A Expedição Silvicultura segue em ritmo acelerado em sua fase de conclusão, solidificando o maior e mais detalhado mapeamento florestal do país. Após o sucesso da etapa em Colombo, no Paraná, a jornada inédita seguiu para Santa Catarina, onde o oitavo evento presencial da série de nove foi realizado com êxito em Lages, no dia 31 de Outubro.
O encontro em Lages, um polo estratégico da silvicultura catarinense, reuniu líderes, produtores e técnicos em um ambiente de intenso debate e troca de conhecimento. O foco desta fase final da Expedição é capturar os dados cruciais da produtividade na Região Sul, fundamental para um setor que busca competitividade e inovação contínua.





Bruno Montibeller, sócio da Canopy Remote Sensing Solutions e coordenador geral do projeto, fez um balanço da etapa Sul e destacou os objetivos da pesquisa em capturar dados detalhados para elevar a competitividade do setor:
“A recepção no Sul tem sido excelente, assim como nas demais regiões do país. Nesta fase, estamos entrando em uma área de maior adensamento florestal e com a forte presença do pinus, uma realidade menos comum nos estados pelos quais já passamos. A demanda por dados sobre essa cultura é latente. Para garantir a qualidade, mantemos o mesmo protocolo e padrão de coleta de dados, tanto para eucalipto quanto para o pinus, que é o nosso foco estratégico aqui no Sul, já que os estados dessa região concentram cerca de 89% de todo o estoque nacional mapeado.
Além disso, estamos buscando atender à demanda do setor por informações de produtividade em áreas de pequena e média propriedade – uma característica da estrutura fundiária, especialmente do Planalto Catarinense e Gaúcho. Nossa metodologia de coleta é adaptada para essas propriedades, e o volume de informações levantado nos permitirá retornar a campo e monitorar esses indicadores de forma contínua. A proposta é que a Expedição se estabeleça como um inventário anual, criando uma série histórica de dados para o setor”.

Dados de alta qualidade para decisões assertivas
A etapa de Lages reforçou o formato consagrado da Expedição: a combinação de palestras técnicas com a apresentação de dados inéditos do setor, painéis sobre políticas públicas e discussões sobre as mais recentes inovações em manejo florestal sustentável.
A importância desta iniciativa é amplamente reconhecida pelos parceiros, que veem na geração de informações de alta qualidade a chave para o avanço do setor. A proposta da Expedição é ir além do inventário tradicional, utilizando tecnologias de ponta para digitalizar e otimizar a coleta de dados, permitindo uma visão mais aprofundada da produtividade.
Como ressaltado por especialistas envolvidos no projeto, o objetivo final é cruzar esses dados de produtividade com fatores como a tipologia de solo e os arranjos produtivos, permitindo que as decisões dos gestores e produtores se tornem cada vez mais assertivas. Os insights gerados pelos encontros regionais, como o de Lages, são vitais para maximizar a produtividade e fortalecer a presença dos silvicultores no cenário nacional.
“Essa volta pelo Brasil, mostrando e coletando dados, é algo crucial para o setor. A gente ainda tem muita falta de informação, e acredito que esses dados que estão sendo coletados serão importantes para as empresas na tomada de decisão. São dados mais precisos para que eles possam trabalhar. Igualmente importante é o compartilhamento dessas informações com a academia, empresas e o público em geral. Este intercâmbio é vital para o desenvolvimento do setor florestal brasileiro, e certamente auxiliará de forma substancial nas pesquisas de todos dos nossos, e de todos programas de Pós-Graduação e Engenharia Florestal do país”, ressaltou Philipe Soares, professor UDESC, destacando o valor acadêmico dos dados coletados.

“Achei a iniciativa da Expedição muito interessante e de extrema importância para o setor. Ela trará uma realidade atual e detalhada do estoque de florestas e da sua sanidade, abrangendo um range de variação climática e de condição ambiental muito significativo. Isso nos dará uma base essencial para a discussão de níveis de produtividade e do status geral da silvicultura em um nível detalhado. É um trabalho muito legal; parabéns pela iniciativa!”, pontuou James Stahl, pesquisador da Klabin, evidenciando o uso prático dos dados pela indústria.

“Em primeiro lugar, parabéns pela iniciativa! É algo que o Setor Florestal estava necessitando: esse trabalho aprofundado de desenvolvimento e a conexão entre diferentes clusters de produção. Apesar das diferenças regionais, todas as áreas estão tratando do mesmo assunto: a floresta plantada no Brasil. É um setor que tem uma visão de longo prazo e, mesmo tendo sofrido questões políticas recentes, a conexão entre diferentes entidades — seja a iniciativa privada, a academia ou o setor governamental — é de extrema importância. Trabalhar em conjunto nesse sentido, focado na inovação e trazendo novas perspectivas, mas também o acompanhamento a longo prazo, é essencial para o desenvolvimento setorial”, frisou Gil Pletsch, CEO da Quiron Digital, reforçando a importância da colaboração multissetorial e da inovação.

Reta final em Porto Alegre
Com a etapa catarinense concluída, a Expedição Silvicultura se prepara para o seu nono e último compromisso presencial. A jornada de levantamento de dados, que percorreu 14 estados responsáveis por 98% da área plantada no Brasil, será coroada em Porto Alegre (RS), no dia 6 de Novembro. Inscreva-gratuitamente aqui (vagas limitadas).
A finalização dos eventos presenciais marca a entrada na fase de análise final dos dados coletados entre setembro e novembro, um material que promete se tornar uma referência fundamental para o futuro do planejamento e desenvolvimento da silvicultura brasileira.
A Expedição Silvicultura é uma realização da Canopy Remote Sensing Solutions, Embrapa Florestas e Paulo Cardoso Comunicações, e conta com o apoio das principais instituições e empresas do setor.
Escrito por: redação Mais Floresta.

															






