Wilson Andrade reassume posto no Conselho Consultivo do Fundo Comum de Commodities da ONU

O objetivo do conselho é apoiar projetos em commodities que ajudem a criar emprego, aumentar a 
renda familiar, reduzir a pobreza e melhorar a segurança alimentar em regiões menos desenvolvidas

O empresário e economista Wilson Andrade voltou a contribuir, em janeiro de 2025, com o Conselho Consultivo (CC) do Fundo Comum de Commodities (CFC) da Organização das Nações Unidas (ONU), sediado em Amsterdam (Holanda). O CFC (www.common-fund.org) é formado por 104 países-membros com a missão de apoiar o desenvolvimento econômico, social e ambiental, através de incentivos a commodities em todo o mundo. O CC é composto por nove especialistas eleitos pelos países-membros e tem a função de definir prioridades para o Fundo, analisar, aprovar e acompanhar projetos que lhe são apresentados.

A primeira reunião de 2025 acontece em janeiro, em Amsterdam, com a análise de 11 projetos apresentados pelos países: Colômbia, Egito, Guatemala, Honduras, Paquistão, Quênia, Ruanda, Serra Leoa, Tanzânia e Zâmbia. Os projetos envolvem as atividades de: tilápia, castanhas, pimenta, borracha, frutas, café, cacau, vegetais e óleos vegetais, e fundos de investimentos.

“Com isso se amplia a oportunidade de financiamento para pesquisas e projetos de desenvolvimento de commodities na Bahia e no Brasil. Já participamos da aprovação de um projeto da Bahia que recebeu apoio de US$ 1,5 milhão para a área de cítricos no semiárido da Bahia”, informa Andrade que tem forte atuação na área internacional defendendo o agronegócio da Bahia e do Brasil.

No CC do CFC, Andrade foi indicado como conselheiro em 2017/2018 e foi presidente em 2019/2020. Sua primeira indicação foi feita pelo Ministério da Agricultura (MAPA) e suas Câmaras Setoriais de Fibras Naturais e de Florestas Plantadas, Ministério das Relações Exteriores (MRE), Frente Parlamentar da Agricultura, Embaixada do Brasil na Holanda, Indústria Brasileira de Árvores (Ibá), Associações Estaduais Florestais, Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção (Abit), Associação Brasileira do Agronegócio (Abag); além das entidades baianas, como a Federação das Indústrias (Fieb), Associação Comercial da Bahia (ACB), Secretaria de Agricultura da Bahia (Seagri), Sindicato das Indústrias de Fibras Vegetais da Bahia (Sindifibras) e Associação Baiana das Empresas de Base Florestal (ABAF). 

Para Andrade, com a presença de um brasileiro no CC, a Bahia e o Brasil ganham pelo acesso às informações e pela maior interação entre os países no desenvolvimento de commodities. “A Bahia e o Brasil precisam se internacionalizar mais e este esforço tem que ser conjunto entre o Governo e a iniciativa privada. E não apenas pela possibilidade de financiamento do Fundo, mas pelas oportunidades com outras fontes da ONU e de países-membros, aos quais podemos levar as demandas do nosso agronegócio – o setor que mais ajuda o Brasil a crescer”, completa. 

Parceria – Desde que se tornou membro do CC do CFC, Andrade firmou parceria com a Unijorge e a Comissão de Comércio Exterior e Relações Internacionais da Associação Comercial da Bahia (Comex-ACB) que visa a divulgação da oportunidade, capacitação de projetistas e acompanhamento e estímulo de projetos locais. O serviço é prestado com o apoio de entidades empresariais (Faeb, Fieb, Fecomércio, ACB, Aiba, Abrapa, ABAF, Assocafé, sindicatos industriais, sindicatos rurais, cooperativas etc.), de agentes de desenvolvimento (bancos, Desenbahia, Sebrae, fórum das pequenas empresas da SDE, câmaras setoriais etc.), de agentes governamentais (Seagri, SDE, SDR etc.), na área nacional (CNI, CNA, CNC, academias, institutos de pesquisas, consultorias especializadas em projetos agro etc.), entre outros. “Este apoio e divulgação são compromissos extra que temos com o CFC”, acrescenta Andrade.  

“Uma das vertentes da universidade é produzir conhecimento que seja relevante para a sociedade, que possa atender às suas demandas e que contribua para o desenvolvimento econômico e sustentável. Esta parceria é uma oportunidade importante para que o conhecimento científico alcance aplicabilidade prática e para que os desafios econômicos e sociais inspirem a produção acadêmica”, diz Katiani Zape, coordenadora do curso de Relações Internacionais da Unijorge. 

“A interdisciplinaridade do conselho, mesclando temáticas relacionadas à economia e gerenciamento de projetos, entre outras, representa uma grande oportunidade para o fortalecimento das relações entre o meio acadêmico e a sociedade. A parceria oferece a chance para que os estudantes participem de debates tão relevantes e se projetem como atores na construção de pontes para o desenvolvimento”, disse o estudante Guilherme Dias.

O CFC – Instituição financeira intergovernamental autônoma estabelecida no âmbito da ONU e tem 104 Estados-membros, dentre estes o Brasil. Sua visão e missão incluem: contribuir para o crescimento social e econômico, o desenvolvimento sustentável, o acesso aos alimentos e a integração dos países em desenvolvimento com os mercados internacionais e regionais através da adição de valor sustentável a commodities e cadeias de valor relacionadas, sempre de forma convergente aos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio da ONU. Espera-se que o CFC seja um parceiro líder na operacionalização de atividades para commodities em países em desenvolvimento. 

O CFC seleciona, aprova e apoia cerca de 60 projetos por ano e tem uma média de empréstimo de US$ 75 milhões anuais. São propositores elegíveis: instituições públicas e privadas, instituições de desenvolvimento bilaterais e multilaterais, cooperativas, organizações de produtores, pequenas e médias empresas, empresas de transformação e comercial e instituições financeiras locais. 

Os projetos devem ser financeiramente sustentáveis, escaláveis e com amplo impacto no desenvolvimento das partes interessadas nas cadeias de valor das commodities. Devem criar emprego, especialmente para jovens e mulheres; aumentar a renda familiar; reduzir a pobreza; melhorar a segurança alimentar e criar colaboração efetiva e econômica entre produtores, indústrias, governos, organizações da sociedade civil e outros interessados no desenvolvimento baseado em commodities.

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