O potencial da madeira paraguaia no mercado global

A Fepama destaca o crescimento do setor madeireiro com investimento estrangeiro e a meta de três milhões de hectares de floresta para transformar a economia

O Paraguai está vivenciando um forte crescimento em sua indústria madeireira, impulsionado por políticas favoráveis e pela crescente demanda internacional. A Federação Paraguaia de Madeireiros destaca uma perspectiva promissora, com 250.000 hectares florestais gerando US$ 100 milhões em exportações até 2024, adicionando entre 30.000 e 40.000 hectares adicionais anualmente. O presidente da Fepama, Manuel Jiménez Gaona, observa que investidores estrangeiros e produtores nacionais estão concentrando seus investimentos em reflorestamento e industrialização de madeira. O arcabouço legal estável e incentivos como desmatamento e créditos de carbono criam um ambiente atraente para o capital internacional. A estratégia de aceleração econômica para 2035 do Ministério da Indústria e Comércio coloca a indústria madeireira como sua terceira prioridade estratégica. O plano projeta que o setor contribuirá com US$ 775 milhões para a economia, impactando o PIB em US$ 818 milhões e gerando 67.000 novos empregos.

As exportações de produtos florestais em 2024 atingiram US$ 100 milhões, sendo 80% correspondentes a carvão vegetal e 20% a madeira em diversas formas. O mercado interno continua sendo o principal consumidor, especialmente no segmento de energia para caldeiras e secadores industriais de grãos.

Cerca de 98% da madeira processada provém de plantações de eucalipto, demonstrando a mudança para uma produção sustentável sem pressão significativa sobre as florestas nativas. As plantações estão distribuídas por toda a região Leste, de Concepción e Amambay a Itapúa e Ñeembucú, com um potencial de 3 milhões de hectares.

O setor florestal gera aproximadamente 20.000 empregos diretos e mais de 60.000 indiretos, especialmente em áreas rurais, tornando-se um motor do desenvolvimento econômico descentralizado. Nos últimos cinco anos, atraiu mais de US$ 200 milhões em investimentos privados para serrarias, usinas de biomassa e incubadoras tecnológicas.

As exportações demonstram um dinamismo significativo com três produtos principais: carvão vegetal para Alemanha, Reino Unido e Estados Unidos; compensados para Portugal, Estados Unidos e Itália; e madeira serrada, principalmente para a China, que se consolidou como um destino estratégico, com US$ 1,15 milhão somente em exportações.

O principal desafio atual é a adaptação à Regulamentação 1115 da União Europeia, que exige rastreabilidade e certificação ambiental. A Fepama garante que os registros precisos do Instituto Nacional de Florestas (NIF) permitem atender aos requisitos internacionais, mantendo os mercados dos Estados Unidos, Brasil, Argentina, Uruguai e Europa como destinos estratégicos.

Informações: ABC Color.

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