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Parceria entre ciência e indústria cria eucalipto tolerante à seca em MS

Parceria entre ciência e indústria cria eucalipto tolerante à seca em MSIniciativa une produtividade e sustentabilidade e protege a cadeia diante das mudanças climáticas

Em meio às extremidades climáticas, empresas de papel e celulose iniciaram o desenvolvimento de clones de eucalipto resistentes à seca em um projeto de melhoramento genético sem precedentes no mundo. O trabalho envolve 15 indústrias, incluindo companhias que atuam no Vale da Celulose, na região leste de Mato Grosso do Sul, como Bracell, Suzano e Eldorado, além de outras presentes em diferentes regiões do Brasil.

Com um investimento total de R$ 12 milhões ao longo de nove anos, a tecnologia promete aumentar em até 15% a produtividade das árvores de eucalipto em relação aos materiais genéticos disponíveis atualmente diante de maior tolerância ao clima seco. Na prática, os clones são produzidos a partir de uma única planta-mãe, garantindo uniformidade genética e características idênticas em todas as árvores.

O projeto é realizado em parceria com a Embrapii (Empresa Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial) e o Departamento de Engenharia Florestal da UFV (Universidade Federal de Viçosa), em Minas Gerais, que coordenam o projeto. Metade dos recursos foi financiada pela Embrapii, que possui contrato de gestão com o MCTI (Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação), o MEC (Ministério da Educação) e o Ministério da Saúde.

“Os materiais cultivados hoje em Mato Grosso do Sul toleram entre 1,2 mil e 1,3 mil milímetros de chuva por ano. Já os materiais genéticos que estamos desenvolvendo neste projeto podem resistir a até 800 milímetros”, explica Gleison dos Santos, diretor da Unidade Embrapii Fibras Florestais da UFV e doutor em Engenharia Florestal, em entrevista ao Campo Grande News.

O objetivo do melhoramento genético é produzir eucaliptos mais produtivos, com mais qualidade e resistentes ao clima seco, com menor dependência de água, em um cenário em que as mudanças climáticas têm prejudicado o cultivo de diversas espécies economicamente relevantes, incluindo as florestas de eucalipto.

Atualmente, os maiores índices de produtividade do eucalipto são registrados no Sul do país, especialmente no Rio Grande do Sul e no Paraná, regiões que apresentam maior disponibilidade hídrica. No Paraná, a produtividade média chega a 56 metros cúbicos (m³) de madeira por hectare, enquanto em Mato Grosso do Sul a média é de 35 m³ por hectare — podendo alcançar cerca de 40 m³ com a adoção da nova tecnologia na safra 2025/2026.

Segundo Gleison, o projeto é único no mundo pela participação conjunta de tantas empresas no melhoramento genético do eucalipto para a indústria de papel e celulose. “Elas compartilharam seus materiais genéticos para gerar novas variedades que pertencerão tanto ao grupo de empresas quanto à universidade”, afirma.

Primeira safra e ciclo produtivo – A indústria se prepara para iniciar o plantio da primeira safra dos novos clones na temporada 2025/2026, com colheita prevista para 2032, respeitando o ciclo médio do eucalipto, que é de seis anos. Será um experimento, basicamente, em pequenas áreas.

“Esses clones estão começando a ser plantados agora. As empresas finalizam as fases de testes, com áreas experimentais que variam entre 50 e 150 hectares para avaliar o desempenho em maior escala. Se os resultados forem positivos, em três a cinco anos poderemos alcançar entre 20 mil e 100 mil hectares com esses materiais”, projeta Gleison.

Serão plantados 14 clones com alta tolerância a regiões secas, especialmente no Leste de Mato Grosso do Sul, onde a estiagem pode durar de quatro a cinco meses por ano. Mesmo com essa adversidade, o estado se projeta para assumir a liderança nacional na produção de eucalipto para papel e celulose. A área plantada com eucalipto em Mato Grosso do Sul deve superar 1,7 milhão de hectares ainda este ano.

Para o diretor da Embrapii, Mato Grosso do Sul foi selecionado para receber esse projeto devido à importância do estado para o setor florestal e ao seu crescimento pujante.

O desenvolvimento dos clones levou nove anos porque passaram por várias etapas rigorosas, justificando o tempo necessário para concretizar a inovação tecnológica. Além das 15 empresas atuantes em Mato Grosso do Sul, outras 12 participam do projeto também em regiões como Inhambupe (BA) e Bocaiúva (MG).

Meio ambiente – Sobre o impacto dos novos clones diante das extremidades climáticas, o diretor da Embrapii ressalta que o setor já adota medidas para minimizar os efeitos ambientais. “O setor respeita a legislação ambiental, preserva áreas de proteção permanente e reservas legais, mantendo espécies nativas ao redor dos plantios. Além disso, evita o plantio próximo aos cursos d’água”, afirma.

Ele destaca ainda que os novos clones são mais eficientes, crescem com menos água e produzem mais madeira. “O setor, de modo geral, contribui para o balanço hídrico, porque a existência de árvores, sejam nativas ou não, ajuda na geração de água e na manutenção dos ciclos hidrológicos.”

Informações: Campo Grande News.

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Projetos sociais da Bracell beneficiam 75 mil pessoas na Bahia

Com foco em Educação, Empoderamento e Estar-bem, programa contemplou 27 municípios do Litoral Norte, Agreste e Recôncavo Baiano

Membro da Cooperativa de Trabalho das Costureiras de Inhambupe e Região (Coopecir) – Fábrica de Fardamento, uma das ações apoiadas pelo programa Fomento a Negócios de Impacto, a costureira Jivânia Costa teve sua vida transformada ao ingressar como aluna no projeto, em 2014. Na época, ela estava desempregada e com dois filhos. “A Fábrica de Fardamentos me transformou profissionalmente e me permitiu conquistas pessoais que nunca imaginei serem possíveis. Fui de dona de casa a uma mulher que sonha e persegue seus objetivos. Hoje, sou formada em gestão financeira e contribuo para desenvolver nossa cooperativa. O que mais me orgulha é saber que ajudamos mulheres e suas famílias a realizarem seus sonhos”, conta Jivânia, que também é atual diretora financeira da Coopecir. A Fábrica de Fardamentos é um dos projetos que integram o Bracell Social, programa de investimentos sociais da Bracell, líder global na produção de celulose solúvel. Estruturado nos pilares Educação, Empoderamento e Estar-Bem, o programa contou em 2024 com 12 projetos em 27 municípios do Litoral Norte, Agreste e Recôncavo Baiano, beneficiando 75 mil pessoas.

Cíntia Liberato de Mattos, gerente de Comunicação, Relações Institucionais e Responsabilidade Social da Bracell, destaca que a costureira é uma inspiração para todas. “Jivânia está conosco há mais de 10 anos e é um exemplo de como os projetos podem criar novas perspectivas de vidas para as pessoas. E isso é exatamente o que buscamos com as iniciativas. Daí, o rigor na elaboração dos projetos e na qualificação para que as pessoas não apenas aprendam uma atividade, mas saibam como administrar o negócio para que ele promova a qualidade de vida para os participantes e suas famílias”, ressalta.

Educação que inspira

No campo da Educação, a empresa desenvolve três projetos na Bahia: Educação Continuada, Núcleo de Educação Ambiental e Projeto Ecomunidade. O primeiro é realizado em parceria técnica com o Instituto Chapada de Educação e Pesquisa (Icep) para a formação de professores, coordenadores pedagógicos, gestores escolares e equipes técnicas das secretarias de Educação. Em 2024, alcançou 29 mil educadores, estudantes e familiares em 12 municípios.

O Núcleo de Educação Ambiental promove o conhecimento relacionado à preservação ambiental para estudantes, professores e comunidades a partir de vivências práticas em um espaço educacional e recreativo na Fazenda Salgado, em Inhambupe. Em 2024, o local recebeu 4,5 mil pessoas de oito municípios. Já o Projeto Ecomunidade capacita e apoia o trabalho de multiplicadores ambientais em suas comunidades, com foco em ações de mobilização para o descarte correto de resíduos.

“A educação é um pilar das ações sociais da Bracell. Por meio dela, contribuímos para desenvolver uma consciência social e ambiental efetiva das novas gerações. Com o Projeto Educação Continuada, estamos contribuindo para melhorar o Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) dos municípios onde estamos inseridos”, afirma Cíntia.

Empoderamento que prospera

Outro eixo estratégico do programa, o Empoderamento, foca a geração de renda para as comunidades. Em 2024, as iniciativas beneficiaram 14,3 mil pessoas em 23 municípios. São elas:  o Programa de Fomento a Negócios de Impacto, que capacita associações e grupos produtivos; o Projeto Nós no Campo, voltado à produção agrícola com técnicas agroecológicas; o Polinizadores, que capacita e dá assistência a criadores de abelhas; o Ponteiras Sustentáveis, que destina resíduos de madeiras para associações e cooperativas; e o Mulheres Produtoras, que estimula o empreendedorismo feminino.

Fábio Sento Sé Oliveira, coordenador de Responsabilidade Social da Bracell Bahia, salienta que o Programa Bracell Social contribui para fortalecer a economia nessas comunidades, uma vez que amplia as fontes de renda dos participantes e suas famílias. “O Programa de Fomento a Negócios de Impacto, por exemplo, gerou renda, no ano passado, para quase 7 mil pessoas. Além disso, quatro associações apoiadas pela iniciativa conseguiram, por meio de editais públicos, R$ 822.925,90 para desenvolver seus projetos”, informa.

Estar-bem que se multiplica

Com foco em promover a cidadania e o bem-estar, a companhia aposta em projetos como o Mais Cidadania, que oferece à população serviços essenciais gratuitos em parceria com as prefeituras locais, e como o Cultura.REC, que fortalece movimentos e manifestações culturais de São Sebastião do Passé e Santo Amaro. Outra iniciativa é o programa de voluntariado Mãos Dadas, que incentiva a participação dos colaboradores em movimentos em favor das comunidades. Em 2024, essas ações alcançaram juntas 11,5 mil pessoas em nove municípios.

“A Bracell tem como filosofia de que tudo o que fazemos deve ser bom para a comunidade, o país, o clima e os clientes pois, só assim será bom para a empresa. Por isso, ao desenvolvermos esses projetos e programas, com ações nos eixos Educação, Empoderamento e Estar-bem, estamos em sintonia com o que acreditamos ser importante, que é cuidar das pessoas e das comunidades onde estamos inseridos”, conclui Cíntia Mattos.

Sobre o Bracell Social

O Bracell Social é o braço de investimento social da Bracell, guiado por três pilares fundamentais: educação, empoderamento e bem-estar. A iniciativa visa contribuir para o desenvolvimento econômico e a melhoria da qualidade de vida nas comunidades onde a multinacional atua. Por meio de 23 iniciativas distribuídas nas três vertentes, a Bracell fortalece práticas educacionais e ambientais, conta com ações de capacitação, empreendedorismo e geração de renda, além de iniciativas de promoção à saúde, cidadania e cultura. 

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Paraná vai investir milhões na construção do planetário mais moderno da América Latina feito de madeira

Projetado para ser referência nacional em divulgação científica, educação, inovação e turismo cultural, espaço possuirá o que há de mais avançado em tecnologia de planetários no mundo

A Região Metropolitana de Curitiba (RMC) vai ganhar o mais moderno planetário da América Latina. nesta terça-feira (12 de agosto), o nstituto Paranaense de Desenvolvimento Educacional (Fundepar), órgão do Governo do Estado, vinculado à Secretaria da Educação, publicou o edital de licitação para contratação de empresa que executará as obras do novo Planetário do Parque da Ciência Newton Freire Maia, em Pinhais. O valor máximo da licitação é de R$ 47.317.841,25.

A publicação do edital se dá após o concurso para escolha de projeto arquitetônico, realizado em 2024.

As empresas interessadas poderão participar da disputa pelo sistema eletrônico de licitações do Governo Federal no dia 26 de setembro, às 8h30. O Edital com todos os detalhes está disponível na internet, nas páginas do Portal Nacional de Contratações Públicas, no site de Contratações Públicas do Governo Estadual e no Portal da Transparência do Governo do Estado.

O projeto prevê uma construção com madeira engenheirada, garantindo a sustentabilidade do projeto, com redução de custos e de resíduos. O novo Planetário terá área construída de aproximadamente 5.500 m2, sendo um dos mais modernos do país.

Com investimento total de cerca de R$ 65 milhões do Governo do Estado, o projeto também contempla a revitalização e o paisagismo da trilha do Rio Canguiri, localizada nas dependências do Parque. A previsão é de que a obra seja concluída e o planetário entre em funcionamento já no segundo semestre de 2026, tendo capacidade para receber 140 mil visitantes por ano.

“A construção desse novo planetário representa um importante estímulo ao ensino de ciências no Paraná”, afirma o secretário estadual da Educação, Roni Miranda. “Além do espetáculo oferecido pelo planetário em si, esse tipo de projeto tem a capacidade de despertar o interesse dos nossos alunos por diversos campos do conhecimento, aproveitando as possibilidades oferecidas por toda estrutura do Parque da Ciência”, diz o secretário.

REFERÊNCIA EM TECNOLOGIA 

Projetado para ser referência nacional em divulgação científica, educação, inovação e turismo cultural, espaço possuirá o que há de mais avançado em tecnologia de planetários no mundo, podendo simular o céu com perfeição e projetar até 9 mil corpos celestes em alta definição.

Informações: Bem Paraná.

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Associação das indústrias de compensados reforça cobrança por negociação com os Estados Unidos

Abimci afirma que “apesar de bem-vinda, a ajuda é apenas um alívio temporário e de ação paliativa”

A Abimci (Associação Brasileira da Indústria de Madeira Processada Mecanicamente), entidade que representa as indústrias de compensados, reforçou a cobrança para que o governo brasileiro intensifique as negociações em torno das tarifas aplicadas pelos Estados Unidos.

Em nota publicada nesta quinta-feira (14), a entidade afirmou que o pacote de medidas anunciado pelo governo federal nesta semana, para auxiliar exportadores afetados pela tarifa aplicada pelos Estados Unidos “representa apenas um alívio temporário e não resolve a crise instalada no setor”.

A associação defende que a solução definitiva depende de uma negociação direta entre os governos do Brasil e dos EUA para adequar as taxas a níveis comercialmente viáveis. A Abimci critica a falta de prioridade do governo brasileiro nesse diálogo, destacando que outros países conseguiram reduzir tarifas após conversas diretas com Washington.

Desde a adoção da nova alíquota, em 9 de julho, empresas madeireiras enfrentam cancelamentos de contratos, paralisação de mercados e dificuldades de armazenamento da produção destinada ao mercado norte-americano. Algumas já concederam férias coletivas, parciais ou totais, e o risco de fechamento de fábricas e cortes de empregos é considerado iminente.

A associação também ressalta que a recomendação do governo de buscar novos mercados não é viável para o setor, tanto por características técnicas dos produtos quanto pela fatia de mercado conquistada ao longo de décadas nos Estados Unidos. “Nossa capacidade de sobrevivência está diminuindo. Enquanto isso, não há nenhuma ação que sinalize um possível acordo”, alerta a nota da Abimci.

Em 2024, o setor exportou US$ 1,6 bilhão para os EUA, destino de aproximadamente 50% de toda a produção nacional. Em alguns segmentos, essa dependência é total, com 100% das vendas voltadas ao mercado americano. A entidade estima que 180 mil empregos diretos estejam ameaçados caso não haja uma solução negociada.

Informações: RBJ.

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