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No boom do etanol de milho, biomassa é o gargalo

A indústria de etanol de milho pode quase dobrar a demanda por biomassa em dois anos. Quem não se planejar pode ter problemas

O rápido crescimento da indústria de etanol de milho no Brasil tem um gargalo potencial: a oferta de biomassa para geração de energia nas usinas planejadas para os próximos anos.

Segundo a Unem (União Nacional do Etanol de Milho), o número de unidades produtoras de etanol de milho deve mais que dobrar na próxima década, passando de 24 para 56, chegando a novos estados e regiões. Caso a oferta de biomassa não acompanhe o ritmo dos projetos, algumas empresas podem ter problemas.

A indústria de etanol de milho demanda quase 19 milhões de metros cúbicos de cavacos de madeira por ano, ou 34% da produção de lenha do Brasil, segundo um estudo aprofundado sobre o setor elaborado recentemente pelo JP Morgan.

Se a produção de etanol de milho subir dos atuais 8,5 bilhões de litros para 15,5 bilhões até o final de 2026 (cenário-base do banco), seriam necessários mais 16 milhões de metros cúbicos de cavacos de madeira. Em outras palavras, o setor de etanol de milho pode quase dobrar a demanda por biomassa em dois anos.

Em algumas regiões do País, uma relativa desestruturação da cadeia de fornecimento já tem gerado situações “inadmissíveis” de entrega de lenha ou cavaco a 600 quilômetros de distância, segundo Glauber Silveira, diretor da Abramilho. O raio máximo ideal é de 200 quilômetros.

“Quando você pega o preço do frete, por exemplo, no Mato Grosso, em alguns casos está saindo mais caro do que a própria biomassa. Vai ficando inviável. Creio que em dois anos a gente pode ter um problema”, alerta Silveira.

Planejar é preciso

No mesmo estudo, o JPMorgan ressalta a necessidade de planejamento para o suprimento de biomassa.

Do plantio ao primeiro corte, o eucalipto requer de seis a sete anos, enquanto uma usina de etanol de milho pode ser construída em dois anos, aproximadamente. Ou seja, para evitar o risco de desabastecimento, o planejamento da oferta de biomassa deve começar com pelo menos cinco anos de antecedência.

Algumas empresas estão bem posicionadas. A FS, por exemplo, tem mais de 80 mil hectares de base florestal própria em Mato Grosso, onde estão concentradas as suas usinas. “Temos autossuficiência para rodar todas as nossas unidades com florestas plantadas mais o nosso plano de expansão”, disse o CEO da empresa, Rafael Abud, em entrevista ao The AgriBiz neste mês.

A FS tem, inclusive, uma empresa só de ativos florestais, a FS Florestal, que em março um CRA (Certificado de Recebíveis do AGRONEGÓCIO) de R$ 500 milhões. A companhia também vem testando alternativas ao eucalipto, como o bambu, como fonte de energia.

A Enebra, especializada em eucalipto, levantou R$ 100 milhões em um CRA lastreado no contrato para abastecer a usina que a 3tentos está construindo em Porto Alegre do Norte (MT) — a empresa também fornece para a Inpasa, a líder no setor.

Também há modelos de terceirização, com empresas como a ComBio não apenas fornecendo a biomassa, mas assumindo a operação das caldeiras.

Além disso, parte das novas usinas adotam modelo híbrido — ou “flex” — no qual alternam matérias-primas, principalmente cana-de-açúcar e milho, com o bagaço da primeira servindo de biomassa. Será assim na usina da São Martinho em Quirinópolis (GO), após um investimento de R$ 1,1 bilhão anunciado no início do mês.

Para o JPMorgan, o desafio no suprimento da biomassa é, inclusive, um fator chave que impulsiona a implementação das usinas flex.

A importância das certificações

As pesquisadoras Luciane Bachion e Sofia Arantes, da Agroicone, dizem que há muito espaço para ampliar a produção de eucalipto sem avançar sobre a vegetação nativa.

“No etanol de milho, a maior parte da biomassa vem de eucalipto, que historicamente expande sobre áreas de pastagem degradada”, diz Bachion.

Guilherme Nolasco, presidente da Unem (União Nacional do Etanol de Milho), reforça essa visão. Segundo ele, “foram incorporadas terras marginais consolidadas, mais arenosas e de baixa produtividade”.

Arantes lembra que as certificações estrangeiras exigidas na exportação do etanol, com due dilligences da procedência ambiental, evitam que o aumento da demanda gere desmatamento.

“Hoje em dia, ao escolher um fornecedor, uma trade ou um frigorífico precisam checar no Ibama para assegurar que nem a matéria-prima nem a biomassa vieram de desmatamento. E as grandes de biocombustíveis são severas na análise ambiental. Não querem nem que seja mais barato, pois o estresse pode ser enorme”, observa Silveira, da Abramilho.

A Agroicone estima que haja 110 milhões de hectares de terras regeneráveis no País. Para as pesquisadoras, esse saldo, combinado com os movimentos recentes da indústria e as inovações científicas, serão suficientes para evitar um cenário de escassez.

Fontes alternativas

Em outra frente, academia e empresas pesquisam fontes alternativas e microrganismos capazes de converter plantas — e até lixo — em biomassa.

“Em consequência da demanda apertada por cavaco, as usinas estão começando a testar opções, como resíduos agroindustriais e bambu”, diz Arantes, da Agroicone.

Algumas têm vantagens, como ciclos produtivos mais curtos — caso do bambu, que cresce em três a quatro anos, contra cinco a sete anos no eucalipto.

Em certos casos, a motivação é a falta de utilidade — por exemplo, o caroço de algodão, um resíduo da cotonicultura que pode ser usado como biomassa. Em outros casos, o ponto a favor é a ampla disponibilidade nos biomas brasileiros.

“A macaúba é uma palmeira nativa com alto rendimento de óleo que pode ser cultivada em áreas degradadas”, diz Felipe Cammarata, sócio da Bain & Company, em um relatório recente da consultoria sobre biocombustíveis.

No laboratório, a conta fecha, explica Gonçalo Pereira, coordenador do Laboratório de Genômica e BioEnergia da Unicamp.

“Toda a energia do mundo vem do sol, com raríssimas exceções da geotérmica e do urânio. A gente recebe 5,5 bilhões de exajoules de energia. Desses, 3,8 bilhões de exajoules chegam na superfície. E disso, a humanidade usa apenas 600 exajoules. Ou seja, somos incompetentes em converter a luz do sol em energia”, ele diz.

A biomassa, afirma, é onde a natureza estoca a energia solar. “Os fótons fazem a fotossíntese, que cria glicose e gera biomassa. A biomassa é uma bateria de carbono.”

Pereira atua em diversas frentes. Por exemplo, desenvolvendo microrganismos que melhoram a conversão das biomassas em etanol e biometano. Ou criando formas de gerar biogás a partir do lixo, como na Dinamarca.

Ele também tenta desenvolver biomassa baseada na palma e no agave, nativo do sertão — que, lembra Pereira, tem mais de 100 milhões de hectares. As plantas podem servir de fonte de energia ou serem convertidas em biocombustíveis.

A iniciativa está sendo testada no programa Brave, uma parceria entre Embrapii (Empresa Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial), Unicamp, Senai e Climatec, com investimento de R$ 100 milhões da Shell.

Informações: The AgriBiz.

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Soluções de automação mais avançadas do mundo serão implementadas pela Valmet no Projeto Sucuriú

Multinacional finlandesa fornecerá o estado da arte em automação na nova fábrica da Arauco 

A Arauco anunciou neste ano o Projeto Sucuriú, que consiste em uma nova unidade industrial, a maior do mundo construída em etapa única, e que terá capacidade para produzir 3,5 milhões de toneladas de celulose de mercado por ano. A Valmet, multinacional líder em tecnologias de processo, automação e serviços para as indústrias de celulose, papel e energia, será a principal parceira tecnológica e fornecedora de equipamentos da nova unidade, que terá o mais alto nível de automação e digitalização do setor. 

A empresa finlandesa foi escolhida como fornecedora-chave por oferecer um portfólio completo e integrado, com tecnologias de ponta e uma ampla base instalada no setor. Ao todo, serão aproximadamente 60 mil sinais de interface de comunicação, 35 mil instrumentos, 30 mil metros de cabos de comunicação, 1004 núcleos de processamento em servidores em clusters redundantes e ambiente virtualizado e 323 gabinetes de automação que garantirão a conectividade da unidade industrial.

“A Valmet é líder na promoção de operações cada vez mais autônomas. Nossas soluções são desenvolvidas com base em uma combinação única de tecnologia de processos, serviços e automação. A inteligência incorporada nos equipamentos possibilitam operações mais previsíveis e autônomas, enquanto os serviços baseados em dados e o sistema de controle operacional permitirão otimizar custos, qualidade e produtividade em toda a unidade”, detalha o Diretor de Operações de Automação da Valmet,  Sérgio Bandeira Junior. 

Com a construção da nova unidade, a Arauco fortalece sua atuação no Brasil e reforça sua posição de destaque no mercado global, já que é uma das líderes mundiais em capacidade produtiva no setor. A fábrica terá controles de processos e simuladores para treinamentos operacionais e com a integração de soluções de conectividade, do processamento da madeira até o controle de qualidade da celulose, o que trará segurança e otimização para a operação e contribuirá para excelência na eficiência do uso de recursos. 

“A inclusão do software de gerenciamento de ativos – o FDM (Field Device Manager) – com integração à DTM e posteriormente FDI irá suportar uma correta tomada de decisão orientada na Indústria 4.0, no qual também terá um suporte pelo Valmet PlantTriage, um recurso para análises de performance de malhas de controles, no qual será possível realizar análises correlacionais de processos”, explica Leonardo Crociati, gerente executivo do projeto na Arauco.

O sistema de automação virtualizado Valmet DNAe é um dos primeiros a ser implementado no mundo, em uma escala da magnitude do projeto Arauco, e integrará todos os dados de processo da fábrica. Ele fornece recursos exclusivos de coleta e utilização de dados, permitindo decisões ágeis e assertivas. Ele fornece uma plataforma sólida para avançar em direção a operações mais digitalizadas e autônoma, totalmente baseada em web, consolidando um grande diferencial tecnológico, e a interface de usuário comum para controles, análises, configuração e manutenção traz uma das últimas novidades da Valmet, o conceito UX, que através de estudos aprofundados da metodologia de trabalho do cliente e seus principais objetivos buscam possibilitar uma operação mais segura, eficiente e ergonômica, proporcionando uma experiência personalizada para cada função da equipe da nova planta. A arquitetura do sistema possui cibersegurança por design, com controle de acesso baseado em função, autenticação, mecanismos de criptografia e recursos de auditoria para prevenção proativa de ameaças cibernéticas.

As aplicações de Internet Industrial — também chamadas de Indústria 4.0 — permitirão ajustes contínuos na curva de produção, com o suporte de diversas ferramentas analíticas. A nova fábrica da Arauco contará com um robusto pacote destas aplicações como: monitoramento da performance das plantas, ferramentas analíticas, análise de Troubleshooting, balanço da fábrica, rastreamento da qualidade em todas as áreas de processo, suporte remoto de especialistas de outros países, entre outras. Todas as ilhas de processo serão monitoradas e contarão com Controles Avançados de Processos (APCs),  que podem otimizar a capacidade produtiva ao reduzir variações operacionais e, consequen-temente, seus custos. Além disso, a operação contará com suporte remoto de especialistas de todo o mundo por meio do Valmet Performance Center. Simuladores de operação também serão utilizados em 16 áreas da fábrica, acelerando a curva de aprendizado das equipes e contribuindo para uma operação mais segura e assertiva. Para antecipar diferentes situações produtivas, a ferramenta Digital Twin permitirá a análise de múltiplos cenários, oferecendo suporte estratégico à tomada de decisão.

A aplicação Mill-Wide Optimization (MWO) será responsável por elevar a performance da planta em direção a uma operação cada vez mais autônoma. “A solução MWO modela o comportamento e as interações entre os diversos processos da planta, permitindo que a fábrica seja otimizada como um sistema integrado atingindo custos mínimos por tonelada de produção e a referida orquestração evita que ocorra subutilização de areas de processo, permitindo alinhar tais áreas às metas globais da operação extraindo a máxima performance possível de cada ilha, ao mesmo tempo em que se equilibra sustentabilidade ambiental com produção, qualidade e custo”, complementa Bandeira. 

Sobre o Projeto Sucuriú

O Projeto Sucuriú marca a entrada da divisão de celulose da Arauco no Brasil. O investimento de US$ 4.6 bilhões inclui a construção de uma planta com capacidade de produção de 3,5 milhões de toneladas de fibra curta de celulose/ano. Está localizado em uma área de 3.500 hectares, a 50 quilômetros do centro da cidade de Inocência (MS) e ao lado do Rio Sucuriú. A etapa de terraplanagem começou em 2024 e a previsão de entrada em operação é no final de 2027.

Em todas as fases desenvolvimento do Projeto, e de maneira contínua, monitora e respeita a biodiversidade local, identificando espécies de flora e fauna nativas da região, além de fazer o mapeamento das áreas prioritárias para conservação.

Durante as obras, a Arauco vai oferecer capacitação e gerar mais de 14 mil oportunidades de trabalho. Depois do start up, o Projeto Sucuriú empregará cerca de 6 mil pessoas nas unidades Industrial, Florestal e operações de Logística. O propósito é impulsionar o desenvolvimento social e econômico para toda região, fomentando um aumento na geração de renda e na arrecadação de impostos, além de contribuir para atrair investimentos.

Sobre a Valmet: 

A Valmet possui uma base global de clientes em diversas indústrias de processo. Somos líderes globais no desenvolvimento e fornecimento de tecnologias de processo, automação e serviços para as indústrias de celulose, papel e energia e, com nossas soluções de automação e Flow Controlatendemos uma base ainda mais ampla de indústrias de processo. Nossos mais de 19.000 profissionais em todo o mundo trabalham próximos aos nossos clientes e estão comprometidos em impulsionar o desempenho de nossos clientes – todos os dias. A empresa tem mais de 225 anos de história industrial e um forte histórico de melhoria e renovação contínuas. As vendas líquidas da Valmet em 2024 foram de aproximadamente 5,4 bilhões de euros. As ações da Valmet estão listadas na Nasdaq Helsinki e sua sede fica em Espoo, na Finlândia.

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Por meio da qualificação profissional, Suzano impulsiona carreiras em Ribas do Rio Pardo (MS)

Parcerias entre a companhia, Senai e Senac já resultaram na formação de mais de 1 mil profissionais, ampliando oportunidades e fortalecendo a economia da região

A mudança de carreira de Luciana Borges, 47 anos, de ex-comerciante para operadora industrial, ilustra como a chegada da Suzano, maior produtora mundial de celulose e referência global na fabricação de bioprodutos desenvolvidos a partir do eucalipto, a Ribas do Rio Pardo (MS) abriu novas portas para trabalhadores da região. Mãe de três filhos e com mais de 15 anos no setor alimentício, ela decidiu se reinventar, aproveitando os cursos de qualificação oferecidos pela empresa em parceria com o Senai (Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial). Essa formação técnica foi o ponto de virada que lhe garantiu espaço em um segmento em desenvolvimento no município.

Recém-integrada à Linha de Fibras da Unidade Ribas do Rio Pardo como auxiliar de operação, Luciana já trabalha há três anos na Suzano. Ela relembra que ingressou no curso de especialização em Papel e Celulose oferecido pela companhia, em parceria com o Senai de Três Lagoas (MS). “Quando surgiu a oportunidade, eu sabia que precisava me dedicar ao máximo. A expectativa era que cerca da metade dos alunos e alunas seria contratada, então coloquei toda a minha energia para conquistar a vaga”, lembra.

Antes de fazer parte da equipe industrial da unidade, ela participou de um intenso período de capacitação e vivência prática, incluindo seis meses de treinamento na Unidade Três Lagoas, antes mesmo da inauguração da fábrica em Ribas do Rio Pardo. “Foi um aprendizado equivalente a anos de experiência. Entrei sem nunca ter trabalhado na indústria e saí com conhecimento técnico e prático para atuar na operação”, afirma.

Luciana Borges

Esse processo é o mesmo que a rio-pardense Tatielly Barbosa, 35 anos, passou para se formar. Ela trabalhava no comércio local quando, em 2021, surgiu a oportunidade de participar de um curso técnico oferecido pela companhia em parceria com o Senai. O processo de seleção, iniciado com entrevistas em agosto daquele ano, resultou em sua aprovação para o curso de Instrumentação, com duração de dez meses. A formação foi o ponto de virada em sua carreira. “A Suzano chegou num momento em que a cidade precisava muito desse crescimento. Esse curso me deu um novo objetivo de vida e me ajudou a superar um momento pessoal difícil”, conta.

Tatielly Barbosa

Desde a chegada da Suzano a Ribas do Rio Pardo, as histórias de Luciana e Tatielly se juntam a mais de 1 mil pessoas formadas em programas de qualificação profissional realizados em parceria com o Senai e o Senac (Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial), atendendo às demandas dos setores industrial, florestal, comercial e de serviços. No eixo industrial e florestal, 772 profissionais concluíram cursos técnicos, especializações e treinamentos estratégicos em áreas como Química, Automação Industrial, Eletrotécnica, Mecânica, Celulose, Operação de Máquinas Agrícolas e Florestais e Manutenção de Sistemas. Já no comércio e serviços, 235 pessoas finalizaram 15 cursos de qualificação.

“Na Suzano, acreditamos que investir em qualificação profissional é investir no futuro das pessoas e no desenvolvimento das comunidades onde atuamos. Em Ribas do Rio Pardo, criamos oportunidades para que talentos locais possam se preparar, ingressar no mercado de trabalho e construir carreiras sólidas. Alinhados ao nosso direcionador, que diz que ‘só é bom para nós se for bom para o mundo’, essa transformação é resultado de um trabalho conjunto, que envolve parcerias estratégicas e um olhar atento para as necessidades da população. Seguimos comprometidos em oferecer caminhos de crescimento profissional que gerem impacto positivo duradouro, fortalecendo a economia e a qualidade de vida na região”, afirma Angela Aparecida dos Santos, gerente executiva de Gente e Gestão da Suzano.

Mudança de roteiro

Diferentemente das colegas da indústria, que precisaram fazer uma transição de carreira, os planos de Giovana Batista Raimundo, de 22 anos, foram redirecionados para o setor florestal. Nascida no estado de São Paulo e criada em uma fazenda em Ribas do Rio Pardo, a aptidão e vivência no campo a direcionavam para o curso de Medicina Veterinária. No entanto, as oportunidades de trabalho na área florestal da Suzano se apresentaram como a possibilidade de uma nova trajetória.

Em 2023, Giovana se inscreveu no curso de Operador(a) de Máquinas Florestais, com um mês de aulas teóricas e simuladores, seguidas por treinamentos práticos no campo totalizando sete meses de formação. “No simulador, eles definiram quem iria para a harvester e quem iria para a forwarder. Eu fui selecionada para operar a harvester. No início, conhecemos cada detalhe da máquina antes de colher a primeira árvore. Aos poucos, fomos ganhando confiança e autonomia”, relembra.

O desempenho durante o curso foi decisivo para sua contratação. Avaliações semanais de aprendizado e evolução prática garantiram a ela uma vaga na equipe de colheita florestal da Suzano. Há um ano e cinco meses na empresa, Giovana destaca o orgulho de ser mulher em um setor historicamente masculino. “Operar uma máquina florestal não é fácil, mas é gratificante. Antigamente quase não se via mulher na colheita; hoje já é mais comum, e isso me motiva ainda mais”, afirma.

Giovana Batista Raimundo

Assim como Giovana e Tatielly, Luciana Borges ressalta que a presença da Suzano em Ribas do Rio Pardo representa uma transformação para a economia local e para a vida de muitas famílias. “Oportunidades como essa mudam histórias. Jovens que acabaram de concluir o Ensino Médio já ingressam no mercado com salários competitivos e um plano de carreira estruturado. A Suzano aposta no desenvolvimento das pessoas e incentiva que cresçamos junto com a empresa”, acrescenta.

Sobre a Suzano

A Suzano é a maior produtora mundial de celulose, uma das maiores fabricantes de papéis da América Latina e líder no segmento de papel higiênico no Brasil. A companhia adota as melhores práticas de inovação e sustentabilidade para desenvolver produtos e soluções a partir de matéria-prima renovável. Os produtos da Suzano estão presentes na vida de mais de 2 bilhões de pessoas, cerca de 25% da população mundial, e incluem celulose; itens para higiene pessoal como papel higiênico e guardanapos; papéis para embalagens, copos e canudos; papéis para imprimir e escrever, entre outros produtos desenvolvidos para atender à crescente necessidade do planeta por itens mais sustentáveis. Entre suas marcas no Brasil estão Neve®, Pólen®, Suzano Report®, Mimmo®, entre outras. Com sede no Brasil e operações na América Latina, América do Norte, Europa e Ásia, a empresa tem mais de 100 anos de história e ações negociadas nas bolsas do Brasil (SUZB3) e dos Estados Unidos (SUZ). Saiba mais em: suzano.com.br

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Smurfit Westrock transforma embalagens para reduzir custos e emissões de CO2

Embalagens redesenhadas geram economia logística e ambiental e ajudam empresas a avançar em metas de descarbonização

São Paulo, 18 de setembro de 2025 – A Smurfit Westrock, líder global em embalagens sustentáveis, vem mostrando como a inovação em embalagens vai além da proteção do produto: ela é um fator estratégico na eficiência logística, na redução de custos e na diminuição de emissões de CO₂. Com uma abordagem baseada em dados e ferramentas próprias de análise da cadeia de suprimentos, a empresa tem desenhado soluções que eliminam espaços vazios no transporte, otimizam paletização, armazenagem e aumentam a eficiência operacional de seus clientes.

Nas operações globais da empresa 100% das embalagens são recicláveis e feitas com fibras de origem renovável ou reciclada. A companhia adota um sistema circular por natureza, considerando cada elo do ciclo de vida do produto para proporcionar o menor impacto possível ao planeta, com a ambição de criar soluções que não deixem resíduos para as futuras gerações.

Um exemplo concreto dessa estratégia é o projeto desenvolvido para uma produtora de frutas frescas com fazendas na região Nordeste. A empresa enfrentava desafios relacionados ao sobrepeso nas embalagens de melão de 10 kg e à folga entre paletes no transporte, o que resultava em perdas logísticas e riscos à integridade dos produtos. Com o redesenho das embalagens, que passou a contar com layout mais compacto, gramatura ajustada e cantoneiras voltadas para dentro, a Smurfit Westrock entregou uma solução mais leve, funcional e com maior ventilação interna, que contribuiu significativamente para a conservação dos frutos e para a otimização da cadeia como um todo.

O resultado foi a redução anual de 224 fretes no envio das frutas e de outros 54 fretes na entrega das embalagens, o que representa uma diminuição de mais de 32 toneladas de CO₂ por ano.

“Essas soluções só são possíveis graças ao processo de cocriação da Smurfit Westrock, principalmente com clientes, que considera desde a identificação da melhor fibra para proteger o produto até a entrega ao cliente final, integrando variáveis como tipo de transporte, tipo de armazenagem, empilhamento e visibilidade no ponto de venda. Nossa Inovação é criada no campo do cliente, a partir do nosso conhecimento de suas operações e do nosso interesse em seus objetivos de negócio”, explica Daniela Tavares, diretora comercial, marketing e inovação da Smurfit Westrock.

A executiva ressalta que ao seguir o conceito Qualidade que Vai Longe, a companhia reforça seu compromisso com o desempenho, a durabilidade e a eficiência das soluções. “Ao otimizar o design das embalagens com foco logístico e ambiental, contribuímos diretamente para que nossos clientes alcancem suas metas de sustentabilidade, com ganhos reais em eficiência operacional e redução de emissões, além de sermos a economia circular em ação”, conclui.

Sobre a Smurfit Westrock  

A Smurfit Westrock é um líder global de embalagens sustentáveis, com presença em mais de 40 países e 100.000 funcionários. Possui mais de 500 operações de conversão e 63 fábricas de papel que oferecem soluções sob medida para clientes, com qualidade e confiabilidade. No Brasil, conta com 4.000 colaboradores e está presente em seis estados brasileiros, com 6 máquinas de papel, 9 fábricas de conversão e 54 mil hectares de floresta.  

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Voith Paper celebra Dia do Papeleiro e valoriza a força de quem move a indústria

Com mais de 150 anos de expertise, a empresa segue ao lado dos fabricantes de papel, oferecendo inovação, proximidade e suporte especializado

SÃO PAULO, Brasil. No Dia do Papeleiro, celebrado em 20 de setembro, a Voith Paper presta homenagem a todos os profissionais que fazem parte de uma das indústrias mais tradicionais e ao mesmo tempo mais inovadoras do Brasil.

Parceira histórica do setor, com mais de 150 anos de expertise global e sólida presença no país, a companhia se orgulha de caminhar lado a lado com os fabricantes de papel, oferecendo tecnologias de ponta, serviços especializados e suporte próximo para que a cadeia produtiva seja cada vez mais eficiente, sustentável e preparada para os desafios do futuro.

Com um portfólio completo que vai desde máquinas de última geração até serviços de reparo, reformas e manutenção, a Voith Paper se destaca pelo atendimento consultivo e pela dedicação de sua equipe técnica, disponível 24 horas por dia para apoiar os clientes em todas as etapas do processo produtivo.

Esse relacionamento próximo, baseado na confiança e na troca constante de conhecimento, garante soluções sob medida que aumentam a confiabilidade dos equipamentos, prolongam sua vida útil e contribuem para uma operação mais sustentável, reduzindo a necessidade de substituições e o consumo de recursos naturais.

A inovação sempre esteve no DNA da Voith Paper, que foi pioneira ao introduzir conceitos de automação e digitalização na indústria papeleira e que hoje dá passos decisivos rumo à chamada fábrica de papel autônoma. Integrando tecnologias inteligentes, como sensores avançados, câmeras, plataformas em nuvem e ferramentas de análise em tempo real, a Voith possibilita ajustes dinâmicos e automatizados que otimizam o desempenho das máquinas, economizam energia e matérias-primas e tornam o ambiente de trabalho mais seguro e atrativo para os operadores.

O resultado disso é uma produção de papel altamente eficiente, confiável e capaz de responder aos principais desafios da atualidade, como a escassez de mão de obra qualificada e a busca por competitividade em escala global.

Mais do que fornecedora de equipamentos, a Voith Paper se posiciona como parceira estratégica de longo prazo, apoiando seus clientes em cada etapa da jornada rumo a processos produtivos mais modernos e responsáveis. Essa atuação vai muito além da introdução de novas tecnologias: é o compromisso de construir, junto com os papeleiros brasileiros, um setor mais inovador, rentável e sustentável.

“Neste 20 de setembro, a Voith Paper reforça seu orgulho em fazer parte da história da indústria e nossa determinação em continuar impulsionando o futuro do papel no Brasil. O Dia do Papeleiro é uma oportunidade de reconhecer a importância desses profissionais que são a alma da indústria. Para a Voith Paper, estar ao lado dos fabricantes de papel significa mais do que oferecer tecnologia: é caminhar juntos em busca de eficiência, sustentabilidade e inovação.”, afirma Antonio Lemos, presidente da Voith Paper na América do Sul.

Sobre o Grupo Voith

O Grupo Voith é uma empresa de tecnologia com atuação global. Com seu amplo portfólio de sistemas, produtos, serviços e aplicações digitais, a Voith estabelece padrões nos mercados de energia, papel, matérias-primas, e transporte e automotivo. Fundada em 1867, a empresa atualmente tem cerca de 22.000 colaboradores, gera € 5,2 bilhões em vendas e opera filiais em mais de 60 países no mundo inteiro, o que a coloca entre as grandes empresas familiares da Europa.

A Divisão do Grupo Voith Paper integra o Grupo Voith. Como fornecedora completa para o setor papeleiro, oferece a mais ampla gama de tecnologias, serviços e produtos ao mercado, fornecendo aos fabricantes de papel soluções holísticas a partir de uma única fonte. O fluxo contínuo de inovações da empresa possibilita uma produção que conserva recursos e ajuda os clientes a minimizar sua pegada de carbono. Com os produtos de automação e as soluções de digitalização líderes de mercado do portfólio Papermaking 4.0, a Voith oferece aos seus clientes tecnologias digitais de ponta para aumentar a disponibilidade e eficiência de fábricas em todas as etapas do processo produtivo.

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