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Plantio de florestas ganha espaço em terras agrícolas no país

Números preliminares indicam que a área chegou a 10,5 milhões de hectares no ano passado

Distribuída em três áreas, a plantação florestal representa 80% do negócio do produtor rural André Assis, de Terra Roxa, no oeste do Paraná. Assis também cultiva grãos e mantém produção de frango e peixe, mas vê no segmento de árvores plantadas uma alternativa rentável. “É uma excelente opção para solos sem aptidão para lavoura ou pastagem”, afirma ele.

Para diversificar suas fontes de renda, Assis deu seguimento ao plantio de eucalipto, atividade em que sua família entrou há mais de 20 anos. Atualmente, o produtor mantém 1,5 mil hectares de floresta em áreas arrendadas, nas quais o rendimento médio é de 290 toneladas de madeira por hectare. O corte das árvores ocorre a cada seis ou sete anos, e a madeira serve como biomassa.

“Para nós, o eucalipto é tão rentável quanto a soja, mas ele tem a vantagem de ter uma produtividade mais estável. Com isso, acaba sendo mais viável”, afirma Assis. Ele entrega a madeira a cooperativas agrícolas da região.

Segundo a Indústria Brasileira de Árvores (Ibá), em 2023, o país tinha 10,2 milhões de hectares de árvores cultivadas. Números preliminares indicam que a área chegou a 10,5 milhões de hectares em 2024, o que representou um crescimento de 2,2%, ou 234 mil hectares, em relação ao ano anterior.

Para Paulo Hartung, presidente da Ibá, os maiores desafios são a falta de mão de obra e de infraestrutura de transporte, incluindo rodovias, ferrovias e portos. Ele destaca, porém, o crescimento da área de floresta que o segmento conserva, que soma 6,91 milhões de hectares. “Progredimos muito na produtividade, mas a preservação é o que nos diferencia”, disse.

Em Ponta Grossa, a Águia Florestal, empresa de plantio e industrialização de madeira, tem 10 mil hectares de pinus, de um total de 24 mil hectares de floresta. “O restante é de área nativa preservada”, afirma Álvaro Scheffer Junior, diretor da companhia.

Segundo ele, a empresa faz todo o processo produtivo, de maneira verticalizada. Isso inclui desde a pesquisa e produção de mudas de pinus nos viveiros até a entrega da madeira no Porto de Paranaguá.

Com volume de produção de cerca de 100 mil metros cúbicos de madeira serrada ao ano, que exporta para os Estados Unidos, a empresa está entrando no mercado interno neste ano, com a produção de painel de madeira sólida. O material servirá à construção de moradias para famílias do Rio Grande do Sul que perderam suas casas na enchente de 2024.

“É inegável a contribuição do setor para o desenvolvimento econômico e social, mas também no quesito ambiental”, enfatiza. A empresa faz um controle das emissões e estoque de carbono gerados pelo processo produtivo da atividade, com registro de 4,8 milhões de toneladas de CO2 estocadas até o fim de 2024: “o setor de árvores plantadas é o que mais preserva a floresta nativa atualmente”.

Águia Florestal produz cerca de 100 mil metros cúbicos de madeira serrada ao ano — Foto: Águia Florestal/Divulgação
Águia Florestal produz cerca de 100 mil metros cúbicos de madeira serrada ao ano — Foto: Águia Florestal/Divulgação

De acordo com a Ibá, dos 10,2 milhões de hectares de árvores cultivadas no país em 2023, 7,83 milhões de hectares eram de eucalipto, 1,92 milhão de hectares, de pinus, e 500 mil hectares, de outras espécies. Ainda segundo a entidade, 38% das áreas de floresta plantada no Brasil pertencem a produtores independentes. O restante está dividido entre os produtores de celulose, papel, painéis, pisos laminados, carvão e madeira serrada, além de investidores.

José Mauro Moreira, pesquisador de economia e planejamento florestal da Embrapa Florestas, destaca a importância de planejar a implantação de florestas com fins comerciais na propriedade rural. “Primeiramente, é importante avaliar o mercado e definir a finalidade da produção. Também é preciso planejar cada etapa e ter um controle eficiente dos custos da atividade”, afirma.

Uma alternativa, segundo o pesquisador, é começar aos poucos, implantando a floresta em áreas menores. Moreira destaca que a atividade é considerada uma poupança verde, uma vez que o retorno financeiro só terá início a partir de seis a oito anos após a implantação da cultura.

Edilson Batista de Oliveira, pesquisador da área de manejo de florestas, também da Embrapa Florestas, ressalta que o clima e o solo da região são fatores que interferem diretamente na escolha da espécie a ser plantada: “a introdução do componente arbóreo na propriedade rural é sempre positiva, mas é fundamental receber orientação sobre a espécie, seu comportamento e sobre os tratos culturais que exige”.

Informações: Globo Rural.

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Vespa-da-madeira ameaça florestas de pinus e movimentaação conjunta de pesquisadores e produtores

Praga silenciosa, que pode causar prejuízos de até 53 milhões de dólares por ano, será tema de curso promovido pela APRE Florestas e Embrapa Florestas no dia 6 de junho

A vespa-da-madeira (Sirex noctilio) é considerada uma das principais pragas em plantios de pinus no Brasil. Capaz de provocar prejuízos severos,  estimados em até 53 milhões de dólares anuais, a praga compromete a qualidade da madeira e afeta diretamente a produtividade.

Com o objetivo de ampliar o conhecimento técnico e prático sobre a vespa-da-madeira, a Associação Paranaense de Empresas de Base Florestal (APRE Florestas) e Embrapa Florestas promovem, no dia 6 de junho, um curso de controle da vespa-da-madeira,  aberto para associados e público em geral. Os pesquisadores Susete Penteado e Paulo Pereira, da Embrapa Florestas, vão ministrar o curso, abordando estratégias de prevenção, monitoramento e controle biológico.

O presidente da APRE Florestas, Fabio Brun, destaca a importância do curso: “Sabemos que a vespa-da-madeira representa uma ameaça significativa para os plantios de pinus. Por isso, reunir conhecimento técnico, trocar experiências e disseminar boas práticas é fundamental”, aponta.

O objetivo do curso é capacitar os profissionais do setor e promover as estratégias mais eficazes no combate à praga. Realizado de forma presencial, o encontro trará assuntos como prevenção, monitoramento e controle. Além disso, os participantes também vão aprender a diferenciar a a Sirex noctilio da nova praga, Sirex obesus, detectada pela primeira no Brasil em 2023, no Estado de São Paulo.. O encontro também prevê a parte prática, em campo, para reconhecimento dos sintomas de ataque e aplicação do nematoide, que é a estratégia de controle biológico.

Controle biológico é principal aliado

Segundo especialistas, árvores estressadas são as mais suscetíveis aos ataques. Entre os principais sintomas, estão os respingos de resina causados pelas perfurações para a postura de ovos, o amarelamento das copas, orifícios visíveis na casca, manchas azuladas no interior da madeira e galerias provocadas pelas larvas.

Para prevenir o ataque, o manejo adequado é indispensável. Isso inclui desde a retirada de árvores mortas ou danificadas até o uso de árvores-armadilha. Além da prevenção, o uso do Nematec (nematoide Deladenus siricidicola), desenvolvido pela Embrapa Florestas, tem se destacado como a estratégia mais eficaz de controle.

A pesquisadora da Embrapa Florestas, Susete Penteado, explica que “esse nematoide possui uma fase de vida parasitária. Quando entra em contato com a larva da vespa, ele se multiplica dentro do corpo do inseto, penetra nos ovos e esteriliza as fêmeas. Dessa forma, além de reduzir diretamente a população, também impede a proliferação da praga”, detalha.

Produzidos pela Embrapa e distribuído pelo Funcema (Fundo Nacional de Controle de Pragas Florestais), o Nematec está  disponível aos produtores no período de março a agosto, época recomendada para o controle da praga. No Paraná, a APRE Florestas, entidade que representa as empresas do setor florestal no Paraná, é responsável por receber os pedidos dos produtores e enviá-los à Embrapa Florestas

De acordo com a Embrapa, o uso correto das estratégias de controle pode reduzir em até 70% os prejuízos causados pela praga. Isso reforça a urgência de ações coordenadas entre pesquisa, setor produtivo e políticas públicas para mitigar os danos e proteger as florestas plantadas — um dos pilares da economia florestal brasileira.

Para fazer a inscrição, basta preencher o formulário: https://forms.gle/3ZEj4CT9GRBfU2E77


SERVIÇO
Curso Vespa-da-madeira
Data: 6 de junho
Local: Berneck (Fazenda dos Álamos – Lapa PR)
Valores: R$ 150,00 (associados) e R$ 250,00 (não-associados)
Inscrições: https://forms.gle/3ZEj4CT9GRBfU2E77


Sobre a APRE Florestas
A Associação Paranaense de Empresas de Base Florestal (APRE Florestas) representa aproximadamente metade da área total de plantios comerciais no estado. As principais organizações de ensino e pesquisa formam o conselho científico da APRE, conferindo à entidade representatividade e embasamento técnico para o desenvolvimento das ações em prol do setor florestal. Desde 1968, a atuação política, apartidária, faz da APRE a porta-voz do setor no diálogo com as esferas públicas, organizações setoriais, formadores de opinião e sociedade no desafio de promover e fortalecer ações produtivas do setor florestal paranaense.

Mais informações em https://apreflorestas.com.br/

Informações à Imprensa:
Talk Comunicação

Ana Carvalho
(48) 99109-7072
anacarvalho@talkcomunicacao.com.br

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Fitossanidade nas florestas plantadas de São Paulo

12 de maio: Dia Internacional da Sanidade Vegetal

Um dos grandes desafios do setor florestal paulista, e do Brasil, para manter a produtividade, é o controle de pragas. O pesquisador Leonardo Rodrigues Barbosa, da Embrapa Florestas, explica que um inseto é considerado praga quando atinge uma densidade populacional tão alta que causa danos econômicos significativos à uma cultura. “Cada inseto que causa danos econômicos a uma determinada cultura é classificado como praga”, afirma.

Algumas são típicas de árvores cultivadas, como eucalipto e pinus, por exemplo. De acordo com o engenheiro agrônomo Carlos Frederico Wilcken, professor de Entomologia Florestal da Faculdade de Ciências Agronômicas da UNESP – campus de Botucatu, e líder científico do PROTEF (Programa de Proteção Florestal), do IPEF, o monitoramento constante e o uso de técnicas de controle biológico são essenciais para conter o avanço desses organismos.

“As pragas florestais são, em sua maioria, insetos ou ácaros fitófagos, que se alimentam de folhas, troncos ou raízes das plantas. Quando esta população cresce descontroladamente, causa perda de crescimento, redução do volume de madeira e, consequentemente, prejuízo econômico”, explica o professor Wilcken.

O eucalipto, principal gênero de espécies florestais plantadas no Brasil, é, consequentemente, o que está mais exposto ao ataque de pragas. Além das chamadas pragas gerais — como formigas cortadeiras (saúvas e quenquéns) e cupins — que afetam qualquer tipo de plantio, o eucalipto sofre com espécies específicas, como as lagartas desfolhadoras, o Psilídeo de concha (Glycaspis brimblecombei), e o Percevejo bronzeado (Thaumastocoris peregrinus), estes dois originários da Austrália.

“O Psilídeo de concha, por exemplo, já ataca mais de 500 mil hectares por ano no Brasil, gerando perdas de produtividade que chegam a 15% nas áreas atingidas”, alerta Wilcken. Já o Percevejo bronzeado, presente no Brasil desde 2008, causou impactos severos até 2017, especialmente na região central do país, antes da estabilização de sua população com a introdução de inimigos naturais.

Outra praga relevante, segundo o professor, é o Besouro amarelo (Costalimaita ferrugínea), nativo do Brasil, que ataca mudas de eucalipto, em seus primeiros anos de desenvolvimento e tem apresentado crescimento preocupante nos últimos anos.

No caso do pinus, a praga mais conhecida é a Vespa-da-madeira (Sirex noctilio), que está sob controle graças ao uso consolidado de um nematoide parasita, utilizado desde o final dos anos 1980. Contudo, novas ameaças vêm surgindo. “Recentemente identificamos a Sirex obesus, uma vespa que ataca pinus tropicais voltados para a produção de resina, e que ainda está em fase de estudo para desenvolvimento de controle biológico”, afirma Wilcken.

“A base do sucesso no combate a essas pragas está na integração de estratégias e no investimento em pesquisa. A proteção fitossanitária das florestas plantadas é fundamental para garantir a produtividade e a sustentabilidade do setor florestal brasileiro”, conclui o professor Wilcken.

De acordo com o pesquisador Leonardo Barbosa, da Embrapa Florestas, o combate às pragas é um desafio, dado que elas são diversas e sua identificação nem sempre é simples, tornando o manejo das florestas uma tarefa complexa. A compreensão e o monitoramento contínuo dessas pragas são importantes para garantir a saúde e a produtividade das plantações florestais. “Quando uma praga já está em surto, é difícil reverter a situação”, afirma Barbosa.

O controle biológico tem se mostrado uma alternativa promissora, especialmente para evitar surtos. Empresas do setor florestal, tanto as que trabalham com plantios de eucalipto quanto de pinus, têm investido no controle biológico, com programas de sucesso no Brasil.

A engenheira florestal e diretora-executiva da Florestar São Paulo (Associação Paulista de Produtores, Fornecedores e Consumidores de Florestas Plantadas), Fernanda Abilio, lembra que as empresas florestais que fazem parte da associação são extremamente organizadas e levam à risca os programadas de prevenção e controle das pragas. Ela alerta, porém, que a responsabilidade é de todos os silvicultores, desde o pequeno produtor até as grandes empresas. “Para que tenhamos um controle fitossanitário efetivo e seguro é preciso que todos façam a sua parte”, afirma.

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Exclusiva – Palestras do 4º dia do Florestas Online abordou desde biomassas para a geração de energia à técnica ‘floresta de sementes’ na restauração florestal; confira

Cinco palestras repletas de inovação e tecnologias no setor preencheram a programação do quarto dia do congresso

O Florestas Online – Primeiro Congresso Florestal Online do Brasil (https://florestasonline.com.br), há nove anos agrega e promove o setor através de conteúdos exclusivos e carregados de inovação. Com esta proposta, a edição 2024 trouxe uma programação repleta de novidades, com a participação de 22 renomados palestrantes atuantes nas principais empresas e instituições do setor, para atualizar e enriquecer em conhecimento os seus participantes.

O evento que é gratuito, e garante certificação, nesta edição contou com mais de 3 mil inscritos, e foi realizado entre os dias 14 a 18 de outubro, na modalidade online e ao vivo no Canal do Youtube https://www.youtube.com/@FlorestasOnline, com o intuito de oferecer maior conforto e possibilidades aos participantes.

Estiveram em pauta nas palestras do quarto dia do evento, os seguintes temas: biomassas para geração de energia, floresta de sementes, manutenção de máquinas móveis e colheita florestal.

O Florestas Online é uma realização da Paulo Cardoso Comunicações (https://www.paulocardosocom.com.br/), e contou com parceria institucional da Embrapa Florestas (https://www.embrapa.br/florestas).

Palestras – Dia 4

Cada palestrante contribuiu com temas que foram destaque em cada uma das palestras apresentadas no dia, confira:

“A ideia de fazer mescla da biomassa tradicional com a biomassa alternativa é para ajustar, equalizar o poder calorífico, a entrega de energia e diminuir também o teor de cinzas no processo. Para evitar incrustação, diminuir as paradas para limpeza, e etc. Quando pensamos nisso, fizemos os briquetes juntos. Juntamos as biomassas a título de viabilidade técnica do estudo no laboratório”, informou em sua participação Marina Moura Morales, pesquisadora na Embrapa/Florestas, que abordou sobre: ‘Biomassas para geração de energia’, no evento.

“Quando a gente pensa em semeadura direta de floresta, a gente tem um conceito. É a mistura de sementes nativas, sementes agrícolas, podendo ser sorgo, sementes de adubação verde, feijão de porco, e um material de preenchimento para homogeneização dessas sementes. Então, via de regra, a gente tem uma redução, utilizando sementes, de 50% no custo de uma de uma de uma restauração, se comparado ao valor plantio de mudas nativas”, ressaltou Paolo Sartorelli, engenheiro florestal, especialista em restauração ecológica, e proprietário da Baobá Florestal, que falou no congresso sobre: ‘Floresta de sementes: semeadura direta que reduz custos da restauração florestal’.  

“No início dos anos 90, nós começamos a trazer harvester, cabeçote de harvester e produzir forwarder no Brasil. Então nós já temos aí, 32 anos atrás que já se falava em harvester e forwarder. Nesse começo, talvez os mais novos não se lembrem, mas o Brasil era uma economia fechada, então eram só tratores agrícolas e adaptados para atividade florestal. Então não tinha nenhuma máquina específica profissional. Quando houve abertura econômica, em 1990, que as taxas de importação foram reduzidas drasticamente, de repente o Brasil começou a trazer essas máquinas de fora. Mas a cultura de utilização de máquinas teve que ser criada de repente. As máquinas surgiram como se ‘tivessem caído da lua’ aqui no Brasil”, lembrou em sua palestra, Gilson Santos engenheiro mecânico, e diretor na GSantos Engenharia, que falou sobre ‘A inteligência de dados aplicada a manutenção de máquinas móveis’ no Florestas Online.

“Continuum é um termo que a gente praticamente não utiliza na área Florestal, mas a gente trouxe ele emprestado da psicologia positiva, que traz o continuum como uma série de acontecimentos sequenciais e ininterruptos que trazem uma continuidade entre um ponto inicial e o ponto final. E quando a gente pensa em negócio florestal, a gente consegue entender perfeitamente a lógica do continuum. Se a gente pensar no início do setor florestal no Brasil ou pelo menos o primeiro grande boom do setor  na década de 70, até hoje é impressionante o que a gente alcançou, como os mais de 9,6 milhões de hectares plantados para cultivos industriais no Brasil. E esse número eu acredito que talvez já tenha passado dos 10 milhões de hectares”, enfatizou Anderson Bobko, gerente de colheita florestal da Eldorado Brasil, que abordou sobre ‘O continuum da inteligência na Colheita Florestal’ no evento.

“A alta produtividade diz respeito a uma soma de acerto. É respeitar cada detalhe da operação florestal, tais como o ambiente de produção, solo, clima, temperatura e umidade, precipitação – que são fatores que não há controle – , bem como a genética, que hoje temos clones para as mais diversas finalidades e cenários do país, também a silvicultura, que é a prescrição, a engenharia direcional (protocolo silvicultural), e a operação, que é execução do projeto”, disse Pedro Francio Filho, consultor e diretor na Francio Soluções Florestais, que no evento abordou sobre ‘Alta produtividade florestal: silvicultura aplicada – Ciência na Prática’.

Assista abaixo as palestras completas do 4º dia do Florestas Online:

Confira as edições anteriores no link abaixo:

https://www.youtube.com/@FlorestasOnline/playlists

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Escrito por: redação Mais Floresta.

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Exclusiva – Florestas Online: terceiro dia do evento contou com cinco palestras, e programação rica em informação inédita

Restauração, operação florestal em projetos de carbono, a realidade do mogno africano no
Brasil, inovações sustentáveis na silvicultura de Teca, e manejo de florestas naturais foram temas abordados na programação

Para quem não conseguiu conferir ao vivo as palestras do Florestas Online – Primeiro Congresso Florestal Online do Brasil (https://florestasonline.com.br), que aconteceu entre os dias 14 a 18 de outubro, é possível conferir no Canal do Youtube https://www.youtube.com/@FlorestasOnline. Nesta edição o evento teve mais de 3 mil inscritos e 22 palestrantes, e contou com temas diversificados,  exclusivos, e atualizados sobre o setor.  As inscrições foram gratuitas, e todos os participantes recebem certificação.

O Florestas Online é uma realização da Paulo Cardoso Comunicações (https://www.paulocardosocom.com.br/), e contou com parceria institucional da Embrapa Florestas (https://www.embrapa.br/florestas).

Entre os temas destaques, inovação e novas tecnologias na indústria de base florestal, mercado, manejo, indústria e gestão florestal, mudanças climáticas, estratégias para o enfrentamento a incêndios florestais e iniciativas que impulsionam o setor, fizeram parte do hall de palestras pensadas estrategicamente para o evento, garantindo informação de qualidade e atual.

Palestras – Dia 3

Cada palestrante contribuiu com informações que foram destaque em cada uma das cinco palestras apresentadas no terceiro dia, confira:

“O clone adequado é o nosso blend de espécies que vai determinar o potencial produtivo daquele site. Então trabalhar muito bem na escolha das espécies para cada projeto é essencial”, comentou Mário Grassi, diretor de operações da Mombak, na abertura das palestras do dia, na qual abordou sobre: ‘Operação Florestal em Projetos de Carbono de Alta Integridade’.

“Um grande problema que havia dentro da Associação, e entre os produtores, que é um mundo que eu vivo já desde 2012, era saber o quanto a gente tinha de área plantada. Procuramos os IBGE, e não obtivemos retorno algum para este levantamento em específico. Tenho 40 anos de área florestal, conheço a maioria dos produtores de Khaya, todos os viveiros, produtores de sementes que existem no país, então eu resolvi estimar, vamos dizer assim. Fiz um levantamento de quanto poderia existir de Khaya no Brasil. Então eu fiz um Censo do Mogno Africano no Brasil, através dessas informações que tive condições de levantar”, informou Milton Frank, Consultor Técnico Florestal da ABPMA: Associação Brasileira dos Produtores de Mogno Africano, durante sua participação, que teve como tema: ‘A realidade do mogno africano no Brasil’. Clique no link para conferir o Censo do Mogno Africano no Brasil – https://www.maisfloresta.com.br/exclusiva-censo-inedito-sobre-o-cultivo-de-mogno-africano-no-brasil/

“Então um destaque hoje da Teca, é que ainda tem muitos estoques em plantações de seminal, que é o plantio feito através de sementes, mas os novos plantios – desde de 2018 – tem predominado o uso de mudas clonais. Então, o processo de produção de mudas clonais da Teca copia o eucalipto, dadas as devidas proporções e a fisiologia da técnica. Então o processo de forma, tais como mini jardim clonal, formação de miniestacas, etc”, apontou Fausto Takizawa, diretor relações institucionais e pesquisa na TRC – Teak Resources Co e Secretário-Geral da AREFLORESTA-MT, que falou sobre ‘Transformando a Silvicultura de Teca: Inovações Sustentáveis do Plantio à Colheita’ em sua palestra.

“Acredito que o estímulo ao manejo de florestas naturais, certas facilidades, reduções de cargas burocráticas, um direcionamento mais voltado para a revisão técnica dos planos de manejo menos burocrática e mais fiscalizatória, a formatação das fiscalizações sendo mais técnicas, acredito que colaboraria para dificultar o mercado ilegal, inclusive para a profissão de quem trabalha com pesquisa florestal e manejo. Quanto mais a parte técnica for robustecida, mais valor agregaria à nossa profissão. Então, o caminho seria os Governos Estaduais, Federais e Municipais estimularem ao máximo o plano de manejo, que muitas vezes é tido como um vilão, e sabemos que não é”, destacou Evaldo Muñoz Braz, pesquisador na Embrapa/Florestas, ao responder uma questão sobre ‘como lutar contra o mercado de madeira ilegal’. Ele teve como tema em sua palestra: ‘Manejo de Florestas naturais: o único uso sustentável para áreas florestais’.

“A recuperação das APPs, e áreas de reserva legal é fundamental, não só para conservação da biodiversidade e para reabilitação nesses processos ecológicos que ali ocorrem, mas também para produção, para as atividades econômicas das propriedades rurais. Portanto, como digo, qualquer tipo de atividade de restauração é fundamental, quando a gente pensa na atividade agropecuária, e aqui vamos dar foco para atividade florestal”, ressaltou Sandra Bos Mikich, pesquisadora na Embrapa/Florestas, que no evento falou sobre ‘Interdependência entre restauração florestal, biodiversidade, dispersão de sementes e polinização’.

Assista abaixo as palestras completas do 3º dia do Florestas Online:

Confira as edições anteriores no link abaixo:

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Escrito por: redação Mais Floresta.

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Exclusiva – 9º Florestas Online: saiba como foi o segundo dia de palestras do evento

O segundo dia de palestras abordou sobre competitividade no setor, controle de qualidade de mudas, e qualidade da madeira; confira

O Florestas Online – Primeiro Congresso Florestal Online do Brasil (https://florestasonline.com.br), chegou em sua 9ª edição, e trouxe com ele muitas novidades para agregar e promover o setor. O evento aconteceu entre os dias 14 a 18 de outubro, ao vivo no Canal do Youtube https://www.youtube.com/@FlorestasOnline, e contou com programação repleta de informação atualizada e relevante sobre o setor, promovida através da participação de renomados profissionais.

O Florestas Online é uma realização da Paulo Cardoso Comunicações (https://www.paulocardosocom.com.br/), e contou com parceria institucional da Embrapa Florestas (https://www.embrapa.br/florestas).

A robusta programação do evento, contou 22 palestrantes atuantes nas principais instituições e empresas do setor, trazendo conteúdos 100% focados ao tema central. O evento, que é gratuito e acontece na modalidade online e ao vivo, proporciona mais praticidade e liberdade aos participantes, foi transmitido no canal oficial do YouTube Florestas Online.

Entre os temas destaques, inovação e novas tecnologias na indústria de base florestal, mercado, manejo, indústria e gestão florestal, mudanças climáticas, estratégias para o enfrentamento a incêndios florestais e iniciativas que impulsionam o setor, fizeram parte do hall de palestras pensadas estrategicamente para o evento, garantindo informação de qualidade e atual.

Palestras – Dia 2

Cada palestrante contribuiu com informações que foram destaque nas palestras apresentadas no segundo dia:

“Cada vez mais temos que buscar a nossa competitividade com um olhar interno. Porque os problemas estruturais do setor a gente sabe que existe. Como por exemplo, a falta de mão de obra, a questão da lentidão na mecanização na silvicultura, questões climáticas… Então são questões que sim, temos uma equipe espetacular trabalhando nisso, estamos na vanguarda desse processo, atuando nas soluções. Mas de forma geral o que dá para fazer agora? Então, foi isso que a gente pensou quanto buscávamos um modelo de gestão onde pudéssemos avançar e sermos cada vez mais competitivos”, informou Márcio Veiga, diretor florestal da Veracel Celulose, em sua palestra: ‘Fator chave para impulsionar a competitividade’.

“A silvicultura é a base de tudo aquilo que nós almejamos produzir com grande qualidade evidentemente, através do controle de qualidade de mudas florestal. Atualmente acredito que o Brasil já tenha ultrapassado as 800 milhões de mudas produzidas em grande escala,  e nós temos que ver isso com um certo cuidado, sobre o ponto de vista de quais seriam os parâmetros que nós estamos utilizando para avaliar as qualidade dessa tão importante matéria-prima”, frisou Adalberto Brito, professor do curso de Engenharia Florestal – UESB (Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia), em sua participação, com o tema: ‘Controle de qualidade de mudas florestais’.

“O meu muito obrigado ao Paulo pelo convite, realmente é um grande prestígio estar aqui participando do Florestas Online, um evento do nosso setor que vai completar 10 anos, e que veio para ficar. E confesso também que, esses últimos anos que eu assistia o Florestas Online, não como professor ainda, muito contribuiu para mim, na parte profissional principalmente, sempre trazendo debates e discussões importantes dentro do campo da ciência florestal e de florestas plantadas”, destacou Humberto Eufrade Junior, professor ESALQ/USP, que falou no evento sobre: ‘A qualidade da madeira e suas interações com a silvicultura, indústria e produtos’.

Assista abaixo as palestras completas do 2º dia do Florestas Online:

Confira as edições anteriores no link abaixo:

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Exclusiva – Florestas Online: confira as palestras do primeiro dia do evento que atualiza e promove o setor

Primeiro dia do evento abordou sobre inovação e plano de desenvolvimento do setor, bem como estratégias de combate a incêndios por meio de sistemas tecnológicos; confira

O Florestas Online – Primeiro Congresso Florestal Online do Brasil (https://florestasonline.com.br), que aconteceu na última semana, entre os dias 14 a 18 de outubro, ao vivo no Canal do Youtube https://www.youtube.com/@FlorestasOnline, contou com programação repleta de informação atualizada e relevante sobre o setor, promovida através da participação de renomados profissionais. O evento consolida com sua 9ª edição, trazendo palestras exclusivas, e conteúdos técnicos para debates, sendo uma oportunidade única e que garante certificação para os participantes inscritos.

Nesta edição, o Florestas Online contou com mais de 3 mil inscritos, e uma robusta programação com 22 palestrantes de destaque, atuantes nas principais instituições e empresas do setor, trazendo conteúdos 100% focados ao tema central. O evento, que é gratuito e acontece na modalidade online e ao vivo, proporciona mais praticidade e liberdade aos participantes, foi transmitido no canal oficial do YouTube Florestas Online.

Inovação e novas tecnologias na indústria de base florestal, mercado, manejo, indústria e gestão florestal, mudanças climáticas, estratégias para o enfrentamento a incêndios florestais e iniciativas que impulsionam o setor, são alguns dos temas que fizeram parte do hall de palestras pensadas estrategicamente para o evento, garantindo informação de qualidade e atual. Confira alguns comentários dos palestrantes do primeiro dia do evento:

Palestras – Dia 1

Cada palestrante contribuiu com informações de destaque nas quatro palestras apresentadas no dia, confira:

“Abordamos sobre essa temática desse novo normal, em que em função de todas as mudanças que houveram em termos de temperatura de ciclos oceânicos, ciclos atmosféricos e que estão se manifestando. A gente tem hoje uma recorrência desses eventos e eles estão ficando além de mais recorrentes mais intensos”, alerta e destaca, Marcos Kazmierczak, Dr. em eventos extremos e fundador da KAZ Tech, que abordou no evento sobre: ‘Incêndios Florestais e Mudanças Climáticas: onde e quando?

“Primeiramente eu queria parabenizar pelo evento, pela da democratização da informação, é extremamente importante o combate da negligência das nossas ações em relação à crise climática como informação. Então basicamente é isso que esse evento concretiza. E nesta oportunidade, eu vim com uma proposta um pouco diferente, da palestra anterior, que é justamente falar um pouco mais sobre como nos tornarmos mais resilientes nessa questão dos incêndios, que estão aumentando, estão ficando cada vez mais destrutivos, maiores, com temperaturas cada vez mais altas, e com maior quantidade de material combustível também disponível por conta do aquecimento global, e as consequências são de fato exponenciais”, enfatizou Eimi Arikawa, diretora de receitas umgrauemeio, que teve como tema de sua palestra: ‘Combata incêndios com inteligência e tecnologia – PANTERA na prática’.

“Nossa palestra é para falar um pouco sobre um diagnóstico do setor de base florestal do Estado do Espírito Santo. Para que se fizesse esse diagnóstico tivemos que fazer dois trabalhos antes, que foi o dimensionamento do mercado capixaba de produtos florestais, feito em 2010, com 110 páginas – quem quiser entrar nas minúcias dele pode acessar o site oficial da Cedagro –, e depois em 2020 ele foi feito novamente, e nós vamos mostrar um pouco do que foi feito durante esse trabalho. Outro trabalho importante para que a gente chegasse a um plano de desenvolvimento florestal do Estado, foi o Plano Estratégico do Desenvolvimento da Agricultura, que é o PEDEAG de silvicultura que é o foi feito pela Secretaria da Agricultura em 2023, e também tá disponível o para ser baixado para quem tiver interesse”, disse Pedro Galvêas, pesquisador da Embrapa Florestas/Incaper, que no evento falou sobre: ‘Diagnóstico e Plano de Desenvolvimento Florestal do Estado do ES’.

“O Clube Ipê de Investimentos é uma desses sensores que estão olhando para essa frente de inovação no setor florestal. Então o tema da nossa palestra é efetivamente sobre a Innovatech e Clube Ipê, que são as empresas que trabalham efetivamente fazendo fomento de investimentos em startups do setor agroflorestal”, informou Jessica Santana Comério, gerente de inovação, processos e novos negócios no Grupo Innovatech, que levou ao Florestas Online o tema: ‘Filius Venture e Clube Ipê, uma Experiência de Inovação Aberta’.

 Assista abaixo as palestras completas do 1º dia do Florestas Online:

O Florestas Online é uma realização da Paulo Cardoso Comunicações (https://www.paulocardosocom.com.br/), e contou com parceria institucional da Embrapa Florestas (https://www.embrapa.br/florestas).

Confira as edições anteriores no link abaixo:

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Escrito por: redação Mais Floresta.

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Pesquisadora da Embrapa Florestas é coautora da 2ª edição do livro “Insetos do Brasil: Diversidade e Taxonomia”

No ano de 2024, o Instituto Nacional de Pesquisa da Amazônia (INPA) apresentou ao público a segunda edição do livro “Insetos do Brasil: Diversidade e Taxonomia”. Esta obra, considerada fundamental para o entendimento científico da entomologia brasileira, consiste em 43 capítulos repletos de informações atualizadas, sendo uma fonte indispensável para laboratórios de pesquisa, cursos de graduação e pós-graduação. Dentre os colaboradores desta edição, destaca-se a contribuição da pesquisadora Dalva Luiz de Queiroz, da Embrapa Florestas, que abordou o tema da Ordem Hemiptera no capítulo 25, concentrando-se nos psilídeos (Psylloidea). O livro está disponível em Acesso Aberto no repositório do INPA.

Após doze anos desde o lançamento da primeira edição, a segunda edição surge ampliada e revisada, contando com a expertise de 97 autores especialistas provenientes de diversas instituições brasileiras. Os textos desta obra abrangem uma variedade de tópicos, desde informações gerais sobre morfologia, biologia e classificação até aspectos relacionados à importância agrícola, médica e veterinária dos insetos. Destaca-se também a ênfase na identificação das 28 ordens e 679 famílias de insetos registradas no Brasil, acompanhadas por aproximadamente 1.800 figuras ilustrativas.

Psilídeos: uma breve descrição

Os psilídeos, pequenos insetos com cerca de 2 mm de comprimento, habitam principalmente as brotações novas das plantas e podem ser considerados pragas em diversas culturas de importância econômica, tais como citrus, eucaliptos, mogno australiano, batata, entre outras. Pertencentes à subordem Sternorrhyncha da Ordem Hemiptera Linnaeus, tema do capítulo 25 do livro, os psilídeos se somam aos pulgões, mosca branca e cochonilhas nesse grupo taxonômico. O capítulo foi coordenado pela pesquisadora Vera Regina dos Santos Wolff. Na seção que trata da subordem Sternorrhyncha, a Dra. Ana Lucia B. G. Peronti abordou os Aleyrodoidea (moscas-brancas) e os Aphidoidea (pulgões); a Dra. Vera Regina dos Santos Wolff discorreu sobre os Coccoidea (cochonilhas); enquanto a Dra. Dalva Luiz de Queiroz e o Dr. Daniel Burckhardt contribuíram com informações sobre os Psylloidea (psilídeos).

Informações: Embrapa Florestas.

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Livro sobre a Teca no Brasil é o terceiro mais baixado da Embrapa em 2023

O livro “Teca (Tectona grandis L. f.) no Brasil“, lançado em 22/06/23, pela Embrapa Florestas, alcançou a posição de terceira publicação mais baixada no Portal da Embrapa, dentre as obras lançadas de 24 de abril de 2023 até 24 de abril de 2024, com 5.800 downloads realizados. Esses dados estatísticos foram gerados pelo Sistema Embrapa de Bibliotecas-SEB e destacam a relevância desta obra que reúne distintos aspectos desta espécie de madeira nobre e altamente valorizada no mercado internacional. Com mais de 700 páginas, divididas em 18 capítulos, escritos por 47 autores, o livro oferece um extenso e detalhado acervo de conhecimentos científicos sobre a cadeia produtiva da teca no Brasil. Disponibilizado em formato digital, o livro está acessível para download gratuito, abordando temas  que vão desde a caracterização botânica e os requerimentos ambientais da espécie até aspectos como melhoramento genético, produção de mudas, silvicultura e manejo, além de questões econômicas e de certificação florestal.

Francisca Rasche, bibliotecária da Embrapa Florestas, explica que toda produção técnica e científica da Embrapa é registrada pelas equipes do Sistema Embrapa de Bibliotecas (SEB) no sistema Ainfo. As obras de acesso aberto, quando catalogadas no Ainfo são disponibilizadas com o arquivo digital na Base de Dados da Pesquisa Agropecuária (BDPA) e no Portal da Embrapa. “De acordo com o caráter da obra, seguem para um dos repositórios. Aquelas de caráter técnico, seguem para a Infoteca-e, já as de caráter científico para o Alice”, explica. No caso do livro da Teca, além dos 5.800 downloads pelo Portal da Embrapa, foram mais 672 downloads pelo Alice. Ou seja, a obra já conta com quase 6.500 downloads.

“O livro sobre a Teca no Brasil pode ser acessado nos três repositórios (BDPA, Portal da Embrapa e Alice), e esta ampla distribuição nos repositórios permitiu impulsionar os downloads. Além disso, os usuários nem sempre buscam estes repositórios para atender suas dúvidas, muitos usam buscadores como Google, onde a produção registrada e disponibilizada está indexada por meio dos repositórios, portanto, acessível”, acrescenta Rasche.

Cristiane Fioravante, pesquisadora da Embrapa Florestas e uma das editoras técnicas do livro, dos outros pesquisadores Edilson Batista de Oliveira e Alisson Moura Santos, expressa sua satisfação com a notícia de que o livro “Teca (Tectona grandis L. f.) no Brasil foi a terceira publicação mais baixada no Portal da Embrapa no ano de 2023. “Essa é uma conquista valiosa que reflete a expressiva colaboração de todos os envolvidos na elaboração e na divulgação desta publicação que traz um acervo importante de informações para a Cadeia Produtiva da Teca”, comemora.

Guilherme Schnell e Schuhli, chefe de Pesquisa e Desenvolvimento da Embrapa Florestas acredita que o número grande de acessos ao texto do livro sinaliza também coerência entre o que é oferecido em termos de orientação técnica com a necessidade do setor florestal. “É um sinal importante de que a ciência promovida pela Embrapa Florestas continua oferecendo diferencial desde o momento da escolha da espécie, passando pelas providências de material de propagação, implantação, manejo, colheita, processamento e outras dimensões que aparecem no livro. Logo, a obra se confirma como valiosa em manter em evidência nosso comprometimento com a sociedade brasileira na produção florestal sem perder de vista a conservação e valorização de nossa biodiversidade”, diz.

Os editores agradecem, de maneira especial a todos os autores do livro e suas respectivas instituições: Arboreo.net; Associação de Reflorestadores de Mato Grosso (Arefloresta – MT); AssisTech Ltda; Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa); Forest Stewardship Council (FSC Brasil); Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Mato Grosso (IFMT); Klabin S.A.; Neocert, Proteca – 4M Agroflorestal; Teak Resources Company (TRC); STCP Engenharia de Projetos Ltda; Universidade de Cuiabá (Unic); Universidade do Estado de Mato Grosso (Unemat); Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes); Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT); Universidade Federal do Paraná (UFPR), Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ); Universidade Federal de Uberlândia (UFU) e Universidade Federal de Viçosa (UFV). Agradecemos também a International Teak Information Network (Teaknet) e a International Union of Forest Research Organizations (IUFRO) que gentilmente se dispuseram em divulgar a nossa publicação por vários países.

Confira abaixo os livros produzidos pela Embrapa, de abril de 2023 até 2024 com o maior número de Downloads

TOP 10

TítuloLançamentoDownloadsODSURLIDUnidade
Adubação verde e plantas de cobertura no Brasil: fundamentos e prática (2 volumes) – 2. ed. rev. e atual.19/04/202315.5312[Link v.1] [Link v.2]1161208
1161212
CPAO
Cultivo de baunilha: práticas básicas.31/10/202310.089 [Link]1160690CENARGEN
Teca (Tectona grandis L. f.) no Brasil.03/07/20235.8008, 12, 15 e 17[Link]1154566CNPF
Entendendo a matéria orgânica do solo em ambientes tropical e subtropical.14/04/20234.547 [Link]1153147CNPMA
Informações técnicas para trigo e triticale: safra 2023.05/05/20234.484 [Link]1153536CNPT
Guia de plantas do cerrado para recomposição da vegetação nativa – 2. ed. rev. ampl.11/08/20234.392 [Link]1146331CPAC
Castanha-da-amazônia: estudos sobre a espécie e sua cadeia de valor (4 volumes)28/08/20234.2882, 3, 8, 11, 12, 13 e 17[Link v.1] [Link v.2] [Link v.3] [Link v.4]1155392
1155395
1155399
1155401
CPAF-RO
Glossário de fitopatologia – 4. ed. rev. e atual.02/05/20234.265 [Link]1153468CPAA
Pães, bolos e biscoitos sem glúten: receitas fáceis e saborosas.20/12/20233.866 [Link]1160157CTAA
Sementes: o produtor pergunta, a Embrapa Responde (Coleção 500 perguntas 500 respostas).16/05/20233.489 [Link]1153777CENARGEN

Informações: Embrapa Florestas.

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Integração Lavoura-Pecuária-Floresta em Goiás é um dos casos de sucesso do Balanço Social 2023 da Embrapa

A Integração Lavoura-Pecuária com a adição do “F”, o componente florestal, no estado de Goiás, tem se mostrado uma forma inovadora de condução das atividades na propriedade rural, ao proporcionar aumento da rentabilidade, da sustentabilidade e diversificação das fontes de renda. O território goiano possui quase 65% de áreas com algum grau de degradação e com baixa rentabilidade, que podem ser melhor aproveitadas, recuperadas e ter sua produção otimizada. Um exemplo deste trabalho ocorreu na fazenda Boa Vereda, de Abílio Pacheco, pesquisador da Embrapa Florestas e produtor rural.

A introdução do componente florestal resultou em diversificação da renda na propriedade rural, com a produção de madeira, e ainda gerou serviços ambientais, com a mitigação dos efeitos de gases de efeito estufa. Este caso de sucesso da Embrapa Florestas compõe a lista de tecnologias, produtos e serviços do Balanço Social da Embrapa 2023, que será lançado, no dia 25 de abril, no aniversário de 51 anos da Embrapa e que contará com a presença do Presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva.

Os sistemas de integração se constituem em um modelo de exploração versátil que possibilita consorciar os componentes agrícola, arbóreo e animal, de maneira simultânea ou sequencial no tempo e no espaço, em caráter temporário ou permanente, com benefícios econômicos, ambientais e sociais. Esses sistemas são reconhecidos por permitir a diversificação de atividades, diminuir os riscos e aumentar a produção agropecuária e florestal, além de garantir conforto aos animais. 

Devido aos resultados promissores de aumento da rentabilidade e da sustentabilidade ocorridos na Fazenda Boa Vereda, o trabalho foi expandido para a Fazenda Varjão/Macaúba, ambas na região sudoeste do estado de Goiás. Tais propriedades eram casos típicos de condução de pecuária de corte tradicional, com rentabilidade econômica muito baixa, além de serem compostas por pastagens com considerável grau de degradação, como grande parte das propriedades na região. 

Buscou-se trabalhar de forma que Boa Vereda e Macaúba se tornassem unidades de referência tecnológica (URT) da Embrapa e exemplos de modelo de negócios factível a pequenas, médias e grandes propriedades. O componente florestal recebeu bastante atenção no sistema adotado e, tendo sido testadas várias configurações de arranjos do sistema, em especial, quanto ao arranjo espacial das árvores, de forma a se aprimorar o sistema e a amenizar a baixa produtividade da pastagem dentro dos renques de eucaliptos. 

Assim, ao longo dos anos, essas URTs têm funcionado como uma plataforma de geração ações de pesquisa, desenvolvimento e inovação (PD&I) e de transferência de tecnologia (TT). Atualmente, a tecnologia se expandiu para cerca de 120 propriedades rurais do sudoeste de Goiás, com a parceria da extensão rural e outras instituições. 

Em paralelo, diversos trabalhos de pesquisa foram realizados nas áreas, especialmente dissertações de mestrado e teses de doutorado que, com isso, geraram dados e informações seguras sobre os resultados da adoção da tecnologia. Além disso, um amplo programa de transferência de tecnologia tem sido realizado junto a produtores rurais e formadores de opinião em parceria com a Emater/GO. As URTs recebem, anualmente, eventos como dias de campo e visitas de caravanas de produtores rurais, órgãos nacionais e internacionais interessados em conhecer a ILPF e os benefícios do manejo do componente florestal.

Informações: Embrapa Florestas.

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