no país.

A Expedição Silvicultura irá realizar uma ampla coleta de dados nas principais regiões produtoras de florestas plantadas do Brasil. Por meio do uso combinado de tecnologias geoespaciais e um trabalho de campo rigoroso, o projeto registrará mais de 40 mil pontos de controle para validar um mapeamento detalhado das florestas plantadas no país. Além disso, serão coletadas informações essenciais sobre produtividade florestal, práticas de manejo e diversos outros indicadores, proporcionando um panorama completo e atualizado do setor.

“Mais do que eventos, essas são experiências imersivas de troca e aprendizado. Vamos compartilhar insights inéditos sobre a base florestal brasileira, apresentar tecnologias de ponta e debater os rumos da silvicultura com quem está liderando a transformação do setor”, afirma Bruno Montibeller, sócio da Canopy Remote Sensing Solutions e coordenador geral da Expedição Silvicultura.

  • Belo Horizonte, MG: 10 de setembro
  • Vitória, ES: 17 de setembro
  • Eunápolis, BA: 22 de setembro
  • Lucas do Rio Verde, MT: 09 de outubro
  • Três Lagoas, MS: 16 de outubro
  • Botucatu, SP: 22 de outubro
  • Curitiba, PR: 27 de outubro
  • Lages, SC: 31 de outubro
  • Porto Alegre, RS: 07 de novembro

Com uma abordagem integrada entre tecnologia, ciência e diálogo com o setor produtivo, a Expedição Silvicultura se firma como uma referência nacional na geração de conhecimento aplicado às florestas plantadas. Mais do que apresentar dados, o projeto promove conexões estratégicas que impulsionam a evolução da silvicultura brasileira.

Garanta sua vaga agora — As inscrições são gratuitas e as vagas são limitadas!

Com o apoio de associações florestais e órgãos governamentais, os encontros presenciais da Expedição incluirão rodadas de negócios e oportunidades de networking, promovendo a integração entre os diversos atores do setor. Confira a programação e inscreva-se: https://expedicaosilvicultura.com.br

Seja um parceiro da Expedição Silvicultura

Participe de um movimento que conecta ciência, produção e sustentabilidade para moldar o futuro da silvicultura no Brasil. Não perca a oportunidade de apoiar essa iniciativa estratégica para o setor florestal. Entre em contato: comercial@canopyrss.tech ou comercial@maisfloresta.com.br.

A Expedição Silvicultura é uma realização da Canopy Remote Sensing Solutions (www.canopyrss.com.br), em parceria com a Embrapa Florestas (www.embrapa.br/florestas) e Paulo Cardoso Comunicações (www.paulocardosocom.com.br), e conta com apoio das principais instituições e empresas do setor.

Siga a expedição nas redes sociais e fique por dentro das novidades:  

Escrito por: redação Mais Floresta.

Featured Image

Exclusiva – Nota Ibá: preocupações e esperanças do setor de árvores cultivadas frente às tarifas americanas

A cadeia florestal brasileira tem se posicionado com preocupação e pragmatismo diante das recentes tarifas impostas pelo predisente dos EUA, Donald Trump aos produtos brasileiros, buscando o diálogo e a diplomacia como principais caminhos para mitigar os impactos.

A Indústria Brasileira de Árvores (Ibá), por meio de seu presidente-executivo, Paulo Hartung, tem enfatizado a necessidade de evitar “bravatas” e focar na negociação. A nota divulgada nesta quarta (30), pela Ibá reflete as apreensões do setor em relação aos impactos das tarifas sobre produtos como painéis de madeira, madeira serrada e diferentes tipos de papel.

No entanto, há um alívio significativo com a inclusão da celulose (especialmente a de fibra curta de eucalipto) e do ferro-gusa na lista de exceções tarifárias. Isso é visto como um reconhecimento da importância estratégica desses insumos para a indústria norte-americana e gera a esperança de um reestabelecimento dos padrões históricos de relacionamento comercial.

Apesar da exclusão desses produtos-chave, o setor florestal, especialmente nos estados do Sul (Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul), que respondem por uma parcela significativa das exportações de madeira para os EUA, ainda enfrenta incertezas e pressões. Há relatos de cancelamentos e paralisações em algumas indústrias, com empresas buscando alternativas de mercado e até considerando usar operações em outros países para contornar as tarifas.

Representantes da cadeia produtiva, como a Associação Paranaense de Empresas de Base Florestal (APRE Florestas), avaliam a medida como inesperada, inoportuna e mais política do que econômica, o que dificulta um diálogo técnico direto. A visão predominante é que a solução passará por uma articulação diplomática e política para evitar ou suavizar a aplicação das tarifas.

Em resumo, o posicionamento da cadeia florestal brasileira é de defender seus interesses por meio da diplomacia, buscando reverter ou amenizar o “tarifaço”, ao mesmo tempo em que se prepara para buscar novas estratégias e mercados caso as tarifas sejam mantidas para os produtos afetados.

Confira na íntegra a nota Ibá:

Nota Ibá

Como todos os agentes econômicos, o setor de árvores cultivadas para fins industriais e de restauração faz votos de que sejam em breve restabelecidos os históricos padrões de relacionamento comercial entre o Brasil e os EUA.

Ao mesmo tempo, o setor registra a decisão de incluir a celulose na lista de exceções do decreto tarifário norte-americano. Representativa da maior proporção dessas exportações, a celulose de fibra curta à base de eucalipto é uma matéria-prima não produzida nos EUA. Ao longo de décadas, produtores brasileiros e importadores norte-americanos desenvolveram, por exemplo, tipos de celulose adaptados, em termos de qualidade técnica, às exigências dos seus clientes para itens de primeira necessidade do consumidor local, como papel higiênico, guardanapo e toalha de papel, entre outros.

Outro produto do setor de árvores cultivadas que também está na lista de exceções é o ferro-gusa, que no Brasil é produzido em parte com carvão vegetal na substituição de outros insumos de origem fóssil, oferecendo soluções sustentáveis.

Por outro lado, nos preocupa a situação dos painéis de madeira e dos produtos de madeira serrada que estão submetidos a uma investigação específica, no âmbito da Seção 232 da Lei do Comércio dos EUA.

Devem ser igualmente mencionados os diferentes tipos de papéis em que o Brasil é muito competitivo, assim como os papéis de embalagens e os sacos industriais, que vêm conquistando espaço no mercado dos EUA e que estão sobretaxados.

Também indiretamente, nossa dinâmica indústria de embalagens de papel é impactada pelas novas tarifas incidentes, por exemplo, sobre frutas e proteínas animais que são embalados por nossos papéis.

A Ibá seguirá atuando pela superação deste momento desafiador, defendendo o diálogo e em permanente articulação com os diversos stakeholders.

Paulo Hartung

Escrito por: redação Mais Floresta.

Featured Image

Incêndios rurais: novo portal SGIFR centraliza informações essenciais em Portugal

Para quem busca informações completas e atualizadas sobre incêndios rurais em Portugal, a espera acabou! O novo Portal Público do Sistema de Gestão Integrada de Fogos Rurais (SGIFR) já está disponível, oferecendo uma plataforma de acesso livre e intuitiva para cidadãos, jornalistas, investigadores e todos os interessados no tema.

O portal, disponível em www.sgifr.gov.pt, foi desenvolvido para ser um ponto central de consulta, reunindo um vasto leque de dados e recursos. Nele, os utilizadores podem encontrar informações detalhadas sobre o próprio SGIFR, seus instrumentos de planeamento e a estrutura de governança.

Além disso, a plataforma oferece dados em tempo real sobre o perigo de incêndio rural e ocorrências ativas, garantindo que a população esteja sempre informada sobre a situação no terreno. Há também uma seção dedicada a avisos à população e outras informações relevantes para a prevenção e segurança.

Para quem busca se aprofundar na temática, o portal disponibiliza conteúdos da Campanha Portugal Chama e outros materiais de sensibilização, essenciais para a conscientização e a mudança de comportamentos. E para os mais analíticos, há um acervo de estatísticas, estudos, relatórios e legislação relacionados aos incêndios rurais.

A plataforma também funciona como um canal de comunicação, com uma seção de notícias e muito mais, mantendo os visitantes atualizados sobre os desenvolvimentos e ações no combate e prevenção de fogos. Uma ferramenta essencial para a compreensão e monitoramento de um tema tão crucial para o país.

Temporada de alertas!

Portugal está atualmente na sua temporada de incêndios rurais. O pico da temporada de incêndios no país geralmente começa em meados de julho e pode se estender até outubro.

Com as condições de calor intenso e tempo seco que são comuns nessa época do ano, o risco de incêndios é significativamente elevado. Autoridades portuguesas e espanholas têm emitido alertas públicos sobre o risco de incêndios, e há relatos de grandes incêndios ativos no país, especialmente nas regiões norte e centro.

É um período de atenção redobrada para a população e para as autoridades de proteção civil, que estão empenhadas no combate e prevenção desses eventos.

Por: redação Mais Floresta.

Featured Image

Ferramenta auxilia a gestão florestal em sistemas integrados de produção

Planilha da Embrapa Florestas facilita o inventário de árvores em sistemas ILPF, auxiliando no planejamento, manejo e certificações como a Carne Carbono Neutro

Uma nova versão da planilha eletrônica para inventário florestal em sistemas de Integração Lavoura-Pecuária-Floresta (ILPF) foi disponibilizada pela Embrapa Florestas (PR). Desenvolvida para uso no Excel, a ferramenta surgiu a partir de demandas identificadas em cursos com técnicos e produtores. Seu objetivo é apoiar o planejamento e a tomada de decisões sobre o plantio e o manejo das árvores nesses sistemas integrados. A ferramenta pode ser baixada gratuitamente na página da Unidade.

A Planilha para Inventário Florestal no sistema de ILPF se destaca por sua aplicabilidade prática. De acordo com o pesquisador Vanderley Porfírio-da-Silva, da Embrapa Florestas, a realização do inventário florestal é uma etapa crítica nos sistemas ILPF, especialmente aqueles voltados à obtenção do selo Carne Carbono Neutro (CCN). “O inventário fornece informações que permitem avaliar o crescimento das árvores e estimar o carbono acumulado, dado necessário para comprovar a neutralização das emissões de metano entérico dos bovinos nos sistemas silvipastoris, mas é uma prática que sempre gera dúvidas sobre como deve ser feita”, observa. observa. A planilha é voltada a extensionistas, consultores e demais profissionais que acompanham ou atendem projetos de ILPF.

Na ferramenta, o usuário insere informações básicas da área, como o arranjo espacial definido para o sistema, e a planilha calcula o número de árvores que devem existir na área. Com essa densidade de plantio (número de árvores por hectare), a planilha calcula também valores de parâmetros necessários para o inventário florestal, tais como: o tamanho de parcelas, o número e a distância entre parcelas a serem instaladas no campo, facilitando a execução adequada do inventário e gerando dados precisos, especialmente para o uso nos softwares SisILPF, que são simuladores de crescimento florestal, produção de madeira e captura de carbono para diferentes espécies. “A planilha ajuda a definir uma amostragem precisa e suficiente, mesmo em sistemas com grande variabilidade de arranjos espaciais de plantio”, explica Edilson Oliveira, também pesquisador da Embrapa Florestas. “Além do inventário de áreas já implantadas, a planilha também pode ser utilizada para simulações que ajudem o produtor a planejar o sistema e levar a campo as melhores opções de implantação de sua área de ILPF”, completa.

Com essa ferramenta, é possível estabelecer parcelas de avaliação permanentes que geram dados contínuos sobre o desempenho das árvores. Isso contribui tanto para o manejo florestal sustentável quanto para o monitoramento dos impactos ambientais positivos do ILPF, como o conforto térmico animal e o sombreamento sobre pastagens.

Informações: Assessoria Embrapa Florestas.

Featured Image

ILPF: Integração que transforma o campo

Aprosoja MT apoia práticas sustentáveis como a Integração Lavoura Pecuária Floresta (ILPF) que concilia produção e conservação

A Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja MT) apoia práticas sustentáveis entre seus associados e vê na Integração Lavoura Pecuária Floresta (ILPF) uma estratégia eficaz para promover uma produção responsável, aliada à conservação dos recursos naturais. Essa tecnologia tem se destacado como uma alternativa viável para aumentar a produtividade sem abrir mão da sustentabilidade.

A ILPF é um sistema que integra atividades agrícolas, pecuárias e florestais em uma mesma área, por meio de consórcio, rotação ou sucessão. Essa abordagem promove sinergias entre os componentes do agroecossistema, resultando em benefícios como: recuperação de áreas degradadas, aumento da produtividade com menor uso de insumos, sequestro de carbono e redução de emissões de gases de efeito estufa, melhoria da qualidade do solo, conforto térmico animal, além de diversificação de renda e maior estabilidade econômica.

Segundo o vice-presidente Oeste da Aprosoja MT, Gilson Antunes de Melo, sustentabilidade e produtividade andam de mãos dadas quando o assunto é ILPF. “Sustentabilidade é a palavra de ordem hoje na agricultura, na pecuária. Quando você tem uma utilização maior das áreas abertas, plantando soja, milho, plantando braquiária dentro do milho e fazendo uma terceira safra, isso traz renda para o produtor, traz segurança para o segmento e muita qualidade para o meio ambiente também”, destaca Gilson.

O produtor Cleto Webler, do município de Sapezal, conta que a ILPF implantada em sua propriedade exige cuidados e atenção, assim como todas as culturas individuais. O objetivo era diversificar e melhorar sua produção, e já consegue observar resultados no solo.

“Eu acredito que se trata de uma cultura que exige um cuidado especial. O ILPF não muda em nada o manejo de uma soja bem plantada, de um milho ou do algodão. A questão também está ligada à agricultura regenerativa, e acredito que esse é o caminho. A gente percebe uma melhora biológica, especialmente em áreas mais limitadas em teor de argila, onde estamos utilizando essas práticas”, relata o produtor.

De acordo com estudos da Embrapa Agrossilvipastoril, sistemas ILPF podem sequestrar até 39,5 toneladas de carbono equivalente por hectare ao longo de quatro anos, superando as emissões de gases de efeito estufa da atividade pecuária. A lavoura desempenha papel fundamental nesse processo, especialmente quando se utiliza rotação de culturas como soja e milho consorciado com braquiária.

Essa combinação favorece o acúmulo de matéria orgânica no solo, melhora a estrutura física e estimula a atividade microbiana, fatores essenciais para o aumento dos estoques de carbono.

Na Fazenda Gravataí, localizada no município de Itiquira, o diretor Odair Fernando Ferrari conta que a ILPF trouxe desafios em sua implementação, que resultaram em benefícios ambientais visíveis. Ele relata que a adoção das práticas de (Integração Pecuária-Floresta) e ILP (Integração Lavoura-Pecuária) trouxe novos desafios relacionados à tecnificação e certificações.

“Passamos a evoluir os conceitos de sustentabilidade e regeneração no nosso dia a dia e em nossas atividades, desde o campo até as estruturas. Também desenvolvemos ações voltadas à preservação de nascentes de água. Dessa forma, recuperamos as nove nascentes existentes nas propriedades, que passaram a ser utilizadas apenas em casos extremos, sempre com os devidos licenciamentos ambientais. Temos orgulho de poder fazer parte de atividades sempre voltadas ao zelo e ao cuidado com a sustentabilidade”, diz o produtor.

A ILPF representa uma alternativa viável para intensificar o uso da terra de forma sustentável, conciliando a produção de alimentos com a conservação ambiental. Com o apoio da Aprosoja MT, por meio dos supervisores de relacionamento que auxiliam os associados na implementação da ILPF, Mato Grosso se posiciona como protagonista na adoção de práticas que garantem a segurança alimentar de hoje e a sustentabilidade das gerações futuras.

Informações: Cenário MT.

Anúncios aleatórios

+55 67 99227-8719
contato@maisfloresta.com.br

Copyright 2023 - Mais Floresta © Todos os direitos Reservados
Desenvolvimento: Agência W3S