Exclusivo – Período de fortes chuvas no Sul do país afeta significativamente exportação de madeira

Um dos maiores portos exportadores, o porto de Navegantes (SC), enfrentou um fechamento prolongado de 21 dias em outubro; consequências se prolongam na região

As chuvas intensas dos últimos meses na região Sul do país provocaram inúmeros prejuízos e estragos na região, bem como atrasos significativos e interrupções nas operações de exportação de madeira. A exemplo, o fechamento prolongado de um dos maiores portos exportadores por 21 dias em outubro resultou em desafios operacionais, custos adicionais com armazenagem e Detention – período de tempo em que o contêiner fica em posse do exportador –, e impactou negativamente o fluxo regular de exportação. As exportações em andamento foram interrompidas, e os exportadores tiveram que lidar com custos extras que, em alguns casos, superaram o valor da própria carga.

Para falar do assunto, o Mais Floresta (www.maisfloresta.com.br) entrou em contato com Giullian Fernanda da Silva, Co-founder da WoodFlow, que nos passou o real cenário da situação.

Quais as regiões e portos mais afetados?

O sul do país foi a região mais impactada pelas chuvas intensas, e um dos maiores portos exportadores, o porto de Navegantes (SC), enfrentou um fechamento prolongado de 21 dias em outubro. Não há informações específicas sobre outros portos, mas empresas exportadoras que puderam, transportaram suas cargas para outros portos da região, como Imbituva, Itapoá e Paranaguá, buscando alternativas diante da situação crítica. Como o volume operado em Navegantes é muito grande, um dos maiores do Brasil, o impacto gerado com o fechamento foi enorme. E os outros portos não estavam preparados para receber um aumento repentino de cargas, tanto de exportação como importação.

Quais as consequências socioeconômicas desse impacto para a região?

As consequências socioeconômicas incluem prejuízos financeiros para os exportadores de madeira, que tiveram que arcar com custos adicionais significativos devido aos atrasos e interrupções nas operações. Além disso, o fechamento prolongado do porto afetou toda a cadeia logística, gerando custos extras para armazenagem e Detention. Esses impactos financeiros podem se estender a outras partes da economia local, considerando a interrupção das exportações e o encadeamento de setores relacionados.

Mediante este cenário, qual a atual situação, agora em dezembro?

Em geral, final de ano é sempre marcado por um cenário desafiador e caótico em termos logísticos para os exportadores de madeira. Importadores não querem receber cargas durante os feriados de final de ano e as fábricas fecham para férias coletivas. Somado a isso, esse ano tivemos atrasos significativos e congestionamento nos terminais portuários impactado pelas chuvas intensas, e transportar as cargas para outros portos da região, como medida de contingência gerou uma sobrecarga em outros terminais. Portanto, o acúmulo de problemas logísticos, aliado aos custos extras mencionados, transformou o ambiente operacional muito desafiador para as empresas exportadoras de madeira. Essa complexidade logística pode ter impactos não apenas nos resultados financeiros das empresas, mas também na cadeia de suprimentos como um todo, afetando outros setores econômicos interligados.

O que esperar para os primeiros meses de 2024, na exportação de madeira no sul do país?

Considerando as estratégias mencionadas pelos exportadores para lidar com os desafios, pode-se esperar que busquem continuar implementando medidas de eficiência operacional, renegociação de contratos e otimização logística para mitigar custos adicionais e manter a competitividade no mercado internacional. Seguimos esperando poder recuperar os prejuízos, mas a situação também dependerá das condições climáticas futuras e de como a região se recuperará dos impactos das chuvas intensas.

Perceiros Woodflow

Mesmo com todos esses eventos é possível criar um planejamento de custos e a WoodFlow pode ser aliada nesse quesito. “Somos especialistas em negociações de madeira internacionalmente, posicionando os produtos brasileiros de forma assertiva lá fora. Além disso, com o suporte da WoodFlow, o exportador acompanha passo a passo a entrega do produto, desde os documentos até os custos com os portos e órgaos”, informa Giulian.

Sobre a WoodFlow

A WoodFlow é uma plataforma online especializada na exportação de madeira brasileira. Com conhecimento técnico especializado, seleciona os melhores produtores, realiza o processo de cotação e negociação e oferece rastreabilidade e transparência no acompanhamento dos pedidos. Mais do que um portal, a WoodFlow conecta importadores do mercado global com produtores brasileiros. Saiba mais em: https://www.woodflow.com.br/

Escrito por: redação Mais Floresta.

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