Papel e celulose: setor encerra o ano em cenário bastante positivo

Após enfrentar um 2020 muito ruim, grandes empresas recuperaram a lucratividade e recompõem a margem dos produtos

Em 2020, o setor papeleiro enfrentou momentos muito críticos em relação à demanda de mercado e aquisição de matéria prima. O fechamento das indústrias e o panorama econômico nada positivo, os empresários tiveram de reinventar seus negócios.

E cumpriram a missão. As estimativas para o fechamento do ano são bem positivas este ano, pincipalmente em consequência da movimentação conquistada no segundo semestre. Dados da Indústria Brasileira de Árvores (IBA) apontam que as exportações do setor aumentaram 4,3%, alcançando 11,3 milhões de toneladas fabricadas.

A estimativa é de que esse crescimento se mantenha nos próximos anos. Até 2023, está prevista a ampliação de plantios, fábricas e novas unidades, totalizando um investimento em todo o país de R$ 35,5 bilhões.

Neste ano, a indústria de base florestal deve responder por cerca de US$ 10 bilhões, o que corresponde a um sexto do superávit da balança comercial brasileira. E uma das causas para esse incremento está no aumento da demanda do comércio eletrônico e do delivery.

Apesar da liberação no comércio das atividades presenciais, as vendas online seguem a todo vapor. Portanto, a procura do mercado por caixas e sacolas não para.

Área industrial. Foto: Divulgação

No ano passado, o setor enfrentou a falta de insumos e teve a produção bastante prejudicada, o que causou aumento os preços dos produtos. E somou-se a isso, a disparada do dólar.

Assim, mesmo com aumento nos custos de insumos de até 80% em alguns casos, os grandes produtores de celulose e papel puderam recuperar a lucratividade perdida nos anos anteriores e recompor a margem dos produtos. Além disso, nos últimos tempos, houve grande migração do plástico para o papel.

Suzano

O balanço deste ano da gigante da celulose no Espírito Santo ficou para 2022. Seis meses depois de inaugurar a unidade de Cachoeiro de Itapemirim, a fábrica registrou recorde trimestral de caixa operacional, desde a constituição da empresa, em 2019, em Aracruz.

Referência global na fabricação de bioprodutos desenvolvidos a partir do cultivo de eucalipto, a Suzano só deve divulgar no final de janeiro ou em fevereiro de 2022, o balanço referente ao quarto trimestre de 2021.

Os dados mais recentes, relacionados ao terceiro trimestre, apontam uma geração de caixa operacional de R$ 5,2 bilhões, novo recorde trimestral desde a constituição da Suzano S.A., em janeiro de 2019. No período de 12 meses, encerrados em setembro, a geração de caixa operacional totalizou R$ 17 bilhões.

Suzano Cachoeiro de Itapemirim, área de armazenagem. Foto: Suzano/Divulgação

De acordo com a assessoria da fábrica, O EBITDA ajustado, outro importante indicador da saúde financeira, atingiu o patamar inédito de R$ 6,3 bilhões. A elevação do EBITDA ajustado, associada à nova queda da dívida líquida para US$ 10,7 bilhões, fez com que a relação entre dívida líquida e EBITDA ajustado encerrasse o trimestre em 2,7 vezes em dólar. Com isso, a companhia conclui o ciclo de desalavancagem financeira pós-fusão com a antiga Fibria e inicia uma nova etapa de expansão com a construção de uma fábrica de celulose no município de Ribas do Rio Pardo, em Mato Grosso do Sul.

Os resultados reportados pela Suzano nos últimos trimestres reforçam a competitividade e o potencial de geração de caixa da companhia. “Esse novo recorde trimestral foi alcançado a despeito das pressões inflacionárias, sobretudo, em commodities e dos desafios logísticos que têm marcado o comércio internacional em 2021”, afirma o presidente da Suzano, Walter Schalka.

O resultado do período foi impulsionado pelo forte volume de vendas em todos os negócios, no segmento de celulose, foram comercializadas 2,7 milhões de toneladas. O patamar de estoques da companhia continua abaixo do nível considerado desejado do ponto de vista operacional. No segmento de papéis, as vendas totalizaram 337 mil toneladas, acima do volume registrado no terceiro trimestre de 2019, antes do início da pandemia.

Papel celulose: Foto: Divulgação

A receita líquida da Suzano totalizou R$ 10,8 bilhões, entre julho e setembro. Na última linha do balanço, o movimento de desvalorização do real frente ao dólar no fechamento do trimestre foi o fator determinante para o resultado líquido negativo de R$ 959 milhões. Tal efeito é meramente contábil e explicado, principalmente, pelo saldo da dívida contratada em dólar, quando convertida para reais.

Nova fábrica

Cachoeiro de Itapemirim, no sul do Espírito Santo ganhou, em março de 2021, a Unidade de Conversão de Papel da Suzano. “Ela vem operando conforme o previsto. É responsável por converter bobinas de papel em rolos de papel higiênico das marcas Mimmo e Max Pure, distribuídos principalmente na região Sudeste. A capacidade de produção é de 30 mil toneladas/ano, o que equivale a uma produção diária de 15 mil fardos ou 1 milhão de rolos”, relata o gerente executivo industrial, Fabricio José da Silva.

Fonte: Suzano

No norte do Estado, a Suzano mantém em Aracruz a fábrica de celulose com capacidade para produzir 2,3 milhões de toneladas/ano. A empresa gera cerca de 2100 empregos diretos no Espírito Santo e mantém um programa de investimentos sociais. Nessa área, os projetos contemplam o fortalecimento da agricultura familiar, o empreendedorismo e o aprimoramento da educação na rede pública de ensino. Só a título de ilustração, o Programa de Desenvolvimento Rural Territorial (PDRT), beneficia mais de 740 famílias onde a Suzano atua.

Fabrício destacou que, no início da pandemia, a Suzano assumiu o compromisso de não diminuir o efetivo, nem reduzir salários dos funcionários e vem mantendo o nível de emprego.

Fonte: ESBrasil

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