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Como é possível gerar renda a partir da conservação ambiental – e o que a tecnologia tem a ver com isso

Você já deve ter ouvido falar sobre créditos de carbono quando o tema é a preservação de extensas áreas verdes como a Amazônia. A capacidade das florestas de capturar o CO2 presente na atmosfera por meio da fotossíntese é essencial para que seja possível tolher os efeitos do aquecimento global e para que as nações possam cumprir os compromissos determinados durante a Cop27 (27ª Conferência do Clima da Organização das Nações Unidas).

O Brasil apresenta uma abundância de biodiversidade como poucos países são capazes de abrigar. A extensão do território nacional oferece climas diversos que propiciam a composição de seis biomas distintos, todos eles ricos em flora e fauna, que devem ser preservados.

A dúvida de muitas pessoas neste quesito é: como gerar renda a partir da preservação, ao contrário do desmate agressivo que observamos no Brasil e no mundo ao longo dos anos? Como funciona o mercado de crédito de carbono?

“A primeira coisa a fazer é o cálculo do potencial de resgate de CO2 por cada área de biomassa a ser analisada. Diferentes vegetações apresentam capacidades distintas de fotossíntese”, explica Bruno Bolzam, CEO da Vert Ecotech, startup especializada no desenvolvimento de tecnologias que ajudam no equilíbrio ambiental. “Hoje, contamos com a ajuda de algoritmos de inteligência artificial capazes de determinar com precisão por meio de imagens capturadas por drones e satélites quanto dióxido de carbono é capturado por cada área verde”, complementa Florêncio Cabral Ponte Jr., CEO da Virtus Automation & AI, empresa parceira da Vert na parte operacional dos processos, cujo algoritmo é utilizado para o cálculo das áreas analisadas.

A inteligência artificial criada pela Virtus consegue diferenciar áreas de vegetação saudável, classificar o tipo de espécies existentes para então o sistema poder monetizar o carbono sequestrado da atmosfera. Uma fazenda pequena de 1 hectare de eucalipto é capaz de sequestrar até 32 toneladas de CO2 por ano. Cada tonelada vale de R$12 a R$80 no mercado nacional. “O valor de mercado não é fixo porque ele funciona dentro de trades como bolsa de valores e criptomoedas. Ou seja, ele é flutuante, dependendo de oferta e demanda nas bolsas de crédito”, explica Florêncio.

Bolzam acrescenta que existem dois tipos de crédito: por sequestro e por redução de emissão. Além disso, a possibilidade de somar esse trabalho a ações sociais também agrega valor, chamado de “adicionalidades” – como a proteção de aldeias indígenas, inauguração de escolas, ou até mesmo manter praças e jardins em cidades vizinhas. “Essas ações garantem uma maior qualidade do seu crédito porque você está distribuindo benefícios reais para a comunidade, não somente gerando crédito de redução de CO2 por si só.”

Segundo o profissional, o compromisso ESG (sigla em inglês para governança ambiental, social e corporativa) cada vez mais assumido pelas corporações no Brasil, pelo agronegócio e silvicultura, representa um grande potencial na área do comércio de créditos de carbono. “Empresas de todos os segmentos daqui para frente terão cada vez mais a responsabilidade de compensar o impacto ambiental e social de suas atividades. Comprando créditos que carbono de áreas verdes, elas financiam a preservação ambiental e também podem redistribuir a renda para pequenas comunidades que habitam essas regiões, inclusive com a construção de hospitais e obras de saneamento básico.”

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O crescimento do Mercado de Carbono e o potencial do Brasil nele

*Por Alessandra Gaspar Costa

O mundo parece disposto a cumprir o Acordo de Paris, assinado por 196 países e que visa desacelerar o aquecimento global. É isso que indicam os dados do Ecosystem Marketplace (EM) – fonte global líder de informações sobre finanças ambientais, conduzida pela organização sem fins lucrativos, Forest Trends –, que apresenta um grande crescimento no valor anual de negociações do mercado de carbono voluntário em 2021, atingindo a marca de 1,98 bilhão de dólares — aumento de quase 300% em comparação a 2020, onde o valor era de US$ 520 milhões.

O relatório da EM também mostra que a maior parte do lucro do mercado voluntário de carbono encontra-se na categoria “floresta e uso de terra”, somando US$ 1,32 bilhão, área em que o Brasil possui vantagem pela grande presença de floresta Amazônica em seu território –.

Um estudo realizado pela ICC Brasil (International Chamber of Commerce) em 2021, mostra que o Brasil possui capacidade de suprir 22% da demanda do Mercado de Carbono global.

A cada tonelada de gases de efeito estufa (GEE) não emitida, é gerado um crédito de carbono, que pode ser vendido para empresas ou governos de países que necessitam atingir metas de redução de GEE, mas não consegue por algum motivo.

Para participar do mercado de carbono é necessário calcular, primeiramente, a pegada de carbono da organização. A partir dela é possível traçar estratégias para reduzir as emissões, resultando em créditos de carbono para comercialização.

O Brasil também enxerga esse mercado como promissor para o país e o incentiva. O segundo edital da Chamada para Aquisição de Créditos de Carbono no Mercado Voluntário foi lançado ano passado pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), com objetivo de financiar o desenvolvimento do mercado de carbono, incentivando padrões de qualidade para projetos de descarbonização.

O valor é de R$ 100 milhões no total, e serão consideradas as categorias reflorestamento, redução de emissões por desmatamento e degradação florestal, energia e agricultura sustentável — com aporte de até R$ 25 milhões por projeto.

Em 2022, foi assinado pelo Governo Federal o Decreto nº 11.075/2022, estabelecendo bases para um mercado de carbono regulado. Entretanto, ainda sem previsão para ser votado na Câmara dos Deputados, tramita o Projeto de Lei 528/21, que institui, de fato, o Mercado Brasileiro de Redução de Emissões (MBRE).

O mercado de carbono tende a continuar crescendo, principalmente quando for regulamentado. Entretanto, é importante ressaltar que as organizações que se anteciparem, e calculem sua pegada, visualizando seu potencial e, se possível, participando do mercado voluntária, estarão à frente da concorrência no momento que houver a regulamentação.

*Alessandra Gaspar Costa é diretora-executiva da APCER Brasil, empresa de origem portuguesa, reconhecida mundialmente como um dos principais prestadores de serviços de certificação, auditoria a fornecedores, auditoria interna e treinamento. A organização oferece soluções de valor a instituições de qualquer setor de atividade, permitindo que se diferenciem em um mercado cada vez mais complexo e em constante mudança. Conheça mais sobre os serviços oferecidos no site da APCER.

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Bracell fecha acordo para aquisição da OL Papéis

Companhia complementará sua estratégia de crescimento e diversificação de portfólio no Brasil com entrada no mercado de tissue

A Bracell, líder global na produção de celulose solúvel, fechou acordo para aquisição da OL Papéis Ltda. O acordo complementa a intenção da Bracell de entrar no mercado de tissue e expandir sua atuação no Brasil. Os ativos da OL Papéis estão localizados em Feira de Santana e São Gonçalo dos Campos (BA) e em Pombos (PE), região nordeste do Brasil. A Bracell faz parte do grupo RGE, com sede em Cingapura.

“Essa aquisição reforça a estratégia da Bracell para continuidade da expansão de seus negócios e investimentos no Brasil. A OL Papéis tem uma significativa participação de mercado no Nordeste, região que concentrou 17% do volume de papel higiênico vendido em 2021. Suas operações, tanto de fabricação como das marcas, complementarão a atuação da Bracell no país, junto com o Sudeste”, diz Sérgio Montanha, Head de Operações de Tissue Bracell.

No início de 2022, a Bracell já havia anunciado investimentos em uma fábrica de tissue ao lado da fábrica de celulose que possui em Lençóis Paulista (SP). A expectativa é gerar mais de 2.000 postos de trabalho durante a fase de construção e aproximadamente 500 empregos permanentes para operação da fábrica, que terá capacidade produtiva total de 240 mil toneladas por ano e previsão de início da operação em 2024.

Fundada em 2007, a OL Papéis emprega mais de 850 funcionários e é a segunda em market share para papéis higiênicos da região Nordeste do Brasil. Suas operações possuem cinco marcas de papel higiênico, outras cinco marcas de toalha de papel para cozinha e guardanapos, além de uma de fraldas. Após a aprovação da aquisição, a Bracell passará a ter quase 11 mil funcionários, considerando trabalhadores diretos e terceirizados de forma permanente nas atividades industriais, florestais e de logística, nos três estados em que atua – São Paulo, Bahia e Mato Grosso do Sul.

A aprovação do acordo está sujeita à verificação da operação pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) e a previsão de conclusão pode levar de 60 a 90 dias.

Sobre a Bracell
A Bracell é uma das maiores produtoras de celulose solúvel e celulose especial do mundo, com duas principais operações industriais no Brasil, sendo uma em Camaçari, na Bahia, e outra em Lençóis Paulista, em São Paulo. Além de suas operações no Brasil, a Bracell possui um escritório administrativo em Cingapura e escritórios de vendas na Ásia, Europa e Estados Unidos. www.bracell.com

Sobre a OL Papéis
A OL Papéis foi fundada em 2007 em Feira de Santana, Bahia e atualmente é a segunda maior produtora de produtos de papel tissue da região nordeste do Brasil. Com mais de 850 funcionários, a OL Papeis opera 3 fábricas localizadas em Feira de Santana (BA), São Gonçalo dos Campos (BA) e Pombos (PE) com foco em produtos de papel higiênico e fraldas infantis. Seu portfólio de produtos inclui 5 marcas de papel higiénico, 5 de toalha de papel para cozinha e guardanapos e uma de fraldas. A OL tem mais de 7 mil clientes que vão desde grandes cadeias de Cash & Carry a supermercados e distribuidores locais. www.olpapeis.com.br

Sobre a RGE
A RGE Pte Ltd gerencia um grupo de empresas com operações globais de manufatura baseadas em recursos naturais. As atividades vão desde o desenvolvimento e a colheita de recursos sustentáveis, até a criação de diversos produtos com valor agregado para o mercado global. O compromisso do grupo RGE com o desenvolvimento sustentável é a base de suas operações. Todos os esforços estão voltados para o que é bom para a comunidade, bom para o país, bom para o clima, bom para o cliente e bom para a empresa. A RGE foi fundada em 1973 e seus ativos atualmente ultrapassam US$ 30 bilhões. Com mais de 60.000 funcionários, o grupo tem operações na Indonésia, China, Brasil, Espanha e Canadá, e continua expandido para envolver novos mercados e comunidades. www.rgei.com

Fonte: Bracell

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Tanac inaugura base de operações florestais em Pelotas

A Tanac, maior produtora de árvores de Acácia Negra do mundo, acaba de inaugurar uma nova unidade. Projetada para ser a base das Operações Florestais da companhia, a nova operação está localizada no município de Pelotas (RS), na Rodovia BR 116. A inauguração ocorreu nesta quarta-feira (11) e contou com a presença da prefeita Paula Mascarenhas; do secretário estadual do Meio Ambiente, Luiz Henrique Viana; do gerente de Planejamento do Porto de RS, Fernando Estima; de parceiros florestais; de representantes da Agaflor, Ageflor e das holdings familiares acionistas, além da diretoria executiva da empresa, lideranças e colaboradores.

Na abertura da cerimônia, o diretor presidente da Tanac, João Carlos Ronchel Soares, afirmou que a nova unidade marca a consolidação dos investimentos em Operações Florestais, um dos principais pilares estratégicos da Agenda 2025 da empresa.

Segundo ele, a operação possibilitará a centralização da gestão das Operações Florestais, facilitando e agilizando processos de tomada de decisão, além de conferir maior proximidade do time florestal aos principais ativos florestais, localizados na metade Sul do estado. A estrutura também abrirá a oportunidade para a criação de uma área de estocagem de toras de madeira e para a implementação de uma operação de descasque de árvores de Acácia Negra e de uma Oficina Central de Manutenção dos equipamentos florestais de forma autônoma.

“Queremos que Pelotas seja nossa principal base das Operações Florestais, centralizando todo time de gestão e supervisão de ativos florestais e concentrando as áreas de Silvicultura, Colheita, Planejamento Florestal, Oficina Central, Manutenção e Logística”, comenta Soares.

Conforme ele, a nova unidade vai atuar para o estímulo da produção da Acácia Negra no Rio Grande do Sul, aumentando a área plantada em sete mil hectares por ano. Referiu, ainda, que a matéria-prima da árvore alimenta três ramos de negócios verdes da empresa. Da casca, é produzido o tanino, usado em indústrias, desde o curtume, passando pelos químicos, até a nutrição animal. Da madeira, é produzido o cavaco, usado na produção de papel e celulose, insumo 100% exportado para a Europa e a Ásia, e os pellets – biomassa vendida para a geração de energia termelétrica na Inglaterra.

“A unidade de Pelotas será nossa plataforma de crescimento para dominarmos a base florestal de Acácia Negra no Rio Grande do Sul e no Brasil. Será o catalisador de melhorias de produtividade nos processos de silvicultura, colheita e manutenção e nos auxiliará na diversificação do cultivo de espécies florestais.”

Fotos: Eduardo Seidl

A unidade contribuirá também para a sociedade na redução da emissão dos gases de efeito estufa, com a implementação de investimentos em plantio e manejo sustentável, elevando ainda mais o volume de captura de carbono. Atualmente, a Tanac remove sete vezes mais CO2 da atmosfera do que emite, ou seja, é uma empresa carbono negativo.

“Há 75 anos, quando as primeiras máquinas vindas da Suécia chegaram ao Rio Grande do Sul, os responsáveis pelo projeto, entre eles o meu bisavô, já sabiam que a Acácia Negra era a melhor matéria-prima do mundo para produzir taninos para o curtimento de couro. Eles também tinham noção que esse estado era o melhor lugar do mundo para cultivar essa espécie de Acácia. O que eles não conseguiam enxergar naquela época e estariam orgulhosos hoje é que aquilo que era uma indústria que essencialmente produzia uma commodity foi se transformando com o passar das décadas em uma operação essencialmente florestal. A floresta é hoje a alma e o coração da Tanac. E essa sede que a gente vem inaugurar hoje faz jus a importância que a área florestal tem para a organização”, comenta Thomas Rosén, membro de holding proprietária da Tanac Weibulll Participações SA.

Para Luiz Fernando Martins e Castro, membro de holding proprietária da Tanac CIA Agrícola São Bento da Esmeralda – SBE, “é exitoso ver esse projeto de consolidação das atividades na metade Sul do estado, pois representa a consolidação dos próximos passos que queremos dar para a empresa, muito focada na agenda ESG”.

A prefeita Paula Mascarenhas agradeceu a confiança da Tanac no governo e em todas as instituições da cidade de Pelotas. “Sabemos muito bem qual é o nosso papel e que quem gera riqueza e renda é a iniciativa privada. E por isso nós sempre acolhemos esse tipo de investimento com tapete vermelho. Sabendo que com uma parceria produtiva nós podemos crescer cada vez mais: a empresa, pela qual torcemos, e também o município, tendo a sua economia alavancada com mais um investimento importante como este”, conclui.

Fonte: O Sul

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