Coalizão Brasileira pela Bioeconomia destina US$ 2.6 bilhões para florestas e projetos liderados por povos indígenas

Os membros da Coalizão Financeira para a Restauração e a Bioeconomia do Brasil (BRB Finance Coalition) comprometeram coletivamente US$ 2.6 bilhões para a restauração florestal e a bioeconomia — mais de um quarto da meta de US$ 10 bilhões do grupo para 2030.

A Coalizão, lançada durante a Cúpula do G20 no Brasil em novembro de 2024, reúne 23 líderes dos setores público e privado para financiar projetos de larga escala que promovam uma economia de baixo carbono e positiva para a natureza em todo o Brasil, com forte foco na Amazônia.

Esses compromissos iniciais já estão apoiando esforços para restaurar ou proteger dois milhões de hectares de florestas em todos os biomas brasileiros.

A Coalizão Financeira BRB é uma demonstração poderosa do potencial do Brasil para liderar uma nova era de financiamento climático e restauração florestal,” disse Mauricio Bianco, vice-presidente da Conservation International no Brasil.

Estudo destaca oportunidades de investimento indígenas e locais

Coincidindo com o marco, a Coalizão BRB divulgou um novo estudo — Mapeamento de Povos Indígenas e Populações Tradicionais, Fundos Comunitários e Organizações Facilitadoras — para ajudar os investidores a direcionar capital para projetos de bioeconomia de alto impacto liderados pela comunidade.

O estudo identificou 37 organizações, principalmente na Amazônia, com necessidades de investimento que variam de R$ 100,000 mil a R$ 300 milhões. Essas iniciativas, muitas delas lideradas por comunidades indígenas e tradicionais, demonstram potencial para capturar até 2 toneladas de CO₂ por hectare por ano.

Apesar do seu impacto climático e social, estes projetos continuam subfinanciados. O relatório recomenda:

• Fortalecimento dos fundos comunitários
• Estabelecimento de linhas de financiamento de longo prazo
• Integração de empresas comunitárias em estratégias de financiamento climático

Os objetivos mais amplos da Coalizão incluem:

  • Restaurando e conservando 5 milhões de hectares de florestas
  • Lançamento de soluções baseadas na natureza para capturar 1 gigatonelada de CO₂ até 2050
  • Direcionar US$ 500 milhões para iniciativas indígenas e comunitárias locais

O impulso vem antes da COP30 em Belém, onde o Brasil estará no centro das atenções globais pela liderança em natureza e clima.

Informações: ESG News.

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