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Plantas de celulose geram energia para abastecer três vezes a população de MS

Setor coloca no sistema uma potência de mais de 550 MW, suficiente para abastecer população de 8 milhões de pessoas

Não é só celulose, cuja maior parte da produção é destinada à exportação, que os investimentos bilionários feitos em plantas processadoras estão conseguindo gerar. As indústrias já em operação da Suzano e da Eldorado conseguem abastecer com energia elétrica 8 milhões de habitantes com o excedente de sua produção, equivalente a mais que o triplo da população de Mato Grosso do Sul.

Com a entrada em operação da Arauco, daqui a três anos, e o aumento da produção de energia a partir do licor negro de celulose da Eldorado, esse volume terá um novo aumento e deverá dobrar a potência instalada do segmento.

Sozinha, a megafábrica de celulose da Suzano, em Ribas do Rio Pardo, injeta um excedente de 180 megawatts (MW) no Operador Nacional do Sistema (ONS). Essa quantia é suficiente para abastecer unidades residenciais de uma cidade com 2,29 milhões de habitantes, equivalente a duas vezes e meia a população de Campo Grande.

Há ainda mais geração: as duas linhas da Suzano, em Três Lagoas, entregam outros 150 MW ao ONS, enquanto a unidade da Eldorado Brasil Celulose, também em Três Lagoas, contribui com mais 226 MW.
Essas unidades geram energia para atender a todo o seu processo produtivo e destinam o excedente ao ONS.

A energia é produzida a partir da biomassa, normalmente oriunda da queima dos resíduos de madeira do processo de produção de celulose. O impacto ambiental desse tipo de energia de origem térmica é praticamente nulo.

O diretor da unidade da Suzano em Ribas do Rio Pardo, Maurício Miranda, explica que um dos efeitos do início das operações da fábrica foi o fim dos picos de energia na cidade.

“Praticamente não tem mais queda de energia depois que a fábrica entrou em operação”, relata.

Igualmente limpa, a energia oriunda das plantas de celulose tem uma vantagem em relação à energia solar: a potência constante.

As fábricas de celulose geram energia 24 horas por dia, e não apenas quando o sol está a pino, como ocorre com a energia solar. Isso garante, por exemplo, energia disponível nos horários de pico de consumo, como no período noturno durante as ondas de calor.

RADIOGRAFIA MS

Atualmente, Mato Grosso do Sul tem uma capacidade instalada de 9,8 mil MW em operação, conforme carta de conjuntura da Secretaria de Estado de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Tecnologia e Inovação (Semadesc), que concentra dados de 2024. O volume representa 11% a mais que a capacidade de geração do ano anterior. 

Desse total gerado, 8,34 mil MW são originários da geração centralizada, que concentra empreendimentos que entregam energia ao ONS, caso não apenas das indústrias de celulose, mas também de outras fontes de indústrias de biomassa, como as usinas de açúcar e álcool, outros tipos de usinas termelétricas (a gás e a óleo diesel), além de usinas hidrelétricas, entre outras. 

A geração centralizada em Mato Grosso do Sul responde por 84,7% da potência instalada. Os outros 15,3% vem da geração distribuída (1,5 mil MW), que concentra, sobretudo, empreendimentos residenciais e comerciais que compartilham a energia solar gerada na rede. 

A energia gerada pelas plantas processadoras de celulose e usinas de álcool e açúcar (biomassa) já responde por aproximadamente 24% da potência disponível em Mato Grosso do Sul. São 2,7 mil MW. Neste ano, mais 359 MW devem entrar em operação por meio de vários empreendimentos de biomassa. 

Essa produção só está atrás da energia hídrica, gerada por usinas como Ilha Solteira (SP) e Jupiá (MS), por exemplo.

Informações: Correio do Estado.

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Exclusiva – Eldorado Brasil inaugura projeto inovador para geração de energia verde

O sistema inédito produz energia elétrica por meio do aproveitamento das águas de efluentes

A Eldorado Brasil Celulose (www.eldoradobrasil.com.br) inaugurou nesta última terça-feira (13), em solenidade no seu complexo industrial, um sistema inédito no mundo para a geração de energia verde. O BFTEs (Bombas Funcionando como Turbinas com Efluentes), que funciona como uma mini hidrelétrica, irá abastecer seu prédio administrativo e anexos, em Três Lagoas (MS). Com mais um case de inovação no segmento, desta vez aproveitando efluentes tratados para reverter o fluxo de água e gerar energia, a indústria otimiza o processo antes da devolução ao rio Paraná, tornando ainda mais eficiente a gestão operacional de seus recursos hídricos na região.

A tecnologia com bombas inversas, funcionando como turbinas, já é modelo no mercado de refluxo para águas, mas para fins de efluentes é algo inédito e reforça a essência da Companhia em ser inovadora e estar alinhada com práticas ESG (Ambiental, Social e Governança).

Participaram da solenidade, o Gerente Executivo de Águas e Biomassa, Sinesio Carvalho Soalheiro, que presidiu a cerimônia, também o Diretor Industrial Carlos Monteiro, Gerente Geral Industrial Marcelo Martins; Gerente de Sustentabilidade; Fabio de Paula; Diretor-presidente do Imasul, André Borges; Prof. Augusto Viera da UNIFEI/MG; equipe técnica da S.O.ESCO Ensaios; e equipes da ETE (Estação de Tratamento de Efluentes) e de engenharia da Eldorado Brasil, envolvidos diretamente nos estudos para o desenvolvimento do projeto, além de colaboradores de outras áreas.

Início de cerimônia, com o Gerente Executivo de Águas e Biomassa, Sinesio Carvalho Soalheiro.

Idealização do projeto

A ideia para a instalação da mini hidrelétrica surgiu do Diretor Industrial, Carlos Monteiro, que levou o desafio ao time de Inovação e Tecnologia e, em parceria com o Professor Augusto Viera da Universidade de Itajubá (MG), desenvolveu o sistema único no mundo já instalado em fábrica. “Enxergamos potencial energético e decidimos avançar. Nossa cultura de inovação nos traz diferenciais competitivos e de sustentabilidade com o uso responsável de recursos naturais. O papel da indústria de celulose ao trazer pesquisa e desenvolvimento, agrega para uma economia sustentável que resulta em benefícios ao planeta, como é o caso da energia verde”, informa.

Dir. Industrial Carlos Monteiro logo após dar o ‘start’ para o funcionamento do sistema inédito BFTEs.

Na cerimônia de inauguração do BFTEs, Monteiro fez elogios à equipe, e menciona o sentimento na concretização do projeto. “Hoje é realmente um dia de muita alegria e satisfação para nós, porque mostra que quando o nosso pessoal realmente pega algo para fazer, se dedica e chega ao ponto que a gente espera, ou além. Me sinto orgulhoso em ver se concretizar mais esse projeto inovador em nossa fábrica. Algo que saiu da ideia, foi para a prática e passou a ser realidade. Agradecemos a todos os envolvidos no projeto. A Eldorado estará sempre aberta a novas tecnologias e inovações”.

Descerramento feito na pedra fundamental, no local do projeto.

O projeto vem de encontro com o rigoroso controle ambiental que a Eldorado Brasil possui, para isso desenvolveu o IPA (Índice de Práticas Ambientais) com padrões internos superiores aos exigidos pela legislação e com monitoramento diário. A empresa, atualmente, possui um índice de devolução da água utilizada na fábrica de mais de 85%.

Presente durante a solenidade, o Professor Augusto Viera da Universidade de Itajubá (MG), destacou o pioneirismo e a inovação do projeto. “Trouxemos a base deste projeto da Europa, EUA, porém, com o uso de efluentes para a geração de energia, é inédito no mundo. Este é um projeto inovador, pioneiro e eficiente, e com certeza trará bons resultados para a empresa. É uma grande satisfação hoje estarmos aqui na inauguração do BFTEs.”

Professor Augusto Viera.

Também na ocasião, o Diretor-presidente do Imasul, André Borges comentou sobre as potencialidades do novo modelo, e relevância a nível estadual e ambiental. “Essa é uma ideia carregada de inovação, de tecnologia, de sustentabilidade e que soma para aumentar a eficiência da fábrica. Além disso, é um projeto que vem ao encontro do planejamento do Governo do Mato Grosso do Sul, que é um estado alinhado às metas de 2030 para a neutralidade de carbono. A nossa matriz energética no estado é 94% renovável. E temos também aqui, a termelétrica, que auxilia chegarmos a esse índice. E são iniciativas como essas, que estamos inaugurando hoje, que colaboram para aumentarmos cada vez mais a nossa eficiência energética e nossa sustentabilidade, alinhados com a agenda de 2030. Fiquei muito feliz pelo convite, e fiz questão de estar presente assim que soube o motivo do evento, por se tratar de uma ideia inovadora, um momento único no mundo”, enfatizou.

Diretor-presidente do Imasul, André Borges.

BFTEs na prática

O BFTEs contará com duas turbinas, que foram instaladas para reverter o fluxo da água e gerar energia antes da devolução ao rio. Cada uma delas tem capacidade de bombear, em sentido anti-horário, em média, 2,5 mil metros cúbicos por hora. Desta forma, a geração acontece a partir do volume total de 5 mil metros cúbicos por hora, o equivalente a 5 mil caixas d’água residenciais abastecidas nesse mesmo tempo.

Sistema BFTEs.
ETE Eldorado Brasil.

Nova nomenclatura

Uma curiosidade sobre a nomenclatura do projeto inédito também foi esclarecida durante a solenidade. Os equipamentos que normalmente são chamados de BFTs (Bombas Funcionando como Turbinas) receberão a nomenclatura BFTEs (Bombas Funcionando como Turbinas com Efluentes), devido a sua especificação e utilização das turbinas, que nunca haviam sido voltadas para esta finalidade, o que reafirma seu o diferencial no segmento.

Pioneirismo & ESG

Reforçando seu histórico em projetos pioneiros, inovadores e com foco em sustentabilidade, a Eldorado Brasil também é detentora de outra unidade geradora e autoautossuficiente em energia elétrica: a UTE Onça Pintada, que utiliza tecnologia desde a retirada de tocos e raízes de eucalipto – que antes seriam descartados –, até a transformação de energia verde com a biomassa, sem emissão de poluentes na atmosfera. A usina tem capacidade para abastecer uma cidade com 700 mil habitantes, utilizando madeira inservível de eucaliptos para gerar energia renovável. O excedente em energia é exportado para o sistema elétrico nacional.

Sobre a Eldorado Brasil

A Eldorado Brasil Celulose é reconhecida globalmente por sua excelência operacional e seu compromisso com a sustentabilidade, resultado do trabalho de uma equipe qualificada de mais de 5 mil colaboradores. Inovadora no manejo florestal e na fabricação de celulose, produz, em média, 1,8 milhão de toneladas de celulose de alta qualidade por ano, atendendo aos mais exigentes padrões e certificações do mercado internacional. Seu complexo industrial em Três Lagoas (MS) também tem capacidade para gerar energia renovável para abastecer uma cidade de 2,1 milhões de habitantes. Em Santos (SP), opera a EBLog, um dos mais modernos terminais portuários da América Latina, exportando o produto para mais de 40 países. A companhia mantém um forte compromisso com a sustentabilidade, inovação, competitividade e valorização das pessoas. Saiba mais: www.eldoradobrasil.com.br

Escrito por: redação Mais Floresta.

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