Google fecha acordo para reflorestar Amazônia

Parceria com a brasileira Mombak prevê remoção de 200 mil toneladas de CO₂ e marca o maior contrato de carbono já firmado pela big tech

O Google anunciou nesta quinta-feira (6) seu maior contrato de remoção de carbono até agora ao fechar parceria com a Mombak, startup brasileira especializada em reflorestamento de áreas degradadas na Amazônia. O acordo prevê a compensação de 200 mil toneladas de CO₂ e torna a empresa brasileira a principal fornecedora de créditos de carbono da big tech.

A iniciativa ocorre às vésperas da COP30, em Belém (PA), e reforça o papel do Brasil no mercado global de soluções climáticas baseadas em natureza. A empresa não revelou o valor da negociação.

A Mombak restaura antigas áreas de pastagem com espécies nativas e monitoramento de longo prazo, modelo considerado mais confiável do que projetos tradicionais de preservação florestal. Segundo o Google, a escolha se baseou em critérios de rastreabilidade, impacto social e segurança científica.

Randy Spock, líder global de créditos de carbono do Google, afirmou que o reflorestamento se tornou peça-chave para compensar as emissões geradas por data centers usados para treinar e operar sistemas de inteligência artificial. As emissões indiretas da empresa triplicaram desde 2020, superando 3 milhões de toneladas de CO₂ em 2024.

O acordo também é o primeiro a atender aos parâmetros da Symbiosis Coalition, aliança criada por Google, Meta, Microsoft, Salesforce e McKinsey para contratar 20 milhões de toneladas de créditos até 2030, com padrões mais rígidos de validação.

A demanda crescente por créditos de alta rastreabilidade vem elevando o valor do mercado de carbono brasileiro, que já ultrapassa US$ 100 por tonelada em alguns contratos.

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