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Estudo da Unesp aponta Caatinga como protagonista na captura de carbono no país

Bioma ocupa só 10% do território nacional, mas capturou até 50% do carbono entre 2015 e 2022; Bahia tem maior área contínua e atuação de CBHs da Bahia fortalece preservação

Mesmo ocupando apenas 10% do território brasileiro, a Caatinga foi responsável por até 50% do sequestro de carbono no país entre 2015 e 2022, conforme aponta estudo recente da Universidade Estadual Paulista (Unesp). A análise destaca o potencial do bioma semiárido como elemento ativo na mitigação das mudanças climáticas, especialmente em períodos de maior incidência de chuvas.

O estudo utilizou imagens de satélite e indicadores ecológicos para mensurar a capacidade da vegetação nativa em capturar CO₂ da atmosfera. Os dados revelam que, mesmo em regiões de clima seco, a Caatinga pode desempenhar papel relevante na remoção de carbono, especialmente quando favorecida por ciclos climáticos com maior volume de chuvas. [Fonte: Jornal da Unesp, 28/07/2025 – https://jornal.unesp.br/2025/07/28/estudo-revela-importancia-da-caatinga-para-o-sequestro-do-carbono-no-contexto-brasileiro/]

Na Bahia, estado que abriga a maior área contínua de Caatinga do país, os resultados do estudo ampliam a compreensão sobre a importância ecológica e climática do bioma. A vegetação nativa do semiárido baiano se apresenta como uma aliada fundamental para a regulação do clima e conservação dos recursos hídricos, além de contribuir para a estabilidade das bacias hidrográficas e a proteção de solos e nascentes em territórios semiáridos.

Diante da relevância dos dados, os Comitês de Bacias Hidrográficas da Bahia reforçam seu papel como espaços de articulação entre diferentes segmentos da sociedade — instituições públicas, usuários de água e representantes da sociedade civil — no apoio a iniciativas voltadas à sustentabilidade ambiental. Ismael Medeiros, vice-presidente do Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio Paraguaçu, destaca a importância do estudo como referência para o fortalecimento dessa atuação colaborativa.

“A divulgação desses dados reforça a relevância dos esforços de gestão integrada dos recursos naturais no território baiano. A atuação dos Comitês contribui para integrar diferentes agentes na construção de soluções sustentáveis para os desafios hídricos e climáticos da região”, afirma.

A atuação dos Comitês se dá por meio do acompanhamento de projetos, participação em fóruns técnicos e apoio a ações educativas e de preservação conduzidas por entidades parceiras. Suely Argôlo, presidente do Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio Salitre, ressalta que os resultados da pesquisa confirmam percepções já observadas na prática pelas comunidades tradicionais e instituições que convivem com a dinâmica da Caatinga.

“A pesquisa traz evidências científicas que fortalecem o que já percebemos na prática que preservar a Caatinga é também preservar as bacias hidrográficas e garantir a disponibilidade hídrica. No nosso Comitê do Salitre temos um lema que é ‘A Caatinga em pé’ para que possamos sempre lembrar de lutar e preservar este bioma tão importante para nossa bacia e região ”, aponta.

A relação entre chuvas e sequestro de carbono, evidenciada no estudo, também aponta a importância da vegetação nativa em ciclos de recuperação ambiental. A Caatinga, mesmo em áreas com regimes hídricos desafiadores, demonstra alta resiliência quando bem conservada.

Os pesquisadores da Unesp destacam a necessidade de aprofundar os estudos sobre o funcionamento ecológico do bioma e reforçam a importância da cooperação entre instituições acadêmicas e organizações que atuam nos territórios da Caatinga.

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Silvicultura como propulsora de desenvolvimento do agronegócio

Um dos fatores que aumenta a demanda por produtos florestais é a transição energética, visto que as usinas de etanol de milho precisam de biomassa

*Artigo por Roberto Marques.

silvicultura brasileira passa por uma revolução semelhante à da agricultura, que transformou o país de importador para um dos maiores exportadores mundiais de alimentos em pouco mais de 40 anos. O Brasil se consolidou como uma potência e atualmente conta com dez milhões de hectares de florestas plantadas e cerca de 1,2 milhão de novas árvores por dia.

Além disso, o país lidera a exportação de celulose, com um volume de US$ 12,7 bilhões em 2024, segundo a Indústria Brasileira de Árvores (IBÁ). Tal desempenho foi possível por conta de iniciativas desenvolvidas em todas as frentes, incluindo inovações tecnológicas e uma crescente demanda interna e global por produtos florestais.

O clima e as condições de solo, unidos a técnicas de manejo e soluções tecnológicas, proporcionam alta produtividade e uma grande vantagem competitiva em relação a outros países. O mercado aproveita essa característica e vive uma nova onda de crescimento, com o anúncio de cinco novas fábricas de celulose, que devem entrar em operação até 2030.

Outro fator que aumenta a demanda por produtos florestais é a transição energética, visto que as usinas de etanol de milho precisam de biomassa — na maioria dos casos obtida a partir da madeira — para alimentar suas caldeiras e gerar eletricidade.

Em 2024, a produção brasileira de etanol de milho atingiu 8 bilhões de litros, 37% a mais que na safra anterior, e a expectativa é chegar a 15 bilhões até 2032. Hoje, 25% de todo o etanol produzido no país vem do milho, e essa participação deve subir para 40% até 2035, de acordo com a União Nacional do Etanol de Milho.

Para manter esse ritmo, o número de usinas deverá mais que dobrar na próxima década, passando de 24 para 56, o que significa que o setor florestal tem uma grande missão pela frente: triplicar a produção de cavacos de madeira.

O setor se prepara para atender a essa demanda por meio de soluções tecnológicas focadas no aumento da eficiência, no que ficou conhecido como silvicultura de precisão. O mercado já conta com um robusto portfólio de equipamentos com torção grau de tecnologia para as operações de colheita florestal, e em breve estarão disponíveis também soluções para mecanização do preparo de solo e plantio.

Também é possível aproveitar soluções que auxiliam no monitoramento remoto e em tempo real, que geram mapas com a localização exata das toras colhidas, os volumes estimados, os tipos de madeira e a gestão das operações.

Para que toda essa tecnologia seja efetiva, são necessários profissionais qualificados e parcerias estratégicas entre o governo, o setor privado e instituições de ensino.

Tudo isso proporciona ao Brasil uma oportunidade única de desenvolvimento, que começa na floresta e reverbera em diversos setores da economia. Mais do que madeira e celulose, exportamos conhecimento, parcerias estratégicas e sustentabilidade. Ainda temos muito para realizar, mas essa revolução já é uma realidade.


*Roberto Marques é diretor da Divisão Florestal da John Deere para a América Latina.

Publicado em: https://globorural.globo.com/opiniao/vozes-do-agro/noticia/2025/11/silvicultura-como-propulsora-de-desenvolvimento-do-agronegocio.ghtml

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Produção florestal da Bahia atinge R$ 2,249 bilhões com crescimento de 33,5% em 2024, diz IBGE

Silvicultura e extração vegetal registram aumento de valores; Bahia lidera produção de umbu, castanha-de-caju, licuri e urucum

produção primária florestal na Bahia atingiu R$ 2,249 bilhões em 2024, representando crescimento nominal de 33,5% em relação a 2023, conforme dados da Pesquisa da Produção da Extração Vegetal e da Silvicultura (PEVS) 2024, do IBGE. O resultado é o maior registrado nos últimos 30 anos, desde o início do Plano Real, e reflete o aumento no valor gerado tanto pela silvicultura quanto pela extração vegetal.

Desempenho da silvicultura

Entre 2023 e 2024, a silvicultura na Bahia cresceu 36,5%, alcançando R$ 2,089 bilhões, equivalente a 92,8% do total da produção florestal. O valor elevado é resultado do aumento na produção de carvão vegetal (+4,2%) e madeira em tora (+6,8%), enquanto a produção de lenha caiu 31,7%, impactando negativamente o valor correspondente (-19,5%).

Principais municípios e áreas

Os municípios de Entre Rios e Alcobaça lideram a produção de carvão vegetal e madeira em tora, respectivamente. A área destinada à silvicultura na Bahia diminuiu pelo quinto ano consecutivo, atingindo 544.962 hectares, com Caravelas mantendo o maior volume estadual.

Extração vegetal e produtos não madeireiros

extração vegetal gerou R$ 160,0 milhões em 2024, crescimento de 4,3% frente a 2023. Produtos como carvão e lenha extraídos da natureza voltaram a crescer, enquanto a madeira em tora apresentou queda de 4,7%. Entre os produtos não madeireiros, 6 dos 12 itens registraram aumento, com destaque para umbu, castanha-de-caju, licuri e urucum, mantendo a Bahia como líder nacional.

Impacto nacional e posição do estado

No cenário nacional, o valor da produção primária florestal atingiu R$ 44,3 bilhões, crescimento de 16,7%. A Bahia manteve a 8ª posição, representando 5,1% do total nacional, atrás de Minas Gerais, Paraná e São Paulo.

Informações: Jornal Grande Bahia.

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Seis vezes campeã: Aperam BioEnergia lidera ranking dos lugares mais incríveis para trabalhar no agro

Empresa também recebe reconhecimento inédito por práticas de liderança, concedido pela FIA Business School em parceria com o Estadão

A Aperam BioEnergia foi apontada, pelo sexto ano consecutivo, como a número 1 no setor de agronegócio no prêmio Lugares Mais Incríveis para Trabalhar – iniciativa da FIA Business School em colaboração com o Estadão. A companhia se manteve no topo do segmento em 2025 e também ganhou uma conquista inédita: foi reconhecida como a “Mais Incrível em Liderança”, disputando com organizações de grande porte de todos os setores.

A premiação avalia anualmente as empresas que se destacam pelo alto nível de satisfação dos colaboradores e em categorias especiais como Liderança, Equidade, Inclusão e Carreira. Os ganhadores são selecionados com base na pesquisa FIA Employee Experience (FEEx), que leva em consideração, entre outros critérios, práticas de gestão de pessoas e clima organizacional. O levantamento é aplicado de forma online, gratuito e auditado.

“O que torna essas conquistas ainda mais especiais é o fato de serem baseadas na percepção dos nossos próprios colaboradores e na análise criteriosa de instituições de referência, como a FIA Business School e o Estadão. Essa chancela comprova que estamos no caminho certo, ao construir um ambiente em que todos possam crescer, se desenvolver e se orgulhar de fazer parte”, destaca Ézio Santos, diretor de Operações da Aperam BioEnergia. 

Subsidiária da Aperam South America – que figurou entre as principais no setor de Mineração, Metalurgia e Siderurgia na mesma premiação – a BioEnergia é a maior produtora de carvão vegetal do mundo. Localizada no Vale do Jequitinhonha, em Minas Gerais, possui mais de dois mil colaboradores e produz 440 mil toneladas de carvão vegetal por ano, além de outros bioprodutos – como o biochar e o bio-óleo -, a partir das florestas renováveis plantadas de eucalipto. 

Excelência em liderança

Para apoiar os líderes, a Aperam investe continuamente por meio da sua Academia da Liderança. Todos os anos, trilhas de aprendizagem personalizadas são desenvolvidas com base nas necessidades reais identificadas. Cada etapa é planejada para promover o crescimento individual e coletivo, alinhando competências aos desafios atuais e futuros da empresa.

“Criamos iniciativas que oferecem suporte desde o início da jornada das lideranças mais jovens e também programas contínuos de desenvolvimento, mantendo nossos gestores alinhados aos desafios do mercado. Valorizamos igualmente a equidade e investimos no fortalecimento da liderança feminina”, destaca Rodrigo Heronville, diretor de Gente e Gestão da Aperam South America.

Este ano, a empresa lançou o programa EmpoderA dedicado a desenvolver e fortalecer a liderança feminina. O programa parte da convicção de que promover a equidade não é apenas uma questão de responsabilidade social, mas sim uma estratégia de negócio fundamental para inovação, performance e sustentabilidade. O EmpoderA contempla três trilhas de aprendizagem voltadas à capacitação das lideranças e ao reconhecimento, promoção e apoio de talentos femininos.

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RS tem redução histórica de 26,8% nas emissões de gases poluentes; setor florestal lidera resultados

O Rio Grande do Sul reduziu 26,8% das emissões de gases de efeito estufa entre 2021 e 2023, segundo dados do Inventário de Emissões de Gases de Efeito Estufa (Iegee), divulgado nesta quinta-feira (30) no Palácio Piratini. O levantamento mostra que o Estado tem avançado em políticas climáticas e na recuperação ambiental.

Setor de uso da terra alcança emissões negativas

O destaque do estudo é o setor de Uso da Terra, Mudança do Uso da Terra e Florestas, que obteve queda de 21,8% nas emissões líquidas, alcançando emissões negativas de -8,5%. Isso significa que o Rio Grande do Sul passou a remover mais carbono do que emitir, resultado atribuído à recomposição da vegetação nativa e à recuperação ambiental nos últimos anos.

Depois do uso da terra, o setor de energia foi o que mais reduziu suas emissões, com cerca de 2% de queda nas emissões líquidas. Em seguida, aparece a agropecuária, com redução de 1,6%. Já os setores de resíduos e processos industriais e uso de produtos mantiveram níveis estáveis.

Diagnóstico detalhado do clima gaúcho

O Inventário de Emissões de Gases de Efeito Estufa do RS é elaborado pela Secretaria do Meio Ambiente e Infraestrutura (Sema), por meio da Assessoria do Clima, em parceria com o Iclei – Governos Locais pela Sustentabilidade.

O estudo faz um diagnóstico detalhado das fontes e volumes de emissões no território gaúcho, seguindo as metodologias do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC), referência mundial em cálculos de emissões.

A coletiva de apresentação contou com a presença da titular da Sema, Marjorie Kauffmann, da secretária da Educação, Raquel Teixeira, e do presidente da Invest RS, Rafael Prikladnicki.

“RS consolida política climática baseada em dados”, diz Sema. Durante o anúncio, Marjorie Kauffmann destacou que os resultados refletem políticas públicas consistentes voltadas à mitigação e adaptação climática.

“As reduções das emissões mostram que o Rio Grande do Sul vem consolidando uma política climática consistente, baseada em dados, planejamento e ações integradas entre diferentes setores. O resultado é fruto de um esforço coletivo, que envolve o governo, o setor produtivo e a sociedade gaúcha”, afirmou a secretária.

Estado prepara presença na COP30

Durante o evento, o governo também apresentou o plano de participação do Rio Grande do Sul na COP30, que será realizada em Belém (PA).

A comitiva gaúcha participará de mais de 30 eventos e terá reuniões com bancos internacionais e com a Fundação Z Zurich. O governador Eduardo Leite confirmou presença na conferência, embora a agenda oficial ainda não tenha sido divulgada.

Informações: Clic Camaquã.

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Um único estado vai concentrar quase metade da produção de celulose do Brasil nos próximos anos

Mato Grosso do Sul está prestes a assumir uma posição de destaque no cenário industrial brasileiro. Com três novas megafábricas em andamento e outras expansões previstas, o Estado deve concentrar quase metade de toda a produção nacional de celulose nos próximos dez anos.

Atualmente, responde por cerca de um terço do total fabricado no país, com aproximadamente 7,5 milhões de toneladas anuais — volume que já supera a produção de países como o Japão.

Segundo a Indústria Brasileira de Árvores (IBÁ), o Brasil produziu 25,5 milhões de toneladas de celulose em 2024, ficando atrás apenas dos Estados Unidos. Nesse cenário, Mato Grosso do Sul se destaca como polo estratégico pela alta capacidade produtiva, infraestrutura e proximidade das áreas de florestas plantadas.

Boa parte dessa produção é destinada à exportação, com a China, os Países Baixos e a Itália entre os principais destinos. Em 2024, o setor gerou US$ 2,7 bilhões em receitas para o Estado, representando parcela significativa das exportações brasileiras.

Créditos: Shutterstock

Novos investimentos reforçam a liderança do Estado

O avanço da indústria de celulose em Mato Grosso do Sul se apoia em investimentos bilionários. A chilena Arauco está construindo em Inocência uma planta avaliada em US$ 4,6 bilhões, com capacidade para 3,5 milhões de toneladas por ano. 

Em Bataguassu, a Bracell investirá o mesmo valor em uma unidade que deverá processar 2,4 milhões de toneladas anuais, divididas entre celulose kraft e solúvel, destinada a setores como o têxtil e o farmacêutico.

Outro projeto relevante é a segunda linha da Eldorado, em Três Lagoas, estimada em US$ 4,5 bilhões e com potencial para adicionar mais 2,5 milhões de toneladas por ano à produção estadual. 

Informações: Acorda Cidade.

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Suzano celebra 47 anos em Aracruz com muita história, desenvolvimento social e renovação

Município, que se destaca pela produção de celulose, este ano passa a produzir também papéis higiênicos, agregando valor à cadeia de produção

A Suzano, maior produtora mundial de celulose e referência global na fabricação de bioprodutos desenvolvidos a partir do eucalipto, celebra nesta sexta-feira (31) 47 anos de operação de sua unidade industrial em Aracruz (ES). Inaugurada em 1978, a unidade capixaba desempenha papel estratégico na cadeia de valor da companhia, sendo reconhecida por sua excelência operacional, inovação e contribuição para o desenvolvimento regional.

Com capacidade produtiva de 2,3 milhões de toneladas de celulose por ano, a unidade reúne atualmente cerca de 4,8 mil colaboradores diretos e milhares de empregos indiretos em toda a cadeia de fornecedores e prestadores de serviços locais. Desde o início das operações, Aracruz tem sido um símbolo da evolução tecnológica e do compromisso da Suzano com a sustentabilidade e o cuidado com as pessoas.

“São 47 anos de uma história construída com muito trabalho, inovação e parceria com a comunidade capixaba. Cada conquista é resultado do empenho de milhares de pessoas que acreditam no propósito de renovar a vida a partir da árvore”, afirma André Brito, Gerente Executivo de Relações Corporativas da Suzano.

A empresa foi uma das pioneiras do setor industrial a se instalar em Aracruz, região que hoje abriga diversos outros grandes empreendimentos, alguns dos quais nasceram a partir da prestação de serviços à indústria de celulose e dali se expandiram. Fomentar o desenvolvimento de fornecedores é uma prática que faz parte da história da Suzano.

Nos últimos anos, a empresa vem fortalecendo ainda mais sua presença no Espírito Santo. Em 2024 e 2025, a companhia investiu mais de R$ 162 milhões nas Paradas Gerais das fábricas A e B para modernização e eficiência operacional. Além disso, concluiu neste segundo semestre um pacote de investimentos que somou R$ 1,17 bilhão, incluindo, a construção de uma fábrica de papel tissue em Aracruz e uma nova caldeira. Com a nova fábrica de papel, a unidade de Aracruz passa a produzir também papéis higiênicos das marcas Mimmo, Neve e Max Pure, que chegam à casa dos consumidores.

A unidade também se destaca por suas ações sociais e ambientais. Ao longo das últimas décadas, a Suzano tem desenvolvido programas voltados à educação, geração de renda, biodiversidade e voluntariado, contribuindo para o fortalecimento das comunidades vizinhas e a promoção do desenvolvimento sustentável na região.

“Mais do que números, celebramos pessoas. Cada colaborador e colaboradora que faz parte da Suzano Aracruz é protagonista dessa jornada. Buscamos meios de contribuir com o desenvolvimento das comunidades, pois é importante que cresçamos juntos. O futuro está sendo construído com o mesmo respeito que sempre guiou nossa história”, explica André Brito.

Sobre a Suzano 

A Suzano é a maior produtora mundial de celulose, uma das maiores produtoras de papéis da América Latina, líder no segmento de papel higiênico no Brasil e referência no desenvolvimento de soluções sustentáveis e inovadoras a partir de matéria-prima de fonte renovável. Nossos produtos e soluções estão presentes na vida de mais de 2 bilhões de pessoas, abastecem mais de 100 países e incluem celulose; papéis para imprimir e escrever; papéis para embalagens, copos e canudos; papéis sanitários e produtos absorventes; além de novos bioprodutos desenvolvidos para atender à demanda global. A inovação e a sustentabilidade orientam nosso propósito de “Renovar a vida a partir da árvore” e nosso trabalho no enfrentamento dos desafios da sociedade e do planeta. Com mais de 100 anos de história, temos ações nas bolsas do Brasil (SUZB3) e dos Estados Unidos (SUZ). Saiba mais na página: www.suzano.com.br

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Exclusiva – Expedição Silvicultura entra na contagem regressiva final após encontro estratégico em SC

A Expedição Silvicultura segue em ritmo acelerado em sua fase de conclusão, solidificando o maior e mais detalhado mapeamento florestal do país. Após o sucesso da etapa em Colombo, no Paraná, a jornada inédita seguiu para Santa Catarina, onde o oitavo evento presencial da série de nove foi realizado com êxito em Lages, no dia 31 de Outubro.

O encontro em Lages, um polo estratégico da silvicultura catarinense, reuniu líderes, produtores e técnicos em um ambiente de intenso debate e troca de conhecimento. O foco desta fase final da Expedição é capturar os dados cruciais da produtividade na Região Sul, fundamental para um setor que busca competitividade e inovação contínua.

Bruno Montibeller, sócio da Canopy Remote Sensing Solutions e coordenador geral do projeto, fez um balanço da etapa Sul e destacou os objetivos da pesquisa em capturar dados detalhados para elevar a competitividade do setor:

“A recepção no Sul tem sido excelente, assim como nas demais regiões do país. Nesta fase, estamos entrando em uma área de maior adensamento florestal e com a forte presença do pinus, uma realidade menos comum nos estados pelos quais já passamos. A demanda por dados sobre essa cultura é latente. Para garantir a qualidade, mantemos o mesmo protocolo e padrão de coleta de dados, tanto para eucalipto quanto para o pinus, que é o nosso foco estratégico aqui no Sul, já que os estados dessa região concentram cerca de 89% de todo o estoque nacional mapeado.

Além disso, estamos buscando atender à demanda do setor por informações de produtividade em áreas de pequena e média propriedade – uma característica da estrutura fundiária, especialmente do Planalto Catarinense e Gaúcho. Nossa metodologia de coleta é adaptada para essas propriedades, e o volume de informações levantado nos permitirá retornar a campo e monitorar esses indicadores de forma contínua. A proposta é que a Expedição se estabeleça como um inventário anual, criando uma série histórica de dados para o setor”.

Dados de alta qualidade para decisões assertivas

A etapa de Lages reforçou o formato consagrado da Expedição: a combinação de palestras técnicas com a apresentação de dados inéditos do setor, painéis sobre políticas públicas e discussões sobre as mais recentes inovações em manejo florestal sustentável.

A importância desta iniciativa é amplamente reconhecida pelos parceiros, que veem na geração de informações de alta qualidade a chave para o avanço do setor. A proposta da Expedição é ir além do inventário tradicional, utilizando tecnologias de ponta para digitalizar e otimizar a coleta de dados, permitindo uma visão mais aprofundada da produtividade.

Como ressaltado por especialistas envolvidos no projeto, o objetivo final é cruzar esses dados de produtividade com fatores como a tipologia de solo e os arranjos produtivos, permitindo que as decisões dos gestores e produtores se tornem cada vez mais assertivas. Os insights gerados pelos encontros regionais, como o de Lages, são vitais para maximizar a produtividade e fortalecer a presença dos silvicultores no cenário nacional.

“Essa volta pelo Brasil, mostrando e coletando dados, é algo crucial para o setor. A gente ainda tem muita falta de informação, e acredito que esses dados que estão sendo coletados serão importantes para as empresas na tomada de decisão. São dados mais precisos para que eles possam trabalhar. Igualmente importante é o compartilhamento dessas informações com a academia, empresas e o público em geral. Este intercâmbio é vital para o desenvolvimento do setor florestal brasileiro, e certamente auxiliará de forma substancial nas pesquisas de todos dos nossos, e de todos programas de Pós-Graduação e Engenharia Florestal do país”, ressaltou  Philipe Soares, professor UDESC, destacando o valor acadêmico dos dados coletados.


“Achei a iniciativa da Expedição muito interessante e de extrema importância para o setor. Ela trará uma realidade atual e detalhada do estoque de florestas e da sua sanidade, abrangendo um range de variação climática e de condição ambiental muito significativo. Isso nos dará uma base essencial para a discussão de níveis de produtividade e do status geral da silvicultura em um nível detalhado. É um trabalho muito legal; parabéns pela iniciativa!”, pontuou James Stahl, pesquisador da Klabin, evidenciando o uso prático dos dados pela indústria.


“Em primeiro lugar, parabéns pela iniciativa! É algo que o Setor Florestal estava necessitando: esse trabalho aprofundado de desenvolvimento e a conexão entre diferentes clusters de produção. Apesar das diferenças regionais, todas as áreas estão tratando do mesmo assunto: a floresta plantada no Brasil. É um setor que tem uma visão de longo prazo e, mesmo tendo sofrido questões políticas recentes, a conexão entre diferentes entidades — seja a iniciativa privada, a academia ou o setor governamental — é de extrema importância. Trabalhar em conjunto nesse sentido, focado na inovação e trazendo novas perspectivas, mas também o acompanhamento a longo prazo, é essencial para o desenvolvimento setorial”, frisou Gil Pletsch, CEO da Quiron Digital, reforçando a importância da colaboração multissetorial e da inovação.

Reta final em Porto Alegre

Com a etapa catarinense concluída, a Expedição Silvicultura se prepara para o seu nono e último compromisso presencial. A jornada de levantamento de dados, que percorreu 14 estados responsáveis por 98% da área plantada no Brasil, será coroada em Porto Alegre (RS), no dia 6 de Novembro. Inscreva-gratuitamente aqui (vagas limitadas).

A finalização dos eventos presenciais marca a entrada na fase de análise final dos dados coletados entre setembro e novembro, um material que promete se tornar uma referência fundamental para o futuro do planejamento e desenvolvimento da silvicultura brasileira.

A Expedição Silvicultura é uma realização da Canopy Remote Sensing Solutions, Embrapa Florestas e Paulo Cardoso Comunicações, e conta com o apoio das principais instituições e empresas do setor.

Escrito por: redação Mais Floresta.

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MS deve produzir quase metade da celulose do Brasil nos próximos 10 anos

Com novas megafábricas, Estado deve concentrar mais de 70% da expansão nacional do setor da celulose até 2035

Mato Grosso do Sul deve se tornar, em um prazo de 10 anos, o maior produtor de celulose do Brasil. O Estado, que atualmente responde por quase um terço da celulose produzida no País, responderá por quase metade da produção nacional quando as três megafábricas que já foram anunciadas estiverem em plena capacidade.

Relatório publicado neste mês pela Indústria Brasileira de Árvores (IBÁ) – o sindicato patronal das indústrias de celulose, papel e derivados de madeira de floresta plantada – mostra que, em 2024, o Brasil produziu 25,5 milhões de toneladas de celulose.

Em Mato Grosso do Sul, as quatro linhas de produção em operação – três da Suzano e uma da Eldorado – transformaram em torno de 7,5 milhões de toneladas de madeira de eucalipto em celulose, aproximadamente um terço da produção nacional.

Hoje, o Brasil é o segundo maior produtor de celulose do planeta. No ano passado, superou a China, e só está atrás dos Estados Unidos, que produz em torno de 48 milhões de toneladas de celulose. Sozinho, Mato Grosso do Sul produz mais celulose que o Japão, o nono maior produtor mundial, com 7,4 milhões de toneladas por ano.

A maioria da celulose produzida em Mato Grosso do Sul tem como destino países da Ásia, como a China, e países europeus, como os Países Baixos (Holanda) e a Itália. No ano passado, as exportações de celulose representaram para Mato Grosso do Sul uma receita de US$ 2,7 bilhões (R$ 14,4 bilhões na cotação de ontem). Todo o Brasil, em 2024, exportou US$ 10,6 bilhões, segundo o relatório da IBÁ.

Próximos anos

A perspectiva para Mato Grosso do Sul nos próximos anos é positiva, já que o Estado receberá mais de 70% do total que deve ser adicionado à produção de celulose de fibra curta no Brasil. Dos quatro grandes projetos anunciados recentemente, três estão em Mato Grosso do Sul.

O Estado receberá a planta da Arauco, multinacional chilena que está em construção em Inocência. Os investimentos na unidade totalizam US$ 4,6 bilhões, e a capacidade da linha processadora de celulose será de 3,5 milhões de toneladas anuais quando estiver em pleno funcionamento.

Também neste ano, a Bracell – empresa com sede global em Cingapura – anunciou outros US$ 4,6 bilhões em investimentos para sua planta processadora de celulose em Bataguassu, às margens do Rio Paraná, na divisa com o estado de São Paulo.

Na semana passada, o titular da Secretaria de Estado de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Ciência, Tecnologia e Inovação (Semadesc), Jaime Verruck, disse ao Correio do Estado que a expectativa é de que a licença de instalação da Bracell seja concedida até fevereiro de 2026. A partir daí, a empresa deve mobilizar as equipes para a construção da fábrica, em um período de aproximadamente três anos.

A fábrica da Bracell projetada para Bataguassu terá capacidade de processar 2,4 milhões de toneladas de celulose, sendo metade na forma convencional, a kraft (placas), e a outra metade em celulose solúvel – usada nas indústrias têxtil, farmacêutica e alimentícia.

Por fim, há um projeto que já tem licença de instalação e estava pausado desde o fim da década passada. Trata-se da segunda linha da Eldorado, que também demandaria investimentos de aproximadamente US$ 4,5 bilhões, com capacidade para 2,5 milhões de toneladas por ano.

O Correio do Estado apurou que, tão logo o grupo J&F pague os US$ 2,4 bilhões pela aquisição dos 49% das ações que pertenciam à Paper Excellence, o projeto da segunda linha será iniciado.

A única megafábrica de celulose em construção ou projetada que não está localizada em Mato Grosso do Sul é a da CMPC, empresa de capital chileno, que vai levantar em Barra do Ribeiro (RS), a 60 quilômetros da capital, Porto Alegre, um projeto de R$ 24 bilhões para produzir 2,5 milhões de toneladas de celulose por ano.

Informações: Correio do Estado.

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Embrapa Florestas sedia etapa paranaense da Expedição Silvicultura

A Embrapa Florestas sediou, nesta segunda-feira (27), o evento presencial da Expedição Silvicultura, que reuniu especialistas, empresários e produtores para discutir o futuro das florestas plantadas. O encontro integra a maior iniciativa de levantamento de produtividade florestal do país e destacou o papel do Paraná no cenário nacional. A iniciativa que está sendo promovida pela empresa Canopy, em parceria com a Embrapa Florestas e associações estaduais como a Apre, visa percorrer o país para levantar dados atualizados sobre a atividade florestal. Já está completo 80% do trajeto, que cobre 14 estados e mais de 40 mil quilômetros.

O levantamento apresentado pela Apre mostrou que o Paraná avançou 24% no faturamento da produção florestal e mantém a segunda melhor posição no Brasil. O estado possui 1,17 milhão de hectares de florestas plantadas, sendo 713 mil hectares de pinus e 442 mil hectares de eucalipto. As empresas associadas à entidade representam cerca de 50% dessas áreas e mantêm 79% das plantações certificadas, o que demonstra o compromisso com a sustentabilidade ambiental, social e econômica.

Além disso, o Paraná registra índices de produtividade 11% superiores à média nacional para pinus e 27% acima para eucalipto, resultados que refletem o investimento contínuo em pesquisa, melhoramento genético e inovação tecnológica. O setor florestal paranaense gera mais de 100 mil empregos diretos, fortalecendo economias locais e promovendo o desenvolvimento regional.

A inovação tecnológica foi um dos pilares do evento. Fábio Gonçalves, CEO da Canopy Remote Sensing Solutions, apresentou o mapeamento inédito que vem sendo realizado com a Expedição pelo País, em que se combina imagens de satélite com inventários de campo. Gonçalves ressaltou uma riqueza de detalhes obtidos, que permite uma caracterização precisa da estrutura e da saúde das florestas, informações necessárias para o planejamento estratégico do setor. “O Paraná se destaca não apenas pelo volume de produção, mas pela qualidade técnica e ambiental dos plantios. É um estado de referência para o setor florestal”, afirma.

Dados coletados

Durante a expedição, pesquisadores e técnicos coletaram informações em campo sobre estoque de madeira, produtividade, sanidade, manejo e percepção dos produtores. A utiliza iniciativa de tecnologia de ponta para cruzar dados de inventário e imagens de satélite. “A expedição é uma grande campanha nacional de coleta de dados que vai ajudar a entender os desafios e as potencialidades da silvicultura brasileira”, informa Gonçalves.

O evento seguiu com um bloco de apresentações técnicas de empresas líderes. Luiz Fernando Bona (John Deere) mostrou soluções em maquinário, Rafael Malinovski (TreeX) abordou o manejo em solos tropicais, e Vitor Werneck (Treevia) discutiu o manejo baseado em dados. Na sequência, Thiago Duarte (Mogai) falou sobre o inventário florestal aprimorado, e Cleberson Porath (Katam) explorou os desafios e oportunidades da Inteligência Artificial no setor, ilustrando um ecossistema em rápida transformação digital.

O encerramento foi marcado pela palestra da pesquisadora Josileia Zanatta, da Embrapa Florestas, que conectou os dados da Expedição Silvicultura às mudanças climáticas. “Já falamos de um grau de aumento (de temperatura) e a perspectiva é de 1,8°C até o final deste século”, alertou. Josileia apresentou projeções que mostram impactos na produtividade de espécies como o eucalipto, com perdas potenciais de até 10% em algumas regiões já para 2040, exigindo ações imediatas de adaptação, como melhoramento genético e ajustes no manejo.

Além da adaptação, um pesquisador destacou o papel crucial das florestas na mitigação das mudanças climáticas, especialmente no armazenamento de carbono. “A Floresta plantada tem um papel preponderante no Plano ABC e deve contribuir com metade da meta setorial, o que significa 510 milhões de toneladas de CO2 equivalente”, explicou. A pesquisadora enfatizou que os dados regionais coletados pela Expedição são fundamentais para refinar os cálculos nacionais de estoque de carbono, tornando-os mais precisos e representativos da diversidade brasileira.

O evento consolidou a Expedição Silvicultura como uma iniciativa estratégica para o setor, gerando dados robustos que orientarão desde a tomada de decisão no campo até a formulação de políticas públicas. Os resultados consolidados do levantamento serão apresentados em um evento online na segunda quinzena de dezembro, mantendo o setor florestal na vanguarda da inovação e da sustentabilidade.

Ao longo das próximas semanas, a Expedição Silvicultura segue sua rota pelo Sul do Brasil. “A Expedição Silvicultura vai orientar ainda mais a tomada de decisão baseada em dados, que é a contribuição dessa iniciativa para o setor florestal. Com informações mais planejadas, é possível ter um planejamento mais assertivo e prever ações de longo prazo que caracterizam a nossa atividade”, conclui Ailson Loper.

A Expedição Silvicultura é uma realização da Canopy Remote Sensing Solutions, Embrapa Florestas e Paulo Cardoso Comunicações. Com o patrocínio de John Deere, Klabin, Suzano, FS, Treevia, Amif, Bionow, Cenibra, Dama Consultoria, Fototerra, APBMA, Geplant, Indústria Brasileira de Árvores (IBÁ), Katam, Mogai, Terrus Floresta-Treex e Veracel. Recebe ainda o apoio mestre da Sedec-Governo do Estado de Mato Grosso, Pro Desenvolve-MT, Semadesc-MS, Emater-MG, Secretaria de Agricultura, Pecuária e Abastecimento-MG, Secretaria de Agricultura, Abastecimento, Aquicultura e Pesca-ES, Arefloresta e Sebrae.

A Expedição tem como objetivo contribuir para o desenvolvimento sustentável do setor florestal brasileiro. Os interessados ​​em participar do próximo evento podem ser cadastrados gratuitamente no site oficial  www.expedicaosilvicultura.com.br .

Informações: APRE Florestas.

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