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Disputa bilionária pela concessão a Rota da Celulose será julgada pelo TJMS

Empresa K Infra pede anulação do resultado da licitação e Justiça manda incluir secretário em ação

O juiz Marcelo Andrade Campos Silva, da 3ª Vara de Fazenda Pública de Campo Grande, determinou que a empresa K Infra Concessões e Participações Ltda. inclua o secretário de Infraestrutura e Logística, Guilherme Alcântara de Carvalho, como autoridade responsável no mandado de segurança que contesta o resultado da licitação da Rota da Celulose.

A mudança foi determinada porque coube ao secretário, e não à servidora que presidiu a comissão de licitação, homologar o resultado final do certame. Depois dessa correção, o juiz determinou que o caso seja remetido ao TJMS (Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul), instância competente para julgar ações contra secretários de Estado, onde será analisado por uma das Seções Cíveis.

A K Infra faz parte do Consórcio K&G Rota da Celulose, junto com a Galápagos Participações Ltda. O grupo chegou a ser declarado vencedor da licitação, mas acabou desclassificado porque a K Infra perdeu a concessão da Rodovia do Aço, no Rio de Janeiro, o que, segundo a comissão, deixou o consórcio sem comprovação de qualificação técnica.

A decisão do juiz foi motivada por um recurso apresentado pela XP Infra V, fundo de investimentos que integra o Consórcio Caminhos da Celulose. Esse consórcio é formado pelas empresas CLD Construtora, Laços Detentores e Eletrônica Ltda., Construtora Caiapó Ltda., Ética Construtora Ltda., Distribuidora Brasileira de Asfalto Ltda., Conter Construções e Comércio S.A. e Conster Construções e Terraplanagem Ltda.

O grupo era o segundo colocado e acabou homologado como vencedor por Guilherme Alcântara, assumindo o direito de administrar o conjunto de rodovias.

A Rota da Celulose abrange as rodovias estaduais MS-040, MS-338 e MS-395, além de trechos das federais BR-262 e BR-267. Na decisão, o magistrado afirmou que há “flagrante ilegitimidade passiva” no processo, porque o ato que a empresa contesta, a homologação e adjudicação da licitação, foi praticado pelo secretário e não pela presidente da comissão. Ele também determinou que o consórcio vencedor seja incluído na ação, já que tem interesse direto no resultado.

O prazo para que a K Infra corrija a ação judicial ainda está em andamento. Na petição, a empresa afirma que seus argumentos foram rejeitados sem análise completa e que o resultado foi homologado antes de encerrar a discussão administrativa. A K Infra apresentou pedido de reconsideração e alega que a questão envolvendo a Rodovia do Aço ainda está em julgamento na Justiça Federal.

A empresa sustenta que, embora pertença ao mesmo grupo econômico, a concessionária da Rodovia do Aço não é a mesma empresa que participou do consórcio da Rota da Celulose. Diz ainda que a existência de um processo de caducidade contra a empresa que detém o atestado técnico não impede a participação do consórcio e que, portanto, não houve descumprimento da Lei 14.133/2021, a nova Lei de Licitações, nem do edital.

Com o pedido de tutela antecipada, a K Infra tenta fazer com que a Justiça anule os atos da licitação e declare o Consórcio K&G Rota da Celulose vencedor, com direito de administrar as rodovias por 30 anos.

O governo estadual ainda não se manifestou oficialmente no processo, mas divulgou nota no início do mês rebatendo as alegações da empresa. O resultado da licitação foi publicado em 26 de setembro, dando início ao prazo de 60 dias para que o consórcio vencedor adotasse as providências exigidas, com assinatura do contrato prevista para o início de dezembro.

Entre essas exigências estão a abertura de conta bancária, o aporte de 50% do valor oferecido na proposta, a criação de uma SPE (Sociedade de Propósito Específico) com capital mínimo de R$ 119,2 milhões, a oferta de garantia financeira de R$ 150 milhões, o pagamento de R$ 7.868.185,15 pelos estudos técnicos do edital, o custeio de R$ 571,9 mil referentes às despesas da B3 (Brasil, Bolsa, Balcão), onde ocorreu o leilão, e a contratação dos seguros obrigatórios previstos no contrato.

Detalhes da concessão

O contrato prevê 30 anos de gestão de 870 quilômetros de rodovias em Mato Grosso do Sul, com investimentos de R$ 6,9 bilhões, sendo R$ 3,2 bilhões em custos operacionais. As obras incluem 146 quilômetros de duplicações, 457 quilômetros de acostamentos, 245 quilômetros de terceiras faixas, 12 quilômetros de marginais e 38 quilômetros de contornos urbanos.

Também estão previstas 62 interseções em nível, 4 em desnível, 25 acessos, 22 passagens de fauna, 20 alargamentos de pontes e 3.780 metros quadrados em obras de arte especiais. Após as intervenções, toda a malha terá acostamentos. As praças de pedágio serão instaladas em pontos estratégicos, nos municípios de Três Lagoas, Campo Grande, Água Clara, Ribas do Rio Pardo, Santa Rita do Pardo, Bataguassu, Nova Andradina e Nova Alvorada do Sul.

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AMIF elege novo Conselho Deliberativo para os próximos quatro anos

A Associação Mineira da Indústria Florestal (AMIF) elegeu, na noite de segunda-feira (27), em Belo Horizonte, o novo Conselho Deliberativo que conduzirá a instituição no período de 2026 a 2030.

O encontro contou com a presença de lideranças das principais empresas mineiras e nacionais do setor agroindustrial florestal, associadas à AMIF. Segundo a Presidente Executiva da entidade, Adriana Maugeri, a eleição reforça o compromisso da Associação com a continuidade, a governança e o fortalecimento do setor florestal como motor estratégico da economia verde em Minas Gerais e no Brasil.

O novo Conselho será presidido pelo CEO da Celulose Nipo-Brasileira (Cenibra), Júlio Ribeiro, e reúne lideranças de empresas associadas à AMIF com representatividade dos diversos segmentos da cadeia produtiva florestal mineira.

Além da eleição, o encontro foi marcado pela apresentação do balanço anual da AMIF e dos principais resultados da gestão 2021–2025, liderada pelo então presidente do Conselho e Diretor Industrial da Aperam Bioenergia, Edimar Cardoso, que encerra seu ciclo à frente do colegiado ao final deste ano.

Renovação com continuidade

Durante a Assembleia de eleição, Adriana Maugeri destacou o caráter de continuidade e fortalecimento institucional que marcará a nova gestão da AMIF.

“A palavra mestra é continuidade. A AMIF vem, nos últimos anos, com uma alavancagem muito interessante de resultados, de comunicação, de representatividade, trazendo o setor florestal mineiro para lugares de aceitação, admiração e conhecimento, especialmente nas pautas que mostram ser possível produzir muito e com muita conservação ambiental. Seguimos trazendo desenvolvimento sustentável”, afirmou Adriana.

Adriana Maugeri

O novo presidente do Conselho, Júlio Ribeiro, reforçou o propósito da Associação e a relevância do setor no contexto global.

“O que a gente vê no mundo é uma demanda muito grande por bioprodutos. Nós, na AMIF, estamos na vanguarda e temos grandes possibilidades de estender nossa área de atuação, não só em Minas Gerais, mas também no Brasil e, justamente, no mundo todo”, destacou.

Júlio Ribeiro

Ao comentar o novo cargo, Júlio ressaltou a importância da trajetória já consolidada pela AMIF:

“Para mim é uma grande honra. A AMIF tem sido uma Associação muito atuante em todo o Brasil. Em todos os locais que eu vou, é unânime o reconhecimento pela seriedade, avidez e conquistas da AMIF. Um dos pontos mais importantes é o planejamento estratégico delineado há tempos e que vem sendo seguido com consistência. Agora, é revisar o que for preciso e dar continuidade ao processo de internacionalização da instituição”, completou.

Homenagens

A cerimônia também foi marcada por momentos de emoção e reconhecimento.
A AMIF concedeu a Comenda Protagonismo Florestal Mineiro ao ex-presidente do Conselho Deliberativo, Edimar Cardoso, em homenagem à sua liderança à frente da entidade entre 2021 e 2025.

“Estou saindo da gestão do Conselho da AMIF com um saldo bastante positivo. O propósito de estar na agroindústria florestal é levar prosperidade à sociedade. Minha mensagem é continuar acreditando no nosso setor, pois temos muita coisa boa para contribuir com o desenvolvimento do nosso país e do mundo”, afirmou Edimar Cardoso.

Outra homenagem foi prestada ao Vice-presidente de Renováveis, BioFlorestas e Mineração da ArcelorMittal, Wagner Barbosa, que se aposentará em breve, após uma trajetória de mais de quatro décadas de trabalho.

O executivo foi reconhecido pela contribuição à agroindústria florestal mineira e por sua parceria com a AMIF ao longo dos anos. “O setor florestal estará sempre na minha vida. É interessante, porque não é a minha origem. Entrei no setor há cerca de oito anos e me apaixonei. Estou muito feliz. É uma emoção e um privilégio fazer uma aposentadoria planejada e receber essa homenagem tão especial da AMIF, uma associação cada vez mais forte”, declarou Wagner.

Novo Conselho Deliberativo da AMIF (2026–2030)

Presidente:

  • Júlio César Tôrres Ribeiro, Diretor-Presidente Executivo (CEO) da Cenibra.

Conselheiros titulares:

  • Carlos Alberto Guerreiro, Diretor-Presidente da TTG Brasil.
  • Bernardo Rosenthal, Diretor de Metálicos da ArcelorMittal Bioflorestas.
  • Ricardo Moura, Diretor Comercial da Plantar.
  • Henrique Zica, Diretor-Presidente da Minasligas.
  • Daniel Kaukal, Diretor Florestal da Rima Industrial.
  • André Dezanet, Gerente Geral da Vallourec Florestal.
  • Sílvio Costa, CEO da LD Celulose.
  • Ézio Santos, Diretor de Operações da Aperam Bioenergia.

Conselheiros suplentes:

  • Ivan Fadel, CEO da Bionow.
  • Arthur Santos, Diretor Executivo da SDS Siderúrgica.
  • Leonardo Fernandes, Gerente Geral da Gerdau.

Informações: AMIF.

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Paraná avança 24% no faturamento da produção florestal e mantém a segunda melhor posição no Brasil

Resultado do Valor Bruto da Produção Silvicultural foi apresentado na etapa paranaense da Expedição Silvicultura, que percorre 14 estados brasileiros

O setor florestal do Paraná reafirma sua relevância nacional ao se posicionar novamente como segundo maior Valor Bruto da Produção Silvicultural (VBPS) do Brasil em 2024, somando R$ 6,34 bilhões, um crescimento expressivo de 24% em relação ao ano anterior. “Temos 5,5% do território coberto por florestas plantadas, o que nos coloca na segunda posição em valor bruto da produção silvicultural no país, atrás apenas de Minas Gerais. Esse resultado é fruto da integração produtiva e do comprometimento com o manejo sustentável”, aponta Ailson Loper, diretor executivo da Associação Paranaense de Empresas de Base Florestal (APRE Florestas).

Ailson Loper

Os dados foram apresentados durante o evento da Expedição Silvicultura, realizado no dia 27 de outubro, na Embrapa Florestas, em Colombo (PR), que reuniu especialistas, empresários, produtores e representantes de associações e órgãos públicos.

O resultado reflete a eficiência e a integração das cadeias produtivas de pinus e eucalipto, que abastecem segmentos industriais como madeira serrada, celulose, painéis, portas e molduras. O desempenho do Paraná, que responde por 15,6% dos empregos do setor florestal brasileiro e reúne 13,8% das empresas do segmento, mostra a força de uma cadeia que combina tradição, tecnologia e sustentabilidade.

Eficiência e sustentabilidade como diferenciais

O estudo setorial da APRE mostra que o Paraná possui 1,17 milhão de hectares de florestas plantadas, sendo 713 mil hectares de pinus e 442 mil de eucalipto. As empresas associadas à entidade, que representam quase 50% das áreas plantadas do estado, mantêm um índice exemplar de desenvolvimento sustentável. Para cada hectare plantado, há outro hectare de floresta nativa destinado à conservação. Além disso, 79% das áreas sob gestão das associadas são certificadas, o que demonstra a seriedade e comprometimento das empresas com os aspectos ambientais, sociais e econômicos, garantindo credibilidade e acesso a mercados exigentes.

A produtividade também se destaca. As empresas paranaenses registram índices 11% acima da média nacional para pinus e 27% superiores para eucalipto. Esse desempenho contribui para que o setor siga competitivo, mesmo diante de desafios logísticos e regulatórios. “O que diferencia o Paraná é a capacidade de transformar a produção florestal em uma cadeia integrada, com valor agregado e geração de renda em todas as etapas”, explicou Loper.

O setor florestal emprega mais de 100 mil pessoas no estado e movimenta economias locais, especialmente em municípios do interior, onde a atividade representa o principal empregador e motor de desenvolvimento.

Expedição Silvicultura: o Brasil florestal em movimento

O evento em Curitiba marcou a passagem da Expedição Silvicultura, iniciativa que percorre o país para levantar dados atualizados sobre a atividade florestal. A jornada, promovida pela empresa Canopy, em parceria com a Embrapa Florestas, Paulo Cardoso Comunicações e associações estaduais como a APRE, já completou mais de 80% do trajeto, que cobre 14 estados e mais de 40 mil quilômetros.

O relatório final com os resultados nacionais será divulgado em dezembro deste ano. “O Paraná se destaca não apenas pelo volume de produção, mas pela qualidade técnica e ambiental dos plantios. É um estado referência para o setor florestal”, afirma Fábio Gonçalves, CEO da Canopy.

Durante a expedição, pesquisadores e técnicos coletam informações em campo sobre estoque de madeira, produtividade, sanidade, manejo e percepção dos produtores. A iniciativa utiliza tecnologias de ponta para cruzar dados de inventário e imagens de satélite. “A expedição é uma grande campanha nacional de coleta de dados que vai ajudar a entender os desafios e as potencialidades da silvicultura brasileira”, informa Gonçalves.

Fábio Gonçalves

Ao longo das próximas semanas, a Expedição Silvicultura segue sua rota pelo Sul do Brasil. “A Expedição Silvicultura vai orientar ainda mais a tomada de decisão baseada em dados, que é a contribuição dessa iniciativa para o setor florestal. Com informações mais detalhadas, é possível ter um planejamento mais assertivo e prever ações de longo prazo que caracterizam a nossa atividade”, conclui Loper.

A Expedição Silvicultura é uma iniciativa da Canopy Remote Sensing Solutions, em parceria com a Embrapa Florestas, Paulo Cardoso Comunicações e apoio da APRE Florestas.

Informações: APRE Florestas.

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Arauco é eleita Empresa do Ano no 3º Prêmio HDOM

Reconhecimento reforça o compromisso da Companhia com a sustentabilidade e a inovação

Outubro de 2025 – A Arauco, referência global em madeira, celulose e bioenergia, foi eleita Empresa do Ano na 3ª edição do Prêmio HDOM. A premiação aconteceu na noite de 26 de outubro, durante a 6ª edição do HDOM Summit, o principal encontro de líderes, gestores e investidores do setor florestal brasileiro, realizado no Espaço Apas – Centro de Convenções, da Associação Paulista de Supermercados, em São Paulo. O evento reuniu centenas de líderes do setor de base florestal brasileiro, dentre eles o diretor de Sustentabilidade e Relações Institucionais da Arauco, Theófilo Militão, que recebeu o troféu em nome da Companhia.

O prêmio é concedido a instituições, empresas e profissionais que se destacaram e contribuíram para o fortalecimento do setor florestal brasileiro. De acordo com a HDOM, a premiação busca valorizar iniciativas que impulsionam a inovação, a sustentabilidade e a excelência na gestão florestal.

“Este reconhecimento é muito significativo para a Arauco, que está construindo em Inocência, no Mato Grosso do Sul, a maior fábrica de celulose do mundo em etapa única, com investimentos de U$ 4,6 bilhões. Ganhar o Prêmio HDOM, na categoria Empresa do Ano, em uma edição que reforça a importância do cuidado com o futuro, indica que estamos no caminho certo: rumo ao desenvolvimento, enquanto mantemos o nosso compromisso com as melhores práticas de gestão, a inovação, o uso responsável dos recursos naturais e com a construção de relações positivas com a comunidade”, ressalta Theófilo Militão. “Agradecemos a todos os colaboradores, parceiros e comunidades que caminharam conosco e tornam esse reconhecimento possível. Seguimos motivados a fazer mais e melhor com responsabilidade e propósito”, acrescenta o executivo.

Sobre o Projeto Sucuriú

O Projeto Sucuriú marca a entrada da divisão de celulose da Arauco no Brasil. O investimento de US$4.6 bilhões inclui a construção de uma planta com capacidade de produção de 3,5 milhões de toneladas de fibra curta de celulose/ano. Está localizado em uma área de 3.500 hectares, a 50 quilômetros do centro da cidade de Inocência (MS) e ao lado do Rio Sucuriú. A etapa de terraplanagem começou em 2024 e a previsão de entrada em operação é no final de 2027.

Em todas as fases desenvolvimento do Projeto, e de maneira contínua, monitora e respeita a biodiversidade local, identificando espécies de flora e fauna nativas da região, além de fazer o mapeamento das áreas prioritárias para conservação.

Durante as obras, a Arauco vai oferecer capacitação e gerar mais de 14 mil oportunidades de trabalho. Depois do start up, o Projeto Sucuriú empregará cerca de 6 mil pessoas nas unidades Industrial, Florestal e operações de Logística. O propósito é impulsionar o desenvolvimento social e econômico para toda região, fomentando um aumento na geração de renda e na arrecadação de impostos, além de contribuir para atrair investimentos.

Sobre a Arauco Brasil

No país desde 2002, a Arauco atua nos segmentos Florestal e de Madeiras com o propósito de, a partir da natureza e de fontes renováveis, contribuir com as pessoas e o planeta. Emprega mais de 3000 colaboradores próprios e conta com 5 unidades industriais brasileiras.

As plantas estão distribuídas entre a produção de painéis, em três fábricas localizadas nas cidades de Jaguariaíva (PR), Ponta Grossa (PR) e Montenegro (RS); painéis e molduras, na planta localizada em Piên (PR); resinas e químicos, na unidade de Araucária (PR) e, em 2027, prepara-se para inaugurar sua primeira fábrica de celulose brasileira em Inocência (MS).

Com atuação orientada por práticas ESG, a Arauco possui certificação FSC® (Forest Stewardship Council®) em suas florestas, que reconhece o manejo ambientalmente responsável, socialmente justo e economicamente viável. Globalmente e no país, opera primando pela gestão responsável da água, a conservação da biodiversidade e a retirada de gás carbônico da atmosfera.

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CMPC amplia manejo integrado de pragas com uso de controle biológico

Neste ano, mais de 700 hectares deixaram de ser afetados, evitando redução de produtividade e eliminando a aplicação de defensivos químicos

Com o objetivo de proteger a produção sem comprometer o meio ambiente, a CMPC vem ampliando o uso de práticas inovadoras dentro do manejo integrado de pragas. Uma das principais estratégias é o controle biológico, realizado por meio da aplicação de organismos vivos que atuam como agentes naturais, capazes de manter o equilíbrio nos cultivos e minimizar os danos causados pelas pragas.

Segundo o diretor-geral de Celulose da CMPC no Brasil, Antonio Lacerda, a iniciativa representa um avanço importante. Estamos investindo em soluções que unem tecnologia, respeito à natureza e produtividade, garantindo a preservação para as futuras gerações”, destaca.

Entre as pragas controladas está principalmente o Thaumastocoris peregrinus (percevejo-bronzeado), inseto que se alimenta da seiva das folhas e compromete o desenvolvimento saudável das árvores. Nesse sentido, as equipes de pesquisa da companhia trabalham no desenvolvimento de um pequeno aliado natural que tem feito toda a diferença no campo: o Cleruchoides noackae, um inseto que parasita os ovos do percevejo, com atuação silenciosa, porém eficaz, e que não causa danos ambientais nos plantios. Desde 2015, a CMPC conta com o apoio desse agente, que age de maneira precisa, impedindo que a praga se reproduza e se espalhe.

Tecnologia e pesquisa

Criado no laboratório do viveiro, localizado na Fazenda Barba Negra, em Barra do Ribeiro (RS), o agente natural é liberado nas áreas monitoradas com o apoio de drones, em cápsulas biodegradáveis. A utilização potencializa o processo, garantindo maior precisão na aplicação, otimização de recursos e eficiência operacional, além de reduzir a dependência de defensivos químicos.

Os resultados do controle biológico têm sido expressivos. Em 2025, mais de 700 hectares deixaram de ser afetados, evitando a redução da produtividade de plantios e eliminando a aplicação de defensivos químicos.

Para o pesquisador Norton Borges Junior, um dos responsáveis pelo estudo em fitossanidade na CMPC, o diferencial da técnica está justamente na antecipação. “Quando começamos a identificar a presença do percevejo nas armadilhas, conseguimos agir rápido com o parasitoide. Isso evita que a praga alcance níveis críticos e garante um controle mais eficaz e duradouro”, explica.

Esse modelo também conecta a CMPC a outras empresas do setor por meio de parcerias e iniciativas com cooperativas para pesquisas. Ao apostar em soluções que respeitam a natureza e aumentam a eficiência no campo, a companhia reafirma seu compromisso com o desenvolvimento responsável.

Sobre a CMPC

A CMPC é uma empresa centenária do setor florestal que atua em três segmentos de negócio: celulose, itens de higiene pessoal (tissue) e embalagens. A companhia é uma representante da bioeconomia e possui suas operações alicerçadas na sustentabilidade e na economia circular. Presente no Brasil desde 2009, a CMPC possui operações em sete estados. O grupo CMPC conta com mais de 25 mil colaboradores, 54 unidades produtivas distribuídas em nove países da América Latina e cerca de 24 mil clientes atendidos ao redor do mundo. Em 2023, conquistou a 1ª posição do ranking de sustentabilidade corporativa da S&P Global. Em 2024, foi apontada pela segunda vez consecutiva como a Empresa Florestal Mais Sustentável do Mundo pelo Índice Dow Jones de Sustentabilidade e, com o BioCMPC, de forma inédita no Brasil, a CMPC levantou o Prêmio PMI Awards de Projeto do Ano de Engenharia, Construção e Infraestrutura, o reconhecimento mais importante do setor em nível global. O CEO do Grupo CMPC, Francisco Ruiz-Tagle, foi eleito pela Council of the Americas o CEO do Ano (2023) em Sustentabilidade.  Em 2024, Ruiz-Tagle recebeu o título de CEO do Ano pela Fastmarkets Forest Products PPI Awards, que também elegeu a CMPC como líder mundial em Sustentabilidade. Outras informações estão no site:   https://cmpcbrasil.com.br/

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