Estudo da Embrapa revela que produtores preservam 29% da vegetação nativa, destaca Gilkiane Cargnelutti

A jornalista Gilkiane Cargnelutti participou na manhã desta terça-feira (02) do Campo em Dia, da Clic Rádio, e trouxe informações importantes sobre o papel do agronegócio brasileiro na preservação ambiental, além de atualizar o público sobre medidas comerciais dos Estados Unidos e a expectativa em torno da renegociação das dívidas dos produtores rurais.

Segundo Gilkiane, um novo levantamento divulgado pela Embrapa Territorial durante a COP 30 reforça dados contundentes sobre a conservação ambiental no país. O estudo revela que 65,6% de todo o território nacional permanece coberto por vegetação nativa, incluindo florestas, cerrado, campos naturais e outros biomas. Em contraste, apenas 31,3% das terras brasileiras são destinadas à agropecuária, somando áreas de lavouras e pastagens.

No entanto, o dado mais expressivo destacado pela Embrapa mostra que 29% de todas as áreas de vegetação nativa do país estão dentro de propriedades rurais, sob responsabilidade direta dos produtores. “Isso significa que quase um terço da natureza protegida do Brasil se encontra em áreas privadas mantidas pelo setor produtivo”, explicou Gilkiane.

A jornalista ressaltou que esses números desmontam a narrativa de que o agronegócio seria o principal responsável pela destruição ambiental. “E também evidencia aí o contrário. Grande parte da conservação depende justamente do campo”. Esse relatório também destaca que o “Brasil é uma das maiores potências agroambientais do mundo e combina produção agrícola em larga escala com altos índices de preservação”, destacou.

Gilkiane ainda lembrou que a Embrapa trabalha com dados oficiais, auditáveis e atualizados, o que reforça a credibilidade do levantamento e demonstra que os produtores rurais têm papel decisivo no equilíbrio ambiental brasileiro.

EUA retiram tarifa de 40% para produtos brasileiros

Outro destaque da participação de Gilkiane no programa foi a decisão dos Estados Unidos de retirar a tarifa adicional de 40% aplicada a diversos produtos brasileiros desde agosto. A medida beneficia itens como carne bovina, café, açaí, cacau, entre outros que estavam incluídos na lista de exceções do tarifaço imposto pelo presidente Donald Trump.

A retirada da tarifa vale para produtos que chegaram ao território americano a partir de 13 de novembro.

Apesar da revisão, Gilkiane alertou que 62% das exportações brasileiras para os EUA seguem sujeitas a algum tipo de taxação adicional. Em nota, o governo brasileiro classificou a decisão como um avanço, mas afirmou que continuará negociando para eliminar as tarifas restantes e ampliar a competitividade dos produtos nacionais no mercado norte-americano.

Produtores aguardam votação do PL 5122/2023

Gilkiane também atualizou os ouvintes sobre a expectativa do setor produtivo em relação ao PL 5122/2023, que trata da renegociação das dívidas dos produtores rurais. A proposta foi aprovada na Câmara antes do recesso do meio do ano, mas segue parada no Senado.

Segundo a jornalista, há uma sinalização do presidente do Senado, Daniel Alcolumbre, de que o projeto pode ser pautado ainda nesta semana. No entanto, essa inclusão na agenda ainda não foi confirmada oficialmente.

O campo não pode mais esperar. Nossos produtores já estão assim no limite.

Gilkiane concluiu reforçando que seguirá acompanhando de perto as movimentações no Senado e trará atualizações em primeira mão para os ouvintes do Campo em Dia.

Informações: ClicCamaquã / Kathrein Silva

Se inscrever
Notificar de
guest

0 Comentários
Feedbacks
Ver todos os comentários

ÚLTIMAS NOVIDADES

+55 67 99227-8719
contato@maisfloresta.com.br

Copyright 2023 - Mais Floresta © Todos os direitos Reservados
Desenvolvimento: Agência W3S