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Rede ILPF amplia para cinco estados programa de estímulo à expansão do Sistema de Integração-Lavoura-Pecuária-Floresta

Sistema ILPF chega hoje a aproximadamente 17,4 milhões de hectares, e seu potencial de expansão é enorme porque estima-se que o Brasil tenha cerca de 160 milhões de hectares de pastagens que podem ser convertidos para ILPF

A partir da trajetória de sucesso em curso já há três anos em São Paulo, a Associação Rede ILPF ampliou, neste primeiro quadrimestre de 2025, para mais cinco estados – Goiás, Minas Gerais, Paraná, Rio Grande do Sul e Rio de Janeiro – o programa Integra destinado a estimular a expansão do Sistema de Integração-Lavoura-Pecuária-Floresta (ILPF) no agro brasileiro.

Ancorado em acordos assinados com as secretarias estaduais de Agricultura, bem como com entidades, como, por exemplo, a ABCZ, a iniciativa contempla uma extensa agenda de atividades de difusão de conhecimento e de transferência de tecnologias, entre técnicos, produtores e instituições parceiras, por meio de dias de campo, palestras, treinamentos, encontros técnicos, mentorias etc. pautada nas oportunidades socioeconômicas e ambientais da adoção do Sistema ILPF.

O programa prevê também a articulação junto a instituições financeiras e parceiros estratégicos, com o intuito de viabilizar o acesso a linhas de financiamento, com condições mais atrativas de crédito e alinhadas a práticas sustentáveis, para o produtor rural que implantar o Sistema ILPF, assim como irá fomentar o acesso a mercados diferenciados, como, por exemplo, de carne de baixo carbono.

“A integração lavoura-pecuária-floresta significa a emancipação do produtor. De que forma? Porque tem uma renda de curto prazo, que são as lavouras de grãos e cereais. Tem o gado no médio prazo e o componente florestal no longo prazo”, ressalta o presidente-executivo da Rede ILPF, Francisco Matturro, que acrescenta: “o Sistema ILPF chega hoje a aproximadamente 17,4 milhões de hectares, e seu potencial de expansão é enorme porque estima-se que o Brasil tenha cerca de 160 milhões de hectares de pastagens que podem ser convertidos para ILPF”.

O gerente técnico da Rede ILPF, Gabriel Martins, menciona ainda que o Integra utiliza ainda ferramentas digitais, como o ILPF Digital, para apoiar o diagnóstico, o mapeamento de práticas e o acompanhamento das propriedades envolvidas. “O fortalecimento das Unidades de Referência Tecnológica também compõe a agenda, com foco em capacitação prática e demonstração de modelos integrados”.

:: ILPF, benefícios socioeconômicos e ambientais

A ILPF é uma estratégia de produção que combina diferentes sistemas produtivos: agrícolas, pecuários e florestais em uma mesma área, seja em consórcio, sucessão ou em rotação de culturas, gerando benefícios para todas as atividades.

A prática intensifica de modo sustentável o uso da terra, protege e fertiliza o solo, promove a economia de insumos e consequente redução de custos, e simultaneamente eleva a produtividade em uma mesma área, diversificando produção e fontes de receita. Ao mesmo tempo, o Sistema é ambientalmente correto, com baixa emissão de gases de efeito estufa e permite o sequestro de carbono, tornando a atividade mais resiliente às mudanças climáticas.

Culturas agrícolas como grãos [soja e milho] e produção de fibras [algodão] podem ser utilizadas na ILPF. A modalidade pecuária contempla, sobretudo a bovinocultura de corte ou leite e a parte florestal envolve a silvicultura, com destaque, por exemplo, para o plantio de eucaliptos. Diferentemente do senso comum, a ILPF pode ser adaptada para pequenas, médias e grandes propriedades, em todos os biomas brasileiros.

:: Rede ILPF

A Associação Rede ILPF é uma parceria público-privada formada pela Embrapa, a cooperativa Cocamar e as empresas Bradesco, John Deere, Soesp, Suzano, Syngenta e Timac Agro e tem como objetivo intensificar a sustentabilidade da agropecuária brasileira, por meio da adoção das tecnologias de Integração Lavoura-Pecuária-Floresta (ILPF).

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Dia de Campo CV apresentou resultados da ILPF com eucalipto

Evento reuniu cerca de 250 participantes na Fazenda Campina, em Caiuá (SP)

No dia 13 março, a Fazenda Campina, localizada no município de Caiuá (SP), foi palco da 10ª edição do Dia de Campo Nelore Mocho CV, um evento que evidenciou os resultados da implementação do sistema agrossilvipastoril ILPF com eucalipto. Cerca de 250 participantes receberam orientações técnicas para otimizar a produção por meio de manejos corretos, sem a necessidade de expansão de áreas.

O encontro, organizado pela Embrapa e Rede ILPF, reuniu um público diversificado, incluindo produtores rurais, pesquisadores, técnicos e estudantes de Ciências Agrárias. Também esteve presente o secretário de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo, Guilherme Piai. Em seu pronunciamento, ele destacou a importância da ILPF para a mitigação dos efeitos das mudanças climáticas e para a ampliação da capacidade do setor em produzir alimentos para a população.

Em pouco mais de uma década, a Fazenda Campina elevou seu padrão produtivo ao adotar, inicialmente, a Integração Lavoura-Pecuária (ILP) e, posteriormente, a Integração Lavoura-Pecuária-Floresta (ILPF), com a inclusão do componente florestal. A propriedade optou pelo eucalipto devido ao seu rápido crescimento, complementando outras espécies arbóreas que, embora de crescimento mais lento, produzem madeira nobre de alto valor agregado.

O dia de campo destacou a importância da ILPF no sistema agrossilvipastoril estabelecido há uma década em uma área de 60 hectares, demonstrando a viabilidade e os benefícios desse sistema, os diversos arranjos (linhas simples, duplas, triplas e quádruplas) e diferentes genótipos de eucalipto.

Iniciando com uma palestra do presidente do Conselho de Administração da Cocamar, Luiz Lourenço, o encontro destacou a importância das parcerias para a expansão dos sistemas ILPF. Em seguida, os participantes foram divididos em grupos para visitar três estações temáticas, distribuídas em diferentes áreas da fazenda.

Nas estações, foram abordados temas como “Cultivares forrageiras e recuperação de pastagens em sistema ILPF”, “Alternativas de mercado e produção de madeira em sistema ILPF” e “Bem-estar animal e conforto térmico em sistema ILPF”, apresentados por empresas parceiras do Grupo Nelore Mocho CV.

Luiz Adriano Maia Cordeiro, pesquisador da Embrapa Cerrados, destacou a excelente organização do evento, que contou com o forte apoio das empresas parceiras da Rede ILPF. Ele também enfatizou a importância da abordagem sobre o componente florestal nos sistemas de integração. “Para a Embrapa, foi gratificante acompanhar o processo de implementação dos sistemas ILP e ILPF na Fazenda Campina, onde observamos uma evolução notável na produtividade vegetal e animal”, afirma.

O titular da Nelore Mocho CV, Carlos Viacava, explica que é motivo de grande orgulho ver a propriedade se transformar ao longo de uma década, desde a implementação da ILP até a adoção da ILPF com eucalipto. “A floresta é importante para o bem-estar e, consequentemente, para melhor desempenho dos animais. Por isso, acreditamos que a integração lavoura-pecuária-floresta é o futuro da produção sustentável, e o evento foi uma prova disso”, ressalta.

“Agradecemos a todos que estiveram presentes, e aos nossos parceiros, que tornaram este dia inesquecível. Estamos ansiosos para continuar compartilhando nossos resultados e contribuindo para o desenvolvimento da pecuária brasileira”, finaliza Viacava.

O evento contou com as parcerias da Embrapa, Rede ILPF, Cocamar, John Deere, Unoeste, SOESP, Bradesco, Minerva Foods, Suzano, Syngenta e Timac Agro.

Informações: Notícias Agrícolas.

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Rede ILPF apresenta vantagens da ILPF para a sustentabilidade agropecuária brasileira durante reunião no MAPA

A Rede ILPF, representada pelo Diretor Executivo Francisco Matturro e Roberto Castro, diretor de sustentabilidade e negócios da Syngenta, participou das discussões dos Grupos de Trabalho “Financeiro e Investimento” e “Tecnologia e Conhecimento”, do Ministério da Agricultura e Pecuária (MAPA), em Brasília.

Francisco Matturro teve uma posição de destaque e apresentou o panorama do agronegócio no Brasil e a importância da Integração Lavoura Pecuária Floresta neste contexto. A ILPF foi destacada e exemplificada com casos de sucesso em diversas regiões brasileiras. Os projetos executados pela Associação (Integra MT e SP), em parceria com os governos de SP e MT, também foram apresentados.

A reunião foi conduzida pelo presidente do Conselho de Administração da Embrapa, Carlos Augustin que se mostrou bastante interessado no potencial da ILPF. O gestor afirmou que a Rede ILPF precisa receber aporte não reembolsável para execução de projetos.

Representantes da Associação de Agricultores e Irrigantes da Bahia, Instituto Arapyaú, Corteva Agriscience para América Latina e Acelen Renováveis também estavam na renião.

Por meio dessas reuniões junto ao governo e diversas iniciativas, a Rede ILPF contribui para a formulação de políticas públicas relevantes para o desenvolvimento da agropecuária brasileira.

Pontos de destaque:

  • Rede ILPF: Francisco Matturro apresentou o panorama do agronegócio no Brasil, bem como os desafios e oportunidades. A tecnologia ILPF foi evidenciada com casos de sucesso e também foram citados projetos existentes em parceria com os governos de SP e MT. Além disso foi discutida a necessidade de aporte financeiro para a maior implementação do sistema GeoABC+. O secretário Carlos Augustin se mostrou bastante interessado na ILPF e em seu potencial. Afirmou que a Rede ILPF precisa receber aporte não reembolsável para execução de projetos e ressaltou a importância de que não é necessário abrir mais áreas para produção, e sim intensificar a produção nas áreas que já estão abertas.
  • Associação de Agricultores e Irrigantes da Bahia: Projeto promove a produção de cacau em áreas não tradicionais, como o cerrado, com foco na rentabilidade e sustentabilidade do processo. Destacou a importância da otimização do uso dos recursos naturais, a criação de modelos de produção sustentável, a restauração de áreas, o aumento da produtividade e a rastreabilidade nos processos.
  • Corteva Agriscience: Enfatizou a necessidade de ajudar pequenos produtores a expandirem renda e produtividade através do Programa Prospera, que tem apoio do MAPA e visa ampliar a produtividade de milho no semiárido nordestino (Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco e Alagoas).
  • Instituto Arapyaú: Abordou a viabilidade do cultivo de cacau em sistemas agroflorestais (SAF) como uma forma de restauração produtiva.
  • Acelen Renováveis: Apresentou soluções escaláveis para a recuperação de terras de pastagens degradadas, promovendo o plantio de macaúba. Discutiu os benefícios ambientais e sociais, como o desenvolvimento econômico local, a geração de empregos e a movimentação econômica, além do impacto positivo na agricultura familiar.

Informações: Rede ILPF.

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