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Figueirão está na nova fronteira florestal: crescimento do eucalipto avança para o Norte de MS 

O Norte de Mato Grosso do Sul desponta como a nova fronteira do eucalipto no país, com forte avanço dos plantios em municípios como Figueirão, Camapuã e na região do Alto Taquari. Essa expansão marca um movimento histórico da silvicultura sul-mato-grossense, que antes se concentrava principalmente no Vale da Celulose, no Leste do Estado, e agora rompe limites territoriais em direção ao Nordeste e Norte.

Com a abertura dessa nova frente, a capacidade produtiva pode quase dobrar, saltando dos atuais 7,8 milhões para 13,5 milhões de hectares aptos ao cultivo de florestas plantadas.

A projeção, apresentada pelo diretor-executivo da Reflore/MS, Benedito Mário Lázaro, durante audiência no Senado, representa a maior expansão já vista no setor. Segundo ele, a chegada da silvicultura ao Norte e ao Nordeste de MS — áreas historicamente marcadas por degradação e baixa performance para grãos — reflete a vocação natural da região para culturas de ciclo longo, como o eucalipto.

Figueirão, Camapuã e municípios próximos ao Alto Taquari reúnem solos arenosos e clima favorável, compondo um cenário ideal para o avanço das florestas plantadas, que também passam a ser usadas em projetos de crédito de carbono e no abastecimento industrial, especialmente da Arauco, em Inocência.

Hoje, o setor florestal já responde por 17% do PIB industrial sul-mato-grossense e posiciona o Estado como o segundo maior produtor de eucalipto do Brasil, com expectativa de assumir a liderança nacional. O secretário-executivo da Semadesc, Rogério Beretta, destaca que o consumo de eucalipto para celulose deve mais que dobrar nos próximos anos e que o Estado registra quase 2 milhões de hectares cultivados, distribuídos sobretudo entre Ribas do Rio Pardo, Três Lagoas, Água Clara e Brasilândia — mas agora com presença crescente no Norte. O avanço, reforça Beretta, ocorre sem comprometer a preservação ambiental: MS mantém 38% de sua vegetação nativa intacta e realoca áreas de pastagens degradadas para produção florestal, cana e grãos.

A nova fronteira do eucalipto também fortalece a transição energética e a geração de empregos. O setor florestal emprega mais de 20 mil pessoas e contribui para 780 MW de energia renovável no Estado, que possui 94% de sua matriz baseada em fontes limpas.

A indústria segue investindo em pesquisas para mitigar impactos, utilizando mosaicos de paisagens e técnicas avançadas de manejo florestal. Com potencial de chegar a 12 ou 13 milhões de toneladas anuais de produção, o Norte de MS — com destaque para Figueirão, Camapuã e Alto Taquari — consolida-se como uma das áreas mais promissoras para o futuro da celulose no Brasil.

Informações: Campo Grande News

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BNDES aprova R$ 451,7 milhões para Suzano, maior produtora mundial de celulose

Recursos do Finem e do Fundo Clima permitirão a maior produtora mundial de celulose modernizar unidades industriais, ampliar a capacidade de armazenagem de resíduos e reduzir consumo de gás natural

O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) aprovou financiamento no valor de R$ 451,7 milhões para a Suzano S.A. modernizar, revitalizar estruturas e aumentar a capacidade de armazenagem em unidades industriais em Aracruz (ES), Limeira (SP), Mogi das Cruzes (SP), Mucuri (BA) e Três Lagoas (MS).

O financiamento do Banco para os projetos, que contam com investimento total de R$ 700 milhões, terá recursos do Finem (R$ 342,8 milhões) e do Fundo Clima (R$ 108,9 milhões). A expectativa é que as intervenções gerem 670 empregos diretos durante a implementação e 286 empregos indiretos.

Com esses recursos, a Suzano investirá em oito projetos alinhados aos Compromissos para Renovar a Vida, conjunto de metas de longo prazo da companhia associadas aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da ONU. Essas iniciativas integram inovação, tecnologia e responsabilidade ambiental e visam apoiar um modelo produtivo voltado à economia regenerativa e ao desenvolvimento sustentável.

Em Aracruz, a empresa aumentará em 200.000 m3 a capacidade de armazenamento de resíduos do Aterro Industrial C, e implantará estrutura para a dragagem do lodo das lagoas da Estação de Tratamento de Efluentes (ETE), garantindo a gestão mais eficiente, adequada e segura dos resíduos gerados no processo de produção de celulose.

Em Limeira, o projeto tem como objetivo principal melhorar a eficiência energética da unidade industrial, com a redução de consumo químicos e energéticos. Eliminará o consumo de gás natural em cerca de 10,5 milhões m3/ano por meio da otimização da utilização de vapor no processo produtivo, resultando em cerca de 25 mil toneladas de CO2 equivalentes a menos emitidos para a atmosfera.

Em Mogi das Cruzes, a Suzano fará adequação rodoviária com a construção de pistas de desaceleração e aceleração no acesso à unidade industrial, ampliando a segurança viária para colaboradores(as), motoristas e comunidade local e reforçando a segurança como valor inegociável da companhia.

Em Mucuri, será instalada a etapa de separação de areia no processo de cozimento das Linhas 1 e 2 com a aquisição de equipamentos e estrutura, além da revitalização dos difusores da Linha 1, incluindo a substituição de peneiras, chapas perfuradas, sistemas de elevação, raspadores e recuperação das estruturas de acesso. Os projetos têm como objetivo fortalecer as melhores práticas de fabricação, otimizar o consumo de químicos e garantir a maior qualidade do produto ao cliente.

Na unidade de Três Lagoas, a empresa substituirá as três bombas de cavaco da fábrica 1 para garantir maior confiabilidade operacional e eficiência no processo produtivo.

“O BNDES cumpre a missão dada pelo governo do presidente Lula de apoiar a modernização e a expansão da capacidade produtiva da indústria brasileira, o que inclui importante segmento como o de celulose. Em 2024, a produção alcançou 25,5 milhões de toneladas, crescimento de 5,2% em relação a 2023, além de ampliar em 33,2% as exportações para mais de US$ 10 bilhões”, explica o presidente do BNDES, Aloizio Mercadante.

“A parceria com o BNDES é fundamental para que possamos viabilizar iniciativas importantes nas frentes de redução de emissões e aumento da circularidade no processo produtivo e confiabilidade de equipamentos. Esse conjunto de iniciativas amplia a competitividade de todas as unidades que serão beneficiadas com esses investimentos”, afirma o vice-presidente executivo de Finanças e Relações com Investidores da Suzano, Marcos Assumpção.

Fundo Clima – É um dos instrumentos da Política Nacional sobre Mudança do Clima e se constitui em um fundo de natureza contábil, vinculado ao Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA), com a finalidade de garantir recursos para apoio a projetos ou estudos e financiamento de empreendimentos que tenham como objetivo a mitigação das mudanças climáticas. Tem como objetivo apoiar a implantação de empreendimentos, a aquisição de máquinas e equipamentos e o desenvolvimento tecnológico relacionados à redução de emissões de gases do efeito estufa e à adaptação às mudanças do clima e aos seus efeitos.

A Suzano
A Suzano é a maior produtora mundial de celulose, uma das maiores fabricantes de papéis da América Latina e líder no segmento de papel higiênico no Brasil. A companhia adota as melhores práticas de inovação e sustentabilidade para desenvolver produtos e soluções a partir de matéria-prima renovável.

Os produtos da Suzano estão presentes na vida de mais de 2 bilhões de pessoas, cerca de 25% da população mundial, e incluem celulose; itens para higiene pessoal como papel higiênico e guardanapos; papéis para embalagens, copos e canudos; papéis para imprimir e escrever, entre outros produtos desenvolvidos para atender à crescente necessidade do planeta por itens mais sustentáveis.

Entre suas marcas no Brasil estão Neve®, Pólen®, Suzano Report®, Mimmo®, entre outras. Com sede no Brasil e operações na América Latina, América do Norte, Europa e Ásia, a empresa tem mais de 100 anos de história e ações negociadas nas bolsas do Brasil (SUZB3) e dos Estados Unidos (SUZ). Saiba mais em: suzano.com.br

Informações: Compre Rural

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MS avança na pavimentação da MS-040, eixo estratégico do Vale da Celulose

A pavimentação da MS-040 avançou mais uma etapa com a publicação, nesta terça-feira, 3, do lançamento da licitação pela Agência Estadual de Gestão de Empreendimentos (Agesul). O investimento previsto é de R$ 187,9 milhões para implantar e asfaltar 48,4 quilômetros entre Santa Rita do Pardo e Brasilândia, trecho considerado decisivo para concluir o traçado da rodovia, cuja obra se estende há uma década.

Com a conclusão dessa fase, o governo deve finalmente assegurar a ligação pavimentada entre Campo Grande e Brasilândia, reduzindo em 30 quilômetros a distância entre as duas cidades. Hoje, o percurso de 363 km cairá para 334 km. A redução também melhora o acesso ao Estado de São Paulo, especialmente na direção de Pauliceia, que passará a cerca de 390 km da capital.

Dividida em dois lotes, a obra será disputada por meio de concorrência eletrônica do tipo menor preço. A abertura está marcada para 22 de dezembro de 2025.

VALE DA CELULOSE

A pavimentação da MS-040 integra a Rota da Celulose, corredor logístico de 870,3 km que reúne trechos das rodovias estaduais MS-040, MS-338 e MS-395, além das federais BR-262 e BR-267. O projeto busca ampliar a fluidez no escoamento de madeira e celulose produzidas no leste e sudeste de Mato Grosso do Sul, regiões que concentram um dos ciclos industriais mais dinâmicos do Estado.

Informações: Correio do Estado

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Bracell investe R$ 3,5 mi em projeto com caminhões elétricos de 74 toneladas e marca avanço histórico na logística verde do setor

Com foco nas metas da Agenda Bracell 2030, companhia inova ao operar, em larga escala, caminhões elétricos no transporte de celulose e de madeira

A Bracell, uma das líderes globais na produção de celulose solúvel e especial, dá mais um passo importante na consolidação de uma logística de baixo carbono. Dois novos caminhões elétricos de 74 toneladas cada um passam a operar no transporte de madeira e de celulose em larga escala. A iniciativa marca um avanço inédito no setor, com o teste do primeiro caminhão 100% elétrico de grande porte em operação no Brasil destinado ao transporte de madeira em larga escala, que representa uma inovação para a Bracell e para o setor. Já no caso do transporte de celulose, após o sucesso da fase de testes – iniciada em 2023 -, a companhia avança e passa a utilizar o veículo com maior capacidade, reforçando o pioneirismo na adoção de soluções logísticas mais limpas e eficientes.

O veículo destinado à operação florestal fará o transporte de toras de eucalipto entre as fazendas e a fábrica da Bracell, em Lençóis Paulista (SP), em um raio de até 100 quilômetros. O outro caminhão elétrico será utilizado no transporte de celulose entre essa mesma unidade fabril e o Terminal Intermodal de Pederneiras.

O projeto, que totaliza o investimento de R$ 3,5 milhões, integra a estratégia de descarbonização da companhia e reforça os compromissos assumidos com a Agenda Bracell 2030. Entre as principais metas ambientais, está a redução de 75% das emissões de carbono por tonelada de produto, além da adoção de tecnologias mais limpas em todas as etapas das operações industriais e logísticas.

“Essa é uma inovação que une escala, tecnologia e impacto ambiental positivo. Ao incorporar caminhões elétricos de grande porte à nossa operação, reforçamos o compromisso com a eficiência logística e com a construção de soluções sustentáveis para o setor. Além disso, temos orgulho de sermos a primeira empresa do setor a conquistar a Autorização Especial de Trânsito (AET) de caminhões elétricos para transporte de madeira e de celulose em conjuntos de 74 toneladas no país, o que reforça a priorização pelo bem-estar e segurança dos nossos condutores e das demais pessoas que estiverem nas vias”, afirma Patrick Silva, vice-presidente de Logística da Bracell.

Com autonomia de até 250 quilômetros por carga e tempo médio de recarga de 1h30m, os veículos já estão integrados à estrutura logística da companhia e contam com pontos de recarga instalados na fábrica de Lençóis Paulista. “A operação será monitorada para avaliar ganhos ambientais, operacionais e econômicos, com possibilidade de ampliação da frota nos próximos ciclos”, completa o executivo.

Celulose

A utilização do caminhão elétrico com AET para 74ton representa um avanço do projeto iniciado pela Bracell em 2023, quando a companhia se tornou pioneira no setor ao adotar veículos pesados com mais de 40 toneladas movidos a eletricidade para o transporte de celulose. Após os resultados positivos deste primeiro piloto, a companhia avança de forma consistente na eletrificação das operações logísticas, alinhada à Agenda Bracell 2030, e reforça seu compromisso com a descarbonização das operações e o enfrentamento das mudanças climáticas, por meio de ações concretas que unem inovação, eficiência e responsabilidade ambiental.

Madeira

Todos os testes seguem rigorosamente as legislações e normas aplicáveis, atendendo aos requisitos legais de transporte, segurança veicular e saúde ocupacional. O projeto foi estruturado com base nas melhores práticas e reforça a visão da Bracell de que soluções sustentáveis devem caminhar junto à integridade operacional e ao bem-estar das pessoas e comunidades envolvidas.

Informações: NeoMundo

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Governo suspende elaboração da Lista Nacional de Espécies Exóticas Invasoras após articulação da FPA

Bancada levou o tema ao centro do debate e destacou possíveis impactos econômicos e produtivos da proposta, abrindo caminho para nova rodada de negociações técnicas.

A atuação coordenada da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA) levou o Ministério do Meio Ambiente (MMA) a suspender, temporariamente, a elaboração da Lista Nacional de Espécies Exóticas Invasoras. A decisão, oficializada nesta quinta-feira (4), atende às manifestações de parlamentares e entidades do setor produtivo, que solicitaram mais diálogo e aprofundamento técnico diante dos potenciais impactos econômicos da proposta.

A minuta da Conabio, apresentada pelo MMA em outubro, classificava como exóticas invasoras espécies amplamente utilizadas no país — como tilápia, camarão vannamei, eucalipto, pinus, manga, goiaba e jaca.

Presidente da FPA, o deputado Pedro Lupion (Republicanos-PR), destacou que o tema exige análise detalhada para evitar insegurança jurídica em cadeias produtivas consolidadas, especialmente nas áreas de aquicultura, fruticultura e florestas plantadas.

“A lista apresentada precisava de uma aproximação maior com a realidade da produção brasileira. Nosso papel é garantir que qualquer decisão considere os impactos para quem produz e para quem vive da atividade agropecuária”, disse Lupion. Sobre a tilápia, o deputado reforçou que 70% do pescado do país é produzido no Paraná. “É uma cadeia estruturada, sustentável e essencial para milhares de famílias,” disse.

No mesmo sentido, o deputado Sérgio Souza (MDB-PR), ex-presidente da FPA, destacou que algumas culturas listadas têm relevância estratégica para o país.

“Pinus e eucalipto sustentam setores inteiros da indústria brasileira, como madeira, papel e celulose. Qualquer metodologia precisa considerar evidências científicas e os efeitos socioeconômicos”, afirmou.

Sérgio Souza também ressaltou a consolidação da aquicultura nacional. “A tilápia é uma atividade madura, com práticas ambientais seguras e forte organização produtiva”.

Desenvolvimento regional e impacto social

A deputada Marussa Boldrin (MDB-GO) enfatizou o papel das espécies na geração de renda e desenvolvimento local nas regiões do país.

“Estamos falando de plantas e animais que garantem renda a milhares de famílias. Em Goiás, por exemplo, a tilapicultura cresce ano após ano, com apoio de cooperativas e políticas públicas bem estruturadas”, afirmou.

Já o deputado José Medeiros (PL-MT) lembrou que a lista preliminar incluía culturas essenciais para diferentes cadeias econômicas.

“O eucalipto é fundamental para a produção de biomassa, papel, celulose e insumos energéticos. É importante que essas atividades participem da construção de diretrizes sobre espécies exóticas”, disse.

Suspensão

Na nota publicada, nesta quinta-feira (4), o MMA informou que a suspensão amplia o diálogo com setores econômicos e instituições científicas antes da retomada do processo. O ministério ressaltou que a lista tem caráter preventivo e não representa, por si só, restrições ao cultivo.

A FPA defende agora a criação de um grupo técnico interministerial para revisar critérios e construir diretrizes que conciliem conservação ambiental, segurança jurídica e continuidade da produção.

Para Lupion, o resultado fortalece o processo decisório. “O Brasil tem expertise para produzir com sustentabilidade. O caminho é integrar ciência, tecnologia e a experiência de quem está no campo”, concluiu.

Informações: Agência FPA

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Como o setor florestal paulista reduziu incêndios e ampliou a integração com o poder público em 2025

Fernanda Abilio, diretora-executiva da Florestar – Indústria Florestal Paulista, fala sobre os resultados do ano, o avanço das parcerias e os próximos passos na prevenção de incêndios.

Quais são os principais resultados do setor florestal paulista em 2025 no tema incêndios?

Fernanda: Este ano a área com florestas plantadas afetada por incêndios foi muito menor, uma queda de 44% em relação ao ano anterior. Também observamos diminuição nas ocorrências, que passaram de cerca de 2 mil registros em 2024 para 1.200 neste ano. As equipes de combate do setor florestal tiveram ótima eficiência. Em média, levaram até 29 minutos da detecção até a chegada da brigada ao local do incêndio, um dado admirável considerando a distribuição territorial das florestas no estado.

São resultados de um trabalho contínuo das empresas, que ao longo dos anos vêm aprimorando seus sistemas de prevenção e monitoramento, analisando dados históricos, estudando previsões climáticas e mantendo investimentos consistentes em tecnologia, infraestrutura, capacitação de equipes e programas de conscientização.

Além dos resultados operacionais, avançamos em aspectos institucionais. A Florestar consolidou parcerias público-privadas e estreitou seu relacionamento com órgãos públicos do Governo do Estado de São Paulo. Fortaleceu também o alinhamento e a atuação conjunta das empresas florestais.

E como a infraestrutura das empresas contribuiu para esses resultados?

Hoje o setor florestal opera uma das maiores estruturas privadas de prevenção e combate a incêndios do país. Somente no estado de São Paulo, são pelo menos 3 mil brigadistas, 500 veículos de apoio, 240 caminhões-pipa e mais de 30 mil quilômetros de aceiros feitos anualmente.

Conta com centrais de monitoramento, torres equipadas com câmeras de alta definição e inteligência artificial, comunicação integrada e equipes distribuídas em diferentes regiões do estado. Essa estrutura cobre mais de 1 milhão de hectares, entre florestas plantadas e nativas, e adicionou no ano de 2025, mais 840 mil hectares de Unidades de Conservação em parceria com o Governo do Estado de São Paulo.

Em 2025, a Florestar firmou um Acordo de Cooperação com a Secretaria de Meio Ambiente, Infraestrutura e Logística (SEMIL). Qual a importância desse passo?

Foi um marco importante. O acordo formalizou uma relação institucional construída ao longo dos anos entre o setor florestal e o Governo do Estado. Estabelece bases claras para o trabalho conjunto, reforça a confiança mútua e consolida o setor como parceiro da agenda ambiental e da proteção do território paulista.

Dentro desse acordo, oficializamos o PAM Florestal, que é um programa de auxílio mútuo entre as empresas.  Também ajudamos a estruturar o monitoramento das Unidades de Conservação sob gestão da SEMIL junto às centrais das empresas. Este monitoramento permitiu que alertas de focos de incêndios sejam identificados em tempo real e encaminhados instantaneamente aos gestores das unidades. Esse fluxo contribui para reduzir o tempo de resposta e evitar que pequenos focos evoluam para incêndios de maior proporção em área de preservação do estado.

O ano marcou a oficialização do PAM Florestal. O que ele representa na prática?

A oficialização do PAM Florestal instituiu um modelo de cooperação que já vinha sendo construído entre as empresas, mas agora com governança definida e objetivos compartilhados. Trata-se de uma iniciativa voluntária, colaborativa e que respeita a autonomia de cada integrante.

Esse avanço também aproximou o setor da Defesa Civil, do Corpo de Bombeiros e da Polícia Militar Ambiental. Estamos construindo um canal direto de comunicação, com a participação de todos em reuniões técnicas e em visitas às centrais de monitoramento das empresas, permitindo que os órgãos públicos conheçam de perto a estrutura operacional e o nível de organização do setor florestal. A ampliação deste diálogo é um dos fatores que contribuem para antecipar riscos e reduzir impactos.

Como tem sido essa atuação conjunta?

O PAM Florestal funciona como uma rede de contato e mobilização, unindo empresas e órgãos públicos em um fluxo coordenado de informação e resposta. Sempre que há uma ocorrência relevante, o grupo aciona seus representantes imediatamente, permitindo que cada instituição avalie sua capacidade de apoio e mobilize recursos de forma ágil.

Em diversas situações, as empresas foram acionadas diretamente por prefeituras e órgãos estaduais, inclusive em áreas externas às propriedades e em locais com risco à sociedade. Esses atendimentos refletem a confiança construída ao longo dos anos e o amadurecimento da articulação entre o setor privado e o poder público.

Fechamos 2025 com o PAM Florestal consolidado como um espaço de cooperação prática, reunindo ações que vão do apoio operacional ao fortalecimento institucional.

E quanto às ações sociais de prevenção?

As empresas mantêm, há anos, campanhas de prevenção e conscientização com diálogo direto junto às comunidades, fornecendo orientação sobre riscos e rotinas seguras. Esse trabalho envolve visitas, encontros educativos e um canal permanente de contato com moradores do entorno das áreas florestais.

Em levantamento preliminar da Florestar, identificamos mais de 500 comunidades atendidas em 2025, abrangendo moradores vizinhos, escolas, produtores rurais e lideranças locais. Ao todo, mais de 15 mil pessoas, entre público interno e externo às empresas, participaram de ações ao longo do ano.

Também demos continuidade ao apoio institucional à SEMIL na campanha estadual SP Sem Fogo, divulgando materiais oficiais, ampliando o alcance das mensagens de prevenção e contribuindo para que as orientações chegassem às regiões mais suscetíveis a incêndios. Esse alinhamento favorece a comunicação pública e complementa os esforços de proteção no território paulista.

O setor realizou um benchmarking internacional este ano no Chile. O que podemos aprender sobre prevenção e combate a incêndios com as empresas florestais de lá?

O Chile tem uma trajetória marcada por grandes incêndios florestais, alguns de proporções históricas. Essa experiência forçou o país a evoluir rapidamente, criando modelos integrados de prevenção, protocolos operativos mais robustos e uma coordenação muito estreita entre governo, setor privado e comunidade.

Esses aprendizados estão sendo incorporados ao planejamento de 2026, especialmente na ampliação dos treinamentos conjuntos, construção de fluxos operacionais padronizados e fortalecimento da articulação interinstitucional.

Nosso objetivo é justamente evitar que o estado de São Paulo passe por grandes episódios de incêndios. Por isso, trouxemos como principal aprendizado a importância do engajamento pleno entre órgãos públicos, empresas e comunidades locais.

Qual o planejamento para 2026?

Seguiremos com foco na integração, o calendário foi organizado para contemplar a participação contínua dos diferentes atores envolvidos. Entre as prioridades, estão as rotinas preventivas antes e durante o período crítico de incêndios, a materialização de protocolos e treinamentos conjuntos, e o avanço do fluxo de comunicação entre o setor privado incluindo outros setores e órgãos públicos.

O próximo ano será dedicado a consolidar essa coordenação. Estamos preparados para evoluir ainda mais.

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