Acordo técnico marca início de colaboração estratégica para fortalecer Unidades de Conservação Federais e promover uso sustentável do solo
Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) e a Coalizão Brasil assinaram um Acordo de Cooperação Técnica (ACT) com o objetivo de desenvolver ações conjuntas para promover a silvicultura de espécies nativas em escala nacional. O foco principal é a valorização das Unidades de Conservação (UCs) e a integração dessas áreas com o setor produtivo.
A cerimônia de assinatura, realizada no último mês, contou com a presença do presidente do ICMBio, Mauro Pires, e do coordenador-geral do Centro Nacional de Conservação da Biodiversidade (CBC), Alexandre Sampaio. Pela Coalizão, participaram o cofacilitador Fernando Sampaio, a gerente-executiva Carolle Alarcon e a consultora de projetos Elisa Stefan.
O ACT prevê o mapeamento de áreas degradadas, a implantação de áreas demonstrativas em Unidades de Conservação federais e a capacitação de analistas ambientais em restauração ecológica e silvicultura de nativas. A iniciativa também busca ampliar o conhecimento sobre os passivos ambientais nas UCs federais e indicar essas áreas para projetos de recuperação e uso sustentável.
Segundo Alexandre Sampaio, o desafio de conservar a sociobiodiversidade em escala nacional exige uma atuação articulada entre diferentes setores. “As UCs geridas pelo ICMBio estão cada dia mais ilhadas em uma paisagem de degradação, e nossa capacidade é muito pequena para interagir eficazmente com o setor produtivo e promover ações de mudança”, afirmou.
Sampaio aponta a silvicultura de espécies nativas e a restauração ecológica como soluções promissoras para conectar propriedades rurais às áreas protegidas, além de prover serviços ambientais essenciais à sustentabilidade do agronegócio. A proposta é iniciar a silvicultura de nativas dentro das Florestas Nacionais e, a partir daí, expandir a prática, incentivando proprietários de áreas próximas a adotarem a atividade.
A parceria também contribui para o avanço do Plano Nacional de Recuperação da Vegetação Nativa (Planaveg) e para o alcance de suas metas. “A atuação isolada do poder público tem pouca possibilidade de impacto. A Coalizão, por meio da agenda da silvicultura de nativas, pode gerar benefícios concretos para as UCs e para a promoção de um uso do solo mais sustentável”, reforçou o coordenador do CBC.
Para os representantes do ICMBio e da Coalizão, o acordo de cooperação técnica é o início de uma colaboração de longo prazo, com potencial para se expandir para outras agendas estratégicas relacionadas à conservação, restauração e ao uso sustentável da biodiversidade.








