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Primeiro dia do X Fórum da Abisolo aborda temas como competitividade e sustentabilidade econômica

Especialistas apresentaram aspectos vitais para o crescimento do mercado de fertilizantes especiais

O primeiro dia do X Abisolo – Fórum e Exposição, principal evento da indústria de fertilizantes especiais, condicionadores de solo e substratos para plantas da América Latina promovido pela Associação Brasileira das Indústrias de Tecnologia em Nutrição Vegetal (Abisolo), apresentou um vasto conteúdo sobre a sustentabilidade econômica da produção agrícola e um panorama sobre o ambiente de negócios e competitividade.

Com a presença do Presidente do Conselho Deliberativo da Abisolo, Roberto Levrero, do secretário de Defesa Agropecuária – Ministério da Agricultura e Pecuária, Carlos Goulart, do subsecretário da Agricultura do Estado de São Paulo, Orlando Melo de Castro, da chefe-adjunta de Pesquisa e Desenvolvimento da Embrapa Territorial, Lucíola Alves Magalhães, do Diretor do Departamento de Agronegócio da Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo) e vice-presidente do Conselho Superior do Agronegócio da Fiesp, Roberto Betancourt, e do sócio da Maneira Advogados, Eduardo Lourenço Gregório Júnior, a mesa de abertura deu início aos painéis temáticos desta quarta-feira, 5 de junho, no Expo D. Pedro, em Campinas (SP).

De acordo com Levrero, presidente do Conselho Deliberativo da Abisolo, o objetivo do fórum é ampliar o debate do papel estratégico do mercado de fertilizantes especiais. “Esse é um momento de troca de e conhecimentos e experiências. Temos consciência de que o nosso setor é estratégico para a manutenção da competitividade do agronegócio brasileiro e, com essa oportunidade, ampliamos a nossa capacidade de análise e decisão”, disse.

Presidente do Conselho Deliberativo da Abisolo, Roberto Levrero.

Levrero também ressaltou que o mercado de fertilizantes especiais teve um faturamento de R$ 22,6 bilhões em 2023, graças aos constantes investimentos em pesquisa e desenvolvimento, gestão e resiliência dos profissionais que atuam nesse setor. “Nosso setor contribuiu para o agro nacional com ganho de eficiência e diminuindo a dependência da importação dos insumos”, enfatizou Levrero.

O secretário de Defesa Agropecuária, Carlos Goulart, destacou o momento oportuno no aspecto de regulação dessa indústria. “Esse é um setor que está se transformando e inovando, testando as fronteiras da regulação, que hoje já não responde mais aos desafios apresentados. Um exemplo disso é como classificar os bioinsumos e como vendê-los, comercializá-los, já que possuem funções diferentes. Precisamos de uma legislação que seja flexível o suficiente para não negar novas tecnologias”, apontou Goulart.

Negócios e competitividade

O painel de abertura do fórum foi dedicado ao tema “Ambiente de negócios e competitividade”, com uma abordagem detalhada sobre a competitividade, segurança jurídica, ambiente de negócios, mercado de carbono e sustentabilidade da produção agrícola brasileira.

A primeira palestra foi ministrada pelo professor da Fundação Getúlio Vargas (FGV), Daniel Vargas, com o tema a “Sustentabilidade da Produção Agrícola Brasileira e o Mercado de Carbono”. Vargas abordou duas questões centrais para a produção de alimentos no Brasil: o significado de “verde” e qual a posição do país no mercado de carbono.

“Sabemos que nos últimos anos o mundo tem dado muitos passos para abraçar a agenda verde como um caminho de progresso. Mas ‘verde’, no debate internacional é um conjunto de objetivos estabelecidos por padrões ou pela ciência e que nos permitem diferenciar as atividades produtivas e dizer quais são sustentáveis e quais não são”, explicou.

Quando esses padrões aterrizam na realidade tropical, como no Brasil, as tensões começam a emergir, segundo o palestrante da FGV. “Ao discutirmos a transição verde, a impressão é de que a nossa tarefa é nos adaptar ao que foi definido por padrões internacionais. Mas o setor de uso da terra tem uma condição própria. Temos a oportunidade de criar uma maneira de tornar visível e rentável o nosso verde para convertê-lo em valor”, ressaltou Vargas.

O professor também questionou qual é e qual deve ser o papel da agropecuária no mercado de carbono? Internacionalmente, ele explicou que o foco central desse mercado tem sido a criação de um regime que permita adaptação da realidade para atividades que são mais limpas ou mais sustentáveis. No Brasil, segundo ele, o debate oscila, mas prevalece a ideia de que precisamos adaptar esse regime para tratar o uso do solo.

“Nós vamos participar desse regime como mais um setor devedor, com metas e obrigações a cumprir, ou vamos participar desse setor como um credor, como alguém que tem a função e a tarefa de oferecer ativos que podem contribuir com serviços ambientais sustentáveis para o planeta?”, questionou. “O melhor caminho e proposta para um regime de precificação do mercado de carbono brasileiro é a segunda rota, na qual conseguiremos capitalizar financiamento, investimentos, tecnologia e técnicas de produção mais sustentáveis”, concluiu Vargas.

A segunda palestra foi dedicada à “Competitividade Internacional da Agricultura Brasileira: Status, Riscos e Oportunidades” e contou com o pesquisador do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA), José Eustáquio Ribeiro Vieira Filho, como palestrante. Ele concentrou sua fala em três pontos principais: uma avaliação das bases da produção e da sustentabilidade produtiva do agronegócio, a preservação das florestas brasileiras por meio da adoção de tecnologias poupadoras da terra e as exportações brasileiras em comparação com outros países.

“O Brasil vem crescendo a sua Produtividade Total dos Fatores (PTF), de forma muito mais rápida do que o resto do mundo. O PTF é a capacidade de gerenciar melhor os insumos e o conhecimento que façam com que a utilização dos insumos seja aproveitada de forma mais eficiente”, analisou o palestrante ao comentar o “efeito poupa-floresta”, que evidencia o compromisso do Brasil com práticas agrícolas sustentáveis. Comparando dados de produção e emissões de carbono ao longo das últimas décadas, o pesquisador explicou que o Brasil se destaca como líder na eficiência de produção por unidade de emissão, demonstrando um notável avanço na redução da pegada de carbono do setor agrícola.

“Quando comparamos a relação entre produção e emissão de carbono ao longo das últimas décadas, é notável o avanço que o Brasil alcançou. Na década de 90, um quilo de carbono resultava na produção de 243 quilos de alimento. Hoje, esse mesmo quilo de carbono gera uma produção de 774 quilos de alimento. Este aumento significativo na eficiência produtiva demonstra o compromisso do Brasil com a sustentabilidade e sua liderança na redução da pegada de carbono no setor agrícola”, explicou Vieira Filho.

O primeiro painel desta quarta-feira foi encerrado por uma síntese do professor da FIA Business School, Ivan Wedekin, responsável também pela medição das perguntas dos participantes.

Sustentabilidade Econômica

No período da tarde, o segundo painel abordou a “Sustentabilidade Econômica da Produção Agrícola” e apresentou um panorama do cenário macroeconômico, político e geopolítico do setor de fertilizantes.

O economista e consultor da MB Associados, Sérgio Vale, foi responsável por abordar o tema “Cenário Macroeconômico, Político e Geopolítico e Impactos no Agro. “Os indicadores mostram que a recessão dos Estados Unidos deve chegar até o final do ano. E no segundo semestre já começaremos a ver isso acontecer, incentivado também pelas eleições presidenciais norte-americanas”, analisou Vale.

Ele explicou que as guerras da Ucrânia e de Israel também têm reflexo nessa conjuntura, assim como a produção chinesa, que favorece a ampliação comércio da China para fora do país. Tais fatores mostram que a economia mundial está se fragmentando, de acordo com o palestrante

Já no mercado nacional, o economista destacou o agronegócio como um fator do crescimento da economia brasileira. “As commodities têm sido o grande carro chefe desse crescimento. O Brasil está cada vez mais bem posicionado no mundo das commodities. E o processo de descarbonização pode acelerar essa tendencia”, frisou Vale.

Ele também ressaltou os efeitos sociais dessa mudança. “Os estados do agro têm os menores índices de desigualdade de renda atualmente, a exemplo de Goiás, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul. A esfera social desses estados se desenvolveu com muita intensidade, mostrando que o agronegócio não é só economia, mas tem cada vez mais impacto social”, listou o palestrante.

A segunda palestra foi apresentada pela engenheira agronômica e editora assistente de grãos e fertilizantes na Argus Media, Renata Cardarelli, e teve como tema o cenário global dos fertilizantes. “O País importa em torno de mais de 80% dos fertilizantes necessários e busca alternativas para diminuir a dependência da importação”, afirmou a palestrante. 

Renata também ressaltou a importância de se acompanhar o cenário dos fertilizantes NPK. “O panorama é de pouca movimentação de preço e uma tendência de queda. Outro ponto de atenção no é a disponibilidade de ureia chinesa para o mercado, o que acaba refletindo nos valores globais”, alterou Renata.

A demanda global do fertilizante é de 180 milhões de toneladas anualmente, diante de uma capacidade de produção de 200 milhões de toneladas. “A perspectiva é de que a oferta se mantenha maior do que a demanda. O sudeste asiático e Austrália devem intensificar a compra e o movimento no ocidente deve aumentar conforme os preços sobem”, explicou a palestrante da Argus Media.

Para encerrar o segundo e último painel desta quarta-feira, o consultor em agronegócios, Carlos Cogo, representante da COGO Inteligência em Agronegócio, abordou os cenários para o agronegócio global mundial e brasileiro, com destaque para a gestão da fazenda para além da porteira.

Para essa análise, Cogo listou os três principais fatores: a urbanização, a expansão populacional – concentrada em oito países africanos e do sudeste asiático – e o crescimento da classe média global, que hoje está em 3,8 bilhões de pessoas e caminha para 5,3 bilhões de pessoas até o final da década. “A classe média é a camada da população que mais impacta a mudança dos hábitos alimentares com o maior consumo de proteínas animais e de rações e grãos, como milho e farelo de soja”, disse Cogo.

O crescimento do consumo de proteína e de grãos em nível global é bastante desigual. “Hoje o Brasil é o quarto maior produtor de grãos no mundo, com 331 milhões de toneladas, e seguido pelos Estados Unidos, com 315 milhões. Também é o maior exportador global de grãos e de carne e dificilmente irá perder esse status nos próximos anos”, analisou o consultor.

Para abordar a gestão além da fronteira, ele destacou que o produtor brasileiro pode proteger seu negócio com base nos três itens que compõem o preço: cotação futura, Basis (disparidade de preço causada pela diferença geográfica entre os pontos de entrega das commodities) e a taxa de câmbio. Outro ponto de atenção é o baixo volume de vendas antecipadas à colheita, o que gera excesso de oferta na safra e reduz prêmios nos portos. E isso poderá se repetir em 2024/25, afirmou o palestrante

Outros pontos carentes de melhoria na gestão também foram citados pelo consultor. “Estamos tomando o cerrado como o maior estoque de terras agrícolas, mas nossa expansão precisa ser em direção ao Arco Norte, Matopiba e sul do Pará, nossas principais fronteiras agrícolas. O produtor brasileiro também precisa fazer seguro rural, mas poucos fazem. A gestão de risco Hedge também é feita por uma minoria”, afirmou.

Cogo também citou a preocupação com o nível de escassez de água, visto que o Brasil já ocupa a lista de risco médio; a gestão de armazenagem, com tendência a um déficit de 123,1 milhões de toneladas em 2025; a frota, que cresceu expressivamente, mas não na mesma proporção de área plantada e possui máquinas defasadas; além da falta de conectividade, com 69% das fazendas brasileiras sem conexão à Internet.

Além da grande de palestras, X Fórum da Abisolo também contou com a participação de 40 expositores, que puderam apresentar seus lançamentos em produtos e serviços aos visitantes do evento. O segundo e último dia do evento ocorre nessa quinta-feira, 6 de junho.

Mais informações em https://forum.abisolo.com.br/.

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Incêndios se espalham pelo Pantanal e somam mais de 5 mil hectares consumidos pelas chamas

Equipes do Corpo de Bombeiros Militar de Mato Grosso do Sul seguem em combate direto aos incêndios florestais na região

Em Corumbá, a área afetada pelo incêndio florestal detectado na madrugada do último domingo (2) segue crescente. Nas últimas 24h, mais 1.409 hectares foram consumidos pelas chamas.

O incêndio florestal na Cidade Branca acontece próximo à captação de água do município. No local, a guarnição de combate a incêndio florestal segue monitorando e realizando combate direto.

Há também uma equipe do PrevFogo, dividida em duas frentes de combate: uma próxima à captação de água e a outra, próxima à Ilha Tagiloma.

No período da manhã, um planejamento de sobrevoo na região está sendo executado. A operação conta com três militares que irão traçar novas estratégias de combate ao incêndio na região. A área afetada no local é de 2.323 hectares. Na manhã de terça-feira (4), a área atingida era de 914 hectares.

Paraguai Mirim

Na região do Paraguai Mirim, a 140 km de Corumbá, uma equipe de militares também segue reforçando o ataque aos incêndios florestais, com utilização de equipamentos como sopradores. Na região, a área queimada é de 3.311 hectares.

Assim, se somados estes dados, aos números de queimadas na região de Corumbá, 5.634 hectares já foram afetados na região.

Este é o dia 65 da Operação Pantanal. Desde 2 de abril, o Corpo de Bombeiros Militar realiza monitoramento de todo o território de Mato Grosso do Sul por meio da sala de situação na Diretoria de Proteção Ambiental.

Além do combate direto, as equipes seguem atuando em atividades de prevenção e educação ambiental.

A situação acende alerta entre os especialistas que realizam o monitoramento da região, já que em 2024 é prevista uma seca histórica que pode superar a vivida em 1964 no Estado.

Confira vídeos gravados no domingo:

Crédito: Mídiamax.

Com incêndios florestais, aulas foram suspensas na Bolívia

Os incêndios florestais que atingem Corumbá interferiram nas aulas de quatro escolas da cidade boliviana de Puerto Quijarro, na fronteira com Mato Grosso do Sul.

As aulas foram suspensas na segunda (3) e terça-feira (4) devido à fumaça causada pelo incêndio que atinge a região do Canal do Tamengo, na fronteira Brasil/Bolívia.

Informações: Mídiamax.

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Eldorado Brasil: por dentro do nosso compromisso ESG

*Artigo por Elcio Trajano Jr.

É com grande orgulho que a Eldorado Brasil lança o Relatório de Sustentabilidade 2023, evidenciando a nossa dedicação contínua com a transparência e com os princípios ESG (Ambiental, Social e Governança). Este documento é uma importante ferramenta de responsabilidade corporativa por resumir nossas ações e conquistas, reafirmando nosso papel como uma das indústrias de celulose mais modernas, competitivas e sustentáveis do mundo.

Preparado pelo nosso time de Sustentabilidade, alinhado às normas do Global Reporting Initiative (GRI), este ano temos além da versão tradicional, um documento com um resumo de nossas ações.

São 11 anos de uma governança ativa que entende e detalha as complexas vertentes da conduta ESG e, como uma engrenagem, avança nos relacionamentos humanos para obter a performance da Eldorado Brasil, reconhecida globalmente. Como publicação, o Relatório de Sustentabilidade ratifica nossos compromissos e presta contas de modo transparente, com olhar para a perenidade do negócio.

Mas é como a entrega social que compartilhamos nossa gestão com olhar para o futuro e para a valorização das pessoas. Na Eldorado Brasil, a celulose produzida é fonte de crescimento sustentável, com base em relações consistentes, seja nas parcerias florestais, em toda cadeia produtiva, na comunidade ou com nosso time.

Em 2023 pudemos revisitar nossos valores com um reforço importante sobre a disseminação da nossa cultura organizacional.  Tivemos vários momentos para falar de gente e revisitar os sete valores que nos guiam: Atitude de Dono, Determinação, Disciplina, Disponibilidade, Franqueza, Humildade e Simplicidade.

Além de entrar nos detalhes de nossos números, como o marco extraordinário de 42 milhões de toneladas de captura de CO2 em 11 anos de operação, é possível entender nosso modelo de conduzir os negócios, nossa relação com clientes e fornecedores e todos os públicos que compõem nossas relações diretas.

Saúde e bem-estar dos colaboradores está entre eles. Um time com melhor qualidade de vida responde com felicidade no ambiente do trabalho. O sentimento foi constatado em nosso primeiro diagnóstico ESG, independente, com alta participação da nossa gente, afirmando a satisfação e orgulho dos que estão em nossa jornada na Eldorado Brasil.

Também estamos atentos e envolvidos às necessidades da comunidade. Marcamos presença significativa em Mato Grosso do Sul, especialmente em Três Lagoas e áreas de influência de nossas florestas, e em Santos onde inauguramos nosso terminal novo terminal portuário, um dos maiores e mais modernos para exportação de celulose da América Latina. Educação ambiental continuada nas escolas, presença ativa de grupo de voluntariados, campanhas do agasalho implantação de projetos para diversificação de culturas na agricultura familiar são algumas das ações onde a Eldorado Brasil está.

Para mais detalhes, convido você a acessar nosso Relatório de Sustentabilidade 2023, na íntegra, e a assistir ao vídeo com resumo de nossas principais ações, disponível em nosso canal do YouTube https://www.youtube.com/watch?v=z5ulLjiLTdY

Obrigado e boa leitura.


*Elcio Trajano Jr é Diretor de RH, Sustentabilidade e Comunicação da Eldorado Brasil Celulose.

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ApexBrasil aposta no potencial verde do país para conquistar o mundo 

Quando o assunto é sustentabilidade, o Brasil é a bola da vez no mercado internacional. No Dia Nacional do Meio Ambiente, 5 de junho, Agência reforçou o potencial do país para o desenvolvimento sustentável do planeta

Detentor de riquezas naturais e da maior biodiversidade do mundo, o Brasil brilha cada vez mais aos olhos do mundo e, claro, de empreendedores e investidores. Diante da urgência imposta pela crise climática, das tendências globais por alternativas sustentáveis de produção e da crescente necessidade de uma economia de baixa carbono, o potencial do país para contribuir com o desenvolvimento sustentável do planeta está agora – mais do que nunca – despontando à vista de todos. A Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (ApexBrasil) aposta nesse caminho para o país ganhar o mundo, e de forma sustentável.  

Por meio da promoção de exportações e da atração de investimentos estrangeiros diretos (IED) para setores estratégicos da nossa economia, a ApexBrasil vem, desde 2023, promovendo oportunidades de negócios alinhados com a biossocioeconomia – modelo de geração de renda que, além de priorizar a preservação dos recursos naturais do planeta, busca realizar a dignidade humana das populações locais.  

“É um momento muito oportuno para o Brasil se destacar no cenário global, impulsionando um desenvolvimento econômico sustentável e inclusivo”, afirma o presidente da ApexBrasil, Jorge Viana. “Estamos trabalhando para promover esse modelo, tendo a demanda externa como motor de uma produção interna mais inclusiva, diversificada e equilibrada. Não há mais como pensarmos em desenvolvimento se não for de maneira sustentável”, reforça o presidente da Agência.  

Além de promover os produtos e serviços brasileiros no exterior, por meio de feiras e missões empresariais, bem como programas como o Exporta Mais Brasil e o Exporta Mais Amazônia, a Agência também tem trazido os compradores internacionais para verem de perto a produção nacional – visitando fazendas, indústrias e empresas – com o intuito de mostrar o potencial produtivo e as ações sustentáveis na prática.     

Ao longo dessa semana, Jorge Viana está acompanhando o vice-presidente da República, Geraldo Alckmin, em missão na Arábia Saudita e na China, com foco em atrair investimentos para o Brasil e fazer parcerias para evidenciar a qualidade, a diversidade e a originalidade de produtos brasileiros nesses mercados.  

Sustentabilidade presente 

Desde o início da nova gestão, a pauta da sustentabilidade tem sido imperativa dentro da ApexBrasil e vem permeando todas as iniciativas internas e externas.  “Todos os nossos programas e projetos estão priorizando questões relacionadas ao meio ambiente, à equidade de gênero e inclusão social”, explica a diretora de Negócios da Agência, Ana Paula Repezza. “As empresas lideradas por mulheres, por exemplo, ganham pontuação extra no ranqueamento de seleção para os nossos diversos programas”, complementa Repezza que é também idealizadora do programa Mulheres e Negócios Internacionais da Agência.  “Quando uma mulher se emancipa, toda uma rede de pessoas em volta dela se beneficia”, reforça.  

No dias 05 e 06 de junho, Repezza estará em Manaus (AM) participando da Lac Flavors, o maior fórum de match-making de negócios para o setor de alimentos e bebidas da América Latina e Caribe, que está em sua primeira edição aqui no Brasil e é organizado pelo Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) em parceria com a ApexBrasil.  Além das reuniões de negócios, o evento também inclui workshops e seminários sobre temas como abastecimento sustentável, tecnologia alimentar, certificações, comércio eletrônico, técnicas de negociação e embalagens sustentáveis. Ao lado do BID, ontem a ApexBrasil realizou no Fórum uma reunião especial com representantes das agências latino-americanas e do caribe homólogas que estarão presentes na LAC Flavors para tratar sobre diversidade e inclusão. Saiba mais sobre a programação da Lav Flavors aqui

Amazônia em foco 

Produzir mais e melhor, vender para o mundo e manter a floresta de pé é o lema do programa Exporta Mais Amazônia que a ApexBrasil criou, no ano passado, dedicado à promoção internacional de produtos da floresta. Por meio do programa, a ApexBrasil tem desenvolvido uma série de iniciativas que levam a biodiversidade brasileira para o mundo e promovem o desenvolvimento de comunidades locais e dos povos que protegem a floresta amazônica. O programa já gerou mais de R$ 50 milhões em negócios que estão sendo reinvestidos na região.  

“Cuidar da Amazônia também passa por valorizar os produtos sustentáveis que geram prosperidade para quem vive e cuida desse patrimônio da humanidade”, explica Jorge Viana. “Nosso objetivo é que o mundo conheça a riqueza cultural e produtiva abrigada nas nossas florestas, que configuram uma alternativa à exploração predatória e que contribui para a manutenção da floresta em pé”, complementa.  

Outra ação que compõe às iniciativas do Exporta Mais Amazônia se dedica à promoção exclusiva da exportação da castanha-do-Brasil. Extraída por comunidades locais, em áreas de manejo florestal, o produto promove a sociobiodiversidade – pois é também fonte de renda para quem mantém a floresta em pé. Apesar de ser uma espécie nativa da Amazônia, o Brasil tem uma baixa participação nas exportações da castanha-do-Brasil e o desafio é justamente reverter esse cenário. Para auxiliar nesse processo, a ApexBrasil desenvolveu, então, o projeto da “Mesa Executiva da Castanha”, o qual vem promovendo, ao longo do ano, diálogos estruturados entre a Agência, empresas produtoras, cooperativas, governo e o setor privado para o apontamento, discussão e priorização de gargalos à exportação do produto.   

Maior fonte de energia limpa e renovável 

A transição energética é outro eixo no qual o Brasil vem se destacando mundialmente e é chave para o processo de descarbonização. Trata-se de uma meta global descarbonizar a matriz energética e reduzir as emissões de gases de efeito estufa, promovendo um setor energético mais limpo e sustentável. Em 2023, o Brasil bateu recorde de produção de energia limpa, consolidando-se como potência em energias renováveis e exemplo de sustentabilidade para o mundo. A atração de investimentos para o desenvolvimento do setor tem sido, portanto, uma das prioridades da ApexBrasil.  

No mês passado, o potencial do país para a produção do hidrogênio verde, principalmente no Nordeste, foi tema de destaque durante a na World Hyrdrogen Summit & Exhibition, a maior feira de hidrogênio verde do mundo, que ocorreu em Roterdã, e reuniu mais de 15 mil profissionais da indústria de energia e mais de 500 expositores. No Pavilhão Brasil, promovido pela ApexBrasil em parceria com o Consórcio Nordeste, foi onde os players do setor puderam exibir as oportunidades do país para investimentos e parcerias na produção dessa tecnologia que pode revolucionar o mercado de energia global e induzir o desenvolvimento do Brasil. Na ocasião, o representante do Porto de Roterdã, Duna Uribe, explicou que a União Europeia pretende importar 10 milhões de toneladas de hidrogênio verde até 2030 – uma grande oportunidade para o Brasil.    

A agenda na feira compôs a programação da missão do Consórcio Nordeste à Europa em busca de investimentos para a produção de energia limpa e que contou com o apoio da ApexBrasil e do Ministério de Relações Exteriores (MRE). Na ocasião, eles se reuniram com os governos belga e alemão e ambos reconheceram o potencial do país como parceiro e como potência verde. “As mudanças climáticas não são um desafio brasileiro ou europeu, mas global, e queremos reconhecer o Brasil como uma superpotência verde, um parceiro na agenda de transição energética”, afirmou a comissária europeia de Parcerias Internacionais, Jutta Urpilainen, durante o encontro.  

Segundo dados do relatório Energy Transition Investment Trends 2024, em 2023, o Brasil foi o 3º país no mundo que mais atraiu investimentos em energias renováveis – mais de US$ 25 bilhões. Durante a última edição do Brasil Investment Forum 2023 (BIF), o maior evento de investimentos da América Latina, organizado pela ApexBrasil, o potencial do país para atrair investimentos na área de produção de energia renovável foi um dos destaques. Na ocasião, o presidente Lula enfatizou que as soluções para o desenvolvimento de uma indústria sustentável que o mundo está em busca estão aqui no Brasil, lugar certo para quem quer investir na produção de uma indústria verde. Segundo Lula, o país tem a possibilidade de se transformar no maior produtor de energia limpa e renovável do planeta Terra. Ainda na última edição do BIF, empresas do setor de energia apoiadas pela ApexBrasil anunciaram quase R$ 40 bilhões de investimentos. Os aportes anunciados foram de R$ 20 bilhões em etanol de segunda geração; R$ 750 milhões em energia limpa; R$ 12 bilhões em novas plantas de biocombustíveis e R$ 4,5 bilhões para a descarbonização da indústria de fertilizantes. 

Para Jorge Viana, o Brasil tem tudo para se tornar referência na questão energética. “Nós temos uma boa matriz energética e, quando trabalharmos com o hidrogênio verde e azul, vamos exportar energia. E isso é o melhor que um país pode fazer em um período de crise climática e de transição energética”, avaliou Viana. 

Além do hidrogênio verde, o país também tem potencial para o desenvolvimento das fontes eólicas e solar e para o armazenamento de baterias.  Recentemente, a ApexBrasil e a Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar), celebraram parceria estratégica para atração de mais investimentos estrangeiros para o processo de transição energética no país. Segundo a Associação, nos últimos doze anos, os investimentos em energia solar no Brasil somam mais de R$ 184 bilhões.   

“A proposta é alavancar mais oportunidades para o desenvolvimento industrial no setor de renováveis e aproveitar o elevado potencial brasileiro de liderar o processo global de transição energética”, afirmou Jorge Viana na ocasião da oficialização da parceria. 

Sobre a ApexBrasil

A Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (ApexBrasil) atua para promover os produtos e serviços brasileiros no exterior e atrair investimentos estrangeiros para setores estratégicos da economia brasileira. Para alcançar os objetivos, a ApexBrasil realiza ações diversificadas de promoção comercial que visam promover as exportações e valorizar os produtos e serviços brasileiros, como missões prospectivas e comerciais, rodadas de negócios, apoio à participação de empresas brasileiras em grandes feiras internacionais, visitas de compradores estrangeiros e formadores de opinião para conhecer a estrutura produtiva brasileira entre outras plataformas de negócios que também têm por objetivo fortalecer a marca Brasil.

Informações: ApexBrasil.

Legenda imagem: Compradores internacionais em vista à floresta amazônica durante o Exporta Mais Amazônia.

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Eldorado Brasil divulga Relatório de Sustentabilidade 2023

Entre os destaques do documento, a Companhia revela remoção de 42 milhões de toneladas de CO2, em 11 anos de operação

A Eldorado Brasil Celulose  lança o Relatório de Sustentabilidade, ano base 2023. Este documento resume as ações da empresa de celulose, que é uma das mais modernas, competitivas e sustentáveis do mundo. Com uma abordagem centrada nos princípios ESG (Ambiental, Social e Governança), a companhia tem mantido uma performance produtiva notável, alcançando anualmente 1,8 milhão de toneladas de celulose, 20% acima de sua capacidade nominal do projeto. Além disso, se destaca como uma das principais geradoras de emprego no estado de Mato Grosso do Sul, onde está localizada sua fábrica em Três Lagoas, demonstrando o papel crucial das florestas plantadas e seu envolvimento com as comunidades locais.

“Para alcançar essa solidez, temos avançado de forma consistente, posicionando-nos com maturidade e inovação no mercado de celulose. Entre os destaques de nossos investimentos está a inauguração do Terminal EBLog no Porto de Santos, um marco logístico não apenas para o setor, mas para toda a atividade portuária e de exportação brasileira. Nosso Relatório de Sustentabilidade reflete a integração dos pilares Ambiental, Social e de Governança, permitindo-nos traçar caminhos ainda mais robustos dentro da Eldorado, que conta com uma equipe altamente comprometida e responsável pelos resultados”, avalia Elcio Trajano Jr., diretor de RH, Sustentabilidade e Comunicação.

Terminal EBLog, no Porto de Santos (SP).

Pilar ambiental

Em 2023, a Eldorado alcançou a marca de 42 mil toneladas de carbono capturadas da atmosfera desde o início de suas operações. A empresa possui 293 mil hectares de florestas plantadas e 117 mil hectares de áreas de conservação, números que demonstram o compromisso da empresa com a redução das emissões de CO2 e evidenciam como as florestas plantadas contribuem significativamente para o equilíbrio ambiental, ajudando a regular as temperaturas e a conservar a biodiversidade.

Como signatária do Pacto Global da ONU, a empresa segue alinhada com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) que entre eles está manter uma indústria inclusiva e sustentável e ações para conter a mudança climática global.

Uma conquista significativa, nesse período, foi a certificação pelos Serviços Ecossistêmicos, concedida pela FSC®, que reconhece o papel da Eldorado na captura de carbono e a atuação na Fazenda Pântano, em Selvíria (MS), considerada Área de Alto Valor de Conservação (AAVC), com manutenção da qualidade do corpo d’água. O mesmo local também foi reconhecido pela proteção da biodiversidade, servindo como refúgio para espécies ameaçadas. As ações de sustentabilidade também garantiram 100% de conformidade na auditoria externa de manejo florestal.

O relatório evidencia ainda que a empresa reduziu em 88% as áreas com registro de foco de calor, mantendo a produtividade florestal e contribuindo para que fumaça e fuligem não se espalhem e provoquem doenças respiratórias, além de permitir que outras plantas e animais convivam em segurança. Esse resultado é fruto de uma robusta e tecnológica operação com monitoramento 24h por inteligência artificial e satélite, que permitem o sucesso do alto percentual de redução de incêndios.

“A trajetória de mais de uma década da Eldorado Brasil é marcada pela integração da sustentabilidade em seus processos, culminando não apenas em resultados produtivos, mas também em um compromisso primordial: ser uma empresa ESG. A entrega de celulose certificada e a transparência em nossa atuação refletem nossa dedicação a uma cadeia de valor complexa e responsável, orientada pela conservação ambiental. Reconhecemos que somos parte integrante desse ecossistema e nos comprometemos com sua integridade.” – afirma Fábio de Paula, Gerente de Sustentabilidade da Eldorado Brasil.

Pilar social

Desde sua fundação, a Eldorado Brasil atua alinhada com as necessidades das comunidades onde opera. Em 2023, destacam-se as atividades educativas realizadas em escolas municipais sobre conservação ambiental e prevenção de queimadas, bem como o apoio à ampliação de projetos de Agricultura Familiar em regiões como Três Lagoas, Selviria e Inocência com implantação de cultivo de tubérculos para a diversificação dos produtos.

Em Santos (SP), fez a entrega da Unidade Básica de Saúde, obra com investimento em torno de R$ 4 milhões que beneficia mais de 16 mil famílias. E com o direcionador de valorização das pessoas, a Eldorado fez duas importantes ações para os mais de 5 mil colaboradores. A primeira foi a implantação do projeto Prato no Ponto, revolucionário sistema de engenharia alimentar com variação de cardápio e comida na temperatura ideal todos os dias aos trabalhadores do campo. A segunda foi a implantação das Estações de Saúde nas cidades de Inocência, Selviria e Água Clara, MS. De forma ágil e moderna, os colaboradores e dependentes são atendidos em cabines com toda tecnologia de telemedicina que contam com profissionais de diversas especialidades.

Ainda em 2023, a Eldorado conduziu um diagnóstico ESG entre seus colaboradores, constatando um alto índice de felicidade e reconhecimento pelo compromisso da empresa com a geração de empregos, oportunidades de crescimento e conservação ambiental.

Os mais de 5 mil colaboradores contam com reconhecida gestão de Recursos Humanos que possui diversos programas pautados na valorização das pessoas, desde o processo de integração de novos colaboradores, passando por etapas importantes de desenvolvimento técnico e comportamental, além de um ambiente que favorece a inovação e oportunidades de carreira. Além da trajetória dentro da companhia, com um olhar cuidadoso para saúde e bem-estar, a empresa também acompanha os processos de desligamento, com oportunidades de melhoria e execução na gestão das pessoas.

Pilar de governança

A gestão ética e transparente da Eldorado Brasil resultou na obtenção de uma das mais importantes certificações do setor, o Selo Mais Integridade, concedido pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. Esse selo atesta o compromisso da empresa com as melhores práticas de compliance em suas operações. A empresa também promove ações anticorrupção como parte de seu programa de integridade.

Para mais detalhes, assista ao vídeo que resume o Relatório de Sustentabilidade 2023 da Eldorado, ou acesse o documento completo no site oficial da companhia.

Sobre a Eldorado Brasil

A Eldorado Brasil Celulose é reconhecida globalmente por sua excelência operacional e seu compromisso com a sustentabilidade, resultado do trabalho de uma equipe qualificada de mais de 5 mil colaboradores. Inovadora no manejo florestal e na fabricação de celulose, produz, em média, 1,8 milhão de toneladas de celulose de alta qualidade por ano, atendendo aos mais exigentes padrões e certificações do mercado internacional. Seu complexo industrial em Três Lagoas (MS) é autossuficiente em energia renovável e possui capacidade para geração de energia excedente suficiente para abastecer uma cidade de 1,4 milhão de habitantes. Em Santos (SP), opera a EBLog, um dos mais modernos terminais portuários da América Latina, exportando o produto para mais de 40 países. A companhia mantém um forte compromisso com a sustentabilidade, inovação, competitividade e valorização das pessoas.

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