Setor florestal brasileiro se consolida entre os mais produtivos e sustentáveis do mundo

Com base na CNA, atualmente o Brasil possui aproximadamente 10 milhões de hectares de florestas plantadas. Desse total, o eucalipto responde por cerca de 76%, com destaque para os estados de Minas Gerais, São Paulo, Bahia e Mato Grosso do Sul. A maior parte dos plantios está localizada em áreas já antropizadas, o que reduz a pressão sobre a vegetação nativa e reforça a importância ambiental da silvicultura como alternativa sustentável.

O país é referência mundial em produtividade florestal, resultado de investimentos contínuos em pesquisa, manejo e melhoramento genético.

O eucalipto brasileiro alcança médias entre 35 e 40 metros cúbicos por hectare ao ano, com ciclos de corte que variam entre seis e sete anos, desempenho superior ao de outros grandes produtores internacionais. Essa vantagem competitiva sustenta o Brasil como o segundo maior produtor e o principal exportador de celulose do planeta.

A versatilidade do eucalipto também o coloca no centro da transição energética. A partir dele se produz o carvão vegetal utilizado na siderurgia verde, substituindo fontes fósseis e contribuindo para a redução das emissões de carbono.

Desafios como a elevação dos custos logísticos

Produção florestal brasileira
Foto: Envato

Apesar dos avanços, o setor enfrenta desafios como a elevação dos custos logísticos e de produção, a carência de mão de obra qualificada e a instabilidade do mercado global. Ainda assim, as perspectivas são positivas, impulsionadas pelo crescimento da demanda por celulose de origem sustentável e pela valorização de produtos de menor impacto ambiental.

Na composição dos custos florestais, distinguem-se duas grandes categorias: fixos e variáveis. Entre os fixos estão os gastos com terras, implantação dos talhões, depreciação de máquinas e manutenção de infraestrutura. Já os variáveis englobam insumos, mão de obra e colheita.

A silvicultura brasileira apresenta um diferencial importante, a diluição dos custos fixos à medida que a produtividade aumenta. Em termos práticos, quanto maior o volume de madeira colhido por hectare, menor o custo médio de produção.

Essa relação direta entre produtividade e eficiência fortalece a viabilidade econômica da atividade, tornando os investimentos mais atrativos e sustentáveis. No caso do eucalipto, essa vantagem é ainda mais expressiva, já que os ciclos são curtos e o crescimento acelerado garante retorno financeiro em prazos menores.

A análise de desempenho regional mostra que, ao comparar o custo de formação com o incremento médio anual, Cristalina (GO) apresenta eficiência econômica mais que duas vezes superior à de Curvelo (MG).

Essa diferença decorre não apenas da produtividade, mas também de fatores locais como clima, escala produtiva, tecnologia aplicada e disponibilidade de mão de obra.

Informações: AGRO2.

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