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Por que a madeira é vista como o material do futuro?

Enquanto o processo de fabricação do concreto e do aço polui muito, a madeira estoca carbono

Por que a madeira, um dos materiais mais antigos do mundo, é apontada como o futuro da construção sustentável?

Pensar na madeira como opção sustentável não é óbvio, já que é comum relacionar seu uso à derrubada de árvores. Mas a matéria-prima dessas construções não vem de vegetação nativa, e sim de florestas plantadas, árvores cultivadas pelo homem com o objetivo de produzir e comercializar madeira.

Assim, é um recurso renovável, diferente do insumo necessário para produzir o concreto e o aço, materiais que hoje dominam a indústria da construção.

Além disso, o processo de fabricação do concreto e do aço consome muita energia e gera altas emissões de poluentes. A construção civil é responsável por 38% das emissões de gás carbônico no mundo relacionadas à energia, segundo a agência da ONU para o Meio Ambiente.

Já a madeira, em um metro cúbico, é capaz de estocar até uma tonelada de carbono. Mesmo depois de cortada e processada, a madeira mantém o carbono armazenado, sem liberá-lo para o meio ambiente.

Outra vantagem é que a madeira é cinco vezes mais leve que o concreto.

Prédios, shoppings e faculdades… de madeira?

Hoje, graças à tecnologia de ponta, já é possível fabricar em madeira componentes estruturais como vigas, pilares e lajes. É a chamada “madeira engenheirada”, processada industrialmente.

Com essa novidade, o mundo passou a ver até arranha-céus construídos com esse material. O mais alto era o Mjøstårnet, na Noruega, com 85 metros. Em 2022, ele foi desbancado pelo Ascent, nos Estados Unidos, apenas um metro mais alto. E a previsão é que ele seja superado pelo Canadá, onde está sendo construída uma torre de mais de 100 metros de altura.

E todas as peças e estruturas são tratadas contra fogo e contra insetos.

Torre de madeira de mais de cem metros de altura está sendo construída no Canadá, em Vancouver — Foto: Divulgação/Perkins Will

Torre de madeira de mais de cem metros de altura está sendo construída no Canadá, em Vancouver — Foto: Divulgação/Perkins Will

Apesar de o mundo já ver até arranha-céus de madeira, no Brasil o uso do material ainda não ganhou escala no setor.

Por enquanto, a novidade é vista em casas de altíssimo padrão e em algumas lojas conceito, como a chocolateria Dengo, na Avenida Faria Lima, em São Paulo, e o recém-inaugurado McDonald’s, próximo à Avenida Paulista.

O cenário deve mudar nos próximos anos. As partes envolvidas, de fornecedores a incorporadoras, estão expandindo os negócios já de olho em um aumento da demanda.

Em Atibaia, no interior de São Paulo, um shopping com 7.000m² de área de laje de madeira está em construção. De acordo com a Urbem, fábrica especializada no material, este é o maior projeto em madeira engenheirada da América Latina.

Desvantagens: preço alto e carência de profissionais

Veja os pontos negativos do uso do material:

  • A utilização da madeira engenheirada em construções ainda implica custos maiores em relação aos materiais convencionais.
  • Há poucos profissionais familiarizados com a tecnologia, da fabricação à montagem.

Informações: G1.

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Entrevista I Setor florestal brasileiro aproveita COP30 para reforçar o reconhecimento global e a sustentabilidade 

Presidente da Florestar fala sobre as expectativas para o encontro global, os debates sobre a produção responsável e o papel das florestas cultivadas na economia 

Com a COP30 chegando ao Brasil em novembro de 2025, no Pará, a atenção do mundo se volta para a Amazônia e para os debates sobre mudanças climáticas, já que o evento reunirá referências mundiais no setor. Entre os segmentos que veem na conferência uma grande oportunidade para ampliar o diálogo global, está o setor florestal, que busca mostrar como as empresas da indústria de árvores cultivadas atuam de forma organizada, responsável e com práticas produtivas e ambientais equilibradas, conciliando produtividade e preservação ambiental. 

Entre certificações internacionais, geração de créditos de carbono e desenvolvimento de milhares de produtos de fontes renováveis, o setor pretende reforçar seu papel estratégico para a economia e para o equilíbrio do planeta. O presidente da Indústria Florestal Paulista (Florestar), Manoel Browne, entidade que representa o setor e tem papel ativo na defesa de políticas de valorização das florestas cultivadas e dos produtos de origem renovável dentro do Estado de São Paulo, fala sobre as expectativas para o evento global e como o segmento pode aproveitar a COP30 para consolidar seu reconhecimento e fortalecer políticas públicas de sustentabilidade.  

– A COP30 será realizada no Brasil, com foco na Amazônia. Como a Florestar vê esse momento para ampliar o diálogo sobre o setor florestal? 
As atenções do mundo estarão voltadas para o Brasil. Temos uma ótima oportunidade para mostrar como nosso setor e as empresas de base florestal, de árvores cultivadas para fins industriais, são organizadas e atuam de forma responsável, com práticas produtivas e ambientais muito bem equilibradas. Se o Brasil é líder em produção de celulose, por exemplo, é porque muito trabalho foi feito. E isso envolve certificações internacionais, que passam por condicionantes ambientais e sociais. Atuamos em um setor que planta árvores, que captam carbono da atmosfera e recuperam áreas degradadas. É um setor que preserva áreas nativas além do que é exigido por lei. Produzimos matéria-prima biodegradável, de fonte renovável, para fabricar produtos que todo mundo usa todos os dias. E muita gente não sabe disso.  

– Quais oportunidades a COP30 oferece para que o setor de árvores cultivadas seja mais reconhecido nas políticas ambientais nacionais? Quais são as principais pautas que a entidade deseja colocar em evidência? 

Entendemos que o setor de árvores cultivadas é um grande gerador de créditos de carbono. Esse mercado, ainda em processo de regulação, precisa avançar para que as empresas sérias, que têm compromisso com o meio ambiente, possam ser recompensadas por isso. Naturalmente, independentemente de exigências de certificações ou da legislação ambiental, as empresas que plantam árvores para fins industriais já geram diversos benefícios para o planeta. Elas têm o maior interesse em que haja equilíbrio entre produção e preservação. 

Queremos que os produtos feitos com madeira de árvores cultivadas sejam mais reconhecidos e valorizados. A população mundial precisa de papel, embalagens de papel, papelão, papéis sanitários, fraldas, absorventes, utensílios de madeira. A celulose é matéria-prima para uma diversidade de produtos. Além dos diferentes tipos de papel, ela também é usada na fabricação de cápsulas de medicamentos, tecidos sintéticos e cremes. A madeira está nos móveis, nas nossas casas, nas portas, nos acabamentos. E toda essa matéria-prima vem de uma fonte renovável: as florestas cultivadas. 

– O setor florestal paulista tem mostrado resultados expressivos em produção e sustentabilidade. Além disso, a produção de eucalipto e pinus cresceu mais de 30% em um ano. Por favor, reforce ao leitor como esse avanço pode ser usado como exemplo de desenvolvimento sustentável

As empresas associadas à Florestar, que atuam no setor florestal paulista, são altamente especializadas e profissionais. Trabalham com o que há de melhor em tecnologia e contam com pessoal altamente capacitado. Isso é resultado de décadas de investimentos e desenvolvimento, refletidos nesses números. 

– Em recente divulgação do IBGE, o PEVS 2024, que trata dos valores da Produção da Extração Vegetal e da Silvicultura, mostrou que a silvicultura brasileira tem uma parcela importante na economia nacional ao longo dos últimos anos. Como São Paulo aparece nessa pesquisa? 

De acordo com o PEVS 2024, divulgado no fim de setembro pelo IBGE, a silvicultura brasileira gerou mais de R$ 37 bilhões em 2024. O crescimento foi de 17% em relação a 2023, quando o país alcançou a marca de R$ 31,7 bilhões. Quando olhamos para o estado de São Paulo, essa porcentagem é ainda maior: 29%. Em 2023, a silvicultura paulista gerou cerca de R$ 4,5 bilhões. Em 2024, esse valor subiu para R$ 5,7 bilhões, sendo que a madeira em tora para papel e celulose foi responsável por R$ 3,8 bilhões do Valor Bruto da Produção (VBP) da silvicultura paulista. 

– A diversidade de bioprodutos gerados pelas florestas plantadas é enorme. Como esse potencial pode ser aproveitado de maneira mais efetiva em políticas públicas? 

De diversas formas. Primeiro, precisamos avançar com a regulação do mercado de carbono. O setor de florestas cultivadas é um grande credor nesse sentido e precisa ser recompensado de alguma maneira. Depois, é necessário incentivar o consumo de produtos biodegradáveis de fontes renováveis, como os feitos com madeira ou derivados de florestas cultivadas.  Já é possível fabricar uma série de produtos substituindo matéria-prima de origem fóssil por derivados de madeira, desde cápsulas de remédios até tecidos, além de fomentar a utilização de madeira na construção civil. 

– Quais as vantagens do uso da madeira na construção civil? 

Diferentemente de países desenvolvidos, vemos poucas construções com madeira aqui no Brasil. Existe um potencial enorme na construção civil para o uso da madeira proveniente de florestas plantadas, não apenas em casas, mas também em prédios. Esses projetos podem ser mais baratos, rápidos e apresentar uma pegada de carbono muito menor do que as construções tradicionais, feitas de concreto e aço. 

Sobre a Florestar  

Indústria Florestal Paulista (Florestar) é a associação que reúne empresas da indústria de árvores cultivadas. Articulada nacionalmente, tem atuação dedicada à representação institucional da cadeia produtiva florestal no estado de São Paulo. Atua para fortalecer a competitividade dos associados, transformando suas demandas em soluções. Com foco estratégico, alia crescimento produtivo à preservação ambiental e ao cuidado com toda a cadeia florestal. A entidade contribui para fortalecer o debate e a importância do setor durante a COP 30, evento da Organização das Nações Unidas (ONU), que será realizado em novembro em Belém (PA), e colocará a Amazônia no centro das discussões globais sobre eventos climáticos extremos.  

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Agrotools e Syngenta firmam parceria para recuperar 1 milhão de hectares de pastagens no Brasil até 2030

Com apoio do Itaú BBA, parceria já monitora mais de 360 fazendas em tempo real

Segundo a Embrapa Territorial, o Brasil possui cerca de 28 milhões de hectares de pastagens com degradação de média a severa, com alto potencial de conversão para a agricultura. Ao todo, o país conta com cerca de 160 milhões de hectares usados para pastagens, sendo que entre 20 e 40 milhões de hectares encontram-se em estágio crítico de decadência — uma área com potencial direto para produção de grãos e outras culturas

Pensando em recuperar 1 milhão de hectares até 2030, a Agrotools, maior ecossistema de soluções digitais para o agro, sela parceria estratégica com a Syngenta no programa REVERTE®. Uma das maiores iniciativas de agricultura regenerativa do mundo, tem como objetivo apoiar agricultores, por meio de técnicas agronômicas e financiamento de longo prazo, para transformarem áreas degradadas em produtivas. 

Em funcionamento desde 2022, a Agrotools é responsável pelo desenvolvimento e aplicação dos protocolos socioambientais ao REVERTE® com análises em tempo real e já tem como resultado o monitoramento de mais de 360 fazendas, cobrindo cerca de 260 mil hectares com 89 produtores, garantindo segurança, conformidade e adaptação à realidade do campo. O projeto conta ainda com financiamento do Itaú BBA, que viabiliza a conversão das áreas. 

“Precisávamos de um parceiro que não apenas oferecesse uma solução que atendesse às necessidades do programa, mas que estivesse disposto a construir e ajustar os processos juntos. A Agrotools topou o desafio desde o início”, afirma Gabriel Moura, líder do REVERTE® na Syngenta.

Para a Agrotools, o uso estratégico da tecnologia é um diferencial que viabiliza a escala e a mensuração dos resultados. “Acreditamos que a tecnologia é a chave para desbloquear o potencial das áreas degradadas. Nossa plataforma permite monitorar e analisar dados em tempo real, oferecendo insights precisos para decisões estratégicas,” destaca Breno Felix, CPO da Agrotools.

A parceria entre Agrotools e Syngenta mostra como a inovação pode ser aliada da sustentabilidade, contribuindo ativamente para o futuro do agronegócio brasileiro e para o desenvolvimento de cadeias mais resilientes e eficientes. Além dos impactos ambientais, o programa contribui para aumento da produtividade agrícola, segurança alimentar e preservação do solo, posicionando-se como um modelo para o setor.


Sobre a Agrotools

A Agrotools é o maior ecossistema de soluções digitais baseadas em uma plataforma de inteligência de dados para o agronegócio corporativo do mundo. Pioneira na utilização de novas tecnologias no agro, como sensoriamento remoto, IA, Blockchain e API’s, a bigtech utiliza tecnologia proprietária para entregar soluções digitais que analisam mais de 1.300 camadas de dados de múltiplas fontes com o objetivo de democratizar o acesso à informação no setor, sendo um pilar de eficiência, gestão de riscos e compliance ESG em qualquer operação com o campo. Hoje, a bigtech analisa mais de 4,5 milhões de territórios rurais e monitora R$ 15 bilhões em commodities. Além disso, são mais de R$ 50 bilhões em financiamento rural que contam com o suporte de ao menos uma das soluções da empresa, e cerca de R$ 100 bilhões em operações do agronegócio monitoradas.

Com mais de 250 colaboradores, a Agrotools é a primeira Agtech B Corp Global e possui certificações GPTW e ISO 27001, referência Internacional para a gestão da Segurança da Informação.

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Exclusiva – Expedição Silvicultura: Lucas do Rio Verde (MT) em Destaque no Mapeamento Florestal

Iniciativa acelera a coleta de dados de alta precisão da produtividade florestal do Brasil

A Expedição Silvicultura, projeto estratégico de mapeamento e levantamento de produtividade do setor florestal brasileiro, acelera a sua atuação no Centro-Oeste do país com o evento presencial em Lucas do Rio Verde (MT), realizado no dia 09 de outubro. A escolha da localidade sublinhou a importância estratégica da região para a silvicultura nacional, permitindo a coleta aprofundada de informações essenciais para a inteligência do setor.

A iniciativa é fruto de uma parceria entre a Canopy Remote Sensing Solutions, a Embrapa Florestas e a Paulo Cardoso Comunicações. Inscrições para os eventos presenciais aqui.

Segundo o balanço prévio do coordenador geral, Bruno Montibeller (Sócio da Canopy Remote Sensing Solutions), a Expedição segue em ritmo intenso. Com a etapa realizada em MT, a Expedição alcança cerca de 50% de seu roteiro, superando a marca de 5 mil pontos de controle e mais de 200 parcelas de inventário florestal coletadas. Essa robusta base de dados é fundamental para a construção de um setor mais competitivo e sustentável.

Expedição avança em 50% de seu roteiro.

A visão dos parceiros e especialistas

Especialistas do setor, bem como de representantes de instituições e empresas parceiras, destacam a importância da silvicultura para o desenvolvimento regional de Mato Grosso e para o sucesso da Expedição. Os depoimentos enfatizam a necessidade de dados de alta qualidade e de uma mudança cultural para integrar a produção florestal ao agronegócio.

 “Os números do Mato Grosso, a médio e longo prazo, são extremamente promissores, especialmente na área florestal. A oferta e demanda do setor de floresta plantada para os próximos anos é extremamente promissora, exigindo uma boa silvicultura para atender toda a demanda do agronegócio matogrossense. Essa demanda se estende ao biocombustível, o combustível do futuro, como o etanol de milho, feito a partir de um grão que antes tinha valor insignificante e hoje agrega valor a toda a cadeia. O Mato Grosso está de parabéns por verticalizar sua produção. O evento foi de grande valia, pois, além de apresentar os resultados, contou com várias palestras muito interessantes. A tecnologia é sempre válida e sempre há o que aprender.”

– Jaldes Langer, Diretor da Flora Sinop.


“O evento foi de grande valia, pois, além de apresentar os resultados, teve várias palestras muito interessantes. Eu acho que a tecnologia sempre é válida e sempre temos a aprender. O reflorestamento é uma atividade relativamente nova e estamos aprendendo muito.”

– Clair Bariviera, Presidente da AREFLORESTA.


“Essa pesquisa de campo, especificamente em Lucas do Rio Verde, que é reconhecida como uma capital do agronegócio e do grão, serve para mostrar que, por mais que a produção de grãos seja alta, a industrialização só será possível com o apoio da floresta. Foi muito importante ouvir essa mobilização e essa proposta de mudança cultural nossas lideranças locais e regionais.”

– Leonardo Pacheco, Gerente da FS Florestal.  


“Nós sabemos para onde queremos ir, mas como chegaremos lá? Para responder a isso, precisamos saber onde estamos e qual é a nossa situação atual. A grande pergunta é: como está a situação da floresta plantada no Mato Grosso? Como estão a distribuição e os números? Temos confiança nesses dados? Este trabalho de mapeamento é importantíssimo. Ele não só quantifica, mas também qualifica nossas florestas, permitindo-nos saber a situação atual do setor e planejar o futuro, já que os números indicam a tendência que queremos seguir.”

– Fausto Takizawa, Diretor da AREFLORESTA.


“O evento aqui em MT reforça, a qualidade da Expedição de Silvicultura. As palestras foram de altíssimo nível. Nós, enquanto patrocinadores, estamos muito felizes de participar, pois o evento tem a missão de quantificar e mapear as florestas do Brasil e sua produtividade. A Treevia está contribuindo com seus equipamentos para o monitoramento e, novamente, foi um evento de excelente qualidade.”

Esthevan gasparoto, CEO da Treevia.

Confira mais detalhes do evento em Lucas do Rio Verde.

Próximas paradas

A Expedição contou com evento recente em Três Lagoas (MS), no Vale da Celulose, e avança para o interior de São Paulo, com o próximo evento regional agendado para Botucatu no dia 22 de outubro. Em seguida, o cronograma segue para a etapa de finalização no Sul do país:

  • Curitiba (PR): 27 de outubro
  • Lages (SC): 31 de outubro
  • Porto Alegre (RS): 06 de novembro

Acompanhe o roteiro da Expedição aqui.

Ganhos com a etapa no Centro-Oeste

Analisando os resultados e a próxima etapa do projeto, Bruno Montibeller destacou o sucesso da coleta no Centro-Oeste e a expectativa para a região de São Paulo.

“Estamos gerando uma quantidade inédita de dados para aprimorar a competitividade da silvicultura brasileira, e a etapa de Lucas do Rio Verde foi fundamental para consolidarmos a eficácia da nossa metodologia de coleta na região. E após MT e MS, nosso foco agora se volta para o restante do roteiro. Seguiremos para o interior do Estado de São Paulo, onde passaremos por três municípios da região, entre eles Botucatu, com evento presencial, onde buscaremos a integração regional para o futuro das nossas florestas. Logo, em seguida, partiremos para a etapa de finalização do mapeamento, na região Sul do país.”

Bruno Montibeller e Fabio Gonçalves, da Canopy, passam um panorama desta primeira fase da Expedição.

Não Perca! Inscreva-se gratuitamente – Vagas Limitadas!

Com o objetivo de compartilhar e aprofundar os conhecimentos gerados, a Expedição Silvicultura convida o público interessado a participar de seus eventos presenciais. Os encontros, onde um panorama geral sobre o projeto é apresentado, visam promover a interação com os principais players e especialistas do setor, representando uma importante plataforma de networking e aprendizado.

A organização informa que as inscrições são gratuitas, mas chama a atenção para o fato de que, devido ao formato imersivo, as vagas são estritamente limitadas. Para garantir a presença, os interessados devem se inscrever através do endereço: www.expedicaosilvicultura.com.br.

A participação é uma forma de contribuir ativamente para o futuro sustentável e produtivo do setor florestal brasileiro.

Escrito por: redação Mais Floresta.

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Exclusiva – Expansão florestal, novas indústrias e geração de empregos consolidam o ‘Vale da Celulose’

O Estado avança a produção florestal, a atração de novos investimentos e a geração de novos empregos. Secretário Verruck destaca: ‘Mato Grosso do Sul se firmou como a segunda maior área de eucalipto plantado do país

Mato Grosso do Sul consolidou-se como o ‘Vale da Celulose’, vivenciando uma transformação econômica e territorial notável nos últimos dez anos. O Estado registrou um crescimento superior a 500% em sua área de florestas plantadas, saltando de aproximadamente 300 mil hectares para 1,8 milhão de hectares – número anunciado pelo Secretário Jaime Verruck, durante sua participação no evento presencial da Expedição Silvicultura, realizado na última quinta-feira, 16/10, em Três Lagoas. 

“Aqui em Mato Grosso do Sul, temos um sistema de informação geográfica para o agronegócio e, há dois anos, incluímos o setor florestal nessa avaliação. A partir disso, temos condições de monitorar anualmente a área plantada e a área colhida no Estado.

A grande novidade, que acabamos de consolidar, é que o Mato Grosso do Sul se firmou como a segunda maior área de eucalipto plantado do país, atingindo 1,8 milhão de hectares.

Essa é uma informação extremamente positiva, resultado dos grandes investimentos do setor industrial que estão ocorrendo, como os da Arauco e da Bracell, que começa no próximo ano, além das expansões das empresas já existentes, como Eldorado e Suzano.

Portanto, o Mato Grosso do Sul está se consolidando efetivamente como um grande produtor de florestas no Brasil e em franca ampliação. Acreditamos que esse é um caminho que o Estado deve seguir. Nossa perspectiva, baseada na necessidade futura de madeira, é que, no prazo de três a quatro anos, cheguemos a 2,5 milhões de hectares. Atingir essa meta é o nosso grande foco no Estado”, informou o Secretário.

MS alcança 1,8 milhão de hectares de florestas plantadas em 2025.

Este avanço expressivo, que se dá principalmente sobre antigas pastagens degradadas, é impulsionado por uma combinação de fatores: a estabilidade e segurança jurídica, as políticas públicas estaduais de incentivo e, sobretudo, os vultosos investimentos privados que deverão ultrapassar a marca de R$ 70 bilhões até 2028.

A força do setor reflete-se na sua participação no PIB estadual, alcançando 10,7% e movimentando R$ 15,7 bilhões em 2024. Além das duas unidades já instaladas em Três Lagoas (Suzano e Eldorado), expansão atrai quatro grandes empreendimentos industriais, reforçando o protagonismo de Mato Grosso do Sul no cenário global da produção de celulose:

  • Projeto Cerrado (Suzano), em Ribas do Rio Pardo: Inaugurado em dezembro de 2024, com um investimento de R$ 22,2 bilhões e capacidade produtiva de 2,55 milhões de toneladas/ano.
  • Projeto Sucuriú (Arauco), em Inocência: Previsão de aporte de R$ 25 bilhões, com operação esperada para 2027 e potencial para produzir até 3,5 milhões de toneladas/ano.
  • Nova Fábrica da Bracell, em Bataguassu: Focada em celulose solúvel, com investimentos de R$ 16 bilhões.
  • Ampliação da Eldorado, em Três Lagoas: Reforça a já consolidada posição da região no complexo industrial.

Com a economia aquecida, e megaprojetos chegando no Estado, outras grandes empresas, como os grupos internacionais Andritz e Valmet, que prestam serviços para as indústrias, estarão em breve, se instalando em Três Lagoas, segundo o Secretário.

“Nós temos já em construção a Arauco. E a Bracell, estamos terminando o processo de licenciamento, no município de Bataguassu, de uma fábrica de 2,5 milhões de toneladas que traz uma novidade para o Mato Grosso do Sul: será a primeira também a ter a nossa celulose solúvel, que não tínhamos então na nossa base industrial.

E também a Eldorado, que já está com todo o seu processo licenciado e a qualquer momento ela pode anunciar a sua segunda planta, que nós sabemos que irá ocorrer.

E continuamos, obviamente, andando no mundo buscando novos players, mas nós estamos muito focados nesse momento em buscar a agregação de valor a essa celulose. Trazendo indústria de papel tissue, com outras empresas, então também estamos focados em melhorar o adensamento produtivo.

Como nós também informamos aqui, que as duas maiores produtoras de equipamentos para o setor de celulose do mundo, a Andritz e a Valmet, virão se instalar no Mato Grosso do Sul, dentro das suas bases de prestação de serviço, aqui no município de Três Lagoas”, anunciou Verruck.

Ao comentar sobre as novas fronteiras econômicas do estado, o Secretário também destacou a importância da diversificação da matriz de biocombustíveis e anunciou a expansão da indústria de etanol de milho, um segmento que impulsiona o setor florestal:

“A gente percebe claramente o crescimento no Brasil inteiro da indústria de etanol de milho. O Mato Grosso do Sul já tem três plantas industriais e nós falamos aqui que teremos mais três plantas industriais: no município de Costa Rica, no município de Nova Alvorada do Sul e lá no município de Maracaju.

Todas essas plantas são demandantes de cavaco e de biomassa para a sua sustentação. Então, o etanol de milho também está gerando demanda para o setor florestal.”

Mais de 27 mil empregos em 2025

O ‘Vale da Celulose’, também se consolida como um forte polo gerador de empregos. No primeiro semestre de 2025, impulsionada pela expansão do eucalipto e da indústria de celulose, a região criou 27.198 empregos com carteira assinada, um volume que supera a população de muitas cidades do Estado.

De janeiro a julho, os cinco principais municípios do polo (Água Clara, Bataguassu, Inocência, Ribas do Rio Pardo e Três Lagoas) registraram uma alta rotatividade, com 266.041 admissões e 238.843 desligamentos, segundo dados do Caged compilados pela Funtrab. As vagas se espalham por indústria, serviços, construção e comércio, com a liderança de contratações para trabalhador de extração florestal, seguido por motorista de caminhão e alimentador de linha de produção. Especificamente em Ribas do Rio Pardo, o prefeito Roberson Luiz Moureira destacou a forte demanda, com uma “oferta média diária de 250 a 300 vagas” ligadas à cadeia produtiva da celulose.

Com um modelo de desenvolvimento sustentável que alia o crescimento econômico à recuperação de áreas, o setor florestal posiciona o Mato Grosso do Sul na vanguarda da bioeconomia nacional, gerando um significativo impacto socioeconômico com a criação de milhares de empregos e o aumento da geração de renda em diversas cidades do interior.

Escrito por: redação Mais Floresta.

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