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Meta substitui aço e concreto por madeira maciça para construção sustentável de data center

*Artigo de Isabelle L.C.

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  • A Meta começa a usar madeira maciça em campi de data centers dos EUA para reduzir o carbono incorporado em materiais de construção em aproximadamente 41% para materiais substitutos, com pilotos na Carolina do Sul e projetos sendo lançados em Wyoming e Alabama.
  • A empresa planeja expandir a produção de madeira em massa para além dos prédios administrativos, chegando a armazéns e salas de dados essenciais, complementando os esforços em aço com emissões quase zero e concreto de baixo carbono, enquanto busca emissões líquidas zero em toda a sua cadeia de valor até 2030.
  • A madeira pré-fabricada pode encurtar a construção em semanas, reduzir os volumes de concreto da fundação em até metade, fornecer resistência confiável ao fogo e alto desempenho de resistência ao peso, além de oferecer benefícios de design biofílico para a equipe no local.

A Meta está testando o uso de madeira maciça para reduzir o carbono incorporado na construção de novos data centers, como parte de sua estratégia para atingir emissões líquidas zero em toda a sua cadeia de valor até 2030. A empresa observa que a redução das emissões na construção exige alternativas de baixo carbono a materiais convencionais, como concreto e aço estrutural. A Meta busca aço com emissões quase zero por meio de sua filiação à Plataforma de Compradores de Aço Sustentável da RMI e já testou diversas abordagens para promover concreto de baixo carbono em seus data centers.

Madeira maciça refere-se a produtos de madeira projetados, como vigas e colunas laminadas com cola (glulam), compensado maciço, conjuntos de paredes de madeira e madeira laminada cruzada (CLT), que consiste em madeira serrada espessa colada com direções de veios alternadas a 90º. Esses produtos são projetados para aplicações industriais, incluindo data centers e até mesmo edifícios altos, e oferecem menor carbono incorporado do que muitos materiais projetados, pois materiais de origem sustentável e de base biológica armazenam o carbono sequestrado durante o crescimento.

Em 2025, a Meta iniciou o projeto piloto de madeira maciça em seus campi de data center. O primeiro prédio administrativo de madeira maciça foi erguido no campus de data center de Aiken, Carolina do Sul, pela DPR, utilizando materiais da SmartLam. Mais tarde, em 2025, a Meta iniciará a construção de prédios adicionais de madeira maciça em sua unidade em Cheyenne, Wyoming, com a Fortis Construction e a Mercer Mass Timber, e em sua unidade em Montgomery, Alabama, com a Hensel Phelps e a Binderholz. No futuro, a Meta incorporará madeira maciça em novos prédios administrativos, armazéns e nos data centers críticos que abrigam os servidores que alimentam suas plataformas.

A Meta estima que a incorporação de madeira maciça em seus prédios administrativos reduz o carbono incorporado de materiais substitutos em aproximadamente 41%. Como os produtos de madeira maciça são em grande parte pré-fabricados, eles reduzem a necessidade de soldagem de aço no local, podem acelerar os cronogramas em várias semanas e eliminar as emissões associadas aos processos típicos de construção. Seu menor peso em comparação com o aço também pode reduzir a necessidade de concreto para fundações — pela metade em alguns casos —, reduzindo tanto o custo quanto as emissões da concretagem.

A madeira maciça pode ser projetada com uma relação resistência-peso maior do que a do aço, tornando-se uma opção robusta e adequada para data centers. Sua densidade e camada de carbonização previsível proporcionam resistência confiável ao fogo, e os elementos podem ser pré-isolados ou pré-montados para telhados, paredes e outras aplicações. Pesquisas indicam que projetos biofílicos com madeira maciça exposta ajudam os ocupantes a se sentirem conectados à natureza, reduzindo o estresse, elevando o moral, aumentando a produtividade e promovendo o bem-estar da equipe de operações e instalações.

A abordagem da Meta exige auditorias de terceiros para garantir que a madeira seja obtida e processada de forma responsável. A madeira deve ser rastreável de forma transparente até sua floresta de origem, com florestas gerenciadas visando à saúde ecológica e ao impacto social de longo prazo, incluindo condições de trabalho seguras e salários justos nas comunidades locais. Onde a integridade estrutural permitir, os fabricantes também podem utilizar madeira recuperada, recuperada de edifícios ou outras fontes. Operações madeireiras sustentáveis podem complementar a conservação nas regiões de origem, e a Meta prioriza fornecedores comprometidos com o manejo florestal inteligente em termos de clima – como a redução do risco de incêndios florestais, parcerias com tribos que manejam florestas e práticas que melhoram o armazenamento de carbono e a saúde ecológica por meio da restauração e da conservação.

A Meta já apoia a silvicultura sustentável por meio de parceiros que removem emissões residuais em sua trajetória rumo à neutralidade carbônica, incluindo o BTG Pactual Timberland Investment Group no Brasil e a EFM no estado de Washington. Esses projetos apoiam as pessoas e a natureza além das metas de emissões e ajudam a garantir um fornecimento sustentável de madeira para o mercado madeireiro em massa e outros mercados.

Como as emissões da colheita, serraria e fabricação sustentáveis de madeira são normalmente muito menores do que as da produção de aço e concreto, o uso em larga escala de materiais de baixo carbono, como madeira maciça, é fundamental para um futuro com zero emissões líquidas. Os edifícios piloto da Meta visam demonstrar novas abordagens para acelerar a transição e convidar colegas da indústria a aprender e apoiar métodos de construção em evolução e com menor emissão de carbono para os data centers do futuro.


*Isabelle L.C. é formada em Publicidade e Propaganda, Isabelle é apaixonada por escrita. Atua como redatora e escritora, desenvolvendo textos dos mais variados gêneros.

Publicação – https://esgnews.com/pt/amp/meta-substitui-concreto-de-a%C3%A7o-por-madeira-maci%C3%A7a-para-constru%C3%A7%C3%A3o-sustent%C3%A1vel-de-data-center/

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ADI 7811: Entenda o risco para o setor florestal e a economia de Santa Catarina

A Associação Catarinense de Empresas Florestais (ACR) expressa preocupação com a Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) proposta pela Procuradoria-Geral da República (PGR) de número 7811.
Em meio aos desafios da legislação ambiental, surge como uma discussão relevante para o estado de Santa Catarina.

Essa ação contesta partes do Código Estadual do Meio Ambiente de Santa Catarina, especificamente as que tratam da definição de “Campos de Altitude”.

O ponto central da discussão está na forma como o termo “campo” é interpretado.
A lei catarinense atual define esses locais com base em critérios técnicos e científicos e específicos para a realidade do estado.

Já a interpretação federal, caso a ADI seja acolhida, consideraria como campo de altitude qualquer área acima de 400 metros, contrariando a constituição federal que permite a um estado legislar suas especificidades ocupando espaço não legislado em norma federal.

Tal ação, inclusive, despreza entendimento já ratificado na suprema corte brasileira em processo anterior, contribuindo para a instalação de insegurança jurídica.

A ACR destaca que a anulação desses trechos da lei estadual poderia enfraquecer o Código Ambiental de Santa Catarina, que foi construído ao longo de anos para atender às características únicas do seu território.

A eventual aprovação da ADI pode ter reflexos em diversos setores. De acordo com um levantamento da Federação das Indústrias de Santa Catarina (FIESC), atividades como agricultura, pecuária e silvicultura seriam afetadas, com possíveis perdas econômicas e de empregos.
A estimativa aponta para um impacto potencial de até 244 mil empregos e uma redução de R$ 17 bilhões no PIB estadual.

A preocupação maior se concentra nas regiões do Planalto Catarinense, importantes para a produção florestal.

A ACR ressalta que as consequências não ficariam restritas a essas áreas rurais, podendo reverberar na economia das cidades, afetando o custo de produtos como alimentos e móveis, e impactando a cadeia produtiva como um todo.

O caso agora segue para análise no sistema judiciário, e a evolução da discussão sobre a definição de “Campos de Altitude” em Santa Catarina será acompanhada de perto por diferentes setores da sociedade, que já se fazem presentes no processo instaurado no Supremo Tribunal Federal – STF.

Para acompanhar a ação no site do STF acesse o link: https://portal.stf.jus.br/processos/detalhe.asp?incidente=7240147

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MS avança na redução de carbono com ações e incentivos aos produtores rurais

Tecnologia, práticas sustentáveis e assistência técnica fortalecem o protagonismo do campo na agenda climática rumo à neutralidade até 2030

Mato Grosso do Sul assumiu a meta climática de se tornar o estado carbono neutro até 2030. O desafio, lançado pelo governo estadual, se transforma em oportunidades concretas no campo, onde o agronegócio sul-mato-grossense já é referência em práticas de baixa emissão e tem papel estratégico na transição para uma economia mais sustentável.

De acordo com a consultora técnica da Famasul, Ana Beatriz, a agricultura de baixo carbono já é uma realidade em expansão, ao integrar conservação ambiental, eficiência produtiva, viabilidade econômica e responsabilidade social.

Mato Grosso do Sul tem um portfólio consolidado de práticas em agricultura de baixo carbono e é referência nacional no tema. O estado lidera em área com Integração Lavoura-Pecuária-Floresta, com mais de 3 milhões de hectares. “Também se destacam ações como a recuperação de pastagens degradadas, florestas plantadas e o uso crescente de tecnologias sustentáveis, como bioinsumos, fixação biológica de nitrogênio e sistemas irrigados”, explica Ana Beatriz

Além da adoção dessas tecnologias produtivas, a área destinada à preservação da vegetação nativa dentro das propriedades privadas no estado, equivale a cerca de 35% do território de Mato Grosso do Sul, segundo dados do Cadastro Ambiental Rural — um indicativo claro do compromisso do setor com a sustentabilidade.

No panorama da preservação ambiental, o Pantanal se destaca por manter cerca de 87% de seu bioma em estado natural, apresentando a menor perda relativa de cobertura vegetal entre todos os biomas brasileiros no período de 2000 a 2018. Iniciativas como o PSA Pantanal, por meio do subprograma “Conservação e Valorização da Biodiversidade”, remuneram produtores pela vegetação nativa excedente em suas propriedades, valorizando a conservação e reconhecendo o papel estratégico da produção sustentável para o cumprimento das metas de carbono neutro estabelecidas pelo Estado.

A adesão do produtor rural sul-mato-grossense às práticas sustentáveis já é uma realidade e tem atingido outros patamares, impulsionada não apenas por exigências legais, mas por oportunidades de mercado, acesso ao crédito, eficiência produtiva e capacitação técnica.

“Mais do que uma questão econômica, a agricultura de baixo carbono é um compromisso com a conservação ambiental, que também envolve inclusão social e rentabilidade”, reforça a consultora da Famasul.

O protagonismo da agropecuária na mitigação climática vai além do plano estadual. Durante a COP28, a agricultura foi oficialmente reconhecida como parte da solução para as mudanças climáticas e considerada um dos temas mais relevantes da Declaração de Sistemas Alimentares. Já na COP29, foi formalizado um acordo para a criação de um mercado mundial de créditos de carbono.

Esses avanços abrem novas oportunidades econômicas para o produtor brasileiro e Mato Grosso do Sul já está se preparando para esse cenário, com políticas públicas alinhadas e iniciativas planejadas a longo prazo.

O Sistema Famasul tem atuado diretamente para apoiar o produtor nesse processo de transição. Em parceria com a Biosul, a campanha “Movido pelo Agro – Etanol” incentiva o uso do biocombustível como alternativa de menor emissão. Na primeira edição, foram abastecidos mais de 91 mil litros de etanol, evitando a emissão de mais de 90 toneladas de CO₂.

Outra frente importante é o projeto “Carbono ATeG”, iniciado pelo Senar/MS, que começou a mensurar as emissões de gases de efeito estufa em propriedades rurais. A primeira etapa incluiu 30 propriedades, e os resultados devem embasar ações futuras mais assertivas e personalizadas.

Com metas claras, políticas públicas robustas e o engajamento crescente dos produtores rurais, Mato Grosso do Sul está se posicionando como referência nacional no avanço rumo ao carbono neutro. O agro já está entregando resultados e tem grande potencial para continuar liderando esse processo com base em ciência, inovação e responsabilidade.

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Capital da celulose, Três Lagoas vende R$ 1,1 bi para os EUA e está entre maiores exportadores do Brasil

Município é o 21º maior exportador ao país norte-americano

Conhecida como a capital nacional da celulose, o município de Três Lagoas, a 326 km de Campo Grande, ocupa a 21ª posição entre as cidades que mais exportam para os Estados Unidos. Os dados foram divulgados pela FNP (Frente Nacional de Prefeitas e Prefeitos).

A partir desta quarta-feira (6) passa a valer a sobretarifa de 50% aplicada pelos norte-americanos a diversos produtos brasileiros. No entanto, quase 700 itens escaparam do tarifaço.

Inclusive, um deles é a celulose, que representa 100% das exportações de Três Lagoas ao país de Donald Trump.

Conforme os dados, somado o ano de 2024 e o primeiro semestre de 2025, o município vendeu R$ 1,1 bilhão aos norte-americanos em celulose.

Para se ter uma ideia do que o valor representa, no mesmo período, Campo Grande, que é a segunda colocada no ranking estadual, vendeu cerca de R$ 650 milhões.

Atrás está Corumbá, com R$ 500 milhões e Ribas do Rio Pardo, com R$ 355 milhões.

No entanto, a capital sul-mato-grossense é diretamente afetada, já que pouco mais de R$ 603 milhões são referentes à venda de carne.

Tarifaço dos EUA impacta carne, mas livra celulose

o tarifaço de 50% imposto pelos Estados Unidos a produtos brasileiros. No entanto, a taxação extra impacta a venda da carne bovina, enquanto, livra outros produtos mais vendidos por Mato Grosso do Sul aos norte-americanos.

Conforme o texto do documento oficial divulgado pela Casa Branca no dia 30 de julho, a celulose e o ferro-gusa não terão a taxação adicional de 40%, que já soma a taxa de 10% de exportação ao país.

A lista também livra 694 produtos, que mantiveram tarifa de 10%, já aplicada atualmente de forma recíproca entre os países. Desta forma, ficaram de fora do tarifaço o suco e a polpa de laranja, combustíveis, minérios, fertilizantes e aeronaves civis, incluindo seus motores, peças e componentes.

Também ficaram de fora do tarifaço produtos como polpa de madeira, metais preciosos, energia e produtos energéticos e fertilizantes. No entanto, café, frutas e carnes, que possuem grande volume de exportação para os EUA, não estão entre as exceções aplicadas e serão taxados com a porcentagem extra.

Impacto da carne

Os Estados Unidos representaram apenas 5,97% das exportações de produtos sul-mato-grossenses no primeiro semestre de 2025, conforme aponta o relatório Comex de junho de 2025, elaborado pela Semadesc (Secretaria de Estado de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação de MS).

Logo, o relatório mostra que, de um total de 5,2 bilhões de dólares exportados no período, cerca de 315 milhões foram para os EUA. Assim, o país de Trump figura como segundo maior comprador de MS.

A carne bovina é o produto mais exportado de Mato Grosso do Sul para os Estados Unidos; rendeu, em 2024, total de 225 milhões de dólares. A celulose é o segundo produto, e o ferro-gusa, o terceiro. Óleos, açúcar, couro, carne de aves, peixes, ovos e até amido integram a lista.

Informações: MídiaMax.

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