Associação das indústrias de compensados reforça cobrança por negociação com os Estados Unidos

Abimci afirma que “apesar de bem-vinda, a ajuda é apenas um alívio temporário e de ação paliativa”

A Abimci (Associação Brasileira da Indústria de Madeira Processada Mecanicamente), entidade que representa as indústrias de compensados, reforçou a cobrança para que o governo brasileiro intensifique as negociações em torno das tarifas aplicadas pelos Estados Unidos.

Em nota publicada nesta quinta-feira (14), a entidade afirmou que o pacote de medidas anunciado pelo governo federal nesta semana, para auxiliar exportadores afetados pela tarifa aplicada pelos Estados Unidos “representa apenas um alívio temporário e não resolve a crise instalada no setor”.

A associação defende que a solução definitiva depende de uma negociação direta entre os governos do Brasil e dos EUA para adequar as taxas a níveis comercialmente viáveis. A Abimci critica a falta de prioridade do governo brasileiro nesse diálogo, destacando que outros países conseguiram reduzir tarifas após conversas diretas com Washington.

Desde a adoção da nova alíquota, em 9 de julho, empresas madeireiras enfrentam cancelamentos de contratos, paralisação de mercados e dificuldades de armazenamento da produção destinada ao mercado norte-americano. Algumas já concederam férias coletivas, parciais ou totais, e o risco de fechamento de fábricas e cortes de empregos é considerado iminente.

A associação também ressalta que a recomendação do governo de buscar novos mercados não é viável para o setor, tanto por características técnicas dos produtos quanto pela fatia de mercado conquistada ao longo de décadas nos Estados Unidos. “Nossa capacidade de sobrevivência está diminuindo. Enquanto isso, não há nenhuma ação que sinalize um possível acordo”, alerta a nota da Abimci.

Em 2024, o setor exportou US$ 1,6 bilhão para os EUA, destino de aproximadamente 50% de toda a produção nacional. Em alguns segmentos, essa dependência é total, com 100% das vendas voltadas ao mercado americano. A entidade estima que 180 mil empregos diretos estejam ameaçados caso não haja uma solução negociada.

Informações: RBJ.

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