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Por investimento de ‘gigantes’, Senado vai discutir Vale da Celulose de MS

Fábricas de celulose em MS impactam diversos setores nas regiões onde são instaladas

O impacto do Vale da Celulose, conjunto de 11 municípios que movimentam o setor em Mato Grosso do Sul e que recebem milhões em investimentos de ‘gigantes’ do mercado, entrou no foco para uma audiência pública pela CDR (Comissão do Desenvolvimento Regional) no Senado.

Requerimento para que o setor e seus impactos nos municípios fossem discutidos partiu do senador Nelsinho Trad (PSD-MS). Construção de fábricas do porte das de celulose em MS causa impactos ambientais, de infraestrutura e na economia das cidades.

Vale lembrar que o Vale da Celulose abrange:

O documento já recebeu parecer favorável do colegiado, mas ainda não tem data para acontecer. O requerimento pede a presença dos prefeitos e representantes do Governo de MS, assim como das indústrias de celulose.

Impacto ambiental e de infraestrutura

Nelsinho justificou que a cadeia produtiva de celulose vem impulsionando a economia do Estado, mas também traz questões para debate, como o impacto ambiental.

“Entre os desafios, estão a pressão sobre recursos naturais, como a água e o solo, a ocupação intensiva de áreas rurais e os impactos sobre comunidades locais e cadeias produtivas tradicionais, como a agricultura familiar. Além disso, há preocupações quanto à logística, infraestrutura e à necessidade de qualificação profissional local para atender às demandas do setor”, diz o senador.

Vale da Celulose

A cadeia produtiva florestal já conta com quatro fábricas de celulose em operação, tendo iniciado a construção da quinta — da Arauco, em Inocência — e confirmado a sexta (Bracell).

MS tem reconhecimento nacional como o “Vale da Celulose”, tendo 24% da produção nacional. Assim, o Estado já dispõe da segunda maior área cultivada de eucalipto. Além disso, é o primeiro na produção de madeira em tora para papel e celulose.

Mato Grosso do Sul também aparece como vice-líder em área plantada com árvores, ficando atrás apenas de Minas Gerais.

Informações: MídiaMax.

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Consultoria projeta salto de 11 milhões de toneladas de celulose em MS

Indústria investirá bilhões em infraestrutura para garantir escoamento eficiente da produção

A consultoria Falconi, uma das mais requisitadas do setor no País, tem uma projeção animadora para o mercado da celulose em Mato Grosso do Sul: a previsão para os próximos cinco anos é de um acréscimo de quase 11 milhões de toneladas por ano. No entanto, Caio Davanzo, diretor de Papel e Celulose da consultoria, ressalva que o desenvolvimento exige planejamento conjunto entre governo e iniciativa privada para garantir infraestrutura e mão de obra qualificada, condições essenciais para a sustentação do Vale da Celulose a médio e longo prazos.

Caio Davanzo afirma que, diante da morosidade da máquina pública, caberá à indústria investir cifras bilionárias em infraestrutura para assegurar logística mais eficiente no escoamento da produção ao longo dos próximos anos.

Um levantamento com base em dados oficiais e abertos mostra que os investimentos públicos e privados projetados para o Vale da Celulose somam quase R$ 100 bilhões até 2030, incluindo ampliação da capacidade produtiva e obras logísticas. A expectativa é que esse movimento transforme a matriz econômica regional e posicione Mato Grosso do Sul como hub logístico e exportador, com rodovias modernizadas, ferrovias conectando fábricas a portos e uma cadeia florestal competitiva.

“A própria empresa fará investimentos para melhorar a logística entre a floresta e a indústria, por exemplo, além da necessidade de investimentos públicos para aumentar o poder de escoamento e para que as empresas possam operar em boas condições.”

Operações dessa magnitude, ressalta Davanzo, exigem investimentos em rodovias de acesso e em infraestrutura capaz de atender todo o ciclo produtivo, da floresta ao porto, garantindo sustentabilidade ao setor exportador.

“Quando existe um plano de expansão de uma fábrica de celulose ou um projeto sendo implementado, não é somente a questão do ativo fabril. Também é necessário pensar em todo o entorno da indústria”, disse. “Ou seja, como será feito o escoamento da produção, como transportar a matéria-prima da floresta até a fábrica? Como será empregada a mão de obra, seja na floresta ou na indústria propriamente?”

Apesar dos desafios, como formação de trabalhadores, competitividade internacional e sustentabilidade ambiental, a articulação entre empresas e governo indica um planejamento integrado para que, a partir de 2028, a expansão da celulose seja acompanhada pela infraestrutura necessária, assegurando escoamento eficiente da produção crescente.

Consolidação do Vale da Celulose

Novos investimentos puxados por Suzano e Eldorado, já instaladas na região, e pela chegada das gigantes Arauco e Bracell consolidam o leste de Mato Grosso do Sul como um dos maiores polos mundiais do setor, avalia Davanzo.

Em Três Lagoas, a Eldorado prevê investir R$ 25 bilhões na ampliação da segunda unidade, com capacidade para 2 milhões de toneladas anuais, incluindo aportes em ferrovias e rodovias. A Suzano, que já opera duas linhas na cidade, inaugurou neste ano em Ribas do Rio Pardo uma unidade de R$ 22,2 bilhões, com capacidade para 2,55 milhões de toneladas.

Em Inocência, o Projeto Sucuriú, da Arauco, prevê R$ 25 bilhões e início das operações em 2027, com até 3,5 milhões de toneladas por ano. Já em Bataguassu, a Bracell investirá R$ 16 bilhões em uma fábrica de celulose solúvel com capacidade de 2,9 milhões de toneladas anuais.

O setor de papel e celulose nacional prevê investimentos de R$ 105 bilhões até 2028 em todo o País, grande parte em Mato Grosso do Sul. Entre eles, a Rota da Celulose deve receber R$ 10 bilhões da iniciativa privada em obras de pavimentação, duplicação e manutenção de estradas, reduzindo a necessidade de gasto público. Somente na MS-377, entre Três Lagoas e Inocência, são R$ 24 milhões em obras ligando florestas às indústrias.

Outra frente estratégica é o Porto de Santos, principal via de exportação da celulose brasileira. O governo federal prevê leilão do terminal Tecon Santos 10, o maior da história do país — em meados de dezembro, com investimentos de R$ 5,6 bilhões ao longo de 25 anos e aumento de até 50% na capacidade. A licitação ainda depende de aval do TCU (Tribunal de Contas da União).

Além disso, o setor defende mais investimentos públicos em ferrovias para “garantir operações sustentáveis em longo prazo”.

Morosidade da máquina pública

Davanzo lembra que a ampliação do Porto de Santos é aguardada há anos pelo mercado e critica a lentidão da máquina pública no fomento à infraestrutura, fator que, na prática, trava o dinamismo econômico regional.

Em Mato Grosso do Sul, o governo assinou há quase um ano contrato com o BNDES para crédito de R$ 2,3 bilhões em infraestrutura de transportes, incluindo R$ 300 milhões de contrapartida estadual. Os recursos preveem a transformação de 800 km de rodovias, mas foram liberados apenas parcialmente. Segundo o banco, o desembolso é “gradual, de acordo com o avanço físico-financeiro dos projetos previamente aprovados”.

O Estado também negocia com o BIRD (Banco Mundial) um crédito de US$ 250 milhões (cerca de R$ 1,36 bilhão) no programa Rodar MS, que prevê restauração de rodovias como a MS-377 e MS-240, com modelos de concessão de longo prazo. O processo ainda aguarda análise da Secretaria do Tesouro Nacional.

A Rota Bioceânica, ligando Porto Murtinho (MS) a Carmelo Peralta (Paraguai), é outro ponto estratégico. “O principal benefício da Rota é o potencial de diversificar várias rotas de exportação da celulose e outros produtos sul-mato-grossenses. Isso dará mais possibilidades para a exportação”, afirma Davanzo.

Investimentos federais e privados

Segundo o Ministério dos Transportes, o governo federal celebrou convênio para delegar trechos das BR-262/MS e BR-267/MS, totalizando 576 km, viabilizando a concessão da Rota da Celulose, que também inclui rodovias estaduais estratégicas (MS-040, MS-338 e MS-395).

O projeto abrange vias estratégicas para o escoamento da produção de celulose e do agronegócio na região, com previsão de cerca de R$ 10 bilhões em investimentos. Estão previstas obras como a duplicação de 146 km, implantação de 245 km de faixas adicionais e 38 km de contornos viários. O leilão e a gestão do contrato estão a cargo do governo estadual.

Em abril de 2025, a ANTT (Agência Nacional de Transportes Terrestres) autorizou a Arauco a construir e operar um ramal ferroviário de 46 km em Inocência (MS). O contrato tem validade de 99 anos e o projeto está atualmente em fase de licenciamento ambiental.

Para o Ministério, as autorizações ferroviárias são de natureza privada, cabendo às empresas autorizadas a implementação dos projetos.

Perspectivas

Para o especialista da Falconi, os investimentos do setor têm caráter de longo prazo, com retorno gradual às comunidades. “Esse grau de investimento tem retorno de médio e longo prazo. Uma planta dessa é para durar de 50 a 100 anos. Isso dá confiança para que todo o ecossistema seja montado visando um desenvolvimento sustentado da cidade.”

Segundo ele, a tendência é de que a cadeia do setor, responsável hoje por mais de 10% do PIB estadual, dê um salto a partir de 2028 com a entrada em operação das novas indústrias. “A participação do setor da celulose tende a aumentar de forma significativa no PIB do Estado”, afirma, sem estimar percentuais.

Empregos

Davanzo calcula ainda que a indústria deve gerar 100 mil empregos em Mato Grosso do Sul até 2028. No curto prazo, só o Projeto Sucuriú da Arauco abrirá 10 mil vagas imediatas. “Esse é um grande fator que vai contribuir com o desenvolvimento do Estado”, afirma.

A alta demanda deve acirrar a disputa por trabalhadores qualificados, tanto na produção industrial quanto no plantio de eucalipto — área considerada mão de obra intensiva. Para suprir a carência, programas de capacitação vêm sendo articulados por Senai, Senac, Sebrae, Famasul e Senar em parceria com empresas e governo. O governo estadual também acelerou iniciativas que vinham em marcha e lançou outras, como a Rede de Excelência em Qualificação Profissional. Via Senai-MS, capacitou 4,5 mil alunos na área florestal entre 2021 e 2024, um investimento de R$ 24,5 milhões, por exemplo.

Informações: Campo Grande News.

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“Mercado imobiliário de MS vive momento promissor com expansão da celulose e rota bioceânica”

A vice-presidente do CRECI/MS explicou que apesar do crescimento e valorização dos imóveis no Estado, é essencial buscar profissionais habilitados para evitar fraudes e garantir negociações seguras

Em entrevista recente, a vice-presidente do CRECI/MS, Simone Leal, destacou que o setor imobiliário em Mato Grosso do Sul vive um momento promissor com a expansão da celulose e a rota bioceânica, mas alertou para os riscos de fraudes e contratos irregulares. Segundo Simone, apenas profissionais habilitados podem garantir negócios seguros e evitar que “o sonho da casa própria se transforme em um pesadelo”. Confira a entrevista completa:

No dia 27 de agosto foi comemorado o Dia do Corretor de Imóveis. O que a data representa para a categoria?

Essa data é muito especial para nós, pois marca a regulamentação da profissão de corretor de imóveis, ocorrida em 27 de agosto de 1962, há 63 anos. Mas o que isso representa? Significa segurança jurídica. O corretor é o profissional responsável por tomar todas as providências necessárias, verificar a documentação e garantir que a negociação de um imóvel seja feita com tranquilidade e confiança.

Afinal, para muitas pessoas, comprar um imóvel é a realização de um sonho de vida inteira, fruto de anos de trabalho e economias. E é justamente esse sonho que o corretor de imóveis tem a missão e a capacidade de concretizar.

Como que os profissionais estão lidando com as demandas dos clientes que buscam por um imóvel? Qual é o cenário em MS?

O setor imobiliário é um segmento que sempre se mantém pujante. Em nosso estado, por exemplo, a indústria da celulose está em franca expansão, trazendo desenvolvimento e progresso para toda a região e arredores. Isso naturalmente impacta o mercado imobiliário, que acompanha esse crescimento com boas oportunidades de negócios.

Outro fator importante é a rota bioceânica, que amplia as perspectivas de investimento e reforça a ideia de que investir em imóveis nunca é perda: o setor sempre se valoriza e gera segurança.

Ser corretor de imóveis, no entanto, exige constante movimento. É uma profissão em que não se pode “estacionar”. Quem não se atualiza acaba ficando para trás. Nosso papel vai muito além de aproximar comprador e vendedor: somos consultores, responsáveis por oferecer orientação qualificada, transmitir credibilidade e, assim, fidelizar clientes.

Mesmo diante de crises econômicas, os imóveis permanecem como um patrimônio sólido e de referência, mantendo sua valorização. Hoje, Mato Grosso do Sul vive um momento especialmente promissor. Vimos isso na região do Bolsão, e agora a expansão da indústria da celulose alcança outras localidades, valorizando não apenas imóveis rurais, mas também urbanos e de locação.

Esse movimento ocorre em duas etapas: primeiro, durante a construção das fábricas, quando há grande demanda de alojamentos e suporte para os trabalhadores; depois, em um segundo estágio, com a estabilização, quando os profissionais passam a atuar efetivamente nas indústrias já instaladas. Esse ciclo fortalece ainda mais o mercado imobiliário e cria novas oportunidades para todos.

Como os corretores têm lidado com essa realidade de alta demanda e de preços tão elevados, tanto para compra e venda de imóveis quanto para aluguéis?

O que acontece é simples: é a lei da oferta e da procura. Vimos isso em Três Lagoas, depois em Ribas, e agora em Inocência. A alta demanda por imóveis eleva os preços rapidamente. Aquela quitinete que custava entre R$ 500 e R$ 800, hoje não se encontra por menos de R$ 3.000 ou R$ 4.000.

Mas esse movimento traz também um outro efeito: a inadimplência. Muitas pessoas se mudam para essas regiões sem garantias reais de pagamento. O salário nem sempre acompanha os valores cobrados, que estão muito acima da média de mercado. E, quando se faz uma análise de crédito, o recomendado é que a moradia não comprometa mais de 30% do orçamento familiar. Quando isso não é respeitado, a inadimplência cresce, e com ela vem a dificuldade da retomada do imóvel.

Outro problema é que, para tentar economizar, muitos optam por contratos sem intermediação de um corretor ou de uma imobiliária. Usam modelos prontos, comprados em livrarias, sem a devida base legal. Isso gera dores de cabeça, litígios e demandas judiciais que poderiam ser evitadas com a atuação de um profissional habilitado.

O mesmo vale para a compra de imóveis. Quer segurança? Procure sempre um corretor de imóveis. É claro que existem pessoas mal-intencionadas, criminosos que se passam por profissionais e acabam lidando de forma irresponsável com o sonho das famílias. Por isso, não basta estar apenas credenciado ao Creci: é preciso ter conhecimento, preparo e competência. Afinal, os contratos de locação, venda ou financiamento exigem atenção a muitos detalhes. Se não houver profissionalismo, o sonho da casa própria pode facilmente se transformar em um pesadelo.

Diante dos ‘falsos profissionais’ que acabam manchando a imagem dos corretores habilitados e prejudicando o sonho de tantas pessoas, como o Creci tem atuado hoje para combater esse tipo de fraude praticada por quem se apresenta como corretor sem realmente ser?

Há cerca de três anos realizamos um estudo aprofundado com a nossa equipe de fiscalização, que também atua na investigação e coleta de provas. Esse trabalho durou nove meses e resultou em uma grande operação, que começou em Campo Grande e depois se estendeu para Três Lagoas e Dourados.

O alvo foram fraudes relacionadas à venda de consórcios. Talvez você se recorde: foi uma operação de grande porte, envolvendo o Procon, o Ministério Público, o CRECI e até o Conselho Tutelar, já que encontramos menores de idade aliciados para atuar nessas práticas ilegais.

O que acontecia? Pessoas inescrupulosas copiavam anúncios de imóveis, enganando consumidores ao oferecer o que diziam ser financiamentos. Na prática, tratava-se de consórcios irregulares, muitos sem qualquer registro no Banco Central. O comprador entregava R$ 10 mil ou R$ 15 mil como entrada e, quando percebia que não se tratava de financiamento, já havia perdido o dinheiro.

Muitos desses golpes eram aplicados por jovens, explorando a facilidade das redes sociais e do marketplace para atrair vítimas. Encontramos situações absurdas, como pessoas na recepção com maletas e sacolas cheias de dinheiro em espécie, valores que famílias inteiras haviam juntado por meio de empréstimos bancários para tentar realizar o sonho da casa própria.

Essa operação teve grande repercussão e resultou inclusive em prisões. O recado que deixamos é claro: a população precisa ficar atenta. Sempre consulte o site do CRECI, verifique a certidão de regularidade e confirme se o profissional é realmente habilitado. Só assim é possível evitar que o sonho da casa própria se transforme em um pesadelo.

Em meio ao cenário atual em Mato Grosso do Sul, de que forma o Conselho tem atuado para capacitar e fortalecer cada vez mais a categoria dos corretores de imóveis?

Hoje o Conselho tem se debruçado sobre dois pontos principais. O primeiro é a preocupação com a formação dos novos profissionais. Temos visto muitos corretores chegando ao mercado sem a devida qualificação. Por lei, os cursos são fracos e deixam lacunas sérias. Para se ter uma ideia, há profissionais que não sabem sequer o que é uma certidão de matrícula — que, em termos simples, é como a “certidão de nascimento” do imóvel, trazendo todo o histórico de proprietários, eventuais penhoras e cancelamentos.

Nesse sentido, o que o Conselho pode fazer ainda é limitado, já que a responsabilidade pela fiscalização dos cursos é do MEC e das secretarias estaduais de Educação. Por isso, a luta hoje, em nível federal, é pela criação de um exame de proficiência, semelhante ao da OAB, que garanta que apenas profissionais realmente capacitados possam atuar no mercado.

O segundo ponto é a atuação contra os maus profissionais. Infelizmente, como em qualquer área, há pessoas mal-intencionadas. Para esses casos, o Conselho mantém uma atuação firme.

O objetivo é claro: punir rigorosamente os que agem de má-fé. Apropriação indébita, por exemplo, leva à cassação imediata, sem segunda chance. E, quando cassado, se o profissional insiste em atuar, o caso passa a ser de polícia e é encaminhado ao Ministério Público.

É fundamental também que a sociedade colabore. Sempre que houver uma irregularidade, é preciso denunciar ao CRECI, apresentando documentos e provas. Só assim conseguimos retirar do mercado aqueles que mancham a profissão e prejudicam o consumidor. O nosso papel é proteger o cidadão e garantir que o sonho da casa própria não se transforme em frustração.

Hoje é muito comum ver anúncios em sites de classificados e no Facebook oferecendo imóveis para “assumir parcelas”, muitas vezes apenas com contrato feito em cartório. Quais são os riscos de um acordo desse tipo?

Esse tipo de negociação representa um risco enorme. No caso do programa Minha Casa Minha Vida, por exemplo, o financiamento não pode ser transferido diretamente. A forma correta é apresentar a documentação ao banco, que quita o financiamento anterior e abre um novo contrato em nome do comprador.

O consumidor precisa entender que um contrato particular, mesmo registrado em cartório, não garante segurança jurídica. Se o vendedor, por exemplo, vier a falecer, o imóvel entrará em inventário e o comprador ficará em uma situação complicada, com chances de perder o que investiu.

Outro ponto importante é a questão das taxas de juros. Muitos desistem da compra porque consideram a prestação alta com a Selic elevada. Mas é preciso lembrar que, daqui a um ano, o imóvel provavelmente estará mais caro. Ou seja, mesmo que a taxa caia, a valorização do bem pode anular o benefício.

A saída é a portabilidade de crédito. Caso as taxas caiam no futuro, o comprador pode transferir o financiamento para outro banco que ofereça juros menores. Muitas vezes, só de manifestar a intenção de portar o contrato, o próprio banco atual já reduz os juros para não perder o cliente. Assim, é possível renegociar ao longo dos anos e adequar o financiamento às condições de mercado.

Portanto, o recado é claro: se tiver oportunidade de comprar, compre. Mesmo que os juros pareçam altos no momento, é sempre possível fazer a portabilidade depois e reduzir os custos do financiamento.

Informações: A Crítica.

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Arauco reforça integração entre Brasil e Chile em Rodada de Negócios

Diretor da Companhia destaca investimentos de US$4.6 bilhões em Mato Grosso do Sul e a importância da integração logística para fortalecer o comércio bilateral

De origem chilena e com atuação no Brasil desde 2002, a Arauco marcou presença no Painel Empresarial e Rodada de Negócios Brasil-Chile que reuniu autoridades dos dois países nesta quarta-feira (03) para debater o comércio bilateral e soluções logísticas, como a Rota Bioceânica que vai conectar Mato Grosso do Sul aos portos chilenos em 3.520 km de rodovias, reduzindo custos ao integrar Chile, Argentina, Paraguai e Brasil.

No auditório lotado da FIEMS, em Campo Grande (MS), a presença do Diretor Global de Pessoas, Sustentabilidade e Assuntos Corporativos, Charles Kimber, demonstrou que a boa relação da Arauco com Brasil vem de muito antes do Projeto Sucuriú, em construção na cidade de Inocência (MS). “Temos uma parceria produtiva e de longo prazo com os brasileiros, pautada pelo respeito e crescimento mútuo. E hoje vemos aqui a oportunidade para que os dois países ampliem os vínculos econômicos, sociais e culturais”, avaliou Kimber.

A Arauco participou do Painel Empresarial, representada pelo Diretor de Sustentabilidade e Relações Institucionais, Theófilo Militão, que reconheceu o Brasil como parceiro estratégico da companhia em nível global. “Nós apoiamos todas essas iniciativas e participamos das discussões para incentivar essa integração cada vez mais forte entre Brasil e Chile. E o Projeto Sucuriú demonstra a relação de confiança que já existe entre os dois países”, explicou Militão.

Em sua fala, o diretor lembrou que o Brasil é o destino do maior investimento na história da companhia chilena: US$4.6 bilhões na implantação de sua primeira fábrica de celulose no país, com capacidade para produzir 3,5 milhões de toneladas por ano. Ao iniciar a operação no fim de 2027, o Projeto Sucuriú responderá por 40% da produção global de celulose da Arauco, hoje dividida entre Chile, Argentina e Uruguai.

Ao lado de executivos da Companhia, Militão reforçou aos mais de 40 empresários chilenos presentes sobre o enorme potencial brasileiro. “Nós escolhemos crescer aqui, juntos, neste Mato Grosso do Sul que tão bem nos acolheu. Hoje este Projeto representa mais do que uma planta industrial, mas um catalisador do desenvolvimento, que capacita mão de obra, gera emprego e renda, atrai investimentos e transforma a vida de milhares de pessoas”.

O encontro reuniu governadores e ministros de ambos os países para celebrar a parceria que vai encurtar distâncias e ampliar mercados com a consolidação da Rota Bioceânica, já 75% concluída. “É um momento histórico”, exclamou o governador de MS, Eduardo Riedel. Já o ministro da Economia, Fomento e Turismo do Chile, Álvaro García, citou investimentos de US$ 1 bilhão para melhorias nos portos de Iquique, Antofagasta e Tarapacá.

Entre os presentes, estavam também a Ministra do Planejamento e Orçamento do Brasil, Simone Tebet; o Governador de Tarapacá, José Miguel Carvajal; o Governador de Antofagasta, Ricardo Díaz Cortés; a Diretora do Departamento de Integração Regional do Itamaraty, Daniela Benjamin; o embaixador do Chile no Brasil, Sebastian Depolo; a Prefeita de Campo Grande, Adriane Lopes; o Presidente da FIEMS, Sérgio Longen e, representando a Assembleia Legislativa de MS, o Deputado estadual Paulo Corrêa.

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