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Organizações da sociedade civil, setor privado e poder público pedem urgência na implementação em escala do Código Florestal

Acelerar a regularização ambiental e a análise do CAR são algumas das medidas reforçadas por entidades multissetoriais para garantir a efetividade da lei

Coletivos multissetoriais se reuniram para convocar um “Pacto pelo Código Florestal”, um chamado à ação para que organizações do setor privado, da sociedade civil e das diferentes esferas do poder público assumam suas responsabilidades para acelerar a implementação da Lei de Proteção da Vegetação Nativa, sancionada em 2012.

Fundamental para conciliar a produção agropecuária e o desenvolvimento sustentável, proteger a biodiversidade e garantir segurança jurídica aos pequenos produtores rurais, além de abrir novas oportunidades de financiamento, o Código Florestal também é uma ferramenta crucial no enfrentamento da crise climática. Seu papel é decisivo para o alcance das metas de desmatamento zero e de recuperação de áreas degradadas — agendas centrais para a redução das emissões de gases de efeito estufa, assunto que terá destaque nas discussões da COP 30, em Belém, de 10 a 21 de novembro.

Em evento realizado em Brasília, no último dia 23, no Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI), lideranças do setor privado, sociedade civil e governamental, compartilharam o seu apoio ao Pacto.

Para Beto Mesquita, diretor de Paisagens Sustentáveis da Conservação Internacional (CI-Brasil), o objetivo do Pacto é “unir forças na compreensão da Lei de Proteção da Vegetação Nativa” — o que, segundo ele, trará benefícios ambientais, econômicos, sociais e climáticos, além de segurança jurídica, comercial e prosperidade. “Todos somos protagonistas, cada um com suas responsabilidades para a implementação do Código Florestal”, assinala.

Carolle Alarcon, gerente-executiva da Coalizão Brasil Clima, Florestas e Agricultura, ressalta que é preciso transformar a lei em prática efetiva, com escala e urgência. “Nossa intenção é mais do que um compromisso simbólico: é um chamado para a construção de um compromisso concreto, com responsabilidade do setor produtivo, dos agentes financeiros e da sociedade”, enfatiza. “Temos tecnologia, capacidade técnica e uma sociedade que demanda por resultados.”

Caminhos e avanços para a implementação do Código Florestal

De acordo com Mesquita, a plena implementação do Código Florestal é uma das agendas mais estratégicas para o desenvolvimento sustentável do Brasil. “A lei, sancionada há 13 anos, amadureceu como instrumento político, mas ainda enfrenta grandes desafios de efetividade, entre eles a demanda por integração de dados e tecnologias para acelerar e automatizar a análise do Cadastro Ambiental Rural (CAR)”.

Diretora de Pesquisa do Climate Policy Initiative (CPI/PUC-Rio), Joana Chiavari destaca que, no último ano, a conclusão das análises do CAR chegou a 485 mil cadastros validados, o que representa pouco mais de 6% da base nacional. “Ainda é pouco, diante do desafio que temos, mas demonstra que é possível avançar”, ressaltou a pesquisadora, que compilou dados da iniciativa Planaflor, do Observatório do Código Florestal e do próprio CPI. “O uso da automação permitirá que as análises dos cadastros ganhem volume e consistência técnica.”

Roberta del Giudice, diretora de Florestas e Políticas Públicas da BVRio, destaca o enorme valor resultante da conservação e restauração de florestas. “A implementação do Código Florestal pode gerar até R$ 6,2 trilhões, sendo R$ 4 trilhões somente em serviços ecossistêmicos em áreas excedentes de Reserva Legal. Conversar compensa.”

O que é o Código Florestal

A Lei nº 12.651, de 25 de maio de 2012, também chamada de novo Código Florestal, trata da proteção da vegetação nativa e tem como direcionamento promover o manejo florestal sustentável, a restauração de áreas degradadas, o desenvolvimento de uma agricultura de baixo carbono, a segurança alimentar e a adoção de soluções baseadas na natureza (SbN), pilares fundamentais para o alcance das metas climáticas e para uma economia sustentável. Ele prevê, ainda, a preservação de até 80% de cobertura nativa nas propriedades situadas em áreas de florestas na Amazônia Legal, 20 a 35% em áreas do Cerrado e 20% nas demais regiões do país.

Informações: Jornal do Brás.

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A nova fronteira da celulose em MS

O potencial já é grande; o desafio, agora, é transformar essa projeção em um modelo de desenvolvimento duradouro e inclusivo. O futuro é promissor e podemos ser protagonistas

Nesta edição mostramos que, em um período de 10 anos, Mato Grosso do Sul se tornará o maior produtor de celulose do Brasil. Trata-se de uma excelente notícia no médio e longo prazo, que enche todos nós, que vivemos o presente, de esperança. É a confirmação de que o Estado ocupa, de forma definitiva, um lugar de destaque na indústria de base florestal e de que a economia sul-mato-grossense caminha para se tornar ainda mais diversificada e sustentável.

Mas, até que esse cenário se concretize, há muito por ser feito. As grandes transformações econômicas não se sustentam apenas em anúncios de investimentos bilionários, por mais expressivos que sejam. Elas dependem, sobretudo, de preparo, planejamento e capacitação das pessoas que vão transformar as promessas em realidade.

Em primeiro lugar, é preciso investir de forma sistemática na qualificação da mão de obra. As fábricas que estão sendo erguidas e aquelas que entrarão em operação na próxima década exigem trabalhadores preparados, tanto para a construção quanto para a operação dos complexos industriais. Que elas gerarão empregos, disso não há dúvida. Mas a questão é: para quem serão esses empregos? Para os que já estão aqui ou para os que migrarão de outros estados para ocupar as vagas abertas? É hora de garantir que os sul-mato-grossenses tenham prioridade, e isso só será possível com investimento em educação técnica, Ensino Superior e formação continuada.

Ao mesmo tempo, o Estado precisa ir além. É necessário colocar universidades e centros de pesquisa a serviço do setor e chamar o empresariado local para participar de projetos de inovação. Se temos o parque industrial, por que não desenvolver também os produtos que saem dele?
É urgente fortalecer laboratórios e programas de pesquisa para desenvolver novos compostos a partir da celulose, que já é matéria-prima para segmentos tão diversos quanto o têxtil, o farmacêutico e o alimentício.

Da mesma forma, é essencial investir em produtividade: o eucalipto sul-mato-grossense é um dos mais produtivos do mundo, mas ainda há espaço para aprimorar o manejo, reduzir impactos ambientais e agregar valor às florestas plantadas.

Além disso, há um efeito transformador que já pode ser sentido. O chamado Vale da Celulose vem mudando a paisagem do nordeste do Estado, onde milhões de hectares de pastagens degradadas foram convertidos em florestas plantadas. Essa reconversão de uso da terra, feita de forma planejada e tecnicamente orientada, é um exemplo de como o desenvolvimento industrial pode andar junto com a recuperação ambiental e com a revalorização de regiões que antes estavam esquecidas.

Com esses passos, Mato Grosso do Sul tem a chance de consolidar não apenas uma liderança produtiva, mas também tecnológica, ambiental e social. O potencial já é grande; o desafio, agora, é transformar essa projeção em um modelo de desenvolvimento duradouro e inclusivo. O futuro da celulose é promissor, e o Estado tem todas as condições de ser o protagonista nessa nova fronteira.


Publicação original do artigo em Correio do Estado: https://correiodoestado.com.br/cidades/artigos-e-opiniao/a-nova-fronteira-da-celulose-em-ms/456721/

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Bioenergia das árvores cultivadas corresponde a 12% da matriz energética nacional

Publicação inédita do Ibá mostra a contribuição do setor para a transição energética e a construção de um futuro mais verde e sustentável

A bioenergia florestal, uma fonte limpa e renovável, já responde por 12,09% do consumo energético brasileiro. Quando consideramos apenas o uso de energia elétrica, os produtos florestais representam 2,69%, uma quantidade suficiente para suprir a demanda de todas as residências do estado do Rio de Janeiro por um ano.

É o que mostra a publicação “Bioenergia das árvores cultivadas: energia verde para um futuro sustentável”, produzida pela Ibá (Indústria Brasileira de Árvores) em parceria com a EPE (Empresa de Pesquisa Energética), Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária) e ABTCP (Associação Brasileira Técnica de Celulose e Papel).

A bioenergia florestal, derivada de produtos como o licor preto, carvão vegetal e biomassa lenhosa, é usada tanto pelo setor de árvores cultivadas como também para abastecer a indústria do país. Trata-se de uma alternativa estratégica para setores que tradicionalmente dependem de combustíveis fósseis, como siderurgia e mineração, além de segmentos como o de biocombustíveis para transporte terrestre e aéreo.

O Brasil é líder mundial na produção de carvão vegetal, utilizado como fonte de calor para gerar ferro-gusa e ferroligas, por exemplo. Atua também como agente redutor do minério de ferro na cadeia produtiva do aço verde, tornando a siderurgia e metalurgia mais sustentáveis. A construção de um viaduto com aço verde, por exemplo, pode poupar a emissão de 4 toneladas de CO2eq em relação a um viaduto similar, usando coque. Da mesma forma, a bioenergia florestal se mostra cada vez mais presente na diversificação da matriz de indústrias como a de cimento, de plástico, alimentícia e cervejeira.

Mas o papel da biomassa florestal vai além: há uma ampla gama de produtos energéticos, desde os já consolidados, como carvão vegetal, licor preto, cavacos, pellets e briquetes, até novas soluções, como o gás de síntese para hidrogênio de baixo carbono, o biometano e os biocombustíveis líquidos, incluindo etanol 2G e SAFs. Em termos ilustrativos, há uma biorrefinaria energética baseada em árvores cultivadas, com capacidade de escalar e de abrir oportunidades para a transição de baixo carbono.

“O setor de árvores cultivadas há décadas demonstra uma gestão inteligente dos recursos naturais. São hoje 10,5 milhões de hectares destinados à produção de árvores, além de outros 7,01 milhões de hectares de mata nativa conservada por essa indústria. Somos exemplos de como é possível produzir e preservar, promovendo o desenvolvimento econômico sustentável, ao mesmo tempo que zelando pelo futuro de nosso planeta”, diz Paulo Hartung, presidente da Ibá.

O infográfico é assim um passo importante para ampliar o entendimento sobre a bioenergia do setor florestal para os stakeholders. O documento traduz de forma simples e acessível a relevância desse ativo no Brasil, mostrando que as árvores cultivadas, além de originarem produtos consolidados como papel, celulose, móveis e painéis, também são fonte de energia limpa, competitiva e sustentável para o futuro do país.

Informações: emóbile.

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Exclusiva – Expedição Silvicultura chega na região Sul e entra na reta final do maior mapeamento florestal do país

A Expedição Silvicultura entra em sua fase de conclusão. O roteiro seguiu para a região Sul do Brasil, onde a equipe cumpre mais um passo crucial em seu cronograma. O mais recente evento presencial, o sétimo de um total de nove, aconteceu nesta segunda-feira (27/10), em Colombo, Paraná, na sede da Embrapa Florestas, abrangendo a região da Grande Curitiba.

Através dos encontros, são apresentadas palestras técnicas com dados inéditos do setor, painéis sobre políticas públicas e inovações em manejo florestal, além de sessões estratégicas de networking.

O encontro no Paraná foi estratégico para a iniciativa, uma vez que o estado é uma referência nacional em inovação e manejo sustentável, com um papel de destaque na produção florestal brasileira. No evento, foi apresentado o resultado do Valor Bruto da Produção Silvicultural (VBP) do Paraná, que avançou 24% no faturamento e mantém a segunda melhor posição no país, reforçando a importância do mapeamento em andamento para o setor.

A voz do setor sobre a Expedição

A importância da Expedição Silvicultura para a geração de dados de alta qualidade e para o desenvolvimento do setor é destacada pelas principais instituições e empresas parceiras do projeto, que veem na iniciativa uma forma de impulsionar a produtividade e a tomada de decisão estratégica.

“Para a Embrapa Florestas, a Expedição representa uma oportunidade estratégica para compartilhar seu conhecimento e expertise. O foco está na exploração e análise aprofundada dos dados gerados pelas inúmeras coletas realizadas em diversas vertentes durante o projeto. Esperamos fortalecer nossa presença junto ao silvicultor e ao produtor florestal, estabelecendo novas parcerias e desenvolvendo formas inovadoras de utilizar esses dados. Nosso objetivo final é maximizar a produtividade e aprimorar a tomada de decisão no setor.”

– Edina Regina Moresco, chefe adjunto de Transferência de Tecnologia na Embrapa Florestas


“A Expedição vai trazer bastante informação e eu vejo que isso vai nos ajudar a enxergar melhor a produtividade e como são os arranjos produtivos no Brasil, trazendo informações com muita qualidade para o futuro da silvicultura. E a nossa ideia é cruzar a mineralogia, ou seja, a tipologia de argila, com os dados de produtividade da Expedição Silvicultura, das parcelas, e começar a traçar os perfis de produtividade por clone e por tipologia de argila.”

– Rafael Malinowski, diretor da Treex


“A gente costuma dizer, que quanto maior a qualidade da informação que temos para decidir, mais assertivas tendem a ser nossas escolhas. O primeiro grande passo foi dado: estabelecemos um efeito de demonstração vital para o setor. Mas a jornada não para. A partir de agora, o desafio é buscar constantemente novos dados e insights para enriquecer a mesa e capacitar ainda mais nossos tomadores de decisão.”

– Ailson Loper, diretor executivo da APRE

Confira mais mais detalhes do evento no vídeo:

Últimos encontros acontecem no Sul

O foco em gerar dados de alta qualidade para aprimorar a competitividade da silvicultura nacional leva a Expedição aos seus dois compromissos finais na região Sul do país. As duas cidades a receberem os eventos presenciais da Expedição, a partir das 13h, são:

  • Lages/SC: 31 de outubro
  • Porto Alegre/RS: 6 de novembro

Conhecimento, tecnologia & inovação para o setor

A Expedição Silvicultura é uma iniciativa inédita que está realizando o maior e mais detalhado levantamento de dados sobre a produtividade do setor florestal no Brasil. O projeto percorre entre setembro e novembro, 14 estados – responsáveis por 98% da área total plantada no país – e inclui uma série de 9 eventos presenciais. Esses encontros combinam palestras técnicas e sessões de networking nas principais regiões produtoras.

A Expedição se destaca por sua abordagem inovadora, combinando uma série de tecnologias de ponta e amplo know-how da Canopy Remote Sensing Solutions e parcerias  estratégicas para a coleta de dados e a geração de conhecimento. A jornada conta com o uso de sistemas avançados que digitalizam e otimizam o inventário florestal.

Últimas chamadas – Inscrição gratuitas (e limitadas)

Estão abertas as inscrições gratuitas para os dois encontros presenciais finais da Expedição Silvicultura. Esta é a oportunidade final para interagir diretamente com líderes de mercado, acessar dados inéditos do setor e fortalecer seu networking.

Garanta sua participação, pois as vagas são limitadas: www.expedicaosilvicultura.com.br.

A Expedição Silvicultura é uma realização da Canopy Remote Sensing Solutions, Embrapa Florestas e Paulo Cardoso Comunicações.

Escrito por: redação Mais Floresta.

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