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Setor florestal do Paraná defende continuidade da negociação para redução do tarifaço

Para presidente da Apre Florestas, medida não resolve de forma definitiva o problema

O presidente da Associação Paranaense de Empresas de Base Florestal (Apre Florestas), Fabio Brun (foto), avaliou como positiva a Medida Provisória anunciada nesta quarta-feira (13) pelo governo federal para mitigar os impactos do Tarifaço sobre exportações ao mercado norte-americano.

“O pacote contém vários pontos que podem auxiliar empresas que exportam para os Estados Unidos no curtíssimo prazo, permitindo que as companhias sejam capazes de sobreviver a esse período de ajuste à nova realidade.”

Entre os pontos positivos, a entidade aponta a linha de crédito de R$ 30 bilhões, a postergação dos impostos por dois meses e compras emergenciais de perecíveis.

Apesar disso, ressalta que a medida não resolve de forma definitiva o problema.

“Por mais que o pacote seja abrangente e tenha componentes interessantes, ele é um paliativo — um paliativo bom, mas que não substitui a necessidade de redução da tarifa”, afirma Fabrio Brun.

O presidente da APRE também destacou a importância de garantir a efetiva aplicação dos benefícios previstos. “Uma coisa é anunciar o pacote, outra é a implementação. É fundamental que o que está sendo sugerido na MP seja realmente aplicável e que as empresas tenham acesso às medidas propostas”, completa.

Informações: Mirian Gasparin.

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Fiemt propõe carta conjunta para amenizar impactos da tarifa dos EUA no setor de base florestal

A Federação das Indústrias de Mato Grosso (Fiemt) promoveu na quarta-feira (13), em parceria com o Centro das Indústrias Produtoras e Exportadoras de Madeira de Mato Grosso (Cipem), um debate institucional para discutir os efeitos do aumento tarifário imposto pelos Estados Unidos a produtos brasileiros, medida que atinge diretamente a indústria de base florestal do estado. Estiveram presentes diversos representantes de sindicatos e associações de trabalhadores do Estado.

Durante as discussões, foram apresentados cenários sobre o impacto econômico da medida, riscos de redução de postos de trabalho e estratégias para reduzir as perdas para indústrias e trabalhadores.

O presidente da Sistema Fiemt, Silvio Rangel, propôs a criação de uma carta conjunta, a ser assinada por representantes da indústria e dos trabalhadores, com medidas concretas que possam amenizar os efeitos negativos do tarifaço. O documento será encaminhado aos governos estadual e federal como forma de buscar apoio institucional e políticas de mitigação.

“Não podemos enfrentar essa crise de forma isolada. A união entre empregadores e empregados é essencial para mantermos a competitividade, proteger os empregos e garantir que o setor continue contribuindo para a economia de Mato Grosso”, afirmou o presidente.

O presidente do Cipem, Ednei Blasius, destacou que mais de 26% da produção de madeira nativa de Mato Grosso é exportada para os Estados Unidos, sendo que um dos principais produtos (o piso de madeira maciça com acabamento) é direcionado exclusivamente ao mercado americano e continua sujeito às tarifas, mesmo após as recentes alterações anunciadas pelo governo norte-americano.

Segundo ele, esse produto não encontra alternativas viáveis de comercialização em outros mercados, como Europa ou Ásia, devido às especificidades técnicas e à demanda restrita ao consumidor americano. “Sem ter para onde direcionar a produção, há risco de desemprego praticamente total nas linhas de produção voltadas a esse mercado, que empregam de 60% a 70% de mão de obra feminina altamente especializada”, disse.

O presidente do Sindicato dos Trabalhadores na Indústria Madeireira de Juína e Região (Stimajur), João Alves da Luz, reforçou a importância da união entre empregadores e empregados na defesa do setor e da manutenção dos empregos. Ele lembrou que, em sua base sindical, que se estende de Juína a municípios como Colniza e Aripuanã, cerca de 80% dos empregos dependem diretamente da indústria madeireira, que reúne mais de 180 empresas na região.

“Quando a empresa não consegue trabalhar como deseja, quem paga a conta somos nós, trabalhadores. Cada emprego perdido significa uma família inteira sem renda, e não temos outra alternativa de sustento além de vender nossa força de trabalho. Por isso, é fundamental que o governo inclua medidas específicas para os trabalhadores no pacote de apoio e não deixe o setor madeireiro à margem das negociações”, afirmou.

Entre as lideranças presentes estavam o vice-presidente da Fiemt, Jandir Milan; o presidente do Sindicato das Indústrias da Construção do Estado de Mato Grosso (Sinduscon-MT), Claudio Ottaiano; o presidente do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias Metalúrgicas, Mecânicas e de Materiais Elétricos de Mato Grosso, Manoel de Souza; o presidente da Força Sindical, Noel Inacio da Silva; o superintendente regional do Trabalho, Gerson Delgado; e o presidente da Federação dos Trabalhadores da Indústria (Fetiemt), Ronei Lima.

Também participaram representantes do Sindicato dos Empregados em Postos de Combustíveis de Mato Grosso (Sinpospetro-MT), do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias e Cooperativas de Carnes e Derivados da Alimentação de Lucas do Rio Verde (Sintralve), do Sindicato das Indústrias Madeireiras e Moveleiras do Noroeste de Mato Grosso, do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias de Alimentação de Mato Grosso (Sintia), do Sindicato dos Trabalhadores na Indústria da Construção Civil de Cuiabá e Municípios e do Sindicato dos Trabalhadores na Indústria da Construção e do Mobiliário da Região Norte do Estado de Mato Grosso.

Panorama do setor

O estado conta com 1.359 estabelecimentos e 10.869 trabalhadores atuando no setor, que engloba desde serrarias até a fabricação de móveis e artefatos de madeira, conforme informações do Observatório de Mato Grosso.

As serrarias com desdobramento de madeira em bruto representam quase metade das empresas (48,64%) e empregam 59,55% da mão de obra. A fabricação de móveis responde por 30,76% dos estabelecimentos e 18,27% dos empregos, seguida por outras atividades como resseragem, produção de chapas e artefatos diversos, que juntas mantêm milhares de postos de trabalho espalhados por Mato Grosso.

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Setor de madeira cobra negociação urgente com os EUA

Lideranças da ACR e APRE Florestas discutem, ao lado de Gustavo Milazzo da WoodFlow, como o setor madeireiro do Sul do Brasil deve ser afetado pela crise e quais devem ser os próximos passos

As novas tarifas impostas pelos Estados Unidos sobre produtos de madeira brasileiros colocam em risco um dos mercados mais estratégicos para o setor florestal nacional. A avaliação foi feita no Podcast WoodFlow #18, que reuniu o CEO da WoodFlow, Gustavo Milazzo, o presidente da Associação Catarinense de Empresas Florestais (ACR), Jose Mario Ferreira, e o presidente da Associação Paranaense de Empresas de Base Florestal (APRE Florestas), Fabio Brun.

Segundo os convidados, o impacto é especialmente grave no Sul do país, onde a dependência do mercado americano é maior. Em alguns segmentos do ramo madeireiro, como portas, molduras e pisos, a participação dos EUA nas exportações chega a ultrapassar 80%. “É uma situação que vai deixar cicatrizes no setor, mas também pode trazer experiência e abrir oportunidades para mudanças estruturais”, afirmou Fabio Brun.

O episódio destacou que, apesar das dificuldades, o Brasil mantém vantagens competitivas globais, como produtividade florestal superior à de outros países e produtos que atendem nichos específicos no mercado internacional. “O setor madeireiro brasileiro é consolidado e resiliente. Já superamos outras crises e podemos sair mais fortes, desde que haja uma ação coordenada para negociar com os Estados Unidos e preservar os empregos e investimentos na cadeia produtiva”, ressaltou Jose Mario Ferreira.

Negociação urgente

Diante do cenário, os participantes reforçaram que a negociação direta entre Brasil e Estados Unidos é urgente para evitar perdas irreversíveis de mercado. O diálogo bilateral pode abrir caminho para a revisão ou redução das tarifas, permitindo que as exportações brasileiras retomem competitividade e preservem o relacionamento histórico e interdependente com o país norte-americano.

Além disso, destacaram que medidas governamentais de apoio ao setor serão fundamentais para atravessar os próximos seis meses, período estimado para que o mercado se acomode à nova realidade. Incentivos fiscais, linhas de crédito emergenciais e políticas de manutenção de empregos podem ser decisivos para impedir o fechamento de empresas e a perda de mão de obra qualificada.

Para Gustavo Milazzo, o momento exige união entre indústrias, associações e governos estaduais e federal. “É urgente abrir um canal de negociação para reverter ou mitigar as tarifas. Sem isso, corremos o risco de perder espaço em um mercado vital para a madeira brasileira”, pontuou.

Sobre o Podcast WoodFlow

O Podcast WoodFlow é uma iniciativa da startup de exportação de madeira WoodFlow, e visa debater, uma vez ao mês, sobre o mercado de madeira. O CEO da WoodFlow, Gustavo Milazzo conduz as entrevistas sempre retratando o cenário e o futuro da madeira. O Podcast WoodFlow é o primeiro do país a debater temas do mercado madeireiro e pode ser acessado diretamente no YouTube ou nas plataformas de streaming de áudio

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Governador Eduardo Riedel, CEOs e especialistas chegam a Três Lagoas para o Congresso Florestal nesta segunda (18)

Evento trará debates sobre inovação, ecoeficiência e mercado de carbono

O setor florestal de Mato Grosso do Sul terá nesta segunda-feira, 18 de agosto, um encontro estratégico que reunirá autoridades políticas, executivos de grandes empresas, prefeitos e especialistas para discutir os rumos da cadeia produtiva. Em sua sétima edição, o Congresso Florestal MS será realizado no Espaço SESI MS – Auditório José Paulo Rímoli, em Três Lagoas, e integra a programação oficial do Show Florestal 2025, marcado para os dias 19 a 21.

A abertura será feita pelo governador Eduardo Riedel, com um panorama sobre o desenvolvimento econômico e as perspectivas para o Estado. Em seguida, dois painéis temáticos vão reunir nomes de destaque no setor. O primeiro, mediado pelo secretário executivo de Desenvolvimento Econômico Sustentável, Rogério Thomitão Beretta, tratará do status dos megaempreendimentos florestais no Brasil, com a presença de Douglas Seibert Lazaretti (Suzano), Germano Vieira (Eldorado Brasil Celulose), Theófilo Militão (Arauco Brasil) e Mauro Quirino (Bracell).

Ainda na parte da manhã, uma mesa-redonda mediada por Junior Ramires, presidente da Reflore/MS, debaterá políticas públicas e desafios das cidades que sediam grandes empreendimentos, com participação dos prefeitos Cassiano Rojas Maia (Três Lagoas), Roberson Moureira (Ribas do Rio Pardo) e Antônio Ângelo Garcia dos Santos (Inocência), além do vice-prefeito Cleyton Silva (Bataguassu).

O segundo painel, no período da tarde, será moderado pelo embaixador José Carlos da Fonseca Júnior, presidente-executivo da Empapel, e abordará ecoeficiência, produção e mercado de carbono. Entre os palestrantes estão Carlos Alberto Guerreiro (TTG Brasil), José Márcio Cossi Bizon (Bracell – MS Florestal) e José Luiz Stape (UNESP/Botucatu).

A programação se encerra com a palestra magna “Do Brasil para o Mundo: Cenários, Tendências, Liderança em Biomateriais e a Nova Era da Floresta Inteligente”, conduzida por Rodrigo Iafelice dos Santos, empreendedor e investidor com mais de 20 anos de experiência internacional.

Segundo Junior Ramires, presidente da Reflore/MS, a diversidade de temas e participantes reforça a importância do evento como espaço para gerar soluções e fortalecer o setor. “A presença do governador, de lideranças empresariais e de especialistas cria um ambiente único para avançar em inovação, sustentabilidade e competitividade”, afirma.

Organizado pelo Grupo Malinovski e realizado pela Reflore/MS, o congresso conta com patrocínio master de Arauco, Eldorado Brasil, Sistema FIEMS – Sesi e Senai, e Suzano; patrocínio gold da Ecobrasil Bioenergia e da Manulife Investment Management; além de apoio master do Sebrae e da Secretaria de Estado de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação (SEMADESC), e apoio regional do Shopping Três Lagoas.

A programação completa está disponível no site: http://showflorestal.com.br/congressoflorestalms.

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